segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Estilo de vida: esta é a melhor opção



Qualidade do estilo de vida é a arma mais poderosa tanto para proteção, como para desencadear doenças.
A globalização, o excesso de trabalho, os fast-foods, o sedentarismo, noites mal dormidas, enfim, os hábitos de vida modernos são os grandes vilões contra nossa saúde. Além das doenças cardiovasculares, que são a primeira grande causa de morte segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), não podemos esquecer que aproximadamente 90% dos casos de câncer estão associados ao estilo de vida.

Segundo o Inca, as projeções de casos de câncer para 2011 são equivalentes às estimadas em 2010: se aproximam de meio milhão nas suas formas mais variadas de manifestação. Boa parte das doenças cardiocirculatórias e tumorais pode ser evitada se, desde nossa infância, passando pela juventude e na vida adulta, mantivermos hábitos mais saudáveis. O que não é difícil.

De que maneira é possível reduzir os riscos e porque não cuidar deste único corpo que temos? Eis algumas dicas para minimizar as agressões ao corpo:

-Praticar atividades físicas: ao menos meia hora por dia, três vezes por semana. Estas atividades ajudam na prevenção de tumores, melhoram o sistema cardiorrespiratório, ósteo-muscular e auxiliam contra depressão

-Evitar a ingestão de gorduras de origem animal: churrascos e frituras, principalmente carnes vermelhas

-Reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas: uma taça de vinho ou uma caneca de cerveja por dia são até saudáveis. As destiladas estão entre as que devem ser evitadas, e o risco de desenvolver câncer, é diretamente proporcional à dose ingerida

-Não fumar: 90% dos casos de câncer de pulmão estão relacionados ao tabagismo. Vale lembrar também os riscos das moléstias cardiorrespiratórias, das doenças pulmonares obstrutivas crônicas e dos enfisemas

-Usar e abusar das frutas, legumes e verduras (livres de agrotóxicos): os vegetais são armas muito poderosas na luta contra o câncer de mama, próstata, boca, estômago, intestino. As frutas vermelhas, ricas em licopeno, são excelentes protetoras contra o câncer de próstata, e as que contém fibras, contra o câncer de intestino, assim como os cereais, que também são nossos protetores

-Evitar o sol no período entre 10 horas e 16 horas. Usar sempre filtro solar nas partes do corpo expostas ao sol, e especialmente as pessoas com pele clara.
E um recado aos homens com idade a partir dos 40 anos: realizem o toque retal anual além de avaliar os níveis de PSA no sangue. Consultem um urologista.

Já as mulheres, após a primeira relação sexual, devem realizar periodicamente o exame de Papanicolau (prevenção do câncer do colo do útero) e seguir as orientações do ginecologista. E lembrem-se: toda mulher após os 40 anos deve fazer o exame de mamografia regularmente. Fale com seu médico, ele a orientará.

A principal das dicas é cuidar melhor de nosso corpo, ter uma vida mais saudável e de forma simples. Vamos promover uma corrente pela boa qualidade de vida, e assim alcançar maior longevidade. Pense nisto.

Por José Roberto Fígaro Caldeira.

Você pode comentar aqui no blog ou no dihitt

Nossos pais e os valores eternos



Lê-se no livro Êxodo (20:12): “ Honra pai e mãe a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vos dará.”
A ordem é clara. O que é nebulosa é a disposição em acatá-la.
Por que é tão difícil honrar – que é mais do que amar – aqueles a quem se deve a oportunidade de retornar ao planeta? Desde tenra idade, filhos só recebem benesses. Com raras exceções, se não fossem os pais, não teriam sobrevivido. Tal a dureza do teste de resistência às agruras impostas pela manutenção da vida.
Quando crescidos, muitos continuam a querer tudo de mãos beijadas. Acham que os pais têm obrigação de servi-los per omnia secula seculorum.
Alguns costumam relegar os pais a segundo plano. Exigem que seus interesses sejam atendidos em primeiro lugar. Exploram os pais, usando sua já enfraquecida força de trabalho. Empurram para os seus braços, os próprios rebentos, como batatas quentes. Diz antigo ditado: “Avô é burro bravo que o filho amansa para o neto montar.”
O zelo dos filhos com os pais figura como pequenos juros que lhes são devidos. Paga infinitesimal pela oportunidade da vida que lhes foi dada. Mais reconhecimento, também, merecem aquelas pessoas que não sendo os pais biológicos, cuidaram dos pequenos, permitindo-lhes ser hoje quem são.
Se o ambiente doméstico se apresenta como um palco de experiências amargas, nos compete tentar pacificar os ânimos. Isto ocorre porque – justiça divina sendo feita – os que ali habitam muito odiaram ou foram odiados. A misericórdia do Pai dá sempre chance de ressarcir o erro de outrora.
As pessoas difíceis, que hoje não nos aceitam ou que nos matariam sorrindo, estão apenas mostrando como nós as deixamos, um dia, no passado. Quase sempre estão apenas devolvendo o que receberam. Na dureza do coração, ressentem do estrago em seus caminhos. O agora é o momento de endireitá-los.
No lar ocorrem também abençoados encontros de almas afins. Há famílias que se unem por recíproca simpatia e afinidade. Uniões de verdadeira comunhão de ideias. Simpatia e facilidade de interação regem estes núcleos. Se já eram afins, mais firmes se tornarão os laços.
Valores morais são pertences eternos. Nos acompanham no embarque e no desembarque das vidas sucessivas. São conquistas que tendem a aumentar.
Defeitos, como frutos do egoísmo e do orgulho temporários, também nos acompanham, de uma vida para outra. Serão eliminados só quando decidirmos extingui-los com persistência. Corrigenda e empenho disciplinar têm poder transformador... a duras penas.
Haja determinação! Desejos de vingança seguem-nos os passos. A morte não nos torna nem melhores nem piores do que fomos.
Ódio e vingança são excesso de peso. Bagagem descartável. Por eles pagamos alto preço enquanto teimamos em conservá-los.
Ainda bem que, um dia, cai a ficha: “A vida continua... a morte não muda ninguém. Cada qual continua como está.”
Bate o cansaço.
Cansados de sofrer, imploramos outra chance. Chance de servir àqueles que prejudicamos um dia. Será a única forma de aliviar os desvarios.
Muitas vezes a chegada de um filho, significa armistício nos céus. Bandeira da paz hasteada através da consanguinidade.
O corpo é novo. O espírito, que “sopra onde quer” vem das oficinas de Deus. Pelo processo de educação/reeducação é possível implantar novas tendências. Burilar a essência milenar.
Aos pais serão pedidas contas da sua administração. Aos filhos o cumprimento dos deveres filiais.
Conduzir aperfeiçoando para a redenção é meta de dignidade. Tarefa que poderá ser desempenhada tanto pelo ignorante como pelo sábio. Vontade férrea, suor consciente no Bem são requisitos que não podem faltar no encaminhamento da alma para os valores eternos.

Elzi Nascimento e Elzita Melo Quinta.

São diretoras do Iopta, clínica de psicologia e terapias corporais.

Se desejar comentar use o blog ou o dihitt.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Script de vida



Buscando vivenciar atitudes mais coerentes, procuremos um padrão de conduta mais positivo. Temos realmente determinação para isso? Precisamos questionar se estaremos aptos a enfrentar mudanças.
O que estamos fazendo em relação a comportamento, no âmbito familiar? Poderá ser melhorado?
E no meio profissional, haverá algo a ser urgentemente modificado?
Nesse balanço de inicio de ano precisamos verificar o que vem dando certo ou não. O que mudar. Eliminar. Acrescentar. Com que saldo podemos contar?

Não seria oportuno usar mais vigilância no falar? Morder a língua para prender na boca a fala amarga que iria complicar relacionamento já estremecido. Se houvesse o desabafo haveria a satisfação de vomitar o que vai mal lá dentro. Mas seria pior, a longo prazo. Merecemos estar muito bem conosco mesmos. É momento de festas.

Mas também é hora de se fazer uma boa faxina. Eliminar o que está desgastando. Mudar para melhor o que poderá ser aperfeiçoado. Mesmo que as ocorrências não sejam só alegria, dá para reverter o negativo aceitando os desafios como estímulos que nos levarão ao êxito. É o momento de liberar a alma através das boas ações. Comecemos por nos poupar de desgastes vãos.

Experimentemos andar no caminho de Deus, estabelecendo nossa conexão com o Divino. Isto começa na prática do respeito aos que estão mais perto de nós. Quem é o mais próximo de você? Não é o outro. É você mesmo. Dar-se ao respeito é lógica de ação na conquista do autoconhecimento. Ninguém jamais poderá ser mais dócil, menos violento com o outro se não for cordato consigo mesmo. Vejamos simplesmente: qual o respeito com as limitações corporais? Quantas vezes o corpo clama cansaço, sinaliza esgotamento e não damos a mínima. Quantas vezes as emoções em turbilhão exigem controle, atenção, clareza e não nos tocamos? Quantas vezes os pensamentos entram em conflito e não paramos para analisar? Ver o que realmente procede? Perceber o que flui de nossas reflexões. Separar o que se pensa do que foi acolhido de outras influenciações? Não sabemos discernir entre as idéias próprias e as induções recebidas das circunstâncias que nos cercam.
Respeitar seus próprios limites é uma boa pedida para início de conversa. A partir daí respeitar o outro em sua essência. Respeitar o mundo em suas particularidades.
Quando nos dedicarmos a atentar para o que sentimos, o que pensamos e a forma como isto coordena nosso modo próprio de ser, estaremos mais próximos do entendimento de nossa real personalidade.

Perdas e ganhos acompanham nosso périplo pelo Planeta. Há momentos em que o atordoamento nos leva a impactos como narra Cecília Meirelles em seu magnífico poema Retrato: “Eu não tinha este rosto de hoje, / assim calmo, assim triste, assim magro,/ nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo./Eu não tinha estas mãos sem força, /tão paradas e frias e mortas; /eu não tinha este coração que nem se mostra./ Eu não dei por esta mudança,/ tão simples, tão certa, tão fácil:/ Em que espelho ficou perdida a minha face?”

Ter consciência da própria face é anti-Alzheimer, o mal que apavora. Saibamos lidar com a consciência de nós mesmo. Um bom início é a revisão de nossos atos nesta etapa de 365 dias que compõem um ciclo planetário. Ciclo de realizações. Pois, então, que sejam conscientes. Tendo cada um de nós como autor e autor de seu script de vida.

Elzi Nascimento E Elzita Melo Quinta. (iopta@iopta.com.br)

Comente aqui ou no dihitt.

Fim da assinatura básica de telefone: 338 deputados a favor e 30 contra



Levantamento do G1 ouviu políticos sobre 13 temas polêmicos. Dos 513 políticos que farão parte da nova Câmara, 414 responderam
A maioria deputados que assumem seus mandados na próxima terça-feira (1º) se diz a favor do fim da cobrança da assinatura básica de telefonia, segundo levantamento feito pelo G1.


À pergunta "É a favor do fim de cobrança de assinatura básica para telefone fixo?", 338 disseram "sim", 30, "não", e 46 não souberam responder, totalizando 414 dos 513 deputados que farão parte da nova legislatura.

A reportagem do G1 conseguiu contato com 446 dos 513 futuros deputados. Desses, 414 responderam ao questionário e 32 não quiseram responder. Outros 67, mesmo procurados por telefone ou por intermédio das assessorias durante semanas consecutivas, não deram resposta – positiva ou negativa – às solicitações (leia mais sobre a metodologia ao final do texto).


saiba mais STF mantém cobrança de assinatura básica nas contas de telefone de SP

Um projeto de lei sobre a assinatura básica na telefonia fixa, de autoria do deputado Marcelo Teixeira (PMDB-CE), que não estará na próxima legislatura, aguarda apreciação do plenário desde 2001. O projeto prevê que a cobrança seja limitada aos minutos das ligações efetuadas.

Levantamento


O G1 procurou todos os 513 deputados que assumirão mandatos na Câmara. No caso dos que assumiram cargos no governo federal, em estados ou municípios, a reportagem procurou o primeiro suplente das coligações para responder ao questionário.

Embora decisão de dezembro do Supremo Tribunal Federal diga que o suplente a ser empossado é o do partido (em razão de entendimento de que o mandato parlamentar pertence ao partido), o G1 procurou os suplentes das coligações. Isso porque essa decisão do Supremo vale para um caso específico e não se aplica automaticamente a situações semelhantes. De acordo com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), tomarão posse em 1º de fevereiro os suplentes das coligações.


A maioria dos parlamentares respondeu às perguntas por telefone, mas uma parte preferiu receber o questionário por e-mail para devolvê-lo impresso. Em todos os casos, os deputados foram informados de que não teriam suas respostas individualizadas.



fonte; G1.

Muito bom se for verdade.

Quando o "até" é tudo!


A aposentadoria de políticos que ocupam ou ocuparam cargos de relevância na vida nacional, como a presidência da República ou em palácios dos Estados, retornou à mesa de debates, e muitos são os que entendem que essa situação deve ser extinta, como já aconteceu com aposentadorias para prefeitos, deputados e vereadores.

No Brasil, a palavra "até" deixa de existir quando o lado financeiro atinge os políticos. Como exemplo, está a lei que determina que um deputado estadual pode receber "até" X% daquilo que é pago ao federal. Esse "até" deixa claro que o índice pode ser abaixo dos 75%, mas, em se tratando de interesse coletivo, essa palavra desaparece e o índice é homologado pelo máximo.

O dinheiro é garantido pelo povo, que, por sua vez, é vinculado à decisão política quanto aos índices do salário mínimo, que sempre é oferecido muito aquém do necessário, pois, segundo os órgãos de pesquisa, hoje, para garantir o sustento de uma família, o mínimo deveria ser superior a R$ 1.500,00. Mas, mesmo assim, os políticos fazem verdadeira festa ao anunciar que o Planalto, sensível aos apelos, estará homologando um salário de R$ 550,00, o qual, tendo descontado o estipulado pela Previdência, garante uma queda ainda maior.


Até entendemos como justa uma lei que determine pagamento de aposentadoria a políticos que ocuparam altos cargos em casos excepcionais, pois ninguém está livre de uma desgraça que possa se abater e de, mesmo após passar por patamares elevados, terminar na miséria e dependente de ajuda financeira para sobreviver com dignidade do cargo que ocupou. Deve ser visto, no entanto, que a quase totalidade dos militantes na política mais elevada vai para o "anonimato" muito bem de vida financeira, com a aposentadoria representando mais um barbicacho para engrossar o bolo conquistado.

Como exemplo, os ex-presidentes Fenando Henrique Cardoso, que deixou a cadeira do Planalto e hoje cobra "caixa alta" para apresentação de palestras, e Lula, que já está seguindo o mesmo caminho. Será que qualquer um dos dois necessita da aposentadoria oferecida pelos cofres federais para viver com tranquilidade?

Por Moacir Rodrigues

O que você acha disso? Comente aqui ou no dihitt.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Saúde do espírito



A ideologia materialista incita o homem a não abdicar de sua mais importante prerrogativa: o seu livre-arbítrio. O direito de agir segundo a sua vontade. Até aí, tudo bem, mas o afasta da responsabilidade quanto às conseqüências de seus atos, liberando-o de responder pela situação difícil que gera. Prega que se deve levar a vida segundo a lei do prazer, doa a quem doer. Isenta-o do compromisso e da responsabilidade para consigo mesmo. Com liberdade para plantar, esquece que a colheita será obrigatória.
O resultado das escolhas não deixa dúvidas. Implica em redenção ou em condenação.
Através dos tempos, vivencia o homem a luta pela sua segurança. Segurança ligada, única e exclusivamente, à vida material. Sob esta ótica, busca por mais expansão territorial. Mais poderio financeiro. Se impõe ou é deposto. Cria doutrinas extravagantes que o desvencilham da eternidade da vida. Usufrutuário das ilusões, não atenta para a necessidade de controlar seus pensamentos, palavras e ações. Desconectado de sua própria realidade, faz crescer o número de incrédulos, sem esperança na vida espiritual. De modo incoerente, busca com avidez aquisições materiais. Prejudica a própria saúde. Metade da vida desgasta-se, amealhando e construindo tesouros que o tempo desfaz. Outra metade busca recuperar o tempo perdido na dança dos teres e poderes. Não há satisfação. Há vazio existencial. Incerteza. Apego. Medo de perder. Total dependência dos teres. Cultiva o nada. Mas nada quer deixar para trás.
A arte de bem viver, pautada nas referências hedonistas – na busca do prazer –, pode ter referências mais sólidas e profundas.
Aristipo de Cirene (435-335 a.c) é considerado o fundador do hedonismo filosófico. Hedonismo vem do grego hedonê, que pode significar prazer do corpo ou do espírito, vontade. Trata-se de uma teoria ou doutrina filosófico-moral da Grécia antiga.
Para Aristipo, havia dois estados da alma humana: o prazer e a dor. O prazer era considerado movimento suave da alma. A dor, por sua vez, era interpretada como movimento áspero da alma. Nesta visão, o único caminho para a felicidade estribava-se na diminuição da dor. E o prazer corpóreo constituía o próprio sentido da vida.
Entre a dor e o prazer surgiu o pensamento de Epicuro (341 – 270 a.c). Ele modificou a teoria hedonista, considerando que o caminho da felicidade não é tão somente a busca do prazer dos sentidos, mas a libertação do sofrimento, da agitação e da dor. No grego de Epicuro, hedonê faz-se equivalente a makariótes: bem-aventurança, a felicidade espiritual. Neste aspecto, ficou de fora a busca desenfreada de bens e prazeres corporais. O foco: a busca da serenidade, da prudência, do equilíbrio. Entre o ter e o ser, o ser foi considerado prioridade. Assim, o prazer, para ser um bem, precisa de moderação.
Em sua Carta a felicidade, Epicuro afirma a Meneceu que o prazer que o homem deve buscar não é a satisfação física imediata. O prazer que deve nortear a conduta humana é destituído de perturbação e dor. Esta conquista se solidifica à medida em que o ser humano, pelo autodomínio, busca a autossuficiência. Faça-se feliz e sereno. Conte consigo e suas circunstâncias. Suas sugestões, embora o contra senso de sua visão niilista, incentiva o autoconhecimento. Ao propor responsabilidade e independência, Epicuro faz-se propagador da grande necessidade humana: o cultivo da saúde do espírito.


Elzi Nascimento e Elzita Melo Quinta.

Comente aqui ou no dihitt.

NEM TUDO QUE PARECE, É!!!


Não se deve acreditar em tudo que se ouve. Nem sempre no que se vê. Às vezes nos deparamos com rumores, seja na política, seja na vida particular de alguém e, até mesmo, em fotografias divulgadas como a de um cão que supostamente velava o corpo da dona vítima das chuvas na cidade de Teresópolis, Região Serrana do Rio e que ganhou destaque em jornais no Brasil e no mundo. Identificado como Caramelo, o comportamento do cachorro comoveu leitores e chamou a atenção de quem buscava notícias sobre a tragédia. Mas a história, digna de folhetim, era outra. "É tudo mentira", protestou o verdadeiro dono do animal, o coveiro Rodolfo Júnior. "O nome do cachorro da foto é Joe e está comigo há 1 ano, desde que foi abandonado no cemitério municipal", revelou. Ele conta que, no dia em que a fotografia foi feita, Joe o acompanhava enquanto trabalhava como voluntário cavando sepulturas para abrigar os corpos das vítimas. "Ele deitou ao lado de uma cova. A foto foi feita e escreveram que era a dona dele e que ele estaria ali acompanhando. E rolou esse boato todo", explicou Rodolfo. Portanto, não se deixe enganar. Cuidado com as imitações, com as divulgações, com os depoimentos - de pés juntos - e quaisquer outros depoimentos que possam a vir a comprometê-los.

por João Direnna, psicólogo e jornalista.

Eu tinha acreditado nisso. E você?

Carta de um caloteiro

Click na imagem da carta para ampiá-la.

Dizem que o freguês tem sempre razão!

A nobre missão de servir


A tragédia comove e mobiliza a população para a ajuda humanitária. Empurrados pelo impacto dos fatos e, principalmente, pela cobertura midiática, autoridades, instituições e pessoas solidárias enviam donativos e realizam trabalhos iniciais de socorro, ações que, no momento, confortam, amenizam as dores e o sofrimento. Mas, assim que o problema sai das manchetes, muitos esmorecem e sequer cumprem o mínimo prometido. Emagrecem a ajuda anunciada de milhões e a prestação de serviços que resolveriam os problemas das regiões afetadas. Isto se tornou um círculo vicioso.


Os governos, que arrecadam impostos da população, e as autoridades - eleitas ou de carreira - têm o dever de agir para a solução dos problemas. São elas as detentoras das verbas públicas e do poder de destiná-las. Mas, infelizmente, a maioria só é movida pelo empuxo da desgraça e, logo depois, parece esquecer de tudo. Sobram, então, as ONGs sérias e as entidades da sociedade civil, cujos idealizadores e investidores doam recursos, e muitos deles, o seu trabalho pessoal. Ao contrário das arapucas que políticos e espertalhões costumam montar para se locupletar com verbas governamentais, felizmente existem as organizações que, na medida de suas limitações, fazem um profícuo trabalho de resultados.


Como país novo e de desenvolvimento recente, se analisado sob o lapso histórico, o Brasil tem graves distorções físicas e estruturais a serem solucionadas. O regime de águas fartas vivido nas últimas décadas demonstra flagrantemente que as áreas urbanas e urbanizadas carecem de uma grande e geral revisão. Para conter a mortandade e o sofrimento de todos os anos, há de se desenvolver programas sérios e continuados que retirem os moradores das áreas de risco, recomponham a cobertura vegetal das encostas e das margens dos rios, liberem as várzeas e destinem adequadamente toda a forma de lixo produzida tanto pelo povo, quanto pela atividade econômica. É uma tarefa gigantesca que, infelizmente, até agora, não recebeu a devida atenção. Com isso, todos os dias, o país morre um pouquinho.



Além dos órgãos governamentais, a sociedade também tem suas obrigações. Muitas empresas e empresários que aqui fizeram suas fortunas e ainda ganham sua vida, além da própria atividade econômica, são conscientes e já fazem o trabalho social. Mantêm instituições de inclusão cultural, de apoio médico-hospitalar, de difusão educacional, social e outras. São as Apaes, as Santas Casas, os orfanatos, os asilos e as estruturas particulares como o Instituto Olga Kos Trambich (São Paulo), que fazem aquilo que os governos não têm conseguido e, com isso, tornam a sociedade mais sustentável.



Empresários e altos executivos dão exemplos. Além dos recursos investidos na obra social, também dão um pouco de si, realizando pessoalmente as ações sociais. Estes encontram-se um passo à frente dos demais. Aplicam aquilo que podem e recebem o benfazejo reconhecimento dos assistidos, na maioria das vezes não verbalizado, mas sempre contido em seus desejos e pensamentos positivos.
O país não é só do governo e das autoridades. Cada empresa, entidade ou pessoa física tem seus direitos e suas obrigações para com o conjunto da sociedade. Servir é a mais nobre das virtudes sociais. Pensem nisso e... mãos à obra...



Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da Aspomil (Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo) E-mail: aspomilpm@terra.com.br

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Me acorde quando for ontem novamente



A frase acima foi dita recentemente por uma garota que nem sei o nome e que ouvi ao acaso. Nunca saiu de minha mente, desde então e imaginei que poderia ser até título de filme ou livro dada a imensa possibilidade de expansão de idéias sobre ela.

Segundo os filósofos apaixonados pela filosofia grega (quem não o é?) jamais encontraremos a felicidade se nos debruçarmos sobre o passado, sobre a vida que já não é mais, sobre o que deixou de existir. A vida não pode ser ontem, a vida não pode ser o que passou (ah, como eram bons aqueles tempos!!!). A felicidade também não reside no que virá pelo simples fato de que o futuro não chegou ainda e, talvez, nem chegue (e, se não houver amanhã?). Então, é lógico, sensato e prudente que entendamos que a vida é aqui e agora, como diria o filósofo existencialista Gil Gomes. O melhor lugar do mundo é aqui e agora. O jogo é hoje, não importa se já vivemos vidas passadas ou se retornaremos para uma segunda chance para repararmos o que não saiu a contento. Então, não podemos perder a oportunidade de jogar bem e fazer bonito. Se há um criador e fomos projetados a sua imagem temos que corresponder nem que seja um arremedo, se não pudermos ser melhor que isso.

Como não há como ter referência sobre o que não foi vivido, isto é, sobre o futuro, muitos de nós fazem comparação sobre o que foi, sobre o ontem.

Me acorde quando for ontem novamente deve significar que o que ocorreu foi demais, totalmente demais e que a pessoa quer dormir até que o ontem retorne. Enquanto o ontem não voltar, não quer estar acordada, melhor sonhar o bom do que estar acordada para o não tão bom assim. Só que isso não é viver, isto é sonhar, e sonhar é latência e pode ser fuga. Sonhar é bom, mas não deve ser melhor do que viver.
Quando o jogo termina significa que terminou. Saborei-se sobre os louros da vitória e lambem-se as feridas da derrota e pensemos no próximo jogo. A vida é assim, o que passou, passou.

Um religioso fazia uma reflexão nas ondas de uma rádio local sobre o que entrou nas nossas casas a título da chamada modernidade. Entrou chuveiro elétrico, TV, geladeira, controle remoto, telefone, computador, internet e tudo o mais. Tudo isso veio para conforto e a vida ficou, por isso, mais cômoda e sobrou mais tempo para fazermos o restante.
No entanto, o que saiu de nossas casas foram a convivência, o diálogo, a oração, o sentar à mesa juntos, a devida atenção aos filhos e ao casal e tudo o mais.
Nossas vidas ficaram mais cômodas, mas não necessariamente ficaram melhores. Por isso, que a frase que intitula essa coluna pode ser aplicada a vida de cada um de nós. Talvez o ontem tenha sido melhor do que aí está exposto para muitos de nós. Mas, é uma questão puramente subjetiva, de cunho pessoal, intransferivelmente pessoal.

A Globo com essa maravilha chamada Big Brother conseguiu duas façanhas. A primeira é liquidar com a carreira jornalística de Pedro Bial transformando-o em animador de auditório e a segunda é dar a oportunidade que faltava para a gente desligar a TV e conversar em família. Acho que dialogar em família é bem melhor do que assistir o desempenho dos arquétipos inseridos no “programa”.

Quando está passando o “programa” acima dá-me a vontade de dizer – me acorde quando for ontem novamente, quando passava Os Waltons.


por Jorge Anunciação.

Se desejar comentar use o blog ou o dihitt.

As aparências enganam...



Nunca esteve tão na moda a frase que diz: “As aparências enganam”, ou você vai dizer que não conhece ninguém que vive de aparências, que finge ser o que não é, ter o que não tem, sentir o que não sente, somente para estar bem com os outros. Nos dias de hoje as pessoas se concentram mais em competir umas com as outras, do que em admitir quem são realmente, e o fazem simplesmente por valorizar demais a opinião alheia, por achar que para ser aceito têm que ser igual aos outros, ou seja, vai se estereotipando e assim contribuindo para a criação de uma sociedade artificial, de conceitos apenas aparentes, que se modificam a cada nova tendência.

Podemos citar como exemplo de convívio de aparências as modinhas de hoje em dia, algumas pessoas vestem-se de maneiras diferenciadas somente para sentir-se parte de um grupo, muitas vezes só para acompanhar os amigos, e de tempos em tempos, muda de estilo, de tribo, sem ao menos perceber que o que lhe falta é personalidade. Pessoas com personalidade não vivem de aparência, isso é fato, pois assumem seu próprio estilo independente do que os outros venham a falar, aceitam as criticas e as respondem a altura do interlocutor, que muitas vezes nem sabe o que está criticando, mais o faz somente porque todos o fazem.

Outro problema gerado pelo mundo de aparências em que vivemos é o preconceito, que é um sentimento que não aceita diferenças, ou seja, critica-se toda e qualquer atitude que desvie do que a maioria considera aceitável, que não esteja de acordo com os parâmetros impostos pela sociedade em que vivemos. E assim geram um clima de animosidade entre os indivíduos, que em busca de defender sua ideologia e o que consideram como certo, são intoleráveis contra os demais, no que diz respeito a seu modo de viver e se expressar, como também no que se refere às diferenças culturais de uma sociedade para outra, já que o mundo de hoje está impregnado de falso moralismo e cercado de incoerências históricas, que nos tornam seres cada vez menores intelectualmente.

Pois é inaceitável nos dias hoje, em pleno século XXI, vivermos condicionados as aparências, dependendo da aprovação dos demais para nos considerarmos normais e úteis para sociedade. É preciso que nos tornemos mais independentes, e menos suscetíveis as vontades alheias, que sejamos quem somos sem nos importar o que pensarão ou até mesmo falarão de nós, pois como diria Bob Marley, “Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação, pois sua consciência é o que você é, e sua reputação é o que os outros pensam de você, e o que os outros pensam é problema deles!”.


By: Rivaldo Yagi.

Comente aqui ou no dihitt.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A importância do convivio familiar



Ninguém duvida da importância que a família tem na vida de qualquer sujeito. Quando nascemos, precisamos de cuidados fundamentais por vários anos para ter um desenvolvimento que nos leva da dependência à independência física e emocional em um caminho de autonomia afetiva, intelectual, social e financeira. Para um dia andar com as próprias pernas todos precisamos dos cuidados do convívio familiar. Cada família tem suas características, seus costumes, seus hábitos, sua maneira de viver, de amar, de ensinar, deixando suas marcas na trajetória de quem ali cresce. Ainda que não seja somente a família que influencia nossa história e na constituição da personalidade de cada um ela, de fato, é fundamental neste processo.

Nas festas de final de ano ou durante o verão muita gente reúne a família para ir à praia ou fazer algum passeio proporcionando que as pessoas passem um maior tempo juntas. No entanto, muitos dias e diversas situações são suficientes para lembrar o que se tinha esquecido desde que não se está mais da casa dos pais ou que não se convive tão de perto com os filhos e irmãos. Quando junta neto, cunhado, primo, tio, avó..., fica um povo ainda maior para administrar gostos, preferências, vontades, ritmos e exigências. E é aí que pode gerar alguns problemas.
O convívio mais intenso provoca uma intimidade que nem sempre as pessoas estão preparadas para aceitar. Percebemos aquilo que não toleramos no outro com facilidade, mas nem sempre nos damos conta do que em nós pode contribuir para dificultar a relação. Neste ensejo, o risco de desrespeitar, invadir o outro ou ainda, deixar que isto aconteça com você pode ser grande.

Na volta da viagem é bem frequente a busca pela psicoterapia para auxiliar nestes incômodos gerados em família. Saber qual é o tempo e a medida certa nesta convivência pode ser o segredo para o sucesso das relações. Se conhecer e respeitar o modo de ser do outro também contribuem um bocado.

O início de ano pode ser um bom momento para quem se permite reavaliar-se e propor-se mudanças em relação àquilo que considerar necessário. Não são as listas do que se quer ou do que não se quer e as promessas novas ou que se repetem a cada novo mês de janeiro que farão a diferença, mas a disponibilidade e a vontade de modificar o que cada um se der conta como importante para si. Suas relações irão, certamente, te fazer muito mais feliz.


Postado por Patrícia Spindler.

Comente, participe!!!

Evitar o sexo pré-nupcial melhora a relação? Será???



Estudo sugere que casais que adiam relações sexuais desenvolvem melhor comunicação
Quando é o momento certo para consumar a relação? Se a resposta dependesse dos padres, seria logo após a cerimônia de casamento — mas estudos recentes mostram que esse conselho é raramente seguido. Cerca de 85% da população norte-americana aprova o sexo antes do casamento. Com números como esses, quais as esperanças do Vaticano e de seus membros?

Maiores do que eram na segunda semana de janeiro. Até agora, a determinação de que os casais deveriam esperar até se casarem para fazer sexo se apoiou em afirmações e dogmas. Dean Busby e seus colegas na Brigham Young University, em Utah, no entanto, coletaram dados que justificam o adiamento (um resultado conveniente para a universidade, que pertence a notórios mórmons abstinentes).

Pouco se sabe sobre a influência do timing sexual no desenvolvimento das relações. Ainda assim, há uma abundância de opiniões. Alguns alegam que os órgãos sexuais, tanto físicos, quanto mentais (pois como diz o clichê, o órgão erótico mais poderoso é a mente) precisam de um test drive para garantir que a química entre um casal significa que eles permanecerão juntos na saúde e na doença. Outros sugerem que casais que adiam ou se abstêm de intimidade sexual no início da relação permitem que a comunicação se torne a base de sua atração, e que isso ajuda a assegurar que o companheirismo e a parceria os manterão juntos quando as chamas iniciais da luxúria se apagarem.
Para examinar essas sugestões mais de perto, Busby e seus colegas recrutaram 2.035 pessoas casadas, com idades entre 19 e 71 anos, e com tempos de matrimônios que iam de menos de seis meses a mais de 20 anos. Suas filiações religiosas variavam; muitos deles não tinham religião alguma.

Todos tiveram que completar um questionário online normalmente usado para ajudar os casais a entenderem suas forças e fraquezas. Entre as quase 300 questões, os participantes tiveram que responder quando fizeram sexo pela primeira vez com seus parceiros, se suas vidas sexuais eram satisfatórias, como resolviam conflitos, e com que frequência cogitavam desmanchar seus relacionamentos. Além disso, o questionário trazia 14 itens que avaliavam a capacidade dos participantes de expressar empatia e compreensão a seus parceiros, e suas tendências a se tornarem críticos ou defensivos. Todas as questões, exceto aquelas sobre a frequência das relações sexuais, foram respondidas numa escala de cinco pontos, na qual um representava uma grande discordância e cinco representava uma grande concordância.

Como a religiosidade atrasa a atividade sexual, Busby e seus colegas também perguntaram aos participantes com que frequência eles iam à igreja, com que frequência rezavam, e se eles sentiam ou não que a espiritualidade era uma parte importante de suas vidas. Eles usaram as respostas para avaliar a influência da religiosidade, e também avaliaram renda, educação, etnia e duração dos relacionamentos. Seu estudo, recentemente publicado no Journal of Family Psychology, sugere que pessoas que adiam as relações sexuais acabam tendo melhores relacionamentos, em quatro diferentes medidas (veja a tabela abaixo). Os resultados se aplicam a homens e mulheres.

Infelizmente, o método do Dr. Busby não distingue a causa desse fenômeno. Pode ser, como pregam os moralistas, que o adiamento na verdade seja um aperfeiçoamento. É possível, talvez, que as pessoas que estão felizes em adiar suas relações sexuais também sejam melhores em relacionamentos. Em outras palavras, seria uma correlação, ao invés de uma relação de causa e consequência. Esse é material para um outro estudo. Se os resultados persistirem, no entanto, mesmo quando as personalidades individuais forem levadas em conta, darão uma munição útil aos padres e aos conselheiros matrimoniais.


Fontes: Economist - The waiting gam

Comente, participe! O que você acha disso???

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Como aliviar a dor de dente



“Até hoje não houve filósofo que padecesse pacientemente de uma dor de dente". Shakespeare estava certo. Não é fácil suportar a dor de dente. A boa notícia é: com os cuidados dentários atuais e checkups regulares, a torturante dor de dente não é mais tão comum quanto antigamente. No entanto, sentir qualquer dor nos dentes é um sinal que não deve ser ignorado, mesmo que ela desapareça sozinha.
A dor de dente pode variar. Talvez a mais comum seja uma dor fraca causada por dentes sensíveis. Você come ou bebe algo quente, frio ou doce e sente uma pontada momentânea. Algumas pessoas sentem dor devido a problemas de sinusite. Isto acontece quando a dor limita-se aos dentes superiores e muitos deles são afetados ao mesmo tempo.

Bruxismo (ranger os dentes) ou problemas com a junta temporomandibular podem ser as causas de dor de dente e sensibilidade. Tratamentos dentários recentes também podem deixá-los sensíveis a mudanças de temperatura por algumas semanas.

No entanto, alguns tipos de dor precisam da atenção imediata do dentista. Se você sentir uma dor forte quando morder, por exemplo, pode ser que tenha uma cárie, obturação solta, dente quebrado ou polpa danificada (tecido interno do dente que contém vasos sangüíneos e nervos). A dor que permanece por mais de 30 minutos depois de comer comidas quentes ou frias também pode indicar dano na polpa, causada por cáries profundas ou traumas no dente. A dor de dente clássica, com dores fortes e constantes, inchaço e sensibilidade, é definitivamente um mau sinal.

Se um dente dói a ponto de você não conseguir dormir ou interfere no seu dia-a-dia normal, é hora de ligar para o dentista. O problema pode ser um abscesso dentário, que ocorre quando a polpa do dente morre, resultando em uma infecção que pode se espalhar para a gengiva e até mesmo para o osso.

Dores na polpa do dente são um pouco complicadas. Elas avisam que tem algo de errado, mas os nervos da polpa morrem rapidamente (em apenas 12 horas), e depois disso a dor desaparece. No entanto, em pouco tempo o dente começa a doer de novo, já que o tecido morto fica infectado ou com abscesso.

É por isso que, deixar o dentista para depois, em casos de dor de dente pode não ser recomendável. Mas se for 3 da manhã ou um domingo à tarde, você pode tomar as medidas temporárias a seguir para lidar com a dor até poder ir ao dentista.

Guia da polpa do dente
A maioria de nós acha que os dentes não estão vivos, mas eles estão. Cada dente contém o que é chamado de polpa, composta por veias e nervos.

Se a polpa está danificada ou exposta, os nervos podem morrer e o dente pode ficar infeccionado ou com abscesso. O que pode causar isto? Uma cárie profunda, dente quebrado ou um trauma forte no dente (como, por exemplo, morder um grão de milho). O seu corpo não consegue curar polpa danificada ou exposta - então, se estiver sentindo dor na boca, procure um dentista.

Tome aspirinas, paracetamol ou ibuprofen - são os mesmos comprimidos que você toma para as dores do dia-a-dia. Ibuprofen é a melhor opção, já que diminui a inflamação que pode acompanhar a dor de dente.

Use óleo de cravos - você pode comprá-lo em uma farmácia. Siga as instruções de uso cuidadosamente, pois ingerir muito óleo pode causar envenenamento. Certifique-se de colocá-lo apenas no dente e NÃO na gengiva, senão a queimação que sentir vai fazer você esquecer da dor de dente em pouco tempo. Lembre-se de que o óleo de cravos não vai curar a dor de dente, apenas anestesiar o nervo temporariamente.

Diminua o inchaço - coloque uma compressa fria na bochecha se a dor de dente causar inchaço.

Alivie a dor - deixar um cubo de gelo ou água gelada
na boca pode aliviar a dor. Pule esta opção se perceber que isto simplesmente aumenta ainda mais a sensibilidade.

Mantenha a cabeça elevada - elevar a cabeça diminui a pressão na área e pode reduzir a dor latejante.

Bocheche - a água não vai levar a dor embora (apesar deste ser um pensamento agradável), mas você pode bochechar água quente para remover qualquer resto de comida que pode estar causando ou piorando a dor. Um pedaço de comida que fica preso na gengiva pode doer tanto quanto polpa danificada. Misture uma colher de chá de sal em um copo de água quente e faça bochechos, expelindo a água em seguida.

Use fio dental - não, não é um remédio, mas usar o fio dental é outra maneira de remover os restos de comida que podem estar presos. A ponta de borracha da sua escova ou um palito de dentes (se usado com cuidado) ajudam a remover a comida também.

Tenha cuidado com comidas quentes, frias ou doces - elas podem piorar a dor e a sensibilidade.

Coloque gaze - se o dente ficar sensível ao ar, cubra-o com gaze ou com um pequeno pedaço de cera dental (disponível em muitas farmácias).

Mitos da dor de dente
Não se deixe enganar por estes mitos, você pode causar ainda mais danos acreditando neles.

* Coloque uma aspirina no dente - se você quiser usar aspirina para ajudar a aliviar a dor de dente, tome-a com um copo de água. Não coloque-a no dente ou na gengiva. O comprimido de aspirina não é um remédio tópico, ele tem de ser ingerido. Colocar a aspirina no local pode causar queimaduras graves em sua gengiva ou bochecha, que podem demorar de 4 a 5 dias para cicatrizar.

* Ter dor de dente significa que você vai perdê-lo - isto não é mais verdade. O tratamento de canal pode salvar dentes com abscesso ou polpa danificada. O tratamento consiste em fazer uma pequena abertura no dente, removendo a polpa que fica na parte interna, preenchendo o canal (por isso o nome do tratamento) com um material chamado gutta-percha. Depois, uma coroa artificial é colocada no dente. Algumas vezes, um pino de metal é fixado ao osso para se obter maior resistência.

* Se a dor desaparecer é porque o problema sumiu - a dor é um aviso de que existe algo de errado com o seu corpo, então não a ignore. A questão pode ser mais séria do que um problema dentário. Dor na mandíbula inferior, por exemplo, pode ser um sintoma de problema no coração.


Por: Publications International, Ltd.

Se a dor de dente mantém você acordado à noite, é sinal de que você deve ligar para o dentista

O OUTRO como DENUNCIADOR de SOMBRA



Para entender como isso acontece convido você a se ver naquilo que descreverei em seguida:

Desde o começo da vida você veio com um grande conjunto de potencialidades humanas a serem realizadas em vida. Quando você começou a entender onde estava e o que todo mundo fazia ali, também começou a querer fazer, explorar, mexer... e depois, a perguntar, a advinhar o que se deve fazer, arriscando-se ao erro, tentando... e mais tarde, mais bem treinado, passou a já saber o que não se fazia, a fazer o certo e o esperado pela família, censurando em si mesmo aquilo que sabia ser inadequado, errado, pecaminoso, vergonhoso e assim por diante.

Pois bem, no caminhar do desenvolvimento da "sua criança" pela família e pela sociedade, você foi sendo treinado para poder discriminar, o melhor possível, o certo do errado, o bom do mau, o bonito do feio... Muitas "partes de si mesmo" tiveram de ser impedidas de agir por representarem tendências ou impulsos inaceitáveis para seus companheiros de caminhada, seus tutores, seus professores, seus treinadores. Com o tempo, o número de erros diários cometido acabou, felizmente, diminuindo e você já não dava tanto trabalho aos encarregados de sua supervisão, pois você já "sabia" o que se deve ou não se deve fazer, ser, sentir, falar etc. Todos passaram a confiar na sua capacidade de se conduzir sozinho sem dar mais trabalho à diretoria. E isto só aconteceu porque, desde o começo, você passou a internalizar valores e explicações encontradas no seu meio ambiente. Você fez isso na ânsia de se adaptar e de ser aceito por todos. Com o tempo você aprendeu quais partes ou potencialidades humanas ( das iniciais ) é vantajoso lidar e demonstrar; mas também, paralelamente, quais partes ou potencialidades reprimir, esconder, proibir ou censurar. Você pode ter sido convencido de que estas partes podem simplesmente desaparecer, como por um milagre, apenas por serem reprimidas ou por não serem exercidas, porém a verdade é que elas são persistentemente incômodas e precisam de constante cuidado para se manterem fora de cena.

Em linguagem psicológica ocorreu que você, no geral, se identificou com as parcelas de si mesmo aceitas pelo meio ambiente em que se desenvolveu. Você se apegou a elas - que deram certo e lhe trouxeram algum prazer - de tal forma que passou a chamar de EU a este ESTRUTURADO CONJUNTO DE POTENCIALIDADES HUMANAS SELECIONADAS. Ao identificar-se e apegar-se a elas você criou em si mesmo uma cisão, ou seja, de um lado as partes DEMONSTRÁVEIS e de outro as suas parcelas negadas e INDEMONSTRÁVEIS.

Dando nomes apropriados vamos chamar de PERSONA ( um EU-PARA-OS-OUTROS ) às partes conotadas de aceitáveis e de Sombra Pessoal ( o EU-NEGADO ) às conotadas como inaceitáveis. Você há de convir comigo que, de fato, você não é, sempre e exatamente, nem uma nem outra, pois se percebe, na verdade, como alguém que se encontra ao meio de tendências opostas, sendo puxado ora pela PERSONA ( contingente de facetas do EU que está VOLTADO PARA OS OUTROS ) ora sendo puxado pela SOMBRA PESSOAL ( contingente de características e possibilidades existenciais negadas ). Vamos dar a esta função administradora o nome de CONSCIÊNCIA. Esta precisa atender à necessidade de adaptação ao meio ambiente tanto quanto à realização das potencialidades pessoais. A tarefa da CONSCIÊNCIA é complexa e exige muita energia para ser concretizada plenamente. Ela está mediando os poderes do mundo face aos poderes do Inconsciente e sua tarefa envolve administrar outros potenciais e tendências além dos descritos até aqui.

Então você, que me acompanhou até aqui, descobre que somos todos PERSONAGENS EM CENA e todos os dias verifica que no mundo social há muita ilusão, muita hipocrisia e muita tapeação: nem tudo que parece ser é o que aparentava ser. Pois bem, o fato é que é muito fácil, pra você, ver a SOMBRA do outro, contudo quando se trata de ver a sua SOMBRA PESSOAL aí a coisa muda de figura e tudo fica nebuloso.

Me acompanhe mais um pouco e se pergunte: Será que é fácil, para o outro, ver a minha SOMBRA ? A resposta é: sim ! O outro pode gastar apenas alguns segundos para ver em você aquilo que pode lhe custar grande esforço e tempo na busca de conscientizar a SOMBRA PESSOAL e alcançar alguma evolução moral. Se você já está ou esteve nesta busca então poderá contar com o outro para apontar ( ou cutucar ) a suas inadequações e defeitos. Na busca de evoluir e de se desenvolver humanamente você ouvirá o outro, por mais que lhe doa ouvir algo, abaixará a cabeça e se disporá a melhorar naquele aspecto que foi apontado como sendo seu, ainda que você tenha enormes dificuldades para admitir que isto seja mesmo verdade... Acreditando e confiando em si mesmo você faz um esforço moral e se aprimora sempre.

Já se disse que o mundo é o espelho do EU, mas nós ocidentais pouco entendemos do valor prático destas afirmações.
Por outro lado, se você não deseja, de modo algum, nem jamais pretendeu olhar para a sua SOMBRA PESSOAL então o outro ocupará o difícil e sofrido papel de DENUNCIADOR de SOMBRA pronto a demolir, a todo momento, a sua PERSONA infantil. Você encontrará no outro o inimigo aberto, o que fará piadas jocosas e irônicas com suas inadequações e defeitos. Viver esta situação é muito mais vergonhoso e humilhante do que dar o braço a torcer e admitir a autoridade do outro que, pelo convívio contínuo consigo, observa com clareza e aponta justamente aquilo que você mesmo se recusa a ver.

Está em suas mãos transformar ou não o outro em DENUNCIADOR DE SOMBRA. Se isto já aconteceu e se você já sofre por isso então volte-se pra si mesmo, retome a consciência de que você é duplo, para dizer o mínimo, e que além daquilo que você acredita ser é também aquilo que negou em si mesmo e que contudo, não desapareceu por mágica e está, isto sim, esperando que você retome sua caminhada de desenvolvimento e regenere as partes que foram relegadas, desprezadas e omitidas da sua PERSONA.
Se o outro está dizendo coisas terríveis a seu respeito isto se deve ao fato de você não ouvi-lo quando ele disse a primeira vez, nem na segunda, nem nunca. Experimente parar um pouco de só oferecer resistência. Tente um outro caminho. Foi você mesmo quem criou esta situação vexatória e incômoda e agora sabe como modifica-la a qualquer momento.
Dentro de você a CONSCIÊNCIA existe e você precisa voltar a ocupar uma posição mais central. Lembre-se do dito que afirma que você pode enganar / convencer/agradar algumas pessoas todo o tempo; pode enganar /convencer/agradar todas as pessoas algum tempo; mas, não pode enganar / convencer/agradar todas as pessoas todo o tempo... O sentido disto é aplicável à PERSONA quando em ação no meio social, mas quando se trata da família ou do parceiro de relação este dito tem que ser substituído pela máxima:

"você não vai conseguir enganar seu parceiro por muito tempo !"


Por Luís Vasconcellos.

Comente aqui ou no dihitt.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Artigo sobre percepção extrassensorial promete causar polêmica


Professor da Universidade de Cornell publicará este ano um estudo que diz comprovar a existência de vidência e previsão de futuro.


Uma das mais respeitadas revistas científicas de psicologia aceitou publicar um artigo apresentando o que seu autor descreve como uma das mais fortes provas da existência de percepção extrassensorial (ESP, na sigla em inglês), a habilidade em conhecer o futuro.

A decisão pode agradar os que acreditam nos chamados eventos paranormais, mas já divide a comunidade científica. Cópias antecipadas do trabalho, a ser publicado este ano no The Journal of Personality and Social Psychology, têm circulado amplamente entre acadêmicos nas últimas semanas, gerando um misto de divertimento e desprezo.

O artigo descreve nove experimentos de laboratório pouco comuns realizados na última década por seu autor, Daryl J. Bem, professor emérito da Universidade de Cornell, testando a capacidade de estudantes universitários perceberem com exatidão eventos ao acaso, como se um programa de computador irá fotografar do lado esquerdo ou direito da tela. Os estudos incluíram mais de mil pessoas.

Alguns cientistas dizem que o estudo merece ser publicado, em nome da investigação aberta; outros insistem que a sua aceitação só reforça falhas fundamentais na avaliação e revisão das pesquisas em ciências sociais.

"É loucura, loucura pura. Não posso acreditar que um periódico importante esteja aceitando este trabalho", disse Ray Hyman, professor emérito de psicologia da Universidade de Oregon e crítico de longa data da pesquisa ESP. "Eu acho que é simplesmente um constrangimento para o campo inteiro da psicologia."

O editor da revista, Charles Judd, psicólogo da Universidade do Colorado, disse que o artigo passou pelo processo regular de revisão da revista. "Quatro revisores fizeram comentários sobre o manuscrito", disse ele, "e eles são pessoas muito confiáveis."

Todos os quatro decidiram que o artigo cumpriu as normas editoriais da revista, acrescentou Dr. Judd, embora "não havia nenhum mecanismo pelo qual pudéssemos entender os resultados."

Mas muitos especialistas dizem que é exatamente esse o problema. Afirmações que desafiam quase todas as leis da ciência são extraordinárias por definição e, portanto, exigem provas extraordinárias. Não levar isso em conta - como fazem as análises convencionais das ciências sociais - torna inúmeras descobertas parecerem muito mais significativas do que elas realmente são, afirmam especialistas.

"Várias revistas importantes publicam resultados apenas quando estes parecem apoiar uma hipótese ou inesperada ou que chama a atenção", escreveu por e-mail Eric-Jan Wagenmakers, psicólogo da Universidade de Amsterdam. "Mas essa hipótese provavelmente constitui uma afirmação extraordinária, e deve passar por mais escrutínio antes que seja permitida a entrada em campo."

Dr. Wagenmakers é co-autor de uma réplica ao trabalho, prevista para aparecer na mesma edição da revista.

Em entrevista, Daryl Bem, autor do artigo original e um dos pesquisadores em psicologia mais proeminentes de sua geração, disse que planejou cada experimento para simular um clássico estudo bem conhecido, “só que invertidos”.

Em um experimento clássico de memória, por exemplo, os participantes estudaram 48 palavras e, em seguida, dividiram um subconjunto de 24 delas em categorias, como alimento ou animal. O ato de categorizar reforça a memória, e em testes posteriores as pessoas têm uma chance maior de lembrar as palavras que eles praticaram do que as quais eles não praticaram.

Em sua versão, o doutor Bem aplicou um teste de memória para cem estudantes universitários antes que eles fizessem a categorização - e descobriu que eles eram significativamente mais propensos a lembrar as palavras que praticavam depois. "Os resultados mostram que a prática de um conjunto de palavras após o teste de memória, de fato, volta no tempo para facilitar a lembrança daquelas palavras", conclui o artigo.

Em outro experimento, Bem pediu que indivíduos escolhessem qual das duas cortinas na tela do computador escondia uma fotografia; a outra cortina escondia apenas uma tela em branco.

Um programa de computador postava ao acaso uma imagem por trás de uma cortina ou de outra - mas somente depois que o participante tinha feito sua escolha. Mesmo assim, os participantes derrotaram o acaso, por 53 a 50 por cento, pelo menos quando as fotos postadas eram eróticas. Eles não foram melhor do que o acaso em fotos negativas ou neutras.

"O que mostrei foi que os indivíduos não selecionados podiam sentir as fotos eróticas," disse Bem, "mas o meu palpite é que se você usar mais pessoas talentosas, que são boas nisso, elas podiam encontrar qualquer uma das fotos."

Nas últimas semanas blogueiros de ciência, pesquisadores e variados céticos têm contestado de maneira contundente os métodos e estatísticas utilizados por Bem, levantando questões importantes no tratamento dos números. (Outros questionam suas intenções. "Ele tem um ótimo senso de humor", disse Hyman, de Oregon. "Eu não descartaria que esta é uma brincadeira elaborada.")

O autor do trabalho em geral respondeu na mesma moeda, algumas vezes acusando os críticos de ou não entender seu trabalho, ou de construir um forte viés em suas próprias re-avaliações dos dados.

Em certo sentido, é um padrão historicamente familiar. Por mais de um século, os pesquisadores realizaram centenas de testes para detectar ESP, telecinesia e outros fenômenos semelhantes, e quando tais estudos vieram à tona, os céticos têm sido rápidos em cobri-los de descrédito.

Mas por outro lado, Bem está longe de ser típico. Ele é amplamente respeitado por seu pensamento claro e original em psicologia social, e algumas pessoas familiarizadas com o caso dizem que sua reputação pode ter desempenhado um papel importante na aceitação do artigo.

A revisão por pares é normalmente um processo anônimo, com autores e revisores desconhecidos um do outro. Mas todos os quatro revisores deste trabalho foram psicólogos sociais, e todos saberiam de quem era o trabalho avaliado e teriam sido favoráveis à forma como foi fundamentado.

Talvez mais importante, nenhum era estatístico de primeira linha. "O problema foi que esse trabalho foi tratado como qualquer outro", disse uma editora da revista, Laura King, psicóloga da Universidade de Missouri. "E ele não era."

Muitos estatísticos dizem que as técnicas utilizadas pelas ciências sociais para analisar dados fazem uma suposição que é falsa e, no final, auto-enganadora: a de que os pesquisadores não sabem nada sobre a probabilidade da chamada hipótese nula.

Neste caso, a hipótese nula seria a de que a ESP não existe. Recusar a dar peso a essa hipótese não faz sentido, dizem esses especialistas; se a ESP existe, porque as pessoas não estão ficando ricas predizendo com segurança o movimento do mercado de ações ou o resultado dos jogos de futebol?

Em vez disso, esses estatísticos preferem uma técnica chamada análise bayesiana, que visa determinar se o resultado de um experimento em particular "muda as chances da hipótese ser verdadeira", nas palavras de Jeffrey N. Rouder, psicólogo da Universidade de Missouri, que, com Richard D. Morey, da Universidade de Groningen, na Holanda, submeteu uma crítica ao artigo do Dr. Bem para a revista.

Física e biologia, entre outras disciplinas, esmagadoramente sugerem que os experimentos de Bem não mudaram essas chances, disse Dr. Rouder.

Até agora, pelo menos três tentativas de replicar os experimentos fracassaram. Mas o grupo pretende continuar trabalhando nisso, disse o professor de Cornell.

Fonte: The Journal of Personality and Social Psychology.

O que acha disso? Comente, participe!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Riscos, planejamento e serra carioca


Os desafios de uma sociedade cada vez mais complexa remetem a riscos cada vez maiores. Não é sem razão que muitos pesquisadores usam a expressão “sociedade de risco” para designar esta quadra da história (Ulrich Beck, p.ex.), equiparada a uma perigosa “corda bamba” por onde caminha a humanidade, alvejada pelos ventos do ilimitado poder criativo humano, por cima do precipício que representam tais riscos.

Não se trata do simples risco da existência, presente no universo humano desde tempos imemoriais, mas de riscos altamente potencializados pelo desenvolvimento tecnológico, como os riscos ambientais, cibernéticos, nucleares, econômicos e biológicos, exemplificativamente. Tais situações não somente desestabilizam o desenvolvimento, mas chegam ao ponto de colocar em risco a própria espécie humana, que acaba perdendo o controle do que antes contrava.

Este mesmo acúmulo do conhecimento que remete a maiores riscos, também possibilita maiores meios para a sua prevenção. O drama carioca é um exemplo. Há dias o Brasil e o mundo acompanham, estupefatos, a catástrofe que transformou em caos uma das mais prósperas regiões do Rio de Janeiro. Mais de 700 mortos (por enquanto), além da devastação avassaladora de grande parte da região serrana.

As causas desta tragédia recaem nas chuvas torrenciais que assolaram aquela região e na falta de planejamento governamental. Quanto às chuvas, o homem (ainda) não consegue controlar. Entretanto, poucas são as justificativas para a falta de planejamento dos governos (estadual e municipais), o que minimizaria em grande parte os danos sofridos. O Brasil não é o Haiti! (pelo menos não deveria ser).

A grande verdade é que os políticos brasileiros normalmente não gostam de planejar. É algo incrustado na cultura pátria, que deve mudar, diga-se de passagem. Prefere-se agir, afoitamente, do que pensar acuradamente, antes. Não que se deva cair no imobilismo reflexivo, até mesmo porque a política é o local da ação, mas é inegável e inconteste a importância do planejamento.

Por que se planeja? Porque os recursos (todos eles, até mesmo a vida) são limitados. Se os recursos são limitados, quanto mais adequado e profundo o planejamento, maior a probabilidade das ações alcançarem melhores resultados. Tem custo? É claro. Investir em planejamento significa investir em idéias, em reflexões, em ações sistêmicas, em pessoa que pensam. Significa priorizar o que há de mais valioso no ser humano, que é a sua inteligência e o seu poder criativo.

Os exemplos mais bem sucedidos de êxito pessoal, institucional e de sociedades tiveram por base ações planejadas. Não que as ações pontuais devam ser relegadas a um segundo plano, mas devem estar concatenadas com objetivos e metas maiores, ajustadas a médio e longo prazo. Se assim fosse pensado, a região serrana do Rio de Janeiro teria um plano de riscos, monitorado, das regiões mais vulneráveis às chuvas, o que teria levado à evacuação dessas áreas.

As tragédias normalmente deixam as suas lições. Além da dor e do sofrimento de milhares de pessoas, fica a necessidade de uma mudança de postura dos governos. Não é questão de perquirir culpa, mas de evitar maiores danos no futuro. Os riscos da sociedade atual são cada vez maiores, o que remete a ações mais profícuas, eficazes e planejadas a fim de minimizar outros danos futuros.

Por Giovani Corralo.

Comente, participe!!!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Estudo mostra que ricos são mais egoístas


Um estudo feito na Universidade da California mostrou o contrário do que até então era aceito. As pessoas de classes sociais mais baixas são mais inclinadas à caridade do que as classes superiores. O especialista Paul Piff e seus colegas publicaram a pesquisa no jornal “Journal of Personality and Social Psychology”.
No primeiro experimento, a equipe recrutou 115 pessoas. Para começar, esses voluntários eram convidados a realizar atividades de falsificação, com o objetivo de criar uma impressão enganosa sobre os propósitos da pesquisa. Eventualmente, para cada um foi dito que havia um parceiro anônimo sentado em uma sala diferente. Os participantes receberam, cada um, dez créditos. Eles tinham a tarefa de decidir quantos créditos deveriam ficar com eles e quantos deveriam ser transferidos para seus parceiros. Eles também foram avisados que os créditos valeriam dinheiro de verdade ao final da pesquisa e que seus parceiros não teriam direito de interferir na decisão.
Uma semana depois de a pesquisa ter início, os voluntários responderam perguntas sobre si mesmos, como religião, classe social, idade, sexo etc. Durante essa parte do estudo, eles receberam um desenho de uma escada com dez degraus. Cada degrau representava pessoas de níveis diferentes de educação, renda e ocupação. Eles tinham que assinalar o degrau que acreditavam estarem inseridos em relação aos outros de sua própria comunidade.
A média de créditos que as pessoas deram foi de 4.1. No entanto, a análise dos resultados mostrava que a generosidade crescia conforme a tributação da sua própria classe social caía. Aqueles que se colocaram no fim da escada deram 44% a mais de seus créditos do que aqueles que se inseriram no alto. Isto aconteceu mesmo quando se considerou os diferentes níveis de escolaridade, sexo, idade e religião.
Em experimentos de acompanhamento, os pesquisadores pediram aos participantes para imaginar e escrever sobre uma interação hipotética com alguém que era muito rico ou muito pobre. Os pesquisadores então pediram aos participantes para indicar qual a porcentagem da renda de uma pessoa que deve ser gasta em doações de caridade. Eles descobriram que os participantes de classe baixa e aqueles que foram induzidos a se classificar como classe baixa disseram que uma boa parcela do salário deve ser utilizada para apoiar a caridade, aproximadamente 5.6%. Enquanto isso, as classes superiores disseram que 2.1% do salário deveria ser doado.
A experiência final tentou testar o quão solícitas são as pessoas de classes diferentes quando expostas a uma pessoa necessitada. Desta vez, os pesquisadores mostraram videoclipes que mostravam situações que pediam mais ou menos compaixão. Depois, eles analisaram a reação dos participantes ao ver que um deles estava atrasado nas tarefas e precisava de ajuda. Quem demonstrou mais companheirismo e compaixão foram os de classes mais baixas.
Uma interpretação disso pode ser que pessoas egoístas acham que é mais fácil se tornar rico. Piff se sugere que o aumento da compaixão que parece existir entre os pobres aumenta a generosidade e promove um nível de confiança e de cooperação que podem revelar-se essenciais para a sobrevivência em tempos difíceis.


Fontes: Economist - Wealth, poverty and compassion.