quarta-feira, 11 de setembro de 2013

"Informar não é comunicar!"


Por longo tempo, a comunicação organizacional teve como base de seu discurso o produto, priorizando na interação a troca entre valor monetário e produto, fato que hoje ainda ocorre em algumas organizações.
Para atingir tais objetivos, bastava as empresas estabelecerem uma comunicação informacional e transmissiva a respeito das características do produto, com ênfase aos aspectos que mais convinha à empresa salientar, atribuindo dessa forma à comunicação um papel especificamente instrumental e transmissivo.
Com o passar do tempo, muitas empresas entenderam que era insuficiente esse modelo de comunicação para conquistar e fidelizar seus públicos de interesse, necessitando, dessa forma, maior aproximação com a sociedade, era necessário ir além de informar, “porque informar não é comunicar”.
 Essas empresas passaram então, a incorporar serviços a seus produtos, com isso estabeleceram com a sociedade mais do que somente troca, estabeleceram relacionamento, a partir de uma comunicação dialógica. Entretanto, o dialogismo também continuou sendo insuficiente do ponto de vista comunicacional, uma vez que a supremacia permaneceu sendo do emissor.
É possível perceber esse modelo de comunicação nas empresas que estabelecem as regras tanto em relação a produto e/ou serviços alheias à vontade e necessidade do consumidor. Como resultado, temos consumidores insatisfeitos e muitas vezes reféns dessas empresas, quando estas se constituem monopólios, ou ainda, quando todas de um determinado segmento, operam dentro de um mesmo sistema e padrão, não fazendo diferença ao consumidor migrar para concorrência.
 Como exemplo, temos as companhias de telefonia, que por atuarem no perfil descrito acima, resultam em campeãs de reclamações nos Procons. Entretanto, estas não são as únicas, poderia citar outras, mas o objetivo do texto é alertar não apontar.
Você pode identificá-las, inclusive, através da comunicação que estabelecem com seus públicos.
Lembrando que, a comunicação vai além de informar, diz respeito ao diálogo, é integradora e considera o outro na relação, porque “informar, não é comunicar”.

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Um comentário:

  1. Verdade, informar não é comunicar e somente as chamadas monopólios e oligopólios mantém seus clientes, porque estes não têm outra opção. Mas as empresas pequenas que não começarem a buscar essa aproximação com o cliente estão condenadas ao fracasso. E fechar as portas é uma questão de tempo.

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