sábado, 2 de fevereiro de 2013

Será que caso ou compro uma bicicleta?


Casar pode ser o sonho de muita gente. Entrar no altar de mãos dadas com o teu pai, ver o amor da tua vida ali, parado um pouco mais à frente, te esperando para te receber até o final da vida. Mas, para! Isso é o que acontece em filmes, essa é apenas a parte boa e bonita do casamento. Casamento tem brigas, tem barraco, tem ciúmes, tem gastos, tem desgaste emocional, tem uma porção de coisas.

E a bicicleta? A bicicleta é ela e pronto. Ela não te cobra se tu chegares tarde em casa. Não vai te fazer cara feia se tu fores a um churrasco na casa dos teus amigos. Nem irá te mandar mensagem dizendo: "E aí?". Claro que não! A bicicleta é simples, meiga e uma das tuas melhores amigas. Tu sobes, abre as pernas e sai por aí...

Ela tem a capacidade de te proporcionar a sensação de liberdade mais gostosa do mundo. A brisa acariciando teus cabelos, a confusão do trânsito te dá a mais infinita leveza, independência, felicidade...

Mas, vem cá?! Quem vai passar o domingo contigo quando estiveres com frio e cansado? Quem vai te fazer companhia em uma quarta-feira de feriado? Quem irá cobrar tua presença quando deres saudades? Quem vai te mandar aquela mensagem de boa noite só no objetivo de dizer: "Tu és a última pessoa que penso antes de dormir"? Com quem irás construir uma história?

Ter uma bicicleta é ótimo, mas eu sugiro-lhes terem os dois. E vocês podem! O dia que o casamento estiver tenso, pesado, pega tua companheira e vai por aí refrescar tua mente. Desgasta os pneus da bike e não o teu relacionamento. Trai apenas o caminho que tu fazias antes. Mude a rota. Grite de raiva e chute o quadro da companheira de duas rodas quando ela inventar de deixar a correia escapar. Explode. Grita. Xinga. Ama e odeia a tua magrela. Deixa-a em um canto, esquece por um tempo, pega de novo. Porque bicicleta dá, dá e pode.

Agora casamento na primeira esquecida, um dos "pneus" já vai começar a esvaziar. No segundo grito, já esvazia o da frente. Na terceira esquecida, na quarta briga, na quinta confusão, já irá furar o pneu da frente e o de trás. Aí meu amigo, não adianta tapar o furo com pistache. Cuida bem do que é teu, cuida e te dedica no afeto de quem está ao teu lado. E a minha magrela? Perguntariam os indignados.

Ah, ela vai estar sempre ali no cantinho da garagem, esperando por mais e uma velha/nova aventura. Então, casa! Casa e compra uma bicicleta...


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