sábado, 15 de dezembro de 2012

Ah se fosse assim!


Em todos os noticiários econômicos, qualquer artigo científico ou em um simples papo no dia a dia, o comentário não deixa de ser outro. O Brasil vive uma nova era. Uma era que projeta o país rumo ao patamar das economias mais desenvolvidas do planeta.

Esse fato não deve ser mérito de apenas um governo, mas sim de uma sucessão de continuidade nas políticas adotadas durante os últimos 40 anos. Falo em 40 anos só para citar alguns índices que nos permitem a comparação com outros tempos.

Na década de 70 a expectativa de vida do brasileiro não passava dos 48 anos. Apenas um, em mais de dez habitantes possuía carro e a
renda per capita era mais baixa de que países como o Uruguai e a Argentina, não ultrapassando os 800 dólares.

Olhando apenas esses três indicadores podemos pensar que hoje vivemos no paraíso. A expectativa de vida atingiu os 74 anos em 2012. Já observamos um carro para cada cinco habitantes e a renda per capita já ultrapassa os 12 mil dólares.

Parece que vivemos em um país de primeiro mundo. Parece. Tínhamos tudo para já ser uma super potência, porém ainda estamos no meio do caminho. Muita coisa ainda precisa ser feita e dependemos muito de nossos governos.

Nesse meio tempo deixamos de ser um país minifundiário, com agricultura de subsistência e nos tornamos uma das maiores potencias mundiais no ramo do agronegócio. Se tudo der certo, colheremos, pela primeira vez na história, uma safra de soja maior do que a dos Estados Unidos, país que não impõem barreiras no desenvolvimento de suas tecnologias.

Contudo, não podemos depender única e exclusivamente da boa vontade de São Pedro para aumentar nossa lucratividade. Grande parte da margem que poderia ser gerada com a melhora na infraestrutura, diga-se de passagem: escoamento, armazenagem, tecnologia e exportação, é perdida pelo caminho. Quem dera se nossa nação tivesse metade da linha férrea dos norte-americanos. Ou a capacidade de embarque/desembarque do PIOR porto da China.

Mas não. O que impede de caminharmos com passos mais largos rumo ao desenvolvimento é a incapacidade de tolerância sobre certos pontos que facilitariam nossas vidas. A burocracia, por exemplo, que faz com que nossa média de dias para abrir uma empresa seja superior a 100, enquanto na Singapura não passa de três, é uma temerosa questão.

Se não tivéssemos que sustentar tantos deputados, senadores e ministros, fora seus assessores que ajudam a consumir uma das maiores fatias do
dinheiro público já visto na história, nos colocando no topo da lista de países que mais gastam com parlamentares, com certeza teríamos mais dinheiro para investimentos em áreas prioritárias como saúde e educação.

A educação poderia nos ajudar a formar engenheiros, cientistas e até mesmo políticos que pensassem no bom desenvolvimento do país. A saúde ajudaria a aumentar nossa expectativa de vida e uma infraestrutura digna maximizaria o lucro de todos os empresários. Ah, se fosse assim!


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