quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O idoso e o tempo da experiência...



Importante é que, cada vez mais, o idoso seja lembrado através de programas e de ferramentas outras que o mantenha em constante atividade física e emocional, possibilitando levar aos jovem sua experiência de vida.

Antigamente, o chefe da família - então único provedor do lar - após a jornada de trabalho, voltava a sua casa e tinha tempo suficiente para conviver e para trocar ideias com a esposa e os filhos o que hoje torna-se difícil, quer pela necessidade do casal, na busca de condições financeiras para o sustento da família, passar mais horas em serviço. Paralelamente, quando em casa, a presença da televisão, faz com que dificilmente a família consiga conversar, considerando que os olhos se mantêm presos a telinha, impedindo uma maior aproximação da família e, também, da convivência com os amigos. Quase tudo, hoje, somente é programado para o após novela ou jogo de futebol televisionado.

Com isso marido e mulher, que em grande parcela atuam fora do lar, ficam limitados ao convívio entre si, com os filhos e com os idosos que vivem na casa. Estes, principalmente, em muitos casos terminam semi-isolados e, muitas vezes, curtindo solidão para o fortalecendo de frustração maior.

Vivenciando problemas dessa ordem, foram criados por órgãos governamentais e ONGs, programas dedicados à terceira idade, possibilitando um trabalho no sentido de oferecer àquele, que durante muitos anos deu de si para que a família existisse, a valorização merecida, evitando que o idoso possa se sentir um "traste velho", que mais nada tem a oferecer.

Entendemos que, ao contrário, aquele que chega à terceira idade pode e deve ser visto como fonte de ensinamentos, repassando conhecimentos e experiências aos jovens e, principalmente, conselhos úteis que possam conduzir os mais novos ao bom caminho, na preparação ao comando do mundo.

O avanço da ciência e da medicina faz com que, cada vez mais, aumente a expectativa de vida do homem e, daí a criação de ações elaboradas no sentido de oferecer ao idoso uma vida compartilhada em que, além de atividades recreativas e físicas, tenha ensinamentos que possibilitem fazer retornar à própria sociedade o produto daquilo que aprenderam, através da formação de grupos, como trabalhos manuais, artesanato, leitura, expressões artísticas e outros.

Dentro desse ângulo, acreditamos que, as atividades voltadas aos idosos poderia ser ampliada, com o aproveitamento de um bem que só ele pode oferecer: a experiência de vida e, para isso, sua presença com palestras em escolas e para grupos de jovens.

Quem sabe não está aí, uma ferramenta que possa unir jovens e idosos, assim como oportunidade de redução dos índices de violência e dependência química que assola nossa juventude?


Por Moacir Rodrigues

Comente, participe com sua opinião...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Você pode começar a se deprimir, quando...



Livros, sites, artigos e palestras de autoajuda prometem uma vida melhor, mais feliz e realizada para todos. Aproveitando a onda, vou dedicar umas linhas para aqueles que curtem uma depressãozinha. Gostam de sofrer. Existe isso! Não deve ser o seu caso, claro. Mas valem as dicas, para quando mudar de ideia:

Pode começar a se deprimir, quando... Todos os seus amigos, colegas de trabalho e parentes se queixam por receberem milhares de spams, mas nem essas mensagens chegam a seu endereço eletrônico.
Pode começar a se deprimir, quando... O cartão de aniversário que você ganhou no escritório está com outro nome escrito por baixo do seu, e nem tiveram a decência de apagar direito.
Pode começar a se deprimir, quando... O flanelinha vem correndo em sua direção gritando "bem cuidado, aí!" e, enquanto você sorri oferecendo a moeda, ele passa direto, mirando outro carro, reluzente.
Pode começar a se deprimir, quando... Diante da árvore de Natal, o único para quem não havia presentes é você. E, ao reparar nisso, tardiamente, sua mãe diz que esqueceu lá no armário. Porém, vai buscar levando um pacote vazio, que volta com um par de meias do seu falecido pai.
Pode começar a se deprimir, quando... A menina do bufê no qual você almoça há cinco anos sabe o nome de todos, identificando a comanda antes mesmo de falarem. Menos a sua.
Pode começar a se deprimir, quando... No sorteio do amigo secreto, um colega olha para você, coça a cabeça e pede para fazerem tudo de novo, alegando que tirou a si mesmo. E o nome dele está no seu papelzinho.
Pode começar a se deprimir, quando... A melhor coisa que aconteceu para você durante o ano foi ultrapassar o número de pontos na carteira de motorista, permitindo-lhe fazer o curso de reciclagem e conhecer novas pessoas.
Pode começar a se deprimir, quando... Na assembléia de condomínio, houver 30 minutos de desesperado empurra-empurra entre os vizinhos para saber quem aceita ser o novo síndico, logo depois de você ter lançado o seu nome.
Pode começar a se deprimir, quando... Aquela creche que você nem sabe se existe mesmo, ou se é golpe, passa a ligar pedindo que você suspenda o depósito bancário, pois não consta mais no cadastro de colaboradores.
Pode começar a se deprimir, quando... No cartão de dia dos pais, seu filho lhe desenha com uma raquete nas mãos. E quem, na verdade, joga tênis é o cara que começou a namorar de sua ex-mulher há pouco mais de uma semana.
Pode começar a se deprimir, quando... Em casa, apenas o seu cão demonstra algum contentamento em ver você. Mesmo assim, exclusivamente nas horas das refeições e de passear.
Pode começar a se deprimir, quando... Ninguém ri de suas melhores piadas, ao mesmo tempo em que se dobram em gargalhadas quando você está tentando falar sério.
Pode começar a se deprimir, quando... Todos os amigos de sua esposa vão aturdidos visitá-la na maternidade e, vendo que o nenê se parece com muito você, dizem, com alívio, "nossa, ainda bem!".
Pode começar a se deprimir, de verdade, quando... Todos acharem esse texto exagerado e cheio de hipóteses improváveis, mas, mudando um detalhe aqui e outro ali, ela é a história de sua vida.


Por: Rubem Penz.

Você Pode acrescentar mais coisas para enriquecer o texto! Participe!!!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

História de um filho da puta



Meu nome é Afonso Soares de Melo, e resolvi contar algo que se passou comigo:
Estava sentado no meu escritório quando lembrei de uma chamada telefônica que tinha que fazer. Encontrei o número e disquei.
Atendeu-me um cara mal humorado dizendo:
- Fale!!!
- Bom dia. Poderia falar com Andréa?
O cara do outro lado resmungou algo que não entendi e desligou na minha cara. Não podia acreditar que existia alguém tão grosso.
Depois disso, procurei na minha agenda o número correto da Andréa e liguei.
O problema era que eu tinha invertido os dois últimos dígitos do seu número.
Depois de falar com a Andréa, observei o número errado ainda anotado sobre a minha mesa. Decidi ligar de novo. Quando a mesma pessoa atendeu, falei:
- Você é um Filho da puta!!!
Desliguei imediatamente e anotei ao lado do número a expressão "Filho da puta" e deixei o papel sobre a minha agenda.

Assim, quando estava nervoso com alguém, ou em um mau momento do dia, ligava pra ele, e quando atendia, lhe dizia "Você é um Filho da puta" e desligava sem esperar resposta. Isto me fazia sentir realmente muito melhor.
Ocorre que a Telepar introduziu o novo serviço "bina" de identificação de chamadas, que me deixou preocupado e triste porque teria que deixar de ligar para o "Filho da puta". Então, tive uma idéia: disquei o seu número de telefone, ouvi a sua voz dizendo "Alô " e mudei de identidade:
- Boa tarde, estou ligando da área de vendas da Telepar, para saber se o senhor conhece o nosso serviço de identificador de chamadas "bina".
- Não estou interessado! - disse ele, e desligou na minha cara.
O cara era mesmo mal-educado. Rapidamente, disquei novamente:
- Alô?
- É por isso que você é um Filho da puta!!! - e desliguei.
Aqui vale até uma sugestão: se existe algo que realmente está lhe
incomodando, você sempre pode fazer alguma coisa para se sentir
melhor: simplesmente disque 0xx41-7643.xxxx ou o número de algum outro Filho da puta que você conheça, e diga para ele o que ele realmente é.
Acontece que eu fui até o shopping, no centro da cidade, comprar
umas camisas. Uma senhora estava demorando muito tempo para tirar o carro de uma vaga no estacionamento. Cheguei a pensar que nunca fosse sair.
Finalmente seu carro começou a mover-se e a sair lentamente do seu espaço.

Dadas às circunstâncias, decidi retroceder meu carro um pouco para dar à senhora todo o espaço que fosse necessário... "Grande!" pensei, "finalmente vai embora".
Imediatamente, apareceu um Vectra preto vindo do outro lado do
estacionamento e entrou de frente na vaga da senhora que eu estava esperando. Comecei a tocar a buzina e a gritar:
- Ei, amigo. Não pode fazer isso! Eu estava aqui primeiro! -
O fulano do Vectra simplesmente desceu do carro, fechou a porta,
ativou o alarme e caminhou no sentido do shopping, ignorando a
minhapresença, como se não estivesse ouvindo. Diante da sua atitude, pensei: "esse cara é um grande Filho da puta! Com toda certeza tem uma grande quantidade de Filhos da puta neste mundo!".

Foi aí que percebi que o cara tinha um aviso de "VENDE-SE" no vidro do Vectra. Então, anotei o seu número telefônico e procurei outra vaga para estacionar. Depois de alguns dias, estava sentado no meu escritório e acabara de desligar o telefone - após ter discado o 0xx41-7643.xxxx do meu velho amigo e dizer "Você é um Filho da puta" (agora já é muito fácil discar pois tenho o seu número na memória do telefone), quando vi o número que havia anotado do cara do Vectra preto e pensei: "Deveria ligar para esse cara também.
E foi o que fiz. Depois de um par de toques alguém atendeu:
- Alô.
- Falo com o senhor que está vendendo um Vectra preto?
- Sim, é ele.
- Poderia me dizer onde posso ver o carro?
- Sim, eu moro na Rua XIV, n° 527. É uma casa amarela e o Vectra está estacionado na frente.
- Qual e o seu nome?
- Meu nome e Eduardo Cerqueira Marques - diz o cara.
- Qual a hora é mais apropriada para encontrar com você, Eduardo?
- Pode me encontrar em casa à noite e nos finais de semana.
- É o seguinte Eduardo, posso te dizer uma coisa?
- Sim.
- Eduardo, você é um grande Filho da puta!!! - e desliguei telefone.
Depois de desligar, coloquei o número do telefone do Eduardo (que
parecia não ter "bina", pois não fui importunado depois que falei com ele) na memória do meu telefone. Agora eu tinha um problema:
eram dois"Filhos da puta" para ligar.
Após algumas ligações ao par de "Filhos da puta" e desligar-lhes, a coisa não era tão divertida como antes.

Este problema me parecia muito sério e pensei em uma solução: em primeiro lugar, liguei para o "Filho da puta 1". O cara, mal-educado como sempre, atendeu:
- Alô - e então falei:
- Você é um Filho da puta - mas desta vez não desliguei. O "Filho da puta 1" disse
- Ainda está aí, desgraçado?
- Siiimmmmmmmm, amorrrrrr!!! - respondi rindo.
- Pare de me ligar, seu filho da mãe - disse ele, irritadíssimo.
- Não paro nããão, Filho da putinha querido!!!
- Qual é o teu nome, lazarento? - berrou ele, descontrolado!

Eu, com voz séria de quem também está bravo, respondi:
- Meu nome é Eduardo Cerqueira Marques, seu Filho da Puta. Porquê???
- Onde você mora, que eu vou aí te pegar, desgraçado? - gritou ele.
- Você acha que eu tenho medo de um Filho da puta? Eu moro na RuaXIV, n°527, em uma casa amarela, e o meu Vectra preto está estacionado na frente.
- Seu palhaço filho da puta. E agora, vai fazer o quê???? - gritei eu.
- Eu vou até aí agora mesmo, cara. É bom que comece a rezar, porque você já era. - rosnou ele.
- Uuiii! É mesmo? Que medo me dá, Filho da puta. Você é um bosta!
E eu estou na porta da minha casa te esperando!!! - e desliguei o
telefone na cara dele. Imediatamente liguei para o "Filho da puta 2".
- Alô - diz ele.
- Olá, grande Filho da puta!!! - falei.
- Cara, se eu te encontrar vou...
- Vai o quê? O que você vai fazer??? Seu Filho da puta!
- Vou chutar a sua boca até não ficar nenhum dente, cara!!!
- Acha que eu tenho medo de você, Filho da puta? Vou te dar uma
grande oportunidade de tentar chutar minha boca, pois estou indo
para tua casa, seu Filho da puta!!! E depois de arrebentar sua cara,
vou quebrar todos os vidros desta porcaria de Vectra que você tem. E reze pra eu não botar fogo nessa casa amarelinha de bicha. Se for homem, me espera na porta em 5 minutos, seu Filho da puta!!! - e bati o telefone no gancho.

Logo, fiz outra ligação, desta vez para a polícia. Usando uma voz
afetada e chorosa, falei que estava na Rua XIV, n° 527, e que ia
matar o meu namorado homossexual assim que ele chegasse em casa.

Finalmente peguei o telefone e liguei o programa da CNT "Cadeia" do Alborguetti, para reportar que ia começar uma briga de um marido que ia voltando mais cedo para casa para pegar o amante da mulher que morava na Rua XIV, n° 527.

Depois de fazer isto, peguei o meu carro e fui para Rua XIV, n° 527, para ver o espetáculo.
Foi demais, observar um par de "Filhos da puta" chutando-se na
frente de duas equipes de reportagem, até a chegada de 3 viaturas e um helicóptero da polícia, levando os dois algemados e arrebentados para a delegacia.

Moral da história? - Não tem moral nenhuma! Foi de sacanagem
mesmo...
E vê se atende o telefone educadamente, pois posso ser eu ligando
para você por engano.

Recebi por e-mail e achei muito engraçada e criativa. Desconheço a autoria, mas ri muito...

domingo, 25 de setembro de 2011

Sobre Hackers e Crackers



Convencionou-se, naturalmente, denominar-se de hacker, no mundo digital, aquele que acessa contas, endereços, processos, sistemas e e-mails com o firme propósito de roubar dados e causar danos. Mas não é. Os bandidos virtuais são os crakers. Estes sim, os verdadeiros criminosos da rede. E por que aconteceu essa inversão? Fruto de uma ciência nova, a criação digital é rapidamente adaptada e adicionada à rede numa sede de uso e consumo sem precedentes na história do homem. Só mesmo alimentos e vestes experimentam a mesma proporção de uso. E é natural que assim seja. Principalmente quando consideramos que o uso das novas técnicas se dá num universo de alguns bilhões de internautas e cada um consumindo e usando ao seu modo, desprezando regras e limites.

Originalmente, nos bancos universitários os profissionais conhecidos como hackers são aqueles que estudam e desenvolvem softwares e hardwares, adaptando ou construindo novos desempenhos e funcionalidades. Também podem ser autodidatas e criadores de soluções inovadoras a serem incorporadas pela tecnologia de informação. A esses geniais pesquisadores a ciência da computação lhes dar o nome de HACKER. Como decifram códigos e estão sempre buscando ideias e soluções inovadoras atraíram a desconfiança e passaram a ser sinônimo de crime cibernético.

Mas o verdadeiro criminoso cibernético é o CRACKER. Aquele que mergulha fundo na criação dos hackers e se transformam em usuários avançados transformando as soluções descobertas em ativos poderosos destinados ao crime na rede. É mais fácil um hacker se tornar uma grande craker que ao contrário. E quando eles se juntam o estrago pode ser arrasador. A capacidade criativa, tanto de um, como do outro, os fazem caçados a peso de ouro pelo mercado, ou com lupa, pelas polícias. Depende de que lado esteja operando. Mas ficaram conhecidos, aqui ou em qualquer lugar do planeta simplesmente como hackers. Assim se transformaram numa mistura de realidade e fantasia, modernos 007, o genial personagem, criação do escritor inglês Ian Fleming que tudo podia nos seus romances policiais e nas telas do cinema. Só que os hackers são de carne e osso.

E os maiores celeiros de hackers conhecidos no mundo ficam na Coreia do Norte e na China. Essa é a convicção da revista The Economist, a bíblia da economia e dos negócios internacionais. Pois é esta revista que nos dá conta que trabalhando da China, uma equipe norte-coreana foi apresentada ao dono de uma Lan House na Coreia do Sul, no ano de 2009. O homem de 43 anos, identificado como o senhor Chung, encontra-os através de um intermediário situado na província de Heilongjiang. Ele contratou o grupo para que criasse um programa que penetrasse nos servidores de jogos online (MMOs), como o popular “Lineage”, e o jogasse automaticamente.

A técnica desse grupo de hackers permitiu um acúmulo de “ativos virtuais” representado por vários ícones no mundo do jogo na rede. Nesse mundo, jogadores viciados, especialmente na Coreia do Sul, dispõem-se a gastar muito dinheiro de verdade na compra desses ícones que podem ser espadas, escudos e outros que tais. Vendê-los é uma grande fonte de lucros. Diz a Economist que a polícia inglesa acredita que os jogadores virtuais criados pelos norte- coreanos acumularam uma pequena fortuna de alguns milhões de dólares. E acredita em mais coisas. Que também a parte dos hackers coreanos foi repassada ao departamento de governo norte-coreano conhecido como “Office 39”, responsável por angariar moedas estrangeiras por meios ilícitos, incluindo tráfico de drogas.

Essa conclusão pode ser explicada, em parte, pela imensa necessidade do governo norte-coreano de se tornar mais criativo em busca de divisas para sustentar sua incipiente e combalida economia, asfixiada pelas sanções internacionais, causadas principalmente pelo seu escondido programa de desenvolvimento nuclear. Sua necessidade de dinheiro explica a existência de “exércitos de hackers” dispostos a se envolverem em qualquer aventura em busca de recursos financeiros destinados ao seu país. Parece fantasia, mas não é.

Mais, diz a polícia da Coreia do Sul que existe na China mais de 10 mil hackers norte-coreanos oferecendo seus serviços com a finalidade de cada um enviar 500 dólares mensais, para o governo de Pyongyang, a capital do norte. Eles prestariam contas para as organizações governamentais como o Centro de Computadores Korean, ou o Rungrado General Trading Corporation, e muitos deles seriam egressos de instituições de ponta como a Universidade Kim II Sung.

Fica claro nas informações da revista, colhidas em diversos serviços secretos de países ocidentais, que o esforço de sobrevivência do regime norte-coreano passa pela ciberguerra. Sinais claros foram colhidos pelo governo vizinho da Coreia do Sul quando detectou um ataque de hackers a um grande banco de seu país. E não é à toa que o ditador norte-coreano Kim Jong-il se autoproclama especialista em Internet. Curiosa foi sua atitude diante da então secretária de Estado norte-americana do governo Clinton, senhora Madeleine Albrigth, quando insistiu em solicitar-lhe seu e-mail. Gesto no mínimo inusitado, para não dizer estranho, partindo de um chefe de Estado inimigo.

Um governo que aluga cerca de 30 programadores de elite para um grupo de empresários fraudadores, para empregaram seu talento, com o firme propósito de roubarem milhões de dólares de empresas de jogos online da Coreia do Sul não é para ser menosprezado. Com toda a miséria e necessidades que habita o mundo norte-coreano, cantadas e mostradas ao mundo pelas agências internacionais, fica parecendo que o grande erro deles é não empregar essa força criativa e bem formada em negócios legais.

Legal ou não, os governos ocidentais também trilham esse caminho com outras passadas. Num esforço surpreendente de defesa contra os vários grupos de hackers que habitam a rede, os governos ocidentais investem fortunas em tecnologia de informação de defesa e ataque, com métodos secretos, tal como na época da Guerra Fria. Nessa trilha já se conhece, por nomes e origens, os vários grupos que vivem infernizando governos e empresas. Isso é o que veremos logo a seguir.
..

Por: Hildeberto Aleluia.

Deixe aqui sua opinião sobre este polêmico assunto...

sábado, 24 de setembro de 2011

O consumismo e o superindivamento da população



Em determinados momentos históricos há temas que se sobressaem pela sua importância. O consumo é um destes temas fundamentais, afinal de contas, nos dias de hoje, quem não consome, não vive. É aqui que reside o perigo.

O consumo está imbricado no modos vivendi contemporâneo. Primeiro, porque o ser humano, sozinho, é incapaz de dar conta das suas necessidades. É essencial adquirir bens e serviços para a própria sobrevivência na sociedade hodierna. Segundo, porque se produz em escalas cada vez maiores para satisfazer os desejos de consumo, forjado numa descartabilidade sem precedentes na história. O que se adquire fica velho e obsoleto cada vez mais cedo.

Há um ciclo vicioso. Consome-se para viver. Produzem-se produtos e serviços em escalas cada vez mais astronômicas. A grande mídia instiga a um consumo que extrapola absurdamente o que é necessário para a vida. Deflagra-se um processo de alienação no consumo, que consome os próprios indivíduos e a sociedade, retroalimentando-se recursivamente. Sociedade e pessoas também se consomem no ato de consumir.

Eis o consumismo, fruto de um consumo exacerbado e ilimitado, que coloca em risco a sustentabilidade ambiental e se forja num processo alienante. Não é sem razão que esta foi uma das tônicas do V Seminário Nacional e I Seminário Internacional de Defesa dos Direitos do Consumidor promovido na semana que passou pela Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo. Palestrantes brasileiros e europeus discorreram sobre a necessidade de uma educação para o consumo que combata um consumismo extremamente presente e nocivo, associado a políticas públicas limitadoras do incontrolável impulso consumista.

Associado ao fenômeno do consumismo se encontra, não por acaso (o que é óbvio), o superindividamento, resultado de um quadro onde as dívidas superam a capacidade de pagamento. Esta situação é alimentada e agravada pelo acesso facilitado a um crédito muitas vezes impagável em razão dos altos juros. Não é o que parece nas propagandas midiáticas. Mas é. Sem falar no crédito consignado, um dos males atuais Consumismo internalizado + crédito fácil = quebradeira, caos familiar, insolvência. Novamente o cântico das sereias (crédito) devoradoras de gentes. E devoram mesmo.

Questões sérias e preocupantes para se refletir nos dias de hoje. Mais do que nunca são necessárias ações concretas de uma educação para o consumo que combata o consumismo e o superindividamento. A sociedade está em risco!


Por Giovani Corralo. Seu link está neste blog.

É muita dívida para pouco dinheiro no bolso do brasileiro, que achatamento salarial não achas??? Comente, participe!!!

O outro



De um lado temos “Madre Teresa de Calcutá” e “Irmã Dulce”, pessoas que, como outras são capazes de colocar-se no lugar do próximo. No outro extremo encontramos os psicopatas, incapazes de sentir nada por outro ser humano. Entre estes opostos estamos todos nós. Olhe na sua volta. Agora olhe dentro de você. Faça uma análise, e classifique seus conhecidos, políticos, pessoas famosas e a você mesmo.

Nome

%

Observações

“Madre Teresa de Calcutá”

100


“Irmã Dulce”

100




















Psicopatas

0



Critérios para calcular as percentagens.
a) Dirigir pelo acostamento. [ ]
b) Parar para ajudar outro motorista na estrada. [ ]
c) Entender a frustação de sua mulher/seu marido. [ ]
d) Pensar somente no que paga e não no serviço que recebe. [ ]
e) Reclamar que recebe pouco sem ver o que produz. [ ]
f) Dar/oferecer propina para conseguir benefícios indevidos. [ ]
g) Pretender que todos pensem como você. [ ]
h) Atender a todos os que peçam sua ajuda. [ ]
i) Estar sempre sem tempo para ajudar. [ ]
j) Outros que o leitor ache conveniente. [ ]

Depois de terminada a tarefa veja em que posição você está na lista. Para melhorar tome as atitudes correspondentes as suas respostas das seguintes perguntas:

1) Quantas vezes por dia pensamos no efeito de nossas palavras?
2) Pensamos em como nosso mau humor afeta aos que estão ao nosso lado?
3) Quanto tempo faz que não agradecemos por coisas simples?
4) Faz muito tempo que só reclamamos?
5) Quando votamos pensamos no que é melhor para todos e não para nós?
6) Quantas vezes, apesar de estar apressado, paramos para ajudar alguém a atravessar a rua?

Espero que muitas pessoas estejam bem perto de 100%. Pessoalmente descobri que tenho que melhorar muito, mas pelo menos estou trabalhando para isso, assim como a maioria dos meus leitores. Logicamente que para aqueles que estão no poder as perguntas deveriam ser outras como:

1) Quantas vezes tomamos decisões de acordo com os interesses do povo e não o nosso?
2) Quantas vezes votamos em benefícios para o povo?
3) Quantas vezes votamos em benefício próprio?
4) Quantas vezes julgamos em função da justiça e não das leis?
5) Quantas vezes usamos das prerrogativas do cargo para benefício próprio?
6) Quantas vezes mentimos publicamente?
7) Quando foi a última vez que ajudamos alguém sem nenhum benefício pessoal em troca?

O interessante deste exercício é que podemos adequá-lo a qualquer profissão ou atividade, modificando somente algumas palavras. Podemos ser médicos, jornalistas, professores, advogados, pedreiros, comerciantes, ou qualquer outra que sejamos capazes de imaginar. Sempre as respostas serão pessoais e reveladoras.
E as suas respostas foram satisfatórias?

Por: Ricardo Irigoyen.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O Adolescente ontem e hoje



Um dia você abre os olhos e tudo lhe parece diferente, nada mais lhe agrada tanto quanto ultimamente, você passa a ter dúvidas constantes e os “porque sim!”, não lhe satisfazem mais, então argumenta e contesta quase que inconscientemente, e tudo isso porque você agora é um Adolescente. Quer tudo e não quer nada, quer atenção, mais dispensa conselhos dizendo ser conversa fiada, nota mudanças em si, pêlos nos lugares mais inconvenientes, as meninas sentem vergonha, enquanto os meninos ficam contentes, pois esperavam por isso há anos, queriam ter barba como seus pais e finalmente conseguiram.

Para as meninas a coisa é mais complicada, aparecem os seios, em umas maiores, em outras menores, quadris largos e as gordurinhas começam a incomodar cada vez mais, e como se ainda não bastasse, vem a menstruação.

O Adolescente se sente deslocado, dizem-lhe que não é mais criança, que precisa crescer, assumir certas responsabilidades, mas também não é adulto, e ainda enfrente certas restrições. Começa a entender melhor o que são horários, não mais como hora de ir pra escola, de almoçar, lanchar, jantar ou dormir, agora precisa saber que à hora de voltar da festa são onze horas e não meia noite, se chegar depois ficará de castigo. As cobranças da infância se modificam um pouco, mais ainda existem, não mais sobre o ter, agora são quanto a poder – Porque fulano pode e eu não posso? – Porque sicrano vai e eu não posso ir? – Entretanto as birras continuam as mesmas, com chantagens emocionais muito mais elaboradas.

Todavia estes são apenas alguns pontos da Adolescência bem comuns, que fazem e/ou fizeram parte da vida de todo adolescente, mas que hoje estão um pouco mais precoces e elaborados, muito por conta do avanço tecnológico, a facilidade de informação e programas de conscientização.

Alias, parece que todo esse “avanço” teve conseqüências um tanto quanto contraditórias no viver do adolescente, que diante de tanta informação ainda acaba cometendo os mesmos erros de outrora, haja vista, que o envolvimento com drogas e a gestação precoce só aumentam, mesmo com tantas campanhas de prevenção e conscientização. Mais não é só na área da saúde que essa “evolução” deixou marcas, vejamos a educação, grande parte dos adolescentes não conhece sua própria língua, cometem erros graves de concordância e de grafia, utilizando-se do chamado Internetês, ou seja, um vocabulário criado para agilizar a comunicação nas redes sociais via internet, que tomaram conta do dia-a-dia desta nova geração de adolescentes, que cresceram na frente da tela do computador, e talvez pela falta de espaço ou pela violência de hoje em dia não tiveram a possibilidade de brincar nas ruas do bairro com seus amigos, a não ser os que cresceram em cidades do interior, mas que por influência da mídia também acabaram voltando-se para os jogos de vídeo game e computador, que são muito menos cansativos.

Assim é a adolescência de hoje, com as mesmas dúvidas, revoltas e contestações de sempre, unidas aos avanços tecnológicos e campanhas de conscientização, que se não tem o resultado esperado, nos permite uma maior interação com os problemas vividos pelos adolescentes, e mais que isso nos permite saber que estes problemas não são exclusivos de nosso País.

Prova disso é o número de cientistas interessados em estudar esta fase do desenvolvimento de todo ser humano, buscando entender o que se passa na cabeça destes jovens, e assim poder ajudá-los e também a sociedade na compreensão, deste sujeito envolto em uma enxurrada de hormônios, compreendendo-o como um todo, nos âmbitos Biológicos, Psicológicos e Social.


By: Rivaldo Yagi- seu blog possui link aqui.

Muito interessante este tema. Deixe sua opinião sobre o assunto.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Depoimento: Os vendedores de Hitler



Nesta semana, um acontecimento em meu local de trabalho serviu de mote para esta crônica:

“O sujeito entrou na livraria onde trabalho e fez o possível para passar despercebido. Eu, do meu canto, pude perceber sua movimentação, que a princípio não parecia suspeita. Sua intenção era apenas olhar as prateleiras.

O insuspeito caminhou, caminhou e estacionou em frente ao setor de História Geral. Paralisado, observava as obras sem mover um músculo. Eu, ainda no meu canto, enviava e-mails de propaganda, no PC bem em frente ao referido setor. Distraído, cumpria minha função de homem-spam (apelido dado pelo estoquista, Nelsinho).

Em meio a um ou outro e-mail, senti um dedo cutucar duas vezes meu ombro. Virei e vi que o incauto transeunte precisava de ajuda. Ensaiado, perguntei:

- Posso lhe ajudar?

O rapaz, com voz trêmula e olhos no chão, apontou para a prateleira e disparou:

- Vocês têm livros do Hitler?

Mostrei alguns títulos sobre o personagem histórico e voltei aos meus afazeres. O rapaz olhou, re-olhou e saiu. Respirei fundo. Não que estivesse assustado ou surpreendido. Essa pergunta é recorrente em livrarias.

O que me deixou intrigado foi que, só naquele dia, eu havia atendido três jovens, no turno da tarde, interessados em livros sobre Hitler.”

Na minha trajetória como vendedor de livros, constatei que Hitler divide as preferências, taco a taco, com Jesus Cristo, Beatles, Istalin, Buda e outras celebridades, e que o número de curiosos sobre a trajetória do facínora nazista tende a crescer de acordo com o aumento do nível de corrosão da nossa sociedade.


Mas por que Hitler?

Posso pensar que, na falta de uma ideia mais substancial para o nosso tempo, jovens de todo o mundo, em busca de ícones mais sólidos, encontram no Führer um modelo de perseverança e inteligência.

Talvez essa busca tenha a ver com o fim das utopias e a vitória do capitalismo. Mas o certo é que a juventude não tem mais um representante com força suficiente para carregar uma geração. John Lennon, Bob Marley e Renato Russo não estão mais entre nós. E mesmo que suas obras sejam eternas, os jovens de agora precisam de alguém que fale diretamente com eles.

Mas quem vai ficar com esse papel?

Justin Bieber?

50 Cent?

Façam suas apostas.

Mesmo conhecendo a virulência da mensagem hitlerista, não culpo os jovens por procurarem desesperadamente por um ícone. Para mim, mesmo já curtido da vida, também é difícil não encontrar uma ideia interessante em meio a tantos ícones “pós-tudo”. O que me preocupa é não saber onde todo esse interesse levará. Um jovem pode ler algo sobre nazismo e levar apenas como estudo. Mas outros podem cair em armadilhas ideológicas e passar a aplicar tais fundamentos em suas vidas.

Na atual conjuntura, qualquer ideia melhor fundamentada será consumida vorazmente por pessoas órfãs de ideologias. Os nascidos a partir da década de 80 já nasceram órfãos da pós-modernidade
.

Talvez o problema seja o exatamente o “pós”. E é nesse “pós” que editoras, escritores, sites e emissoras de televisão investem pesado em material sobre o líder nazista, com a certeza de que terão um ótimo retorno devido à demanda cada vez maior. Sim, “cada vez maior”. Hitler é uma das personalidades mais pesquisadas no Google. E só o título desta crônica já o instigou a lê-la até o final.

Como vendedor, deveria me sentir bem com essa constatação, pois só um volume de uma das centenas de biografias de Hitler custa aproximadamente R$ 90,00. Mas ainda vende muito mais do que a biografia do Martin Luther King, que sai por apenas R$ 39,00.

Como escritor, poderia me aproveitar da situação e produzir algo mais “vendável” do que os meus poemas sobre o amor e vida.
Mas como pai, marido, filho, irmão e amigo, prefiro alertar a todos que certos males ainda permanecem a espreita, esperando o momento certo para contra-atacar.

Por: Rody Cáceres. Vendedor de livros e escritor.

Qual sua opinião sobre o assunto? Participe, opine!