sábado, 17 de setembro de 2011

Brasil, ainda é a nação do futuro???



O Brasil independente do reino de Portugal, país do futuro como se diz por aí, ainda não se descobriu como nação. É um país rico, de costas marítimas extensas, de infindáveis prodígios naturais, rico em potenciais de florestas, de alimentação que brota da terra em que “se plantando, tudo dá”. Somos isso aí, passando da quinta para a quarta potência mundial em economia. Somos esse país, “esse é um país que vai prá frente”. Alguém afirmou e, a seguir, perguntou: o Brasil tem um futuro, o Brasil teve um futuro, O Brasil terá um futuro?

Um país, por determinação semântica, é a extensão territorial e suas riquezas. Por definição é uma extensão territorial com limites geográficos. Não foi feito por nós e nem poderia ter sido porque é obra do, digamos assim, Criador. Apenas, por gozação ou por deleite, nascemos aqui. Por definição também, somos brasilianos e não brasileiros. Mas a coisa pegou e, brasileiro em vez de brasiliano... tudo bem. Um país pode ser frio, sem alma. Pode ser caliente, expansivo. Pode ser tudo aquilo que o seu povo quiser. Um país pode ter uma alma, uma alma que nos orgulhe e que a ela, a alma, somos levados incontidamente a bradar orgulhos de sermos pertencentes a ele. Quando cantamos e exibimos orgulho pelo chão pátrio é possível afirmar que fazemos parte de uma nação.

Um país não é uma nação. É possível ter país sem nação. É possível ser nação sem ser país. Nação é uma questão metafísica, espiritual. Pela pobreza em mostrar valores pessoais e sociais que nos orgulhem é que não desfilamos nossos amores.

Ainda não somos uma nação, ou melhor, muito de nós não sente o Brasil como uma nação. Sentem-no apenas e, tão somente, como um país. E o pior, um país de pessoas do jeitinho, de gostar de levar vantagem, da locupletação, do odioso homem público que mama nas tetas do erário público, da polícia despreparada e desorganizada frente ao crime organizado. Nem a seleção brasileira de futebol é capaz de mover sentimentos e o último cara que fazia a gente ter vontade de correr com a bandeira verde-amarela pelas ruas, morreu há 17 anos, naquele acidente de fórmula 1.

No último sete de setembro, nossa data máxima, não coube protestos para aumento de salários ou contra militares, ou contra comunistas ou contra o governo. A gente é tudo isso, criticador e criticado e misturado, errado e certo, direita e esquerda, azul e vermelho. A gente construiu isso tudo, ou permitiu que assim fosse feito. Isso que aí está, o que somos, foi por livre arbítrio parido por nós. O Criador somente deu a casa para a gente nascer e morar. A construção da pátria amada é pelos seus filhos.
O Brasil é um país jovem, uma terra na sua primeira infância, uma sociedade em progressão a ser deixada aos filhos e netos. Está sendo lapidado a cada dia por nós, pelo nossos votos e nossas escolhas. A gente planta nação, um sentimento forte, um estampado orgulho, dentro de nossas casas, com nossos exemplos, com nossas dignidades. Um país não é bom ou ruim, um país não é admirado ou odiado, um país não é confiável por si só. As pessoas que compõem o país é que dão tal credibilidade.

Nós é que podemos construir para os que virão nos suceder a fonte do orgulho e êxtase. Nós construiremos as nossas cidades...
Não é utopia sonhar ser nação. A gente quer se orgulhar, de preferência orgulhar da gente mesmo. Mas, para ser nação é bom acordar do sonho e realizar, a cada dia ações positivas e responsáveis que justifiquem nossa fugaz passagem pela aventura chamada vida na terra que Pindorama, a mãe, destinou que nascêssemos.

por Jorge Anunciação.

O que você achou? Acreditas no Brasil? Opine, participe!!!

Um comentário:

  1. é com certeza o Brasil é o pais do futuro,mais seria melhor se fosse o pais do presente.

    ResponderExcluir