domingo, 18 de agosto de 2013

As mulheres advertem: “Faltam homens”


Mulheres ativas e independentes, do alto de seus 30, 40 anos, reclamam que está difícil achar um “homem bonzinho” para casar

Quando o editor-geral do jornal Diário da Manhã me pediu para escrever a matéria, procurei pesquisar dentro da lógica realista e atual. O que tenho a dizer às leitoras é: “Se você é mulher, já viveu mais de 35 anos, está há algum tempo solteira, não pretendo te desanimar, mas as chances de que você não encontre o parceiro ideal são bem grandes”. Passados trinta e poucos anos, a regra é conhecida e de longa data: quem namorou, namorou, quem casou e divorciou, acabou, e quem está namorando, que segure a companhia e conte com o milagre divino.

Segundo a agrônoma Andréia Barros: “Faltam homens, tanto porque muitos mudaram a opção sexual, (o que aliás, respeito muito), quanto pela falta de homens de verdade no quesito respeito, tratamento, carinho, companheirismo em relação a nós, mulheres.” Mas ela admite que as mulheres também têm sua parcela de culpa, por banalizar os relacionamentos. “Na verdade, acho que faltam tanto homens, quanto mulheres, independente da opção sexual, que respeitem acima de tudo o ser humano.”

Por que faltam homens no pedaço? Existem mulheres lindas, maravilhosas, independentes, e solteiras. Quando muito, encontram os “ficantes”. Geralmente não há probabilidade, nada além do horizonte dos sentimentos, somente “paquerinhas frugais” do imediatismo da hora, sem nenhuma troca de contatos, que force à ligação telefônica ou pessoal no dia seguinte.

Segundo a enfermeira Tânia Lemos, casada, a reclamação de suas amigas solteiras é que ainda existem “uns bons” na praça para pagar as contas, outros para carregar sacolas, aqueles que te fazem sorrir, ou ainda te apresentam aos amigos. “Mas para namoro, noivado e casamento, ainda há que se procurar... e muito.”

O que rola

Dia destes estive em uma festa badaladíssima, havia muitas mulheres que dançavam na pista, em grupos de “patricinhas” e também das “piriguetes”, quando começou a tocar forró e elas deram início à dança em comum, aos pares, umas com as outras! Na festa havia apenas alguns homens se é correto afirmar, supostamente incluídos na categoria ‘solteiro-hétero’.

Cantora e empresária, Cléo Barreto decreta: “Pior é para mim, que não tenho hábito de sair. Fico orando para Deus colocar alguém que tropece na minha pessoa por aí e torcendo para que um homem bem lindo pare ao lado de meu carro quando o farol fechar”. Meu avô já dizia: “Hoje você escolhe minha filha, amanhã, será escolhida.”

Voltando ao assunto da festa, o restante deles, ou era casado, ou não era heterossexual. Alguns homens, flertando com a pista de dança, lotada de mulheres, preferiram continuar em grupinhos, provavelmente discutindo futebol. Outros foram para casa, exaustos com tantos olhares de paquera e com tanta diversidade de escolha.

Médico e casado, Fabrício Prado Monteiro discorda da polêmica: “Acho isso muito conceitual, ou seja, para uns sobram, já para outros faltam parceiros. Então isso não caracteriza, portanto, uma verdade absoluta.”

Hoje em dia todas se queixam do mesmo: “Não há homem, eles sumiram, todos. Os bons, ou estão casados, ou com certeza são gays.”

Segundo Simone Ferreira, os Homens interessantes estão ocupados. Já Simone Santos afirma: “Os poucos héteros que restam não querem saber de compromisso. Quem está solteira após os 40 anos não consegue se relacionar, porque compete com muitas mulheres, mais jovens, lidam com homens que só desejam ou querem momentos”. Será que é isso? Ou as mulheres estão suplantando, em muito, e em costumes, os homens, conforme relata o médico Fernando Pacéli?

 Ruim para todos

A engenheira Maria Aparecida Andrade Tannus é mãe de três filhos homens. “As mulheres dizem que faltam homens, mas meus filhos dizem que uma boa mulher também anda em falta.”

 A corretora de imóveis Sandra Rotoli acredita que homens não buscam mulheres para construir família. “Ele quer mulher para desfilar, mostrar que ela é gostosa, e claro, interesseira, ou, enfim.”

Segundo Ana Paula Blesa, advogada: “Não penso que faltem homens em quantidade, mas sim, em qualidade. Foi-se o tempo que Goiânia tinha poucos homens e várias mulheres. O pouco, hoje em dia, está relacionado à qualidade, esta sim é matéria escassa.”

O empresário Márcio Palermo entende, que os homens sérios que restaram, os honestos e fiéis, aqueles que respeitam a mulher, desaparecerão com o decorrer do tempo. Sobram mulheres traumatizadas por relacionamentos com cerca de 95% dos homens que as enxergam e as veem como um “naco de carne” a ser exibido, consumido. As interesseiras que nada mais querem, além do imediatismo e alguém para bancar seus mimos estão por aí e aos montes.

 Um relacionamento sério demanda entrega, a troca mútua, o investimento e retorno emocional, sem medos. Isso, hoje em dia, é difícil de encontrar.


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3 comentários:

  1. Oi. Tem um selinho pra você em meu blog.
    confira.

    abraços!!!

    http://mmelofazminhacabeca.blogspot.com.br/2013/08/selo-amigos-de-inverno.html

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  2. rsrs Muito legal a matéria!

    Existem homens sim, o problema é que com o passar dos anos as mulheres vão se tornando cada vez mais exigentes, elas têm deixado de lado as ambições familiares para se realizarem profissionalmente, daí quando já estão bem estabelecidas querem encontrar um homem à sua altura,ou seja, com um bom emprego, inteligente, independente...e de preferência que seja lindo! Porém, pode ser assim tarde demais.

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  3. Descordo da agrônoma Andréia Barros quando ela diz que um dos motivos de faltar homens é “porque muitos mudaram a opção sexual”. Opção sexual não existe. Ninguém opta por sua sexualidade. Sexualidade é uma condição imposta ao ser humano pela natureza.

    E... pegando a carona dela, os relacionamentos homoafetivos sérios estão em ascensão porque quem é (não virou o aderiu porque isso é lenda) gay ou lésbica, que decide se casar e formar uma família, vive (na maioria das vezes) em um casamento igualitário – um navio onde não há um capitão, mas duas cabeças inteligentes que pensam e chagam juntas a conclusões definitivas.

    Já a mulher de hoje está bem mais informada e independente. Hoje a mulher sabe que é igual ao homem em todos os seus direitos, deveres, qualidades e capacidades. Mas ainda estamos no planeta terra, lembra? Onde o King Kong machista ainda bate no peito com tanta arrogância que chega dar nojo! A verdade é que os homens héteros (não todos) em geral, têm medo de mulher que pensa, que é independente e que não aceita coleira, que reivindica o direito de ter uma carreira. Se essa mulher moderna está ficando solteira, a culpa não é dela.

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