terça-feira, 12 de novembro de 2013

Um novo jeito de produzir energia aproveitamento as ondas em alto-mar



A estatal Furnas deu início ao projeto de uma usina denominada de conversor offshore. Inédita no país para gerar energia a partir do aproveitamento das ondas em alto-mar. 

A ideia, em conversas já realizadas com a Marinha do Brasil, é que a unidade atenda ao Farol da Ilha Rasa e às cerca de 200 casas existentes no local, informou à Agência Brasil o gerente da área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação de Furnas, Renato Norbert. Já em uma uma segunda etapa, a usina flutuante deve gerar energia às plataformas do pré-sal.

A pesquisa, que já é desenvolvida em nível privado no Brasil e explorada em outras parte do mundo, é realizada em parceria com o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), ligada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e com a empresa Seahorse Wave Energia de Ondas.

O protótipo está em construção, em escala menor, e vai ser testado no tanque de ondas da Coppe, durante cerca de oito meses. Após os aperfeiçoamentos que forem introduzidos no projeto, os técnicos se dedicarão à construção da unidade que será instalada na Ilha Rasa. A expectativa é que o projeto esteja pronto para operar no final de 2015 ou até o primeiro trimestre de 2016.

Furnas pretende também partir para um segundo projeto, de tornar a unidade de geração de energia flutuante apta a servir às plataformas do pré-sal afastadas da costa, onde a profundidade é elevada.

Norbert explica que, atualmente, para plataformas de petróleo que operam próximo da costa, a distâncias inferiores a cem metros, Furnas vai estudar a possibilidade de serem atendidas por usinas que são fixadas no fundo do oceano. Para profundidades mais altas, a solução mais econômica prevista é a instalação de unidades de geração de energia flutuantes.

A primeira usina terá capacidade de cem quilowatts (kW) de energia, suficiente para abastecer 800 pessoas. “Mas a gente pretende, se tudo der certo, desenvolver outras unidades que vão atender a ilhas próximas da costa e plataformas de petróleo perto da costa”, disse ele.

A energia gerada pelas ondas em alto-mar tem como vantagem ser totalmente limpa, funcionar de forma simples e um baixo custo. Segundo o gerente de Furnas, a construção da unidade é mais barata do que qualquer outra solução que se proponha.

 “É muito mais barato do que uma usina de geração eólica da mesma capacidade, por exemplo”, salientou. Sobretudo para ilhas, que não têm grande extensão, é considerada uma solução excelente. E para um país com extenso litoral, a novidade pode representar futuramente ganhos na produção energética.

Agência Brasil.

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