domingo, 10 de março de 2013

Valores éticos e morais

Ser dono de si mesmo não é se curvar ante o vento que sopra nem aos vendavais arrasadores. Embora a influência de tudo à volta é sempre possível marcar presença, fazer a diferença, deixar boas impressões, modificar para melhor: ambientes, pessoas e situações.
É comum encontrarmos aqueles que se colocam à mercê da incúria dos ventos que sopram. Enrolados, sujigados pelo crespar das ondas clamam peito à dentro: “ essa situação me descontrola, não sou dono de mim....” Desabam no autodomínio, perdem-se na interrelação.
Imputar culpas às circunstâncias e aos outros também é lugar comum. A vitimização ganha espaço, a menor valia torna-se moeda forte. As pessoas contabilizam dores, conflitos não resolvidos e se vestem de penas e lamúrias. Qual a possibilidade de mudar esse cenário?
Diz-nos Emmanuel, no livro Vinha de Luz, através da psicografia de Chico Xavier, que “ no vasto caminho da Terra, cada criatura procura o alimento espiritual que lhe corresponde à posição evolutiva.
“A abelha suga a flor, o abutre reclama despojos, o homem busca emoções. Mas, ainda mesmo no terreno das emoções, cada espírito exige tipos especiais.”
Que tipo de alimento você tem buscado para saciar a fome de aconchego e luz? Que caminhos demarcam sua trajetória rumo ao encontro consigo mesmo? Não há dúvida, a viagem que empreendemos a cada vida nos leva sempre ao porto de espera pelo encontro conosco mesmos. Encarar a vida com seriedade e comprometimento exige mais que coragem. Requer grande dose de humildade para poder, às vezes, voltar atrás e refazer planos. Reiniciar a trama com um novo olhar. Permear de misericórdia atos e intenções. Abrir-se para a possibilidade de mais doar que receber.
Essas facetas do crescimento interior falam de necessidades esquecidas ou abandonadas ao longo da jornada: saber ouvir; saber calar; saber dizer o que convém na hora certa. Saber agir fazendo o melhor e mais oportuno para o momento. Trocando em miúdos: ser educado. Condução de dentro para fora, transformando a inteligência com a elevação do coração, visando o aperfeiçoamento íntimo para o bem de todos.... a começar pelo próprio bem, é claro!
O respeito próprio, acrescido do respeito ao outro é tema de várias filosofias. Na Grécia antiga, Platão recomendava às famílias cuidados extremados para com os idosos. O talmude judaico é rico de normas básicas para a interrelação e bons hábitos. Orientações que extrapolam o tempo, despertam o ser humano para a valorização de si mesmo, de seu povo, sua cultura, sem cair nos desmandos da impiedade ou do extermínio de seus iguais.
Desde a antiguidade comportamentos adequados povoam o imaginário de todos que se ligam ao bem estar, à saúde, às relações pacificadoras. Através das civilizações, manuscritos e compêndios buscam inserir e adequar normas de boa conduta entre indivíduos, povos e nações. O primeiro registro que se tem notícia, sobre o assunto, encontra-se na Biblioteca de Nova York. Trata-se de um papiro egípcio datado de 2.500 a.C, com as “instruções de Ptah-hotep” para a importância e a abrangência dos valores éticos e morais.
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