quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Falta de cultura jovem é um mal nacional


Uma reportagem de televisão mostrou aspectos da falta de cultura do povo brasileiro, motivo pelo qual o patrimônio público é constantemente alvo da ação de vândalos e criminosos. Além do prejuízo causado ao erário público, posto que a recuperação de obras e prédios terminam sendo custeada pelo povo, fica o péssimo aspecto àqueles que nos visitam e que buscam conhecer nossas raízes, através do legado em obras de arte e prédios.

Não bastasse o entendimento de que patrimônio público é para ser destruído sempre que há a oportunidade, como aconteceu nas recentes manifestações que se espalharam por todo o país, quando os principais alvos dos criminosos foram agências bancárias, sedes de prefeituras, de governos de estados e veículos públicos, além de lixeiras, coletivos e placas de indicação, existe um exército de jovens especializado em depredar monumentos, em furtar peças de bronze e outros materiais, que possam resultar em troca por dinheiro, na maioria dos casos para a aquisição de drogas, ou no simples prazer de causar poluição visual com pichação que, por vezes, ultrapassa os limites, inclusive da própria segurança dos marginais, capazes de escalar grandes prédios e torres para deixar, no alto, a marca registrada da imundície.

Os governos, em todos os níveis, criam programas de incentivo ao turismo interno, gastam milhões de cruzeiros em propaganda, incentivam o trabalho de hotelaria, de restaurantes e outros ligados ao turismo, mas ainda não encontraram meios de, pelo menos, reduzir os índices de poluição visual, já considerado como coisa natural para quem, como exemplo, deixa sua cidade e sai para visitar outros centros e, lá, encontra os mesmos problemas de pichação de obras de arte e de prédios.

Está na hora de trabalhar o jovem, no sentido de garantir-lhe conscientização, quanto à necessidade de saber cuidar do patrimônio público, que é de todos e que diz de perto a qualidade dos nossos artistas, assim como retrata momentos da nossa história, que deveria ser vista e guardada com orgulho, mas que, infelizmente, recebe um tratamento estúpido.

Acreditamos que um "santo remédio" seria a criação de oficinas para grafiteiros e, especialmente, abertura de espaços públicos para os trabalhos que, diferentemente das pichações, mostram qualidade de traço, bom gosto e enfeitam muitas ruas e outros lugares públicos. Talvez, com a abertura desses espaços, seja possível encaminhar pichadores para o aprendizado, mudando atitudes e garantindo menos poluição e depredação do patrimônio.




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2 comentários:

  1. Na verdade, o que falta é uma cultura que agrade a nós adultos. Não existe povo nem faixa etária sem cultura. O simples fato não não haver diversidades é por si só, uma cultura.
    O texto é um pouco antigo já que trata de moeda ultrapassada: "Os governos, em todos os níveis, criam programas de incentivo ao turismo interno, gastam milhões de cruzeiros em propaganda..."

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  2. Olha,
    eu acho que o jovem precisa mesmo de todos esses investimentos. Mas falta espaço. Existem vários modos de ver e interpretar. Não vejo os jovens como vilões não.

    www.kvcomvoce.com

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