quarta-feira, 4 de abril de 2012

Ele se foi, mas justificou a dignidade da bengalada



Recebi de um querido amigo mensagem sobre Yves Hublet, o homem de 72 anos que deu uma bengalada em 2005 em José Dirceu, então deputado federal, processado por liderar o escândalo do “mensalão”, chamando-o de corrupto e mau caráter. A mensagem noticiava a morte de Yves, cuja informação foi obtida através de seu editor, Airo Zamoner, declarando que após o episódio das “bengaladas” em José Dirceu, Yves não teve mais sossego no Brasil, viu-se obrigado a se mudar para a exterior, possuía cidadania belga.

E que em maio de 2010, para tratar de assuntos urgentes, Yves voltou ao Brasil, indo direto para Curitiba, depois Brasília, antes de regressar para o exterior. Ao descer do avião em Brasília, Yves foi preso e levado incomunicável para um presídio federal daquela capital, segundo seu editor lá teria adoecido, conforme informação do presídio.

Uma amiga residente em Curitiba foi avisada da morte do escritor, por uma assistente social. Seu corpo cremado rapidamente, mesmo sem autorização de qualquer parente. Termina a mensagem, entre outras, dizendo que se registrava mais uma morte misteriosa, com certeza insolúvel como tantas (lembra-se do caso Celso Daniel?).

Amigos de Curitiba pretendem desvendar tudo por vias judiciais, pois o governo nada informa. “Por enquanto fica a imagem do amigo Yves, fazendo o que muitos brasileiros gostariam de fazer: dar violentas bengaladas em políticos corruptos que infestam esta nação”.

Acrescento ainda, conforme o noticiário, os políticos brasileiros são os mais caros do mundo contabilmente, afora as negociatas.

Como não sou adepto a violência, por que não se tem o direito ir as vias de fato, fazer justiça com as próprias mãos, muito embora seja um país que deixa os corruptos soltos e ditando regras, tem-se o direito de se indignar, não restando a quem apelar. Busquei outras informações a respeito da morte de Yves, invocando a razoabilidade da dúvida, pois não se pode confiar em tudo que recebemos pela internet, foi me passado outra versão.

Um amigo do escritor chamado Claudio Ribeiro, que o hospedou em sua casa, quando ele regressou a Brasília, postou em seu “Face” o seguinte.
De que Yves estava muito doente, resistindo a ir consultar. Até que conseguiram convencê-lo a visitar o médico, quando foi constatado um câncer no reto. Ele iria se tratar na Bélgica, quando foi embarcar, possuía uma ou duas armas de coleção, as quais despachou, sendo as mesmas flagradas em sua bagagem, foi preso, tendo o juiz decidido, por prisão domiciliar, em razão de sua idade e o tipo de crime.

O seu estado começou a se agravar tendo que ser hospitalizado, vindo posteriormente falecer. Claudio não informa se o corpo de Yves foi cremado. Mas a matéria que postou é rica em detalhes, que nos faz refletir, na busca da verdade real. Informando, ao invocar o testemunho de sua esposa, que vivenciou com ele os últimos dias de Yves, tudo leva crer no seu relato.

Trazendo informações que se pode deduzir, Yves amava muito nossa terra e ao sentir a gravidade de sua doença veio para o Brasil e de uma forma ou de outra, tudo fez para aqui terminar seus dias de vida! Esta história pressente de melhores informações, mesmo para repor a verdade. Pois, homens como Yves que se indigna com o status quo, não merece ser esquecido como um ser qualquer, tem que ter uma estátua em praça pública, ele se foi mas deixou um exemplo e um caminho, que nem tudo esta perdido, quem sabe em alguma sala de aula relatem a história da Bengalada e de Yves, enquanto não julgam os 40 ladrões, seu chefe e mentor, que continua dando as cartas na política brasileira!

por Jabs Paim Bandeira.

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