domingo, 21 de outubro de 2012

Conexões em nossas vidas

Há diferentes tipos de conexões. Desde as elétricas até as que vêm diretamente da alma. Quando conhecemos uma pessoa estabelecemos ou não algum tipo de conexão. Quando lemos algo nos conectamos com o autor ou não. Existem conexões instantâneas e outras demoradas. Tudo na vida pode-se resumir em conexões. Até o DNA depende de como as conexões são feitas para estabelecer as características do ser humano.

Neste mundo que vivemos tudo depende se estamos ou não conectados, mas algumas pessoas pensam que o importante é estar conectada ao twitter, internet ou na rede social do momento, quando em verdade as conexões devem ser entre seres humanos.

Agora entramos num tema mais delicado, as interconexões entre nós, seres supostamente pensantes. Dizem os cientistas, que a maioria das nossas ações se deve a reações químicas e que na realidade não temos muito controle sobre elas. Uma epifania espiritual não seria produto de meditação e comunicação com o Ser Superior, mas uma consequência de nosso cérebro ter produzido ou liberado determinado componente químico.

 Uma atração sexual que leve ao orgasmo não seria nada mais do que o resultado de uma explosão de determinada substância no nosso organismo.

O prazer que obtemos quando lemos uma obra de William Shakespeare ou Miguel de Cervantes depende de nossa capacidade de produzir certa combinação química que produz efeitos de prazer intelectuais.

A solução então é usar drogas (legais ou ilegais) para produzir as sensações de prazer e satisfação que, aparentemente, os integrantes de nossa sociedade hão deixado de produzir?

 Desta forma compensamos o que os seres humanos são incapazes de produzir naturalmente? Ritalina em lugar de limites? Cocaína em lugar de autoconfiança? Que substância química poderá substituir o prazer de fazer o amor com a pessoa amada física, espiritual e intelectualmente?

 Que droga conseguirá descobrir o outro na sua essência quando se despe ante o mundo através da sua escrita? Que pó mágico terá a cara de pau de pretender substituir o sentimento de uma mãe quando pega o filho no colo?

No mundo as pessoas podem conectar-se de várias formas, mas poucas podem fazê-lo totalmente até fundir-se uma na outra e se transformarem num novo ser. O primeiro passo é realmente fazer a conexão entre os diferentes habitantes que há dentro de nós mesmos: nossa mente, nosso espírito, nossas emoções, nossa parte física e nossa alma.

Quando nossas conexões internas deixem de existir porque se transformaram num todo único, aí é quando podemos estabelecer relações com outro ser igual. Internet, twitter e redes sociais são substitutas das reais conexões entre seres humanos.

São meros acessórios que bem usados ajudam, mas quando tentam substituir as verdadeiras conexões se transformam em simples drogas.

 Este artigo foi inspirado no que escreveu a filha de um amigo, no seu blog. Quando li o texto desta jovem escritora, percebi alguém que está estabelecendo as verdadeiras conexões do seu eu. Quem esteja interessado pode acessar: http://refantasiar.blogspot.com.br/2012/10/as-vezes-eu-penso.html

Boa reflexão.

Por: Ricardo Irigoyen

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