sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Calma lá!



Não sei se vocês compartilham comigo da angústia de dirigir neste trânsito enlouquecedor das cidades.

Meu roteiro habitual já é de deixar qualquer um irritado com os engarrafamentos e constantes congestionamentos que se engrossam pela incapacidade de absorção do volume de carros e outras viaturas despejadas nas ruas a cada dia de forma irracional. Sim, porque não se vislumbra qualquer tipo de planejamento urbano e se há, como dar conta do fluxo que cresce disparadamente?

Para ser motorista não basta portar uma carteira de habilitação. Até porque, sabemos todos que há mais formas de obtê-la do que através de um exame de perícia no trânsito, convenhamos! Para muitos, basta possuir alguma amizade no órgão competente e sair ziguezagueando por aí!

Também, mesmo que a carteira tenha sido fruto de todos os trâmites legais, ela não garante por si a habilidade necessária para qualificar o bom motorista. Há que se ter um nível pelo menos razoável de educação para se dar bem no volante. E isto já é mais difícil de acontecer, atualmente. À frente da direção de um veículo, qualquer um se sente o máximo e a tendência é se mostrar para todos, barbarizando!
Não estou me referindo apenas aos motoristas de carros, ônibus ou caminhões. Estes cometem infrações de toda ordem, mas ainda são capazes de se conter diante de loucuras maiores, obedecendo à legislação pertinente, temerosos de sofrerem multas e até mesmo a retenção da carteira de motorista.

O que me deixa mais horrorizada é o comportamento dos motoqueiros e pior ainda, dos ciclistas! Estes sim: são os donos da rua. Não existe para eles sinal, mão de direção ou qualquer outra regra de convivência que os detenha quando querem passar: invadem a toda velocidade a pista de pedestres, quando no calçadão lhes há destinada uma exclusiva; atravessam sem titubear na frente dos carros, não importando a cor vermelha do semáforo; ameaçam, avançando na contra mão, os que querem atravessar a rua e ainda reclamam do pobre coitado que por pouco não atropelaram; passam encostado entre os carros, esbarrando nos vidros retrovisores sem qualquer possibilidade de cobrirem eventuais prejuízos causados por arranhões e/ou amassados na lataria dos carros. Haja pressa! Valor à vida própria ou alheia, nem pensar!
E ai de quem ousar reclamar! Haja xingamentos! Atropelar qualquer um deles, pior ainda! Seremos, nós motoristas, eternamente culpados, não importa a situação provocada por eles.

Tudo bem que há a contrapartida dos maus motoristas. Não somos santinhos e aprontamos, evidentemente! Mas corremos mais riscos e isto já nos torna mais precavidos em relação às punições cabíveis.
Que tal fazer um pacto? Cada um na sua e todos respeitando a todos! Tenho certeza que no daremos muito melhor, sem prejuízo de parte a parte! Claro que uma boa dose de educação vai contribuir para melhorar muito o caos em que se transformou dirigir um automóvel na cidade.


Por: Maria Antonieta Albuquerque de Oliveira.( mariaantonieta07@gmail.com)

Será que tal pacto daria certo? Deixe aqui sua opinião a respeito!

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