sábado, 23 de novembro de 2013

Quem mente mais, homens ou mulheres?

Entrar em um consenso sobre quem mente mais, se o homem ou a mulher, é uma tarefa difícil, apesar das diversas pesquisas que já existem sobre o tema. Em algumas, os homens mentem mais que as mulheres pela internet, em outras, as mulheres mentem mais entre si, enfim são muitas as abordagens, a maior parte delas baseada na opinião das pessoas sobre o tema. Segundo o psicólogo social Wadson Arantes Gama, ser um mentiroso é uma questão de caráter, não de sexo.

A mentira pode ser proferida para causar o mal ou simplesmente para não haver um desacordo social, como quando você diz que alguém está bonito (a), mas na verdade não está. Essas mentiras causam certa discussão entre as pessoas.

 Algumas concordam que elas existem para o bem e outras já preferem dizer logo a verdade, por mais dolosa que ela seja.

De acordo com o portal Anita Mulher no livro Por que os Homens Mentem e as Mulheres Choram?, de Bárbara e Allan Pease, algumas verdades devem sim ser ditas. Segundo os autores, todos mentem o tempo todo, independente de ser homem ou mulher. Numa passagem do livro, eles citam um exemplo: “Oi, Maria. Como os seus seios estão caídos. Por que não põe um sutiã novo ou procura um cirurgião plástico?” ou “Oi, Adam. Você está precisando ver a razão do seu mau hálito e por que não corta esses pelos do nariz?”

Homens mentem por duas razões básicas: obter um ganho e evitar uma dor, segundo Bárbara e Allan. “Existe a mentira branda, benéfica, maliciosa e a dolosa. A branda faz parte de convívio social e impede insultos ao próximo. A benéfica é usada pelas pessoas com a intenção de ajudar. A dolosa é a mais perigosa, porque a intenção do mentiroso é ferir ou tirar vantagem da vítima em benefício próprio. Mentiras maliciosas são motivadas por vingança ou para obter vantagens”, diz os autores.

Para o psicólogo social Wadson Arantes Gama, quanto às pesquisas realizadas sobre quem mente mais, os homens ou as mulheres, é preciso averiguar quanto aos lugares e às pessoas pesquisadas, os índices podem ser diferentes entre países ou regiões diferentes. 

“Não temos como comprovação de nenhuma pesquisa realmente científica quanto a esse tema. A mentira pode ser social, usada para não prejudicar ou ajudar uma pessoa, ou o inverso disso, ser criado para causar o mal, de forma a destruir ou até mesmo causar intrigas”, explica.

Para o psicólogo, algumas pessoas mentem até mesmo como uma forma de proteção ou para parecerem ser o que não são. 

“Tem quem acredite que mentir sobre sua condição social, ou sobre detalhes de suas vidas, trará mais aceitação do outro. O que não é verdade, devemos ser sinceros”. Ele ainda ressalta que mentir muito pode sim se tornar um transtorno, pessoas que mentem por qualquer coisa devem ficar atentas. “Se isso for algo compulsivo, elas não conseguirem falar a verdade quase nunca pode começar a prejudicá-las.

 Nessa hora é preciso parar e procurar ajuda de um profissional. Neste caso um terapeuta seria o ideal”, ressalta.

Síndromes relacionadas à mentira

Existem duas síndromes que podem estar relacionadas à mentira. No entanto não há propensão de um sexo que tenha tido mais que o outro. 

A síndrome de Münchausen e de Ganser. Ambas estão relacionadas a pessoas que querem estar doentes para ter algum tipo de benefício, como, por exemplo, chamar a atenção de uma ou mais pessoas.

Segundo o portal Info Escola, a síndrome de Münchausen, também conhecida como transtorno factício, é uma desordem psiquiátrica, na qual os indivíduos acometidos simulam estar doentes ou com algum trauma psicológico para conquistarem atenção e simpatia das pessoas.

Tal distúrbio foi estudado pelo médico inglês Richard Asher, no ano de 1951. Inicialmente, este termo era utilizado somente para desordens fictícias, hoje, é considerada como um amplo grupo de patologias fictícias, sendo o termo síndrome de Münchausen utilizado para a forma mais severa da doença, na qual o fingimento torna-se a atividade central da vida do indivíduo.

Na síndrome de Ganser, o transtorno se torna dissociativo e surge voluntariamente, com o indivíduo agindo como se possuísse alguma doença mental, quando, na realidade, não apresenta nenhuma desordem desse tipo. 

Segundo Info Escola, a doença é rara e foi descrita pela primeira vez por um psiquiatra alemão: Josef Maria Ganser Sigbert. Neste caso sim há uma propensão maior para acometerem homens que mulheres, mais frequentemente no final da adolescência e início da vida adulta. A causa desta síndrome ainda não foi completamente elucidada.

Especialistas acreditam que indivíduos que agem de tal maneira objetivam escapar de alguma situação mental ou fisicamente constrangedora.


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