segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A mordida é de dragão


Os aumentos consecutivos, especialmente nos gêneros alimentícios, estão elevando a temperatura do vulcão inflacionário estabelecido na barriga do grande dragão, levando preocupação ao setor econômico do Planalto que, embora aparentando calma, começa a buscar mecanismos de combate, caso a situação escapar ao controle, se é que já não escapou. Além dos reajustes rotineiros, o recente aumento nos valores dos combustíveis, o qual mostrará impacto maior no bolso a partir do final deste mês, até porque o brasileiro, neste momento, entusiasmado pelo carnaval, ainda não se deu conta da pressão inflacionária que esse aumento oportunizará. No momento de começar o ano, oficialmente (no Brasil o ano começa após o carnaval), quando acontece o desembolso com IPVA, material escolar e outros itens, pesar no orçamento doméstico. 

Quando do reajuste nos combustíveis, o governo federal deixou claro que os valores não seriam repassados integralmente ao consumidor, mas, conhecendo a falácia política que sempre acontece nesses momentos, na tentativa de amenizar o impacto, todos podem sentir que o repasse foi integral, sem contar que a própria presidente da maior estatal brasileira indicou a necessidade de um novo reajuste dos combustíveis para conseguir equilibrar a situação da Petrobras. Imediatamente, surgiu a resposta da área governamental de não permitir mais um aumento, no entanto, ninguém sabe até onde a pressão poderá ser contida.

Certo é que os setores econômicos apontam para um aumento da inflação, alegando que somente no segundo semestre deste ano é que poderá acontecer alívio, desde que a situação mundial não venha indicar qualquer outro tsunami financeiro.

Difícil com isso, qualquer projeção de futuro, especialmente quando começa a se planificar um ano de muitos gastos governamentais na preparação do país para a Copa e para a olimpíada que se avizinham. Quem sabe ou pode dizer quanto teremos ainda que pagar até que se possa dizer que o país está pronto para as grandes competições? Fatalmente, toda essa despesa será bancada pelos nossos impostos, sem contar que 2014 é ano de suma importância política e  onde é costume abrir torneiras para mostrar trabalho e atrair eleitores.  Podemos estar rumando para período temeroso, com superaquecimento da barriga do velho dragão, fazendo-o cuspir muito fogo inflacionário, de difícil contenção. 


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2 comentários:

  1. Pois é, mas a crise dos alimentos é vivida em todo mundo, o que preocupa mais ainda. E para não faltar a cereja nesse péssimo bolo além da Copa de as Olímpiadas! Só quero ver o Brasil não ganhar a copa e ficar no ranking em uma posição ruim

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