sexta-feira, 31 de maio de 2013

Consumidor gasta mais com cigarros do que com arroz e feijão



Os gastos da população com cigarros têm se mantido nos últimos anos e o peso dessas despesas no orçamento mensal dos consumidores “é relevante”, disse o  economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da  Fundação Getulio Vargas (FGV), André Braz.

No Dia Mundial sem Tabaco, comemorado hoje (31), o economista comentou as implicações do consumo de cigarro para o orçamento doméstico. Segundo ele, os consumidores gastam com o cigarro o dobro do que usam para comprar arroz e feijão. “1,20% da renda média é gasta com cigarro. É um número representativo se se olhar o gasto com arroz e feijão, que é a metade disso, só 0,60%”, disse.

Segundo dados da Souza Cruz, em 2012, a empresa atingiu 74,9% do mercado brasileiro de cigarros, confirmando a primeira posição no setor. No quarto trimestre a participação teve um crescimento de 1,2 ponto percentual no ano, chegando à participação recorde na sua história, de 76.6%. Ainda de acordo com a empresa, o lucro operacional ficou em R$ 2.37 bilhões, que representa aumento de  9% em relação a 2011. O desempenho incluí os resultados com exportação de tabaco, que no mesmo período de comparação, conforme a companhia, teve crescimento de 106%.

O valor médio em reais dos gastos dos consumidores, no entanto, não é calculado, segundo o economista da FVG, porque varia conforme a quantidade de fumo por família e o número de integrantes de cada uma.

André Braz explicou que os gastos sempre tiveram peso relevante (acima de 1%), mas ficaram estáveis nos últimos dez anos porque quem gosta de fumar não abre mão do cigarro. Braz esclareceu que, apesar da queda no número de fumantes, o peso dos gastos permanece em destaque por causa da elevação do preço do produto. “O governo implementou uma política de aumento de imposto do produto para desestimular, então ainda que o número de fumantes seja em menor grupo, sustenta o vício a um preço maior”, disse.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), na população com mais de 15 anos de idade, o consumo de cigarros no Brasil caiu de 32 %, em 1989, para 17% em 2008. Os 17% correspondem a 25 milhões de fumantes.

Para o pneumologista do Inca, Ricardo Meirelles, a queda é resultado de um conjunto de ações do Programa Nacional de Antitabagismo. “A conscientização da população sobre o tabagismo e as leis  são importantes. A lei que proíbe o fumo em ambiente fechado é importante porque sensibiliza o fumante e o incentiva a parar de fumar. A gente nota que as pessoas querem parar de fumar por que não têm mais liberdade de fumar como antigamente.”

Para o pneumologista, o aumento no preço do cigarro também influencia no combate ao vício. Citou também outros fatores: a proibição de propaganda, as campanhas para que os jovens não comecem a fumar, o aumento da oferta de assistência ao fumante na rede pública e, por último, a proibição que as pessoas fumem em prédios públicos. O pneumologista citou também as queixas crescentes das pessoas que dizem estar com a saúde prejudicada pela convivência com os fumantes.

Na avaliação de Meirelles, é muito mais econômico para o governo implementar um programa contra o tabagismo, mesmo comprando os medicamentos, do que pagar o tratamento da doença causada pelo vício. Ele explicou que o tratamento se baseia em duas formas.

“Primeiro – disse Meirelles - é preciso entender que o tabagismo é dependência química. A nicotina é muito poderosa e pode causar dependência química até maior que outras [substâncias].”

Observou também que há uma dependência psicológica: o cigarro às vezes é encarado como uma forma de tranquilizar, aliviar o estresse e aborrecimentos.


Por Ag. Brasil

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terça-feira, 28 de maio de 2013

O que o dinheiro não compra

O Iluminismo foi em geral favorável ao homem de negócios independente, o empresário. E não houve ninguém mais a favor do que Adam Smith, cujo livro Riqueza das Nações chegou a ser uma espécie de bíblia para os que consideravam a atividade capitalista como totalmente meritória, não devendo sofrer restrições de qualquer regulamentação. Entretanto, nem Adam Smith imaginaria a que ponto chegaria a liberdade de mercado no século 21.
No livro O que o dinheiro não compra, o filósofo americano Michael Sandel, demonstra que hoje o dinheiro compra quase tudo nos Estados Unidos e no mundo, em função da globalização do capitalismo. A mercantilização chegou a tal ponto que está corrompendo a moral e os relacionamentos entre as pessoas. Tudo, hoje, tem seu preço. Este pode ser explícito, como no caso dos carros, das torradeiras e da carne de gado.

Ou será implícito, como no caso do sexo, do casamento, dos filhos, da educação das atividades criminosas ,da discriminação racial,da participação política,da proteção ambiental e até da vida humana.Enfim, a lei da oferta e da procura reina soberana sobre todas essas coisas. Sandel traz exemplos concretos para provar a sua tese.
 Na Califórnia,os infratores não violentos podem pagar por acomodações melhores – uma cela limpa e tranqüila na prisão, longe das celas dos prisioneiros não pagantes.
Para tentar diminuir o congestionamento do trânsito, Minneapolis e outras cidades estão permitindo que motoristas desacompanhados usem as pistas reservadas ao transporte solidário, a taxas que variam de acordo com a intensidade do tráfico.
Na Índia, casais ocidentais, em busca de uma mãe de aluguel recorrem cada vez mais à terceirização , onde a prática é legal e o preço corresponde a menos de um terço das taxas em vigor nos Estados Unidos.Embora o preço não seja divulgado, funcionários de certas universidades de primeira linha disseram ao Wall Street Journal que aceitam alunos não propriamente brilhantes cujos pais sejam ricos e suscetíveis de fazer doações financeiras substanciais.
Alugar espaço na testa ( ou em outra parte do corpo) para publicidade comercial.Perder seis quilos em quatro meses, no caso de um obeso.

Empresas seguradoras oferecem incentivos financeiros à perda de peso e outros tipos de comportamento saudável, o prêmio é de US$ 378.Comprar a apólice de seguro de uma pessoa idosa ou doente, pagar os prêmios anuais enquanto ela está viva e receber a indenização quando morrer: potencialmente, milhões de dólares (dependendo da apólice).Esse tipo de aposta na vida de estranhos transformou-se numa indústria de US$ 30 bilhões.Quando mais cedo o estranho morrer, mais o investidor ganhará (!).
Médicos, denominados de “butique”, oferecem acesso ao seu telefone celular e consultas para o mesmo dia a pacientes dispostos a pagar taxas anuais que variam de US$ 1.500 a US$ 2.500.Portanto, os valores de mercado desempenham um papel cada vez maior na vida social. Tudo está submetido às leis do mercado.
 Outro exemplo da ação do mercado é no sistema escolar. Sandel conta que em várias partes dos Estados Unidos, escolas passaram a tentar melhorar o desempenho acadêmico com a remuneração das crianças para estimulá-las a tirar boas notas ou obter boa pontuação em testes de avaliação. A ideia, segundo ele, de que os incentivos em dinheiro podem resolver os problemas de nossas escolas surge como um pano de fundo do movimento pela reforma educacional.

Cada vez mais, os incentivos financeiros são considerados um elemento-chave do melhor desempenho educacional, especialmente no caso de alunos de escolas em centros urbanos com resultados medíocres.
A revista Time, segundo o livro de Sandel, realizou uma reportagem de capa, perguntando: “Cabe às escolas subornar as crianças?”.Para os defensores da idéia, o suborno é justificável desde que aumente o aprendizado. E o limite moral, onde fica? Na verdade, nesta sociedade de mercado, as diferenças tendem a se tornar maiores.
 Tudo é marquetizado, tudo é passível de ser comercializado. Em meados do século 18,os teóricos esclarecidos de toda a Europa haviam decidido que o interesse pessoal era a base de todas as ações humanas e que o governo deveria,sob todos os aspectos, ajudar as pessoas a expressar seus interesses e, com isso, a encontrar a verdadeira felicidade.
 Está na hora de o Estado promover o encontro e a convivência de pessoas de posições sociais diferentes, e, assim, incentivar o respeito às diferenças e cuidar do bem comum. Existem bens cívicos e morais que jamais poderão ser comprados.
 O mercado ironiza o Estado colocando por toda a parte os impostômetros, mas, segundo o professor da PUC-SP, Ladislau Dowbor, autor de mais de 40 livros, não vemos em nenhum lugar um lucômetro.

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domingo, 26 de maio de 2013

Chega de sacanagem: Oi terá que informar limites de planos que ofereçam ligações à vontade

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou a operadora de telefonia Oi a informar as restrições, exceções e os limites em todas as ofertas do plano Oi à vontade, ou qualquer outro que prometa ao consumidor despreocupação com faturas e tempo de ligação. Se não cumprir a determinação poderá pagar multa diária de R$ 30 mil. A empresa poderá recorrer da decisão.

De acordo com o Ministério Público, que encaminhou a ação civil pública, a Oi utiliza em sua publicidade termos que induzem o consumidor a não se preocupar com o pagamento da conta telefônica. “O uso de termos sugestivos como à vontade em peças publicitárias deve estar acompanhado da divulgação das limitações e restrições, com a mesma visibilidade e peso do supostamente fantástico benefício oferecido”, afirma a promotoria.

O MP acrescenta que a empresa não esclarecia que o bônus de 10 mil minutos previstos no plano Oi à vontade se iniciava após a utilização dos minutos da franquia contratada e que as chamadas para telefones móveis de outra operadora não estavam incluídas: “O consumidor era surpreendido com a cobrança de faturas altas, quais sejam, aquelas feitas para celular de outra operadora após a utilização da franquia”.

A operadora alegou que “qualquer consumidor, de mediana inteligência, sabe que não existe serviço de telefonia com número infinito de minutos mensais”. De acordo com a operadora, a existência de limites é notória e independe de prova, e a mídia televisiva não é a via própria para discriminar os detalhes de um serviço complexo.

A empresa foi condenada também ao pagamento de danos morais e materiais aos consumidores que contrataram o plano, além da publicação de editais para conhecimento da sentença em dois jornais de grande circulação.

A Oi informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comenta processos em andamento.

Fonte: Agência Brasil



















                                                                                                                     

sábado, 25 de maio de 2013

Diferença salarial entre trabalhadores com e sem nível superior chega a 219%

A diferença salarial entre os trabalhadores brasileiros com e sem nível superior pode chegar a 219% segundo dados da pesquisa Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre) 2011, divulgada nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, quem tinha nível superior recebia, em média, salário de R$ 4.135 e quem não tinha, R$ 1.294.

O estudo, que reúne informações cadastrais e econômicas de empresas e outras organizações (administração pública, entidades sem fins lucrativos, pessoas físicas e instituições extraterritoriais), mostra ainda que 82,9% dos assalariados não tinham nível superior e 17,1% tinham.

Em 2011, as empresas pagaram os salários mensais mais baixos (média de R$ 1.592,00), enquanto a administração pública pagou os mais elevados (média de R$ 2.478,00), seguida das entidades sem fins lucrativos, que pagaram salário mensal médio de R$ 1.691,00.
Os maiores salários médios mensais foram pagos pelo setor de eletricidade e gás (R$ 5.567,00), seguido por atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (R$ 4.213,00). Já os menores foram pagos por alojamento e alimentação (R$ 858,00) e atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.110,00).

A pesquisa aponta também aumento de 5,7% no número de mulheres contratadas entre 2010 e 2011, variação superior à dos homens (4,7%) contratados no mesmo período. Ainda assim, os homens continuam sendo maioria (57,7% contra 42,3%) e continuam a ganhar mais: em média, R$ 1.962,00, 25,7% a mais do que a média salarial das mulheres (R$ 1.561,12).

Fonte: Agência Brasil

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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Saiba algumas das façanhas que fazem com o dinheiro dos contribuintes

Quantos de nós assistimos as extravagâncias de alguns “esportes”, como salto de para quedas com “asas”, de cima de um penhasco, aqueles precipícios que nenhuma pessoa normal conhece. Ou, aqueles veículos que se deslocam com velocidades de 400 km/h no deserto de algum país distante de todos civilizados
.
Mas, agora já há maluco fazendo maratona no Polo Norte. O mais impressionante não são as peripécias que esta gente faz. E, sim, de onde vem o dinheiro para custear estas loucuras. Dentre alguns “esportistas” há aqueles que são patrocinados pelos correios. Isso mesmo! Pelos correios.

Nossas correspondências não chegam regularmente em nossas residências por falta de carteiros e pela falta de infraestrutura dos Correios no Brasil. Embora a explicação seja a falta de recursos para aplicar nas melhorias do serviço e investir em novos concursos. O dinheiro é gasto com malucos que arriscam suas vidas a nossas custas.

Porém, não é só o Correio brasileiro que faz isso, A Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, a Petrobrás e por aí vai... Todas estão “liberando” recursos para estes esportes tão interessantes. Mas, a educação no Brasil está atravessando o pior momento da história deste país. E que fazemos!...Assistimos estes esportes malucos pra relaxar.

E pagamos por isso, de duas formas, a TV por assinatura para assistir lutas de UFC, esportes malucos, acidentes extraordinária. Programas estes patrocinados por empresas públicas que administram o nosso dinheiro. E pagamos com nossa submissão a esta cultura.

 E, nossas escolas, aquelas que fixam conceitos, que influenciam para o resto da vida os cidadãos, Ah! Essas... Não precisam de recursos destas empresas públicas! Estamos perdendo a consciência.

Assim, estamos vulneráveis ao descaso com o dinheiro público. Agora vem a Copa das Confederações. Imagino quantos patrocínios públicos deverão estar presente neste evento. Por que não fazer eventos entre escolas?

 Por que os grandes clubes não estão vinculados as Universidades e delas buscarem atletas?

 O porquê de não fazerem, porque aqui é o Brasil e educação não se exige.


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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Usar celular ou tablet à noite pode prejudicar o sono

Más notícias para os fãs de Angry Birds, Candy Crush Saga, viciados em Facebook e outras formas de entretenimento digital. Passar muito tempo olhando para a tela de seu smartphone ou tablet durante a noite pode prejudicar o sono e, consequentemente, a sua saúde. O alerta é do especialista Charles Czeisler, da Faculdade de Medicina de Harvard, em um artigo publicado na edição desta quinta-feira (23), da revista inglesa Nature.

O tipo de luz emitida por esses dispositivos, segundo Czeisler, é especialmente prejudicial à indução natural do sono, associada aos chamados ciclos circadianos. E em um mundo em que as pessoas já dormem tradicionalmente pouco, e mal, isso pode ser um problema sério para a saúde. Várias pesquisas publicadas nos últimos anos revelam uma forte ligação entre privação de sono e a ocorrência de doenças como obesidade, diabete, problemas cardiovasculares, enfraquecimento do sistema imunológico e até câncer.

“O sono é essencial para a nossa saúde física e mental. Por isso é vital que aprendamos mais sobre o impacto do consumo de luz e outras formas pelas quais nosso ‘modo de vida 24 horas’ afeta o sono, os ritmos circadianos e a saúde”, afirma Czeisler.
Luz desregula o sono

O “relógio biológico” do organismo é naturalmente controlado pela exposição à luz. Quando a única fonte de luz era o Sol, esse controle era simples: ou era dia ou era noite. Desde que a luz elétrica foi inventada, porém, criou-se uma área cinzenta - ou de penumbra - cada vez maior entre esses dois períodos, que desregula toda a fisiologia do organismo associada aos estados de alerta e sono.

“A exposição à luminosidade no período da noite interfere na liberação de melatonina, que é o hormônio que faz a gente ter vontade de dormir”, diz a neurologista Anna Karla Smith, do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Segundo ela, há sensores na retina dos olhos que, quando expostos à luz, bloqueiam a liberação do hormônio.

“O resultado é que muita gente continua checando e-mails, fazendo lição de casa ou vendo TV até tarde sem nem se dar conta de que já está no meio da noite”, diz Czeisler na Nature.

O fator complicador dos tablets, smartphones, laptops e outros gadgets luminosos, segundo ele, é que a luz do tipo LED usada para iluminar suas telas é rica em radiação azul (de menor comprimento de onda), que interfere muito mais nos ciclos circadianos do que a radiação vermelha ou laranja (de maior comprimento de onda), que prevalece nas lâmpadas incandescentes e na luz natural do entardecer - que inicia a liberação de melatonina.

Período mínimo
O período mínimo de sono recomendado pelos médicos é de sete a nove horas por dia. Nos Estados Unidos, porém, cerca de 30% das pessoas empregadas dormem menos do que seis horas, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, citados pela Nature.
Na cidade de São Paulo, a população dorme em média seis horas e meia por dia, segundo pesquisa realizada em 2007 pelo Instituto do Sono da Unifesp (a mais recente disponível). Quase 80% dos paulistanos sofrem de algum distúrbio do sono e mais de 45% têm dificuldade para dormir.

Diferença
Para a publicitária Nicole Bichueti, de 31 anos, a impressão é de que o tablet causa mais insônia do que o smartphones. “Em casa, uso para ler textos extensos, mas evito fazer isso antes de dormir, pois me tira o sono”, afirma. “Já com o celular, no qual acesso as redes sociais, costumo ficar até antes de dormir e sinto pouca diferença.”

Ela afirma, porém, que quando precisa de boas horas de sono deixa o celular de lado. “Se estou cansada e preciso realmente dormir, nem olho o telefone para não cair em tentação.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 

Fonte: Agência Estado

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terça-feira, 21 de maio de 2013

A coisa está preta


Dentre tantas coisas que a gente aprende em cursos está que peremptoriamente um palestrante deve evitar a todo o custo falar a palavra “coisa”.
Se ele fala coisa o tempo todo pode ser que ele não entenda da coisa, ou que talvez queira dizer uma coisa e seu público entenda outra.
 Para o exigente público, essa espécie de vício em repetir palavras vira comentários jocosos. Recentemente no intervalo de umas palestras meus colegas não falavam em outra coisa.
Vejam que coisa estranha, segundo o Gênesis, Deus criou todas as coisas de um nada qualquer, para só depois criar o homem. Geneticamente falando, tudo o que não era gente, era coisa.
Até que em 1963 Vinícius de Morais decidiu elevar também o ser humano à condição de coisa: “olha que coisa mais linda, mais cheia de graça...”.
No entanto, coisa é uma expressão muito vaga e que pode dizer muito ou pouca coisa. Por exemplo, uma conhecida foi a um motel como o novo namorado e relatou que quando viu o tamanho da coisa, sentiu uma coisa que não sabe explicar, se é que você me entende. Disse, também que, pelo fato de o namorado ser baixinho, esperava uma coisa e constatou outra.
Soube, com tristeza imensa que, quando eu levei o pé na bunda da minha primeira namorada, ela se referia a mim como “coiso”.
A coisificação das ideias pode transparecer rasgados elogios ou críticas veladas. Outro exemplo sobre o estado das coisas: há críticas severas sobre o que está acontecendo no nosso país na área da saúde pública.
As três esferas – municipal, estadual e federal – enfrentam severos desafios e todos reconhecem que a coisa está preta. Dizem que a coisa não funciona e que depois que colocaram aquela coisa no comando a saúde virou caso ou coisa de polícia.
Alguns mandatários ao receberem os relatórios dos problemas a serem resolvidos teriam comentado: coisa de louco. Os que defendem as atuais políticas de saúde pública recebem desconfiança da população como o seguinte comentário: aí, tem coisa. Há, decididamente, muita coisa a ser feita.
 O pessoal que deixou o poder fala reservadamente que da atual gestão não dá para esperar muita coisa. Por outro lado, os administradores eleitos teriam comentado que a melhor coisa que os perdedores podem fazer é ficar quieto porque a tal aliança política comprovadamente foi coisa que não deu certo e que esse tipo de comentário é coisa de fofoqueiro mais interessado em ver a coisa pegar fogo.
 O maior cuidado em política é não misturar coisas privadas com coisas públicas porque se sabe que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa e que quando se mistura uma coisa com outra coisa, não dá nem uma coisa e nem outra. De todas essas coisas da crônica, pois eu não tinha outra coisa para escrever, gostaria de lembrar aos administradores os três principais conceitos de uma gestão corporativa: entender como a coisa funciona, fazer a coisa certa e falar coisa com coisa.

Esse artigo foi parcialmente plagiado de uma coluna publicada na revista Você SA de 2003, de autoria do extraordinário Max Gehringer.
Entendeu? que coisa não? Comente...

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Marido pega mulher no flagra e amante tenta fugir pela janela em São Paulo Veja o vídeo completo

A situação é tão surreal que parece até mentira. O amante fez até uma daquelas cordas clássicas improvisadas com lençóis para fugir enquanto o marido discutia com a mulher na varanda. Confira o vídeo 

sábado, 18 de maio de 2013

Ambiente familiar é o local onde homossexuais mais sofrem agressões


O local em que os homossexuais mais sofreram agressões, no estado do Rio, em 2012, foi o ambiente familiar, apontam dados preliminares de um levantamento divulgado nesta sexta-feira pelo Programa Rio sem Homofobia. Do total de denúncias registradas nos quatro centros de referência no estado e pelo número 0800.234567, 22% foram praticados pelos próprios amigos e parentes, dentro das casas das vítimas.
"É assustador você ter o ambiente familiar como o principal local de violência contra homossexuais. Dá a noção de quanto é séria a situação de vulnerabilidade em que vivem. Em casa, com seus pais, irmãos e parentes, é que eles sofrem a maior parte da violência verbal e física", avaliou Cláudio Nascimento, coordenador do Programa Rio sem Homofobia.
O segundo lugar onde a violência é mais frequente é a rua (18%), o que agrava o problema, na visão do coordenador: "Na prática, o direito de ir e vir dos homossexuais está sendo cassado. Se não é surpreendente, é entristecedor. A gente vem debatendo a questão dos direitos humanos, mas nosso país ainda está patinando". O ambiente de trabalho e a escola também estão entre as principais áreas em que há a prática da homofobia.
A pesquisa completa será divulgada na semana que vem, mas os dados foram antecipados nesta sexta, Dia Internacional contra a Homofobia, data considerada histórica porque, há exatos 20 anos, a Organização Mundial da Saúde retirou a homossexualidade da lista de doenças psiquiátricas.
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina teve a mesma iniciativa em 1985. "O dia de hoje precisa trazer para a sociedade uma reflexão. A religião tem o direito de ter seus dogmas, mas suas doutrinas não podem ser impostas a toda a sociedade. A homossexualidade era considerada doença por questões ideológicas e religiosas. A ciência era usada como escudo".

Por Ag. Brasil.

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Quem só espera dificilmente alcança


Não nos conhecemos! Ignoramo-nos a ponto de desejar coisas que não nos dizem respeito por considerável impressão distorcida. É o autoengano. Somos capazes de criar inúmeras ilusões das quais nos alimentamos para fugir à dor gerada pela realidade.
Cremos no que imaginamos até se tornar uma verdade particular. Faz bem. Dá alívio. Mas não nos faz crescer. Traz frustração, raiva e desânimo.
Logo, antes mesmo de se localizar em algum plano de crescimento, é preciso encontrar-se primeiramente. Ou seja, em razão de voltarmos excessivamente a nossa atenção ao nosso redor, bem pouco olhamos para a vida interior com a devida atenção.

Vale lembrar: faça como você quiser, porém o preço lhe será cobrado! É importante ter a liberdade de escolha (cuidado, pois, com as suas decisões!), mas é igualmente essencial (ainda que se tenha feito opções erradas) obter resultado àquilo que se escolheu. Do contrário, equivaleria dizer que, após árduo e prestimoso cuidado com o plantio, nenhuma colheita se poderia aguardar. Injusto, não?! Mas a resposta sempre chega: suficiente ou insuficiente, considerando-se o conhecimento e a experiência presentes em relação ao nível da qualidade resultante. Justo, não?!

Assim, depende do quanto você se conhece, para estabelecer o planejamento com os objetivos mais adequados, os quais poderão ser uma fonte constante de motivação, pois os motivos serão legítimos e farão sentido na hora de persegui-los, sobretudo quando for necessário persistir, haja vista existir um tempo para cada coisa. Quanto mais você se enxergar, tanto melhor será o direcionamento dos esforços para o crescimento e a autonomia a que se tem pleno direito.

Cada novo passo dado rumo à evolução pessoal fará aumentar o desejo de romper com o atraso ao qual se vive preso, fruto da respectiva falta de visão. Eis o preço: Enquanto o ser humano não alcançar a mínima consciência de que ele próprio se limita e, portanto, vive sob o manto da mediocridade autoimposta, pouquíssimo mudará na sua vida. Seria ilusão esperar algo diferente, não acha? E injusto também!

Contudo, é devido antecipar que, ao entrar em contato consigo mesmo, de modo honesto, profundo e frequente, a verdade emergirá dolorosa, causando mal-estar. Mas é por causa de tal incômodo que nos mexemos na direção do aperfeiçoamento, e que foi justamente a tão confortável quão prejudicial acomodação que nos amarrou à falta de visão sobre nós mesmos e às suas típicas decorrências.

Então, o que você pretende fazer? Só esperar? Se localizar superficialmente em um dado plano de desenvolvimento sem considerar a fundamental autorrevisão? Ou empreender uma ousada e aflitiva (embora crucial) autoavaliação, e em seguida traçar novo e sólido planejamento para o desenvolvimento pessoal? Um novo ano está chegando e, é hora de nos planejarmos.

Por: Armando Correa de Siqueira Neto
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quinta-feira, 16 de maio de 2013

A verdade é inconvertível



“Brasileiros, é hora de reformas de estrutura, de métodos, de estilo de trabalho e objetivo, portanto uma reforma geral”. Sim, houve um tempo em que tínhamos um Presidente convicto de que o Brasil necessitava quebrar paradigmas para avançar. E ousou deixar o plano da teoria para ingressar na prática efetiva. Tal frase foi proferida no maior comício público de nossa história, no dia treze de março de 1964, por João Belchior Marques Goulart. O resultado já se conhece. No dia primeiro de abril do mesmo ano, dia da mentira, um golpe civil-militar condenou nosso país a vinte e um anos de ditadura, com supressão das liberdades políticas individuais e coletivas, perseguições, torturas, exílios e assassinatos. Para o Presidente Jango, o preço foi a morte na solidão do exílio.

Todos os dias essa história é escrita e reescrita de várias formas, de acordo com diferentes versões. De outra sorte, é comum ouvir o provérbio “todos os fatos têm três versões: a sua, a minha e a verdadeira”. A verdade sobre a derrocada inconstitucional do Presidente Jango e suas consequências está retratada de forma fidedigna no excelente documentário “O dia que durou 21 anos”, dirigido por Camilo Tavares e produzido por seu pai, Flávio Tavares. Próximos à data do cinquentenário deste triste capítulo que nos envergonha e mancha com sangue as páginas da nação brasileira, a ninguém mais cabe desconhecer a verdade da influência do governo dos Estados Unidos no Golpe de Estado no Brasil. Várias gerações precisam saber que a CIA e a própria Casa Branca, lideradas pelos Presidentes Americanos Kennedy e Johnson, se organizaram para derrubar Jango e subverter a ordem interna no Brasil, apoiando um regime de exceção que estagnou nossa Ordem e Progresso.

A verdade assusta os opressores que apoiaram uma ditadura implantada contra o povo brasileiro. Assusta os pseudo-democratas que insistem em manter seus privilégios fingindo serem cegos, surdos e mudos perante o contexto social. São os mesmos que se submetiam caladamente às prepotências da ditadura que cultuam. Estes sim têm medo da verdade que teima em se impor hoje mostrando quem é quem. Filmes como “O dia que durou 21 anos” mostram uma realidade que muitos não querem ver.

Fala-se por aí que o Governo de Jango era “subversivo” e que implantaria uma república sindicalista ou até mesmo comunista no Brasil. Que Jango era “fraco” ou que não tinha pulso para reagir ao golpe. Muitos destes que falam, inclusive, são saudosistas do famigerado Ato Institucional nº 5, que mergulhou o país no período mais sombrio da história da República.

 Verdade seja dita, cinquenta anos é tempo suficiente para percebermos que a “subversão” do Presidente Jango consistia na vontade de realizar profundas reformas estruturais e institucionais no Estado brasileiro, que até hoje não aconteceram; que sua “omissão” de reação ao golpe de Estado foi um ato humanitário que evitou uma guerra civil; que jamais existiu na nossa história um “fraco” com tanta coragem para enfrentar o imperialismo americano, com o claro objetivo de consolidar um país mais justo para todos os brasileiros. 
Que venham os filmes. Cada um conte a sua história, cientes de que a verdade é inconvertível.


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