sábado, 30 de junho de 2012

Diálogos difíceis, para não dizer (quase) impossíveis



Têm conversas que a gente evita o quanto pode, foge que nem o Diabo da cruz, e quando não dá mais para adiar, não raro, os resultados são desastrosos. São as tais de conversas difíceis, que todos nós temos de enfrentar, quer seja no meio familiar, nas relações sociais do dia adia e, particularmente, no ambiente profissional.

Conversas entre marido e mulher, pais e filhos, insatisfações de vizinhança e o relacionamento entre membros de equipe, colegas de trabalho, patrão e empregado entram nessa seara. As grandes questões nesses momentos são: como deixar de lado a posição de adversários?

Como se libertar de sentimentos como raiva, culpa e mágoa? Quase sempre, os dois lados acreditam que estão com a razão. E é isso que torna esse tipo de diálogo difícil, para não dizer (quase) impossível.

Embora não seja facilmente perceptível, até pela infinidade de variações, todo diálogo difícil tem uma estrutura comum. Não se percebe porque, em geral, as partes envolvidas ficam presas em detalhes e estão comprometidas emocionalmente. Essas conversas envolvem três diálogos subjacentes, são eles: o diálogo dos acontecimentos, o diálogo dos sentimentos e o diálogo de identidade. Em essência, esse tipo de diálogo é uma espécie de luta entre os três diálogos mencionados. Saber equilibrar esses três diálogos é o grande desafio para se lidar adequadamente com relacionamentos interpessoais.

O diálogo dos acontecimentos versa sobre o que aconteceu. Em geral, gira em torno de discordância sobre o que aconteceu ou o que deveria acontecer. Quem está certo e quem está errado. E, invariavelmente, a busca de culpados. Isso dificulta sobremaneira qualquer diálogo. Cada parte tem informações que a outra não possui. Exagera-se no julgamento de verdade, de intenções e de culpa. Quase sempre, eu estou certo e você está errado. E isso é falso porque ninguém está sempre certo.

Especialmente porque a questão quem está certo ou quem está errado envolve percepções, interpretações e valores individuais que, de forma nenhuma, podem ser considerados “verdades universais”. Há ainda a invenção de intenção, em que se presume saber as intenções dos outros, que, quase invariavelmente, decidimos que são más. Na verdade intenções são invisíveis e complexas. Nós as deduzimos pelo comportamento das pessoas, podendo ser trágico dialogarmos com base em deduções infundadas. E, pior ainda, quando se fala em culpa, porque a tendência é a defesa. O mais difícil de tudo é ver como nós contribuímos para os problemas nos quais estamos envolvidos.


O diálogo dos sentimentos envolve emoções como raiva, mágoa, ciúme, inveja etc. que não são ditas claramente, mas, de qualquer modo, podem ser lidas nas entrelinhas. Há um debate íntimo do indivíduo consigo mesmo. A grande questão é como lidar com sentimentos? Os diálogos difíceis não apenas envolvem sentimentos, mas são, em sua essência, sobre sentimentos. Os sentimentos estão na raiz do conflito. Entre os maiores desafios dos seres humanos estão compreender os sentimentos, falar sobre sentimentos e manipular sentimentos. É a falta de habilidade em discutir sentimentos que, muitas vezes, dificulta o diálogo.

O mais desafiador dos três diálogos é o de identidade. É por meio dele que olhamos para dentro de nós. Buscamos saber quem somos e como nos vemos. Em resumo é sobre o que eu digo para mim sobre mim mesmo (competente ou incompetente, bom ou mau etc.). E isso é importante para transformar em força o que geralmente é fonte de ansiedade. Por exemplo, quando se vai discutir o mérito de avaliações ou pedir aumento para o patrão.

Compreender os desafios inerentes aos três diálogos é fundamental para se conseguir enfrentar diálogos difíceis e lidar mais adequadamente com problemas. Isso implica em mudança de atitude, com capacidade de transformar conversas difíceis em diálogos de aprendizagem. Eliminar o medo e a ansiedade é utópico. Reduzir o medo e a ansiedade é algo mais plausível. É exatamente sobre isso que trata o livro “Difficult Conversations”, dos professores Douglas Stone, Bruce Patton e Sheila Heen da Harvard Law School e do Harvard Negotiation Project.

As considerações desse texto foram baseadas nele.
Em resumo, podemos melhorar nossas habilidades em lidar com as nossas diferenças, não nos permitindo transformar desentendimentos em fracasso competitivo.


por Gilberto Cunha.

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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Falso até nas redes sociais



O que esperar de um político candidato que, para aumentar sua popularidade na internet, paga por perfis já consolidados nas redes sociais? O que esperar de um político candidato que, agindo assim, em outras palavras, mente ao seu público através das redes sociais? A eleição para as prefeituras e Câmaras de Vereadores se aproxima, algumas definições já aparecem, e essa nova “façanha” de nossos representantes foi apresentada ao Brasil.

Funciona assim. Na tentativa de conquistar mais votos e se mostrar com uma grande popularidade na internet, os pré-candidatos passaram a comprar perfis já estabelecidos. Tentam fixar junto ao eleitor uma imagem que não é verdadeira. Eles, então, mentem.

Reportagens publicadas no centro do país revelam que o serviço pode ser solicitado por um valor mínimo de R$ 400,00. Conforme o preço, o político garante 500 mil seguidores ou mais. A Justiça Eleitoral já descobriu o golpe e a maior consequência é a cassação de mandato. É crime porque o candidato passa a contatar um público desconhecido dele e “comprado". Especialistas destacam, contudo, para o aumento desse tipo de prática nos próximos meses, em função da proximidade das urnas.

A melhor maneira de combater um candidato mentiroso é não votar em seu nome e também denunciá-lo como um fraudador de perfis nas redes sociais. Quem, de uma hora para outra, aparece com milhares de seguidores, tem a obrigação de se explicar junto à sociedade. A comunidade da internet, aliás, pode ser a grande aliada na fiscalização e tornar público um modelo comprado.

A campanha digital já está em prática em todo o Brasil. É a forma mais rápida e moderna de atingir milhares de pessoas em um único clique. A rede mundial não beneficiou apenas os candidatos. A própria Justiça utiliza a ferramenta para aumentar a consciência eleitoral dos cidadãos através de divulgações e noticiários. Ao mesmo tempo a www desafia quem deve ficar atento e fiscalizar os abusos previsto em lei. Ao contrário dos casos flagrados na rua, na internet a chance de uma proposta fora de época ou ilícita vigorar por meses, até ser descoberta, é grande. E talvez nem ser identificada.

Os candidatos enxergaram na internet uma mina de ouro. É barata e eficiente na sua amplitude do ponto de vista promocional. Mas nada supera a melhor forma de saber quem é o verdadeiro político: a conversa direta. Afinal, você já parou para pensar se é a mesma pessoa aquela que você segue nas redes sociais e aquela que senta na frente de um computador?

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D.Popular.

domingo, 24 de junho de 2012

O Ingênuo Governador



A secretária do Tarso
era apaixonada por ele, mas ele não percebia.

Um dia, depois do expediente, ela entrou na sala dele, com um vestido provocante, bem decotado, fechou a porta atrás de si, caminhou languidamente até à mesa, com ares de Mônica Lewinski e propôs:

- Sr.Governador, vamos fazer uma "maldade"?

- Vamos! Onde é que eu assino contra o CPERS?

sábado, 23 de junho de 2012

Como transformar sonhos em realidade...



Uma das grandes diferenças entre os seres humanos e os animais é que nascemos com capacidades muito além do que precisamos para sobreviver. Somos todos superdotados, porém, nossas capacidades cerebrais são subutilizadas muitas vezes. O seu inconsciente não é nenhum bobo. Se você sonhou com algo, é porque já tem o poder de realizar este sonho. A propósito, você está satisfeito com o que está conseguindo? Já aprendeu a transformar os seus sonhos em realidade? A diferença entre sonho e desejo é que desejos têm o poder de mobilizar o inconsciente e gerar ação. Se o seu subconsciente estiver impregnado por um forte desejo, saia da frente, porque ele vai fazer acontecer.

Qual é a chance de você realizar um sonho por distração? Coisas importantes não devem ser feitas ao acaso e sim com planejamento. Quando se trata de obter resultados, a estratégia é mais importante do que o trabalho. Vivemos numa época em que a máxima é fazer mais com menos. Existe a consciência de que é com planejamento que se maximizam os recursos.

Nada acontece por acaso. A parte mais difícil para subir numa montanha é o começo, porque é quando a montanha está maior. Dê o primeiro passo. Saia da zona do conforto. O universo conspira a seu favor, desde que você aja. Não há lugar mais inseguro do que o lugar que você se acha seguro. Arrisque mais! Faça algo novo! Olhe para frente com coragem e ousadia. O único lugar que tem menos risco é no túmulo, e este é o lugar que, com certeza, você não tem pressa de chegar.

Mantenha crenças positivas e fortalecedoras. Assuma a direção da sua vida. Mude o que estiver ao seu alcance. Jamais coloque nos outros a culpa pelos fracassos e derrotas. Também não reclame. Por que reclamar dos desafios da montanha, se somos nós os montanhistas que escolhemos a montanha para subir? Procure ser feliz e fazer os outros felizes. Um bom começo para isso é seguir a regra: “não condene, não critique e não se queixe”. Afinal, na vida não existem fatos negativos, nem positivos. Fatos sempre são neutros. As nossas reações e julgamentos são frutos de nossas crenças; e crenças só se justificam quando são fortalecedoras.

Mude e aprenda rapidamente. Você não está apto a trabalhar na onda do conhecimento (era da informação), com as habilidades adquiridas para sobrevivência na terceira onda (era industrial).

É preciso permanecer fiel ao contrato de adesão, que assinamos antes de nascer, cujas clausulas são:
1º Um dia iremos morrer,
2º Temos que mudar,
3º Temos que aprender.
Saiba aonde quer chegar. Defina a situação presente versus a situação desejada. Gere uma tensão. Uma dissonância cognitiva no seu cérebro. Quando instigado pela tensão, esta buscará uma solução e esta nos possibilitará evoluir. Lembre-se que um prhttp://www.blogger.com/img/blank.gifoblema bem definido é um problema meio resolvido.

Cuide para que os seus objetivos sejam:
1º Positivos, defina o que você quer, não o que você não quer;
2º Específicos, ponha um prazo, defina uma data limite, “Até quando?”; 3º Relevantes, importantes para você, “Que condições positivas elas vão gerar?”;
4º Verificáveis, mensuráveis, sensoriais, “Como você vai saber que atingiu o objetivo?” ;
5º Ecológicos, não prejudiquem ninguém, incluindo a natureza;
6º mobilizadores internos. O resultado depende exclusivamente de você.

Afinal, se não fosse para você atingir o seu sonho, então porque você foi dotado com a capacidade de sonhar?



Soeli de Oliveira.

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Permita-se sonhar...



Viver sem se permitir sonhar é se submeter a uma existência de pesadelos. É se contentar em ser micro quando se poderia ousar ser macro. Não há nada de errado com quem é “pé no chão”. O pecado está em não dar asas à imaginação – “O homem é do tamanho do seu sonho” – conforme concluiu, o imortal poeta português, Fernando Pessoa.

Um sonho é o primeiro passo em direção a grandes conquistas. Um sonho serve de estímulo para a caminhada: não ter sonho é se contentar em ser apenas um ovo e não um pássaro.

O sonho é apenas um degrau rumo ao topo. A realização é a materialização dos sonhos. A grande diferença entre o sonhador e o realizador é que o segundo transforma suas criações mentais em metas e objetivos. Para muitos, metas e objetivos soam como sinônimos. Eu prefiro os que interpretam as metas como frações de objetivos maiores.
Definidos os objetivos, o próximo passo é delinear o plano de ação, respondendo às perguntas: o quê, quem, como, quando, onde e por quê? Soa incomum sugerir responder a esta última pergunta. Mas, a resposta a ela serve de estímulo diante dos fracassos e tropeços que os empreendedores certamente encontrarão ao longo da jornada.

Somos gregários. Há quem diga, nos pampas do Rio Grande do Sul, que “uma andorinha só, não faz verão”. Grandes projetos requerem pessoas em torno deles para serem levados a cabo. O ideal é a participação, inclusive na concepção das ideias, pois nada motiva tanto como ser um dos genitores delas para se sentir também “o pai da criança”.

Viver é correr riscos. As situações de crise oferecem, quase sempre, oportunidades de crescimento. Nem tudo é um mar de rosas – há dias do caçador e outros que são da caça. Ninguém é infalível, querendo ou não erros vão acontecer. A grandeza dos homens em relação aos meninos é que adultos assumem seus erros e fazem deles seus professores.

Vivemos em época de competitividade e produtividade e em muitos casos a solução para fazer mais com menos é a terceirização. O mesmo não se pode dizer da culpa pelos erros, esses nunca deverão ser terceirizados. Grandes líderes assumem inteira responsabilidade pelos mesmos. O reconhecimento dos erros engrandece os empreendedores. Se erramos, quase sempre é porque nos esquecemos de olhar para alguns detalhes durante o planejamento.

O empreendedor tem de ser obsessivo na busca pela excelência, fugir do “mais ou menos”, entregar o que promete em termos de prazo, qualidade e satisfação aos seus clientes. Tratar seus colaboradores como sócios no empreendimento. Entender que fornecedores merecem todo o respeito, tendo em vista que são partes inseparáveis de nossos projetos, pois, o que seríamos sem eles?

Também há de se levar em conta a sociedade e o meio ambiente uma vez que somos partes interdependentes de seu ecossistema. Agindo assim, estaremos deixando o nosso legado na construção do tão sonhado mundo melhor.


Por: Soeli de Oliveira.


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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sepultando a candidatura...



Abrahan Lincoln disse que “Democracia é o governo do povo, para o povo e pelo povo” e Kelsen foi mais enfático dizendo que “a democracia é, sobretudo, o caminho da progressão para a liberdade”.

Estes conceitos encaminham para a conclusão de que a concepção de democracia está relacionada e tem sua origem ancorada nos partidos políticos, considerando que estes vieram para sustentar as aspirações de parte da sociedade com menor poder e, a partir da organização partidária, concretizar seus anseios mediante o exercício do poder político.

Em síntese, a Democracia somente é possível com a existência de partidos políticos fortes, bem organizados e com seus filiados obedientes ao Estatuto, ao Programa e as decisões da maioria dos filiados.

No mesmo rumo, no Direito Eleitoral, a infidelidade partidária, para os detentores de mandato, trata da obrigação de que um político deve ter para com seu partido, por isso eles não podem se desvincular do partido para o qual foram eleitos, sob pena de perderem o mandato.

Quando a Senadora Ana Amélia Lemos, após ser derrotada democraticamente em Convenção Partidária, disse: "Vou subir no palanque de Manuela D'Ávila", s.m.j., suicidou-se partidariamente, num primeiro momento e, se superar a questão partidária, deverá enfrentar revezes quando a decisão vier do eleitor que repudia insubordinação.

Pelas manifestações da Senadora (“... eu tenho de dar satisfação as 400 mil pessoas que me deram votos em Porto Alegre...”) conclui-se que ela precisa se inteirar do funcionamento operacional e legal de uma organização partidária. Esqueceu a Senadora que seu mandato foi viabilizado porque o Partido Político a que pertence requereu o registro de sua candidatura.

Não existe candidatura avulsa, e mais, o Partido, se quiser, poderá, na eleição de 2018, escolher outro candidato a Senador e preterir, por indisciplina, o seu nome já que não mais existe a candidatura nata.

Entendo que o projeto de candidatura da Senadora Ana Amélia ao Governo do Estado, em 2014, em razão deste episódio, errou antes de começar e, por isso, exigirá dela muito mais do que costuras, estratégias e negociações.

A Senadora precisa começar, ontem, um trabalho de convencimento para conquistar a condição de candidata a Governadora, agora com uma forte propensão comunista, pois de democracia a Senadora demonstrou não ter afeição.

Por. Carlos Dirnei Fogaça Maidana.

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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Pedágios x invasões no Rio Grande do Sul.

Brigada Militar - RS.

O projeto do Governador Tarso Genro, de criação de uma empresa pública para a administração das praças de pedágios se mostra como boa proposta, considerando que o sistema sairia do domínio privado, onde o maior interesse está na arrecadação, tanto assim que, inclusive as praças são projetadas e construídas em locais de difícil passagem dos transportadores e demais veículos que trafegam pelas rodovias gaúchas.

Muito pouco essas empresas oferecem na contrapartida das concessões.
Tarso deixou claro que não pretende renovar contratos de concessões de exploração, pelos altos valores cobrados aos motoristas, entre outros, gerando grandes lucros para as empresas exploradoras de praças de pedágios e, naturalmente, pagas pelos que se situam no final da cadeia representada entre produtores, transportadores e consumidores.

A presença de entidade pública na exploração, pode e deve representar cobrança de valores mais compatíveis e viabilidade de maior percentagem de verbas para emprego em melhoria e conservação de estradas, inclusive para atendimento das rodovias hoje fora da responsabilidade das concessionárias, que não se interessam, pela inexistência do chamado movimento "filé", posto a menor utilização desses trechos.

Entendemos, inclusive, que as praças de pedágios poderiam ficar sob responsabilidade dos próprios municípios que, agrupados em regime regional, teriam sob controle a administração, fiscalização e manutenção das vias no perímetro, com maior possibilidade de oferecimento aos motoristas de melhores condições de estradas. A proposta do governador vem gerando polêmica entre situação e oposição, quanto à votação do projeto.

No entanto, mesmo contrários a exploração dessas praças pela iniciativa privada, não podemos concordar com as invasões registradas em praças de pedágios, com liberação de cancelas, dentro de um programa de protesto, por militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Via Campesina e Movimento dos Atingidos por Barragens, como também não podemos ser favoráveis as intermináveis invasões de fazendas, com depredação do patrimônio privado.

As concessionárias de pedágios não estão instaladas simplesmente porque assim entenderam. Elas participaram de todo um processo que redundou nas concessões cedidas pelo Estado e, mal ou bem, trabalham em acordo com o que estipula os respectivos contratos. Assim, a ordem deve ser o encerramento dos contratos nos prazos devidos e, jamais, através de atos de vandalismos, como temos plena certeza que não seria admitido, pelos assentados (ex-sem terras), que outros grupos resolvessem invadir áreas assentadas.

Atos de protestos, quando desenvolvidos de maneira pacifica, na força da argumentação e mostra de vontade no estabelecimento de metas, serão sempre melhor recebidos pelo povo que verá tais ações com simpatia de quem realmente luta por condições melhores de trabalhar e produzir.

Por Moacir Rodrigues

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terça-feira, 12 de junho de 2012

Simpatias para encontrar o amor



Hoje é Dia dos Namorados. E é nessa data que o desespero começa a bater na janela dos desprovidos de alguém especial. O medo de ficar sozinho, a falta de uma pessoa para com quem compartilhar os bons momentos da vida e toda aquela gama de sentimentos positivistas (e até meio derrotistas) começam a pairar na cabeça de certos seres.

A data, criada para homenagear os casais que, em tese, se amam, é, na verdade, uma jogada comercial feita para desovar as prateleiras que ficaram entulhadas de presentes e regalos que não saíram no Dia das Mães e/ou na Páscoa. E isso vem funcionando muito bem aqui no Brasil.

Mas o que ninguém se dá muito por conta é logo depois do Dia dos Namorados, se comemora, no 13 de junho, o Dia de Santo Antônio, vulgo santo casamenteiro. Tanto é que a imagem do santo sofre na mão daqueles que estão encalhados, com mandingas e simpatias para lá de excêntricas. E tudo para o quê? Não ficar sozinho durante o resto da eternidade terrena.

E se você está na pior, se sentindo só e o último dos humanos no quesito amor e suas adjacências, segue aqui uma lista de encantos que são batata para atrair a sua cara metade tão almejada:

1 - Quem está na pior e deseja descobrir o nome do companheiro que ainda não se apresentou deve comprar um pack de cerveja Pale Ale (de preferência uma Dos XX mexicana) importada, se despir de qualquer peça de roupa e bater na casa do pretendente. Não sei se vai rolar namoro, mas com certeza um sexo bem gostoso irá surgir na sua vida.

2 – Procure nos lugares certos. Livrarias, super mercados e postos de saúde não estão com nada. Dê preferência para locais onde as luzes sejam mais amenas, com música boa e cheios de gente. Inferninhos, boates e bares movimentados são uma ótima pedida.

3 – Deixem o Santo Antonio quieto. Ao invés de castigar o rapaz e esperar sentado o amor de sua vida, comece a usar o seu Facebook com outros intuitos do que somente para postar fotos de bichos detonados, reclamações por causa do clima ou aqueles memes idiotas.

4 – Os mais afoitos também tem cura. Se você tiver um casamento para ir, pare de invejar os noivos e aproveite cada segundo. Até porque existem madrinhas, padrinhos e até uns parentes que podem dar sopa na festa depois da cerimônia.

5 – Se aquela gatinha que você está de rolo vive dizendo que não quer nada sério, se liga: é justamente o contrário.

6 – Saiba ler os sinais. Isso é importante na hora de encontrar o seu amor. Placas, semáforos e nomes de ruas são ótimos na hora da conquista. Até porque se você não interpretar direito, jamais conseguirá chegar na casa da pessoa.

7 – Celular com acesso a internet é sempre uma boa ferramenta para encontrar o seu novo amor. Apenas evite dar seus dados do cartão de crédito ou da conta bancária antes de conhecer a sua cara metade. Vai por mim, é bem menos estressante.

8 – Se você namora, mas o altar é o seu foco, aqui vai: Acesse www.meupsiquiatrapredileto.com.br e marque uma consulta antes de tomar qualquer atitude que fará você se arrepender no futuro.

9 – Amplie sua vida social. Ficar em casa esperando o amor bater na sua porta não vai funcionar em nada. Arrume a sua cabeça, fique de bem com você mesmo, se aceite do jeito que você é e pronto. Namorar consigo mesmo é, antes de tudo, um primeiro passo para conhecer outras pessoas. E até evita gravidez indesejada, papos cabeça depois do sexo e outras coisas sexualmente transmissíveis.

Por Danie
l Bittencourt.

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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Carne de cachorro: Questão de cultura?



O brasileiro, independente se negro, branco, amarelo, índio, sofre quase que um genocídio diário nos postos de saúde e hospitais


A globalização das informações é mesmo algo mágico. Sabemos em instantes, muitas vezes com imagens instantâneas o que acontece do outro lado do mundo. O que ainda não aprendemos é a conviver e aceitar as diferenças culturais. Vi um bom exemplo disso há alguns dias quando ocorreu uma comoção pela noticia de que na China um grupo de pessoas salvou mais de 500 cachorros que iam para o abate.


Segundo as informações que chegam aqui, 505 cachorros, presos em 156 jaulas apertadas, escaparam de virar comida nos restaurantes chineses. O caminhão que carregava os animais foi interceptado graças a um grupo de ativistas na província de Yunnan, com a ajuda de motoristas que notaram o conteúdo da carga.

Pessoas começaram a postar fotos e comentários sobre os cachorros no caminhão, o que levou a polícia a parar o veículo no pedágio seguinte. Os ativistas que entraram em contato com as autoridades e fizeram o alerta pela internet, logo chegaram à delegacia para onde os cães e o motorista foram encaminhados.

Voluntários tiraram as jaulas do caminhão e passaram a noite alimentando e cuidando dos cães.

Oficiais do Departamento de Inspeção de Animais, que investigaram o caso, descobriram que o transporte era legal. O dono dos cachorros tinha uma licença para transportá-los e a polícia não conseguiu fazer nada, mesmo sabendo que os animais iriam direto para os restaurantes locais.

Na China a polícia não pode impedir as pessoas de comer cachorros, nem mesmo os maus tratos aos animais é considerado crime por lá, mas os cães nesse caso não foram para o prato. Uma instituição privada de resgate de cachorros chegou ao local, desembolsou quase R$ 18 mil e comprou todos os bichinhos. Os cães foram levados para um abrigo.

Esse é um bom exemplo das diferenças culturais. Os países do oriente têm uma cultura alimentar muito diferente da nossa. Carne de cães é prato comum e apreciado. Pra quem é do ocidente pode parecer desumano ver cães em gaiolas sendo enviados para o abate. Mas a realidade é que cães, para os chinenses, é como gado para nós.

Se nos achamos em condição de tentar intervir numa situação dessas, o que acharíamos se um grupo de indianos parasse um caminhão com bois sendo levados para o frigorífico? As vacas são sagradas na Índia! Assim como consideramos cães integrantes da família aqui, em outros países eles são vistos apenas como alimento.

A situação dos cães é muito parecida com as galinhas, embaladas em caixas e levadas ao abate. Racionalizando dessa forma veremos que a questão cultural é que provoca essa diferença de valores.

Em alguns países eles comem escorpiões, grilos e baratas. Só não nos manifestamos contra isso porque ao invés de afeto a esses animais manifestamos repulsa. Claro que não vou entrar no mérito da questão de como os animais são tratados até chegar no destino,afinal temos toda uma situação de vigilância sanitária, bem estar animal,etc, que por lá não ocorre da mesma forma.

A questão racial também tem situação semelhante. O Brasil meio que importou dos EUA algumas leis anti-racistas. Ocorre que as situações culturais são muito diferentes. Fomos colonizados por portugueses e outros povos que tem bem menos arraigada a questão do preconceito racial que os americanos, predominantemente ingleses. A participação de negros na nossa população é bem maior e a miscigenação muito maior.

Não somos um país branco com negros, somos um país onde as etnias não são tão preservadas como em outras culturas.

Então o que ocorreu é que na bagagem das leis anti-racistas o racismo acabou vindo na carona. E estamos dando mais importância à questão racial do que ela realmente teria na sociedade.

Existe racismo e intolerância no Brasil, sem dúvida, mas daí a uma secretaria especializada ficar analisando tudo que acontece para propor denúncias ao ministério público é um exagero. Li que o Neymar poderá ter que depor, por sua participação num clip em que aparece vestido de gorila. A música do clipe teria o nome de Kong. Ele, o cantor Alexandre Pires e um MC, que participaram do clipe estão sendo chamados a se explicar. Situação semelhante aconteceu quando a Gisele Bundchen aparecia de roupa íntima num comercial.

Disseram que o comercial colocava a mulher numa condição submissa. Nessa semana a vez foi de um comercial de cerveja ser considerado homofóbico. Se continuarmos vendo problemas onde eles não existem corremos o risco de nos tornarmos um país onde o riso vai ser condenado e qualquer manifestação a respeito de outras pessoas será crime.

O brasileiro, independente se negro, branco, amarelo, índio, sofre quase que um genocídio diário nos postos de saúde e hospitais. Pessoas depositadas nos corredores, morrendo de causas absurdas, me parecem tão maltratadas quanto os cães na China.

Ao menos lá a motivação é outra, mais nobre: os cães têm chance de virar um prato elaborado. Aqui, enquanto os animais passam por fiscalizações sobre o bem estar até serem mortos nos abatedouros, para ter o mínimo de sofrimento, a população pobre geme de dor nos corredores abarrotados.

Nossa cultura condena, mas ainda assistimos crianças sendo jogadas no lixo, ou abusadas dentro de suas próprias casas. Estamos evoluindo economicamente e socialmente, mas ainda temos um longo caminho a percorrer para nos considerarmos verdadeiramente desenvolvidos.

por: Ivanor Oliviecki.

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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Arqueólogos na Bulgária descobrem esqueletos de "vampiros"

Esqueleto desenterrado tinha peito perfurado por barra de ferro


Arqueólogos na Bulgária encontraram dois esqueletos datados da era medieval cujos peitos foram perfurados com barras de ferro para impedir que os mortos supostamente se transformassem em vampiros.

A descoberta, segundo historiadores, ilustra uma prática pagã, comum em algumas aldeias búlgaras até um século atrás. Pessoas consideradas más tinham seus corações esfaqueados após a morte, devido a temores de que eles regressariam ao mundo dos vivos para sorver o sangue de humanos.

Descobertas arqueológicas semelhantes também foram feitas em outros países dos Bálcãs. Mas a Bulgária abriga cerca de cem áreas que serviram como locais em que pessoas tidas como vampiros foram enterradas. Os pesquisadores encontraram os dois mais recentes esqueletos, datados da Idade Média, na cidade de Sozopol, no Mar Negro.

"Estes esqueletos atravessados com barras de ferro ilustram uma prática comum em alguns vilarejos búlgaros até a primeira década do século 20", explicou Bozhidar Dimitrov, que comanda o Museu de História Natural da capital búlgara, Sofia. De acordo com o historiador, as pessoas acreditavam que as barras de ferro manteriam os mortos presos às suas covas de modo a impedir que elas as deixassem à noite para atormentar os vivos.

O arqueólogo Petar Balabanov, que descobriu em 2004 seis esqueletos atravessados por "barras antivampiro" na cidade de Debelt, no leste da Bulgária, afirmou que o ritual pagão era também praticado na Sérvia e em outros países balcânicos.

Lendas ligadas a vampiros formam uma parte importante do folclore da região. A mais famosa é a que envolve o conde romeno Vlad, o Empalador, conhecido como Drácula, que empalava suas vítimas na guerra e bebia seu sangue. O mito inspirou o lendário romance gótico de Bram Stocker, Drácula, publicado em 1897, e, desde então já inspirou uma série de adaptações para o cinema.

Fonte: BBC


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quarta-feira, 6 de junho de 2012

E ponha azar nisso...



Manchete em jornal de Blumenau - Santa Catarina, “Mulher casada iria fazer o primeiro programa como prostituta, mas deu errado, porque o cliente era o marido”. Aparecendo uma foto da mulher pulando uma cerca, apenas de calcinha e soutien. A mulher resolveu aumentar sua renda, pois a mesada auferida do marido era insuficiente para suprir as suas necessidades básicas. Então resolveu ser garota de programa. Era casada com executivo há seis anos, vivendo aparentemente muito bem. Mas, ela se sentia inferiorizada perante suas amigas, as quais ditavam a moda, adquirindo os últimos lançamentos, ao participarem de desfiles, ou de leilões de quadros e joias raras, enquanto esta frequentava apenas para olhar, nunca adquirindo os produtos. Por esta razão a cada dia ficava mais frustrada, resolveu então partir para a primeira profissão do mundo, vender seu próprio corpo. Ao invés de procurar uma cafetina, ou um empresário, para tratar e ajustar seus programas fez o que era normal para uma pessoa comum e inexperiente no mercado do sexo.

Colocou um anúncio no jornal, com nome e celular diferente para o marido não desconfiar e ficou na expectativa de quanto iria faturar, já programando o que iria comprar com o produto do seu novo labor.

Ela, com 26 anos, tinha um corpo esguio e bem formado, busto consistente, volumoso e firmes, um metro e setenta, loira natural, olhos azuis e pesava 62 quilos. Segundo informações não confirmadas, teria sido coroada miss da cidade.
Renovou seu guarda roupa, especialmente a lingerie, para que o invólucro ficasse a altura de sua beleza plástica, a fim de que o produto não sofresse depreciação. Banhou-se com algas e ervas exótica, adquiriu um dos melhores perfumes, Old Soar além de cremes importados (deslizaram pelo seu corpo), como Sephora- Super suprema body butter e Lancôme-Gênifique para que todos os atrativos se fizessem presentes para o fim almejado.

A espera do grande dia e o nervosismo a flor da pele, aguardava as benesses do novo empreendimento. Quem seria o primeiro cliente? Como era ele? O que iria querer ou exigir? A primeira ligação ocorreu justamente no horário de trabalho do marido, motivo para comemorar e ir ao encontro do primeiro cliente, já pensando na grana que iria obter. Mas, o primeiro cliente, coincidentemente era seu marido, que lera o anúncio nos classificados do jornal, uma mulher com todos aqueles atributos, lhe agradava e despertava seu desejo mais obscuro, sem imaginar que se tratava de sua esposa.

O encontro foi marcado em um galpão abandonado. Exigente pediu para a garota entrasse no local seminua.
Quando a mulher chegou ao local, tirou parte da roupa e entrou no galpão, percebeu que seu cliente era na verdade seu marido, para seu desespero. O marido - quase traído- correu atrás de sua esposa, com um pedaço de ferro, mas ela foi mais rápida, pulou várias cercas e conseguiu escapar. Ao conversar com o repórter do G 17, Silvana Souza Sinara da Silva, a mulher lamentou o episódio, admitindo ser muito azarenta, e disse que não serve sequer para ser garota de programa.

“Outra vez tentei conseguir um amante pela internet, mas o cara era o meu pai. Nunca tive sorte na vida”. Contou ao repórter. A mulher fora acometida por uma depressão profunda, estando atualmente recolhida em uma clínica. Assim, é a vida, nós somos os timoneiros, cabe a nós fazermos as nossas escolhas, nem sempre serão as melhores, mas, sempre é tempo de buscarmos a paz interior, antes dos prazeres da carne!


por Jabs Paim Bandeira.

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terça-feira, 5 de junho de 2012

Marcha das Vadias



Tudo começou com a fala de um agente público canadense, ao criticar as poucas roupas usadas pelas mulheres, chamando-as de vadias.

Segundo o falastrão isto significaria até mesmo um estímulo para determinados crimes sexuais. Em resposta, surgiu a Marcha das Vadias, que tem tomado conta das ruas de muitas cidades mundo a fora.

Até Passo Fundo presenciou tal fenômeno na semana que passou. Claro, a tal Marcha das Vadias tem um forte significado emancipacionista e feminista. Mas não um feminismo ultrapassado, fugaz, como muitas vezes se observa, no paradigma da década de 70.

Vai além. Não somente afirma um consolidado espaço de liberdades individuais nas democracias contemporâneas, de usos e comportamentos de acordo com as vontades pessoais, mas também propaga, simbolicamente, a idéia de cada um fazer o que quiser com a sua vida.

É um bombardeio aos pré-conceitos de sociedades ainda conservadoras. Isto porque, obviamente, todos possuem pré-conceitos e pré-concepções da vida e do mundo, que se forjam no decorrer da existência. É algo ínsito à natureza humana. Todos possuem uma história com experiências próprias. A Marcha das Vadias mexe com isto, sim.

A simples denominação diz muito. Quem ousaria participar de uma tal marcha há 40 anos atrás? Impensável. Também reforça a volatilidade e fragilidade dos rótulos, quaisquer que sejam, independentemente de algum conteúdo que lhes fundamente.

Ademais, qual o problema se alguém quiser ser vadia, nos mais diversos sentidos da expressão? O ponto crucial é que a vida de cada um a cada um pertence. Os novos tempos de uma pós-modernidade exsurgente requer uma elevada tolerância às idiossincrasias individuais. É por esta razão que outros movimentos de defesa de minorias (que não se sabe até que ponto são tão minoritários...) se associam à Marcha das Vadias.

É um brado de liberdade. É um grito de alforria. É uma exclamação das diferenças para se alcançar a igualdade. Se você, ao ler este artigo, sentiu algum medo, receio ou insegurança, muito cuidado: ou você não possui uma postura republicana/democrática (está no início do século passado mesmo), ou você deve pensar em ver o armário em que se encontra (Freud explica)!


por: Giovani Corralo.

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sábado, 2 de junho de 2012

MMA: O fascínio das lutas sangrentas



Temos observado um crescimento súbito do MMA (Mixed Martial Arts - Artes Marciais Mistas, em português). Uma verdadeira coqueluche entre os adolescentes e adultos (incluindo mulheres). A moda do MMA está direcionada ao UFC (Ultimate Fighter Championship), evento que promove a modalidade das artes mistas.

Dirigido por Dana White, o evento é transmitido para 36 países e possui pretensões de crescer ainda mais. Atualmente, o valor de mercado do Ultimate gira em torno de US$ 1 bilhão.

Ídolos como Anderson Silva, Júnior Cigano dos Santos e José Aldo, só para citar alguns, são os três brasileiros que hoje detêm os cinturões de campeão de suas categorias. Com isso, a modalidade passa a tomar proporções gigantescas no país do futebol. Vôlei, tênis, natação ou o automobilismo já não competem com o UFC, e olha que são esportes que possuem destaques internacionais, bem como esportistas em evidência.

Porém, por que gostamos tanto de lutas?

Uma coisa é unânime. Quando discutimos o tema, mais do que a luta, o que motiva o fascínio das pessoas é a violência, ou isso é o que sustenta tais práticas. E não estou fazendo nenhum ataque ao MMA; são constatações. Socar, chutar, estrangular o adversário seria uma forma de exteriorar uma agressividade latente e que é manifestada por algum propósito. Seja por uma provocação, ideal de supremacia, frustração interna, o ato é sustentado por uma questão de poder, e sejamos francos, nenhum golpe fraco derruba o adversário. É necessário um golpe violento.

Vale lembrar que o homem luta desde sua existência. Os embates homéricos entre os gladiadores no Coliseu é um belo exemplo de diversão e violência. Essa referência fez sentido para Galvão Bueno, que na primeira transmissão feita pela Rede Globo num evento do UFC denominou os lutadores como os “gladiadores do novo milênio”.
A questão é que a violência é um propósito na modalidade do MMA, embora os lutadores não admitam isso, bem como são violentas, também, as brigas das torcidas uniformizadas.

Em defesa ao MMA, o discurso dos lutadores é que é um esporte que vem quebrando tabus, pois desmistifica a ideia de algo violento. O cerne de tudo é reconhecer a violência, porque a justificativa dos lutadores é baseada no medo de não serem reconhecidos como esportistas dignos e trabalhadores.

Lógico que são, e mais ainda, são ídolos. As pessoas que gostam de lutas, mesmo que não pratiquem, identificam-se com o lutador. Existe uma projeção da vida do indivíduo na atuação do atleta, e isso basta para assegurar o papel de importância do lutador. Somos um País cada vez mais carente de ídolos, e o UFC proporcionou o surgimento dos heróis.
Existe, portanto, uma necessidade em se reconhecer na imagem do herói, uma vez que, naquele momento, durante aquele embate, desfrutamos todas as sensações e sentimentos reprimidos. Da raiva à euforia. Nos permitimos aos extravasamentos porque somos autorizados a isso através do evento, que sustenta também, as pompas do glamour e do espetáculo.

Bater na cara de seu oponente a ponto de deixá-lo sangrando, enforcá-lo com o intuito de finalizá-lo, termo próprio do MMA, ou seja, asfixiá-lo ou desferir uma cotovelada, são golpes contundentes com propósitos violentos. No antigo Pride, evento que foi comprado pelo UFC, não era permitido a cotovelada, todavia, podia pisar na cara do oponente, estando ele no chão. Isso não é violento?

O cumprimento ao final da luta, por boa parte dos lutadores, passa a impressão do respeito e da redenção, entre o vencido e o vencedor. Conceitos como ética, equilíbrio emocional, amizade e companheirismo são ideais das artes marciais, referências e ensinamentos que deveriam ser de qualquer esporte.

Não trabalhar esses ensinamentos dá margem a distorções, pois as identificações vinculam-se através do afeto, e como citei anteriormente, uma pessoa frustrada pode espelhar-se na luta, dando vazão a sua agressividade. Daí, muitos adolescentes vão brigar sentindo-se grandes lutadores de muay thay ou jiu jitsu.

Por.Breno Rosostolato.

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