quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Cem mil palavras

Eddie Murphy foi um astro dos anos 1980. Seu filme, Bervely Hills cop (Um tira da pesada), arrecadou milhões de dólares e catapultou sua carreira ao estrelato, tornando-o um dos atores mais bem pagos da época, com apenas 23 anos de idade.

Estrelou mais alguns sucessos ocasionais e hoje, em minha opinião, é um comediante mediano. Seu mais recente filme, Thousand Words (As mil palavras), será lançado no Brasil em dezembro deste ano. Nele, Murphy faz um agente literário que nunca lê as obras que publica. É do tipo falastrão que acha mais importante falar do que ouvir.

Sua vida transforma-se quando uma misteriosa árvore aparece em seu jardim e ele percebe que para cada palavra que fala, uma folha cai da árvore e quando não restar mais nenhuma, ambos morrerão. Seu personagem passa, então, a economizar palavras até descobrir uma maneira de cessar o “encanto”.

Também não adianta escrever, é palavra escrita, folha caída. Seria o fim do Facebook, Twitter e de outras redes sociais. Já tem algum tempo que esse tipo de filme não me atrai, mas reconheço que o argumento é interessante. Reza a sabedoria popular que nascemos com duas orelhas e uma boca, portanto, deveríamos falar menos e ouvir mais.

Imagine se cada um de nós tivesse uma árvore como essa do filme, não com mil folhas, mas, digamos, com cem mil. Teríamos, portanto, cem mil palavras para proferir até o nosso último dia de vida. Cem mil. Não são muitas. Só este texto tem mais de 500. Como você as usaria? Guardaria algumas para injuriar o seu time de futebol quando ele perder para o rival, que nem é tão bom assim?

Reservaria uma ou duas, dentre essas cem mil palavras, para espinafrar o motorista que anda devagar a sua frente, justo no dia em que vai passar o último capítulo da novela que você adora? Ou quem sabe sacaria dois ou três palavrõezinhos para praguejar contra seu vizinho só porque ele resolveu comemorar o aniversário e exagerou um pouco no volume da música?

 Criticar é bem mais fácil do que elogiar, a gente sabe. Do mesmo modo que expressar a raiva, a malquerença e a cólera em palavras é tão mais simples do que manifestar o amor, a admiração e o afeto a um parente querido, a um amigo, um colega.

Por: Maurício Pons

3 comentários:

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