quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Reféns do medo...



Os brasileiros estão transformando-se em reféns. De quem? De que? Da falta de reação, da aceitação da prepotência, dos maus políticos, da má educação, da falta de consideração e principalmente da lei de Gerson “levar vantagem em tudo”.
Pacientes morrendo por falta de leitos de CTI, cujas vagas são vendidas e/ou leiloadas. Pequenas histórias que são grandes relatos para as pessoas que sofrem.

Professores que tem que suportar a má educação dos alunos, mas não podem demonstrar irritação já que podem ser acusados de ríspidos.
Notícias encontradas, Criança Esperança arrecada uma média de R$ 12.000.000,00 e com esse dinheiro toca centenas de projetos de sucesso e os Governos Federais, Estaduais e Municipais despejam bilhões de reais para dar amparo às crianças que continuam abandonadas pelas ruas de nosso país.

Ajuda para os habitantes de municípios destroçados por catástrofes anunciadas, desaparecem nos bolsos dos oportunistas de turno. Prefeitos destituídos por malversação de dinheiro público. Ministros e funcionários públicos caindo na faxina do Poder Executivo, poucos políticos apoiando a Presidente Dilma e muitos protestando contra essa luta.

Crianças abandonadas, transformando-se em delinquentes que quando são detidas pela polícia não podem ficar nem sob a custódia do Estado porque a lei assim manda. É suficiente que a criança fale que tem menos de 12 anos para que seja imediatamente liberada, independentemente que esteja sob os efeitos de drogas, doenças, abandono familiar ou qualquer outra realidade.

Juízes sendo assassinados por cumprirem com seu dever. Bombeiros, policiais, professores ganhando salários de fome. O que é que permite que aqueles que chegam ao poder sem preparo ganhem 30 ou 40 vezes mais do que um empregado competente e honesto?

Graças a Deus ainda há políticos honestos e com consciência, assim como muitos brasileiros que se preocupam com os outros. Esta crônica está dirigida a toda a reserva ética e moral de nosso país.

Não adianta somente saber o que deveria ser feito, devemos fazê-lo. Cada vez que calamos ou nos omitimos damos força para aqueles que nos mantém como reféns. Há pessoas que gostam da opressão e da submissão, eu não. E você? Acredito que Brasil, em via de ser uma das potencias mundiais, merece que seu povo seja dirigido por aqueles que representem os valores da maioria. Dignidade, decência, honestidade, amizade, otimismo e laboriosidade.

Sua atitude no futuro mostrará ao país e aos seus filhos que classe de ser humano você é. Pode continuar sendo um refém ou decidir libertar-se da inércia e lutar por seus direitos. Não esquecendo que para exercer um direito devemos cumprir com os deveres inerentes a ele.

Você decide, quer continuar sendo um refém do sistema ou não?

Por Ricardo Irigoyen.

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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Existem pessoas insubstituíveis?



Vivemos a era do descartável e como tudo que descartamos se vão facilmente os relacionamentos. É, o grande número de separações e da alta exigência dos solteiros não deixa de ser reflexo disto.

Ok, mas o que fazer para não cairmos nessa? Algumas pessoas acreditam que o melhor jeito de se manter com alguém é se tornar indispensável e insubstituível e esta idéia, um tanto prática, até que é verdadeira. Mas aí vem a pergunta: como se faz essa mágica de se tornar indispensável? Buenas... se tu conheces o teu parceiro/a pense um pouco que tu sabes. A questão é o gasto de energia e tempo centrado no outro e não em si. E isso exige tempo e grande dedicação, que poderia ser teu mesmo. Mas que funciona, funciona e cada um sabe no que precisa investir.

Aí me ocorre: quem sabe se não é melhor tu te destacares e se diferenciar a tal ponto de se tornar por ti mesmo/a muito desejada e por conseqüência insubstituível.

Eu tenho visto que as pessoas desejam alguém que admiram, seja pelo que for, e isso vale também para os desimpedidos. Este é o melhor jeito de atrair pessoas novas. Investir em si pode ser muito proveitoso porque além de ajudar a crescer, faz com que tu te tornes verdadeiramente melhor e gratifica muito.
“A mulher” ou “o homem” insubstituível é aquele que se faz admirar e por conseqüência, desejar.

Vai ai um texto da antropóloga Mirian Goldenberg que me inspirou a escrever estas linhas:

A mulher inesquecível
O HOMEM brasileiro quer ser o primeiro na vida de uma mulher. Já a mulher deseja ser a única na vida do homem. Duas frases populares na nossa cultura amorosa.É só abrir uma das revistas femininas e ler os depoimentos de mulheres famosas sobre namorados e maridos. Elas dizem: "Ele me faz sentir que eu sou a mulher mais especial do mundo".É também o que dizem as "outras", para justificar o papel de amante de homem casado: "Eu sou a única. Ele só está com a esposa por obrigação. A verdadeira outra é ela. Eu sou a número um".

Como ser uma mulher especial em um mercado de relacionamentos onde a oferta é muito grande não só no mundo real, mas no virtual?Eles dizem que na internet está disponível um enorme cardápio de mulheres de todos os tipos físicos, idades, profissões, nacionalidades etc. É um verdadeiro shopping onde tudo é muito fácil. Basta um clique.Apesar da oferta excessiva, eles querem encontrar uma mulher especial, aquela que fará com que desistam de conquistar todas as mulheres do mundo.Há uma característica essencial para ser considerada uma mulher inesquecível: ela deve despertar admiração.Ela não é necessariamente a mais bonita, jovem ou sensual. Inesquecível, para eles, é: "Minha esposa, ela é a mulher mais marcante de toda a minha vida, ela me ensinou tudo o que eu sei sobre mim mesmo"; "minha namorada, ela me transformou em um homem muito melhor", e "minha ex-mulher, ela foi, é, e será para sempre o meu único e verdadeiro amor. É a pessoa que mais admiro no mundo".

Freud dizia que existe uma grande pergunta que ele não conseguiu responder, apesar de muitas décadas de investigação da alma feminina: o que quer uma mulher?Muitas brasileiras responderiam facilmente: ser especial, única, inesquecível. Aparentemente, por trás desse desejo está o medo de ser ignorada, invisível, apenas mais uma no meio de tantas outras.Ser inesquecível poderia protegê-las da invisibilidade social e da falta de reconhecimento do seu valor, poder e importância como mulher.

É cada vez mais difícil se tornar uma mulher inesquecível em uma sociedade que se caracteriza pelo consumo hedonista, onde as relações amorosas são tratadas como mercadorias frágeis, múltiplas e descartáveis. No entanto, prova de que o amor romântico resiste às profundas transformações sociais, homens e mulheres continuam alimentando esse ideal.


POR CLÁUDIA GUGLIERI

O que acha disso? Existem ou não pessoas insubstituíveis...

O amigo mais FDP que alguém pode ter



O que achou desse amigo???

As regras do prostíbulo



A prostituição é um tema que gera discussões candentes e posicionamentos austeros. A tentativa de conferir normatividade a esse "serviço" constantemente choca-se com preceitos religiosos e estigmas incessantes, como o tratamento aviltante de alguns policiais às prostitutas no Brasil.

Cada vez que o tema galga as mesas legislativas, alguns obstáculos impedem que deputados e senadores votem a favor de projetos de lei que regulamentem a profissão.

A presidente argentina Cristina Fernández reacendeu o debate sobre a prostituição ao banir, a partir de julho de 2011, anúncios de oferta sexual nos meios de comunicação (impressos e virtuais) que atentem contra a decência da mulher.
O decreto presidencial ampara-se em leis nacionais e internacionais (contra o tráfico de pessoas, por exemplo) com o desígnio de reduzir a violência contra as mulheres pela exploração do sexo ou do trabalho na Argentina. As penas previstas a quem descumprir as normas serão de encarceramento por 3 a 15 anos.

Há os que resistem à medida de Cristina Fernández, como se espera dos temas polêmicos, e alegam queda do faturamento publicitário nos meios de comunicação, principalmente os pequenos, cuja fonte de renda não é tão diversificada, a dificuldade de fiscalizar o conteúdo de internet e o fato de que o alento à prostituição não se faz apenas pelos meios informativos.

O turismo sexual rotineiramente atrai estrangeiros à América Latina. A "transação" comercial intensifica-se em períodos de eventos esportivos internacionais, como Copa do Mundo e Olimpíadas, ou para comemorar vitórias bélicas em países muçulmanos.

A prostituição não é criminosa no Brasil, exceto quando se tira proveito das mulheres e se as convoca para esta atividade ou se mantém casas de exploração sexual. A sanção varia até oito anos de prisão, porém os investigadores têm dificuldade de provar que um estabelecimento promove a prostituição porque um flagrante único não basta.

Reconhecem-se três mecanismos jurídicos sobre a prostituição: o abolicionismo, o proibicionismo e o regulamentarismo. O Brasil adota o primeiro, que criminaliza o cafetão e não a prostituta. Este país, ademais, não regulamentou o ofício de prostituta como a Alemanha, que assegura seus direitos trabalhistas desde janeiro de 2002, Holanda, Suíça, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Equador. Proíbe-se a prática, contudo, nos Estados Unidos.

A sociedade brasileira está apta, no regime democrático, a debater sobre o tema e conduzir suas propostas aos legisladores a fim de que as leis atendam às demandas do país. A Rede Brasileira de Prostitutas singra por estes mares desde 1987 através da luta pelos direitos e a promoção de encontros nacionais da categoria.

Projetos de lei que regulamentam a prostituição no Brasil recebem críticas por definirem locais específicos de oferta do "serviço" e exigir exames periódicos de saúde a fim de mapear as doenças sexualmente transmissíveis, o que gera discriminação e restrição das liberdades da categoria segundo os interessados.

Há que considerar, no entanto, a necessidade do mínimo de regulação para que o excesso de liberdade não macule o decoro das mulheres e a transformação das jovens em adultas conscientes. Esta premência deve-se a que empresas brasileiras têm investido em venda de sutiãs com enchimento para crianças de seis anos.

Dentro de sua busca (nem sempre sensata) de aumento do faturamento, estas empresas não hesitam em destruir o encanto da infância e despertar a libidinagem numa idade em que o aprendizado é tudo ou nada. É neste aspecto que o Estado se faz imprescindível com a elaboração de leis que moderem a voracidade mercadológica de entidades indispostas a pensar no interesse público.

A labuta em prol da redução da violência contra a mulher, outrossim, alia-se aos motores do expansivo movimento feminista, que tem negado o machismo imperante e alçado as mulheres aos postos onde sempre mereceram estar - pelo princípio da equidade - nas sociedades latino-americanas.

Jamais serei um defensor da prostituição, posto que o sexo deve provir de excelsos laços afetivos e não da mercantilização do corpo, mas não nego a prerrogativa das mulheres de escolher o que fazem de suas vestes carnais.

O Estado, desta maneira, ouve os ecos da sociedade e devolve-os na forma de sons nítidos, portanto sem perder o papel de corretor dos descaminhos.

Por:
Bruno Peron

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domingo, 28 de agosto de 2011

O que são imunossupressores?



Como sempre ouvimos falar, nosso sistema imunológico é nossa maior defesa. Para que o organismo permaneça em seu estado ideal e saudável é necessário que o sistema imunológico conviva de maneira equilibrada com os riscos aos quais estamos sujeitos no nosso dia a dia.
Quando falamos em medicamentos imunossupressores estamos nos referindo a medicamentos que atuam no sistema imunológico baixando a imunidade, ou seja, são medicamentos utilizados para inibir os sintomas de uma doença, ou o seu surgimento.

Nos casos das doenças inflamatórias crônicas como, por exemplo, a doença de Crohn ou retocolite onde o organismo, repentinamente, deixa de reconhecer o intestino como parte dele – e não sendo mais parte do organismo, passa a ser visto como inimigo – os medicamentos mais utilizados até poucos anos atrás eram os corticóides, basicamente a cortisona, um antiinflamatório potente e eficaz. Porém, seus efeitos colaterais bastante desagradáveis, como inchaço, depressão, fome, perda de massa muscular, dependência, entre outros, levaram ao uso de imunossupressores no seu tratamento.

Embora o nome ainda assuste, os imunossupressores são amplamente utilizados no tratamento das doenças auto-imunes, principalmente quando o paciente não responde aos medicamentos convencionais. Seu efeito parece diminuir a força do sistema imunológico, este passa a agredir o organismo de forma mais leve, e os sintomas da doença diminuem. Porém, não se sabe se é apenas isto que ocorre.
Além disso, os imunossupressores são medicamentos utilizados para evitar a rejeição de um órgão transplantado.

O sistema imunológico é capaz de reconhecer, defender e proteger o organismo contra infecções, rejeitando tudo o que é estranho. O órgão transplantado é visto pelo sistema imune como algo estranho, não pertencente ao organismo, por isso é indispensável e de extrema importância o uso dos imunossupressores, que irá ajudar a “enfraquecer” o sistema imunológico para que este não rejeite o órgão.

É muito importante que os medicamentos sejam administrados (ingeridos) de acordo com a forma prescrita pelo médico, seguindo a dosagem exata, os horários e as orientações determinadas. Ao ingerir uma quantidade maior, o organismo pode ficar mais susceptível a toxicidade e às infecções, e ao ingerir uma dose menor o organismo poderá rejeitar o órgão transplantado.

A terapia imunossupressora utilizada nos transplantes de órgãos apresentou importantes avanços nas duas últimas décadas. Ao protocolo clássico com prednisona e azatioprina acrescentou-se a ciclosporina no início dos anos 80 e posteriormente diversas drogas hoje incorporadas a prática clínica: o tacrolimus, os micofenolatos (mofetil e sódico), e as rapamicinas (sirolimus e everolimus). Agentes biológicos também foram aprimorados usando a tecnologia de produção de anticorpos monoclonais e os anticorpos anti-receptor da interleucina. Assim, os imunossupressores podem ser combinados de forma racional permitindo o uso de agentes que atuam em diferentes etapas da cascata de ativação imunológica que resulta nas reações de rejeição.

Este arsenal de drogas e agentes biológicos também proporciona a possibilidade de terapias imunossupressoras mais adaptadas às características dos pacientes ou as necessidades individuais.
Por fim, listados abaixo estão alguns medicamentos imunossupressores e também alguns de seus principais efeitos colaterais:

• AZATIOPRINA – anemia hemolítica auto-imune; artrite reumatóide grave, etc. Reações mais comuns:náusea, vômito, diminuição de leucócitos, etc.

• BASILIXIMABE – transplante renal. Reações mais comuns: náusea, dor abdominal, aumento de potássio, glicose, ácido úrico e colesterol no sangue, dor de cabeça, tremor, febre, aumento da pressão arterial, infecções no trato urinário e respiratório, etc.

• BETAMETASONA – artrite reumatóide; asma brônquica; enfisema pulmonar; lúpus eritematoso, etc. Reações mais comuns: inchaço, pressão alta ou baixa, mancha de sangue na pele, aumento de glicose no sangue, dor nas juntas, catarata, etc.

• CICLOFOSFAMIDA – antineoplásico; leucemias específicas, esclerose múltipla, etc. Reações mais comuns: náusea, vômito, inflamação da bexiga, perda de cabelos reversível.

• CICLOSPORINA – prevenção ou tratamento da rejeição em transplantes; psoríase grave, etc. Reações mais comuns: aumento da gengiva, pressão alta, toxicidade nos rins, tremor, náusea, vômito, etc.

• CITARABINA – antineoplásico; leucemias específicas; linfoma não Hodgking. Reações mais comuns: febre, náusea, ulceração anal, etc.

• DACLIZUMABE – profilaxia de rejeição de transplante renal. Reações mais comuns: dor no peito, febre, aumento da pressão, fraqueza, etc.

• DEFLAZACORT – artrite gotosa crônica; asma brônquica; bursite, etc.
Reações mais comuns: inchaço, mancha de sangue na pele, diabetes, inflamação do pâncreas, fraqueza muscular, catarata, suores, etc.

• MERCAPTOPURINA – leucemias específicas e linfoma não Hodgkin. Reações mais comuns: anemia e cor amarelada na pele e olhos.

• PALIVIZUMABE – infecção pelo vírus sincicial respiratório (profilaxia). Reações mais comuns: febre, rinite, otite média, infecção respiratória.

• SIROLIMO – prevenção de rejeição de transplante renal. Reações mais comuns: ansiedade, depressão, dor abdominal, diarréia, anemia, aumento do colesterol, dor nas juntas, infecção respiratória, etc.

• TACROLIMO (injetável) – transplante de rim e fígado (prevenção ou tratamento de rejeição). Reações mais comuns: inchaço, falta de apetite, função renal anormal, aumento de glicose no sangue, sensibilidade A luz, dificuldade par respirar, febre, tremor, etc.

• METOTREXATO – antineoplásico; artrite reumatóide grave; psoríase grave; etc. Reações mais comuns: diarréia, vômito, inflamação na boca, anemia, urticária, etc.


Por:Jaíse Bortoluzzi

Agradeço sua presença e nos colocamo-nos a disposição para comentários e sugestões. Participe!




sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Último recurso desesperado de um ser humano



Per saecula saeculorum, promovemos esforços civilizatórios. Nada contra a natureza – tudo a favor da humanidade. Desde os primeiros dias de vida, busca-se domar o animal e impor o predomínio da razão, o controle sobre os instintos, a polidez. Do polegar opositor, passando pela possessão do fogo, pela invenção da roda, pelo uso transistor, até desembocar na capacidade do chip (para citar saltos gigantes), todo o ânimo tecnológico foi acompanhado, necessariamente, pela mediação da ética. Mas a fera segue ali, oculta. Quando tudo é em vão, ela é nosso o último recurso.

Das teses para a realidade, a notícia saiu em todos os jornais: médica equipa o muro de sua residência com seringas supostamente infectadas com o vírus HIV. Como pode? – pergunta a sociedade, perplexa. Quem esperaria essa atitude dos que pertencem à elite da civilização, com nível escolar superior, condição social elevada, carreira dedicada à ciência em uma de suas faces mais nobres? O que faria a pessoa com tais qualidades agir com tamanha abominação? Pois ela não age – reage. Ela teme. E nem é ela: é a fera.

Toda vítima, quando encurralada pelo predador, tem duas escolhas: morte, ou morte com luta. Na segunda opção, há um fio de esperança. O combate, mesmo desigual, segue os desígnios da incerteza, podendo reservar um desfecho surpreendente. Quem sabe disso não é a razão, especialista em avaliações de risco. É o instinto. É a fera. É o desespero, o descontrole. Ninguém pode simplesmente condenar a vítima quando, inferiorizada, revida de modo extremo. À vida, nos agarramos com unhas e dentes – e facas e revólveres e seringas.

Ao falharem os poderes instituídos pela civilização (governo, justiça, polícia), permitindo que vivamos encurralados por grades, acuados e dominados pelo medo, a fera desperta. A incapacidade de socializar uma minoria – covarde, violenta, brutal – nivela todos por baixo. O Sedex em nossa porta pode ser um assaltante; o funcionário da telefônica, da luz, da água, da farmácia, também. A ordem é: desconfie de quem passa por você na rua, de quem pede as horas, de quem está ao seu lado no banco, de quem conversa contigo na internet. Dá-lhe muros e cadeados! Viva na selva: ao menor ruído, corra que é um tigre! Não confie em mais ninguém.

Em pleno século 21 não deveria mais ser assim. Entre os homens, bastaria uma porta fechada indicando o limite, como ocorre quando nos resguardamos dos animais. Aos pares, educação, boas oportunidades, decência, irmandade. Aos poderosos, responsabilidade, limites, compensações (impostos), solidariedade. Aos doentes, tratamento. Aos miseráveis, caridade. Aos aflitos, consolo. Aos criminosos, sanções. Aos honestos, liberdade. Listando assim, parece até fácil. Como explicar, então, a paranóia de uma cidadã jogada às suas próprias feras, o último recurso? A ponta das agulhas é apenas a parte visível do iceberg.

Por: Rubem Penz. Seu blog/site está linkado a este blog.

Mais um ótimo texto para você refletir, comentar, argumentar,agir...



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A velocidade da nossa educação



Ouvindo uma entrevista na radio CBN do professor Paulo Blikstein da Universidade de Stanford (USA), brasileiro e ganhador do último prêmio do Cientista Jovem de USA pela criação de um método de ensino de ciências para o ensino fundamental e médio a custos muitos baixos e que permitirá a formação de futuros pesquisadores, tive a ideia desta crônica. Quando explicou seu método de ensino, ele disse: “O que estamos ensinando em dez anos estará obsoleto”. Isto provocou um turbilhão de pensamentos que quero compartilhar com meus leitores.

Quando falamos de dez anos em termos de educação é um tempo muito curto. Nossas crianças passam uma média de 20 anos (ou mais dependendo da área) preparando-se para entrar no mercado de trabalho e nosso sistema educacional praticamente não tem evoluído nos últimos 50 anos.

Estes são fatos que quando os usamos para fazer uma projeção para os próximos 10 anos, nos leva as seguintes conclusões:

a) mais dependentes da mão de obra estrangeira;

b) conforme as projeções dos economistas em 10 anos o Brasil será uma das três economias mais importantes do globo, mas será dirigida por estrangeiros;

c) seremos um país sem combustível humano para abastecer seu crescimento;

d) se perderá nossa identidade cultural.

Soluções:

1) Mudar o conceito do o que é ser um professor. Professor não é quem domina uma matéria, mas aquele que sabe como guiar grupos de estudantes no mundo da educação que se modifica constantemente. Deverá ter a capacidade de adaptar os velhos conteúdos a evolução do conhecimento com a rapidez necessária.

2) Mudar o conceito, muito arraigado na nossa cultura, que um diploma é um certificado de conhecimento ou capacidade real em determinada área.

3) Estabelecer parâmetros que permitam incentivar os alunos que realmente desejam estudar, pesquisar, que tenham motivação e ânsia de buscar o conhecimento e não ser meros entes matriculados numa instituição educacional.

4) Programar conteúdos pedagógicos que permitam colocar em prática instantaneamente o que está sendo aprendido, já que desta forma o conceito de aprender e colocar em prática ajuda a fixar o saber.

5) Um sistema de educação que seja estruturado em função de resultados e não de pirâmide burocrática, já que qualquer professor sabe que há alunos que tem uma velocidade e fome de aprendizado muito maior que outros. Isto significa dar igualdade de oportunidades a todos, mas permitindo que os mais capazes possam realmente avançar mais rápido.
Exemplo: Todos tem a oportunidade de ir do Rio de Janeiro a São Paulo, mas a rapidez para percorrer o caminho deve estar de acordo com a velocidade de cada um. Hoje em dia forçamos aos alunos transitar essa rodovia do conhecimento à velocidade do mais lento.

6) Criar a consciência crítica para que cada educador e cada aluno possam evoluir de acordo ao seu potencial e não dentro dos limites do sistema.

7) Incentivar e provocar aos alunos que sonhem e convencê-los de que são capazes.

8) As avaliações devem ser em função de aplicação prática do aprendido e não teóricas.

9) Resgatar o conceito de excelência de procurar a nota 10 e não como atualmente a busca da mediocridade onde uma nota 5 é suficiente.

10) Revolucionar a educação ensinando que todos temos a capacidade de saltar, mas a distância que conseguimos nos saltos podem ser diferentes.

Igualdade simples e rasa é diferente de igualdade de oportunidades.

Igualdade de oportunidade para receber educação não é o mesmo que o aproveitamento dessa igualdade.

Todos os homens são livres, mas nem todos sabem como ser realmente livres. A educação tem a obrigação de formar cidadãos que exerçam a liberdade de pensamento, de escolha do que eles querem ser.

Talvez então descubramos que podemos chegar até onde imaginamos e não só até onde o sistema nos permite sonhar.


Por: Ricardo Irigoyen.

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As crenças e a personalidade humana



Nossas crenças são pilares de sustentação de nossa personalidade. Elas guiam nossas decisões e nossos comportamentos em todas as áreas de nossa vida, determinando o que nos parece bom, mau, possível ou impossível. Desde que nascemos, vamos colecionando construções mentais baseadas no que aprendemos com nossos pais, parentes, amigos, professores, colegas, com a televisão ou com livros, jornais e revistas. Esse conhecimento tem grande potencial para percorrer toda a vida da pessoa. Um bom exemplo é como nos ligamos fortemente a determinada religião, posição social ou esportiva que aprendemos como crianças.

Na infância, a criança está "aberta" e curiosa em descobrir o mundo e pode ser altamente influenciada pelos outros. Dessa forma, os rótulos direcionados a si mesma ("sou bonito", "sou inteligente") ou a outras pessoas ("ela é chata", "eles são malvados") são formados. Se essa criança não encontra contraexemplos pelo caminho, esses rótulos tornam-se crenças e profecias autorrealizadoras.

Uma arma tão poderosa pode ser usada de forma positiva ou negativa. Existem crenças que ajudam, como as suposições de Programação Neurolinguística: "temos todos os recursos de que precisamos" ou "se alguém foi capaz de aprender determinada coisa, eu também sou". Existem outras que são benéficas dependendo do contexto: "eu sou paciente" pode não ser legal quando a situação pede um pouco de proatividade para se resolver.

Mas existem as que atrapalham muito mais do que ajudam: "eu não faço nada direito", "sou incompetente", "não sei lidar com dinheiro", "não consigo emagrecer", "só atraio as pessoas erradas"... parece familiar?


Quanto mais atenção damos a esse defeitos que acreditamos que temos, mais reforçamos isto dentro de nós. Principalmente quando apontamos nossos defeitos na primeira pessoa, ou seja, "Eu SOU...". Nessa condição, estamos direcionando os pensamentos em nível de identidade. E assim estamos rotulando definitivamente e fica mais difícil transformar essa situação. Ao mudar o nível para comportamental, para "Eu ESTOU..." (como trocar o "SOU gordo" por "ESTOU gordo"), fazemos ligações mentais em termos passageiros. Parece que essa condição é para este momento e deve passar ou mudar em breve.

O maior risco de ficar anos e anos reforçando esses padrões é que fica cada vez mais difícil deixar de acreditar neles. Nesse caso, a pessoa acaba por encontrar "pelo em ovo", mesmo que não existam provas concretas para continuar com essa crença, dá um jeito de criar evidências menos objetivas.
Ter um rótulo de "eu sou um fracassado" pode levar fracasso para todas as áreas da vida, como profissional, afetiva etc.

O jeito mais fácil de enfraquecer uma crença negativa é desafiá-la.

Encontrar contraexemplos mostra-me a realidade: como posso SER um fracasso se já fui bem-sucedido antes? No máximo eu ESTOU fracassando agora, o que não indica que vá fracassar de novo. Isto acaba por diminuir a crença e ajudar na ressignificação para padrões mais positivos e produtivos.

Outra forma muito eficaz de mudar esses paradigmas seria encontrar pessoas que corroborem com pensamentos e comportamentos mais produtivos. O velho adágio de "diga com quem anda e direi quem é" funciona muito bem neste sentido. Procure conviver com pessoas que alimentem viver a vida que você deseja e não o contrário. Com os que sabem lidar com dinheiro, manter a boa forma, dizer não na hora certa, se comprometer...

É importante focar no positivo e tratar a nós mesmos com um pouco mais de carinho. Assim, encontramos o que há de mais belo na vida....
VIVER!

Por: Alexandre Bortoletto.

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terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Brasil e o caos social



Caos Social
Podemos observar constantes manifestações noticiadas na mídia, relacionadas às diferentes formas de violências ocorridas em nossa realidade atual, uma delas tão conhecida e noticiada é o Bullying. Bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo, ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender, e tem ocorrência em um contexto escolar.

Porém lanço mão de uma reflexão que vai além das definições a respeito de Bullying, e questiono a todos a respeito de como surgiu esta “onda de violências nas escolas”, ou até mesmo se já conseguimos nos dar conta que em um passado não muito distante estes movimentos ocorriam, mas faziam parte da tomada de atitude de uma minoria de estudantes e não da maioria deles.

Violências
Tenho observado os movimentos sociais, e ainda me dou ao direito de sentir profunda indignação e não consigo de forma alguma reagir como a maioria dos sujeitos que assistem aos telejornais como se estivessem anestesiados frente às noticias. Que, ou não reagem, pois tudo se tornou banal, ou não conseguem reagir, de modo a sentirem-se revoltados frente às diversas formas de violência porque ficam em estado catatônico. Sim porque para mim o Bullying nada mais é que a consequência exacerbada de todas as formas de violência, que atecedem os comportamentos violentos de estudantes, e que surgem primeiramente dentro da família.

Família Adoecida
A sociedade contemporanêa mostra-se adoecida, em minha opinião e baseada em teorias que tratam com leveza e beleza a importância da estrutura familiar, toda e qualquer patologia social surge no seio da família. Se nos colocarmos como expectadores dos novos movimentos sociais e consequentemente das novas formas de violências, ficaremos no mínimo assustados e preocupados.

Se recordarmos das histórias contadas por nossos avós ou até mesmo por nossos pais, lembraremos facilmente de exemplos que nos contam sobre filhos que entendiam e respeitavam seus pais somente pela forma com que seus pais os olhavam, ou que crianças não se envolviam em conversa de adultos, e ai por diante, teriamos vários exemplos, inclusive os de “dar mão à palmatória”, que não concordo que fosse a melhor maneira de educar, mas podemos pensar que naquela época, de certa maneira funcionava, mesmo que fosse pelo dominio do medo.

Porém lá vieram as novas Ciências do Comportamento Humano, e com elas novas teorias, que penso, por vezes foram muito mal interpretadas. Mas meu intuito aqui não é o de discutir teorias, mas o de refletir a que ponto nossa sociedade chegou. Facilmente ouviremos notícias que tratam de desatinos sociais como por exemplo: marido matando mulher na frente dos filhos, pai matando filho e se suicidando, mãe matando filho pois já havia perdido este filho para o crack, e assim seguem, notícias que fazem o coração de qualquer um palpitar. E a última delas, que aconteceu bem perto de nossa cidade que dizia o seguinte: “filha morreu com um maço de cabelos do pai nas mãos implorando que o mesmo não a matasse... foi morta por este mesmo pai”, as pessoas que me noticiaram a tragédia contaram-me que o fato ocorreu por um seguro de vida que este mesmo pai fez para a filha. E não é de disparar o coração?

E assim caros amigos, seguimos em frente, em uma sociedade doente, que insiste em colocar em foco o patológico, o Bullying por exemplo. Não entendam que acho menos importante falar a respeito deste, todos devemos sim entender as patologias sociais, porém, podemos falar e buscar sim, muito mais saúde no seio de nossas famílias. Acredito ainda em uma sociedade que possa usufruir de todos os benefícios tecnológicos que alcançamos, mas talvez tenhamos que olhar para traz e visualizar aquele tempo, que não imagino que fosse perfeito, mas que os filhos respeitavam os pais, os casamentos não se desfaziam tão facilmente, e os valores humanos eram mais verdadeiros, um tempo em que não ouviamos falar tanto em drogas e mortes, não que não existissem, mas talvez a família e os valores familiares ocupavam um lugar na vida do sujeito, onde não restavam espaços para a entrada destas tantas violências que estamos nos vendo obrigados a engolir.


por: Patrícia Barazetti.

Um belo texto que vale a pena opinar. Participe, deixe seu recado....



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Uma das hipocrisias da cultura brasileira: a questão da mentira



Nos últimos anos, tenho refletido bastante sobre um assunto que tem me incomodado. Incomodado porque, muitas vezes, agi do modo ao qual estou a criticar hoje. Sei que não é só culpa minha, visto que o que irei escrever aqui é sobre uma construção cultural, mas tenho parte da responsabilidade sobre meus atos neste aspecto. Venho falar sobre o ensinamento que a maioria dos pais e das mães dá aos seus filhos e às suas filhas, a fim de que sejam boas pessoas:

“Não minta!”

Que peso tem essa palavra, embora ela pareça insignificante.

Quando criança, a maioria das pessoas é educada para não mentir. Os educadores faziam até analogia com o “Pinóquio”, dizendo que se mentisse o nariz iria crescer. E a criança se desenvolve com este tipo de pensamento, até descobrir que, se ela “não mentir”, será um dos motivos de chacota da sociedade ou apanhará dos pais por ter feito algo errado; entre outras situações. A criança, ao se transformar em adolescente, descobre que na verdade a mentira não é algo ruim, mas uma aliada para as conquistas que objetiva. E assim nossa sociedade vai se constituindo; ao mesmo tempo em que vai construindo um grande engano.


É neste ponto que eu queria chegar! Como o brasileiro é hipócrita nesta questão. Nós pregamos que todos devem ser verdadeiros para que, no mínimo, exista a confiança entre os seres humanos. Mas quando as pessoas decidem ser verdadeiras, nós mesmos, os “pregadores da verdade”, somos os primeiros a incriminar a atitude sincera que o outro teve. E aí pergunto:


“Devemos, mesmo, ser verdadeiros?”.

Contribuindo para esta reflexão, trago aqui a minha resposta para esta pergunta. Espero que vocês não a vejam como a resposta correta, mas sim, como um posicionamento de alguém que está preocupado com esta problemática.

Particularmente, ainda acredito que devemos ser verdadeiros! Sei que é difícil, mas penso que seja algo necessário para o ser humano, pois se nos pautarmos pela mentira (por menor que seja), estaremos abalando uma das estruturas que une as pessoas (a “verdade”).


Paralelamente a isto, o que precisa mudar é a atitude das pessoas com relação ao que for “verdadeiro”. Que haja mais maturidade, responsabilidade e respeito por parte daquele que escuta uma verdade, mesmo que esta não seja a fala que gostaria de ouvir. Se não houver uma mudança de postura social, continuaremos incentivando para que se tenham pessoas traindo, roubando, matando, entre outras situações, pois se não existe espaço para que se fale a verdade, o caminho para a mentira estará de portas abertas.

Os brasileiros ainda têm muito o que aprender com as crianças, ao invés de só querer educá-las. Enquanto elas vivem a infância, conseguem ser verdadeiras. É uma pena que, quando crescem, aprendem o jeito que se vive no mundo adulto, atingem a “maturidade” e deixam de ser aquilo que os homens e as mulheres deveriam ser.


Espero que, neste pequeno texto, cada um consiga refletir sobre esta questão. Eu teria muito mais a escrever sobre o assunto, mas acredito que para o momento o que aqui se encontra registrado é suficiente para estimular a reflexão.


Pensem nisto!

Por: Jorge da Cunha Dutra.

Gostei e acho ótimo para reflerirmos sobre isso. E você? Opine, participe!




domingo, 21 de agosto de 2011

Vem aí: Lixo nacional na tv por assinatura



Foi aprovado no Senado, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 116, que amplia o mercado de venda de TV a cabo no Brasil para as operadoras de telecomunicações e acaba com as limitações à participação de capital estrangeiro nessas empresas.

De acordo com a nova lei, serão criadas cotas para a exibição de programas com conteúdo nacional e a competência da Agência Nacional de Cinema (Ancine) será ampliada.

Os canais deverão veicular três horas e meia por semana de conteúdo produzido no Brasil das 18h às 22h. Há ainda a determinação de que metade da cota nacional seja produzida por empresas que não sejam vinculadas a grupos de radiodifusão. Será um total semanal de uma hora e 45 minutos de programação independente.

Antes de debater a questão da qualidade das produções nacionais e do nosso direito de escolha, vamos olhar a coerência. O legislador brasileiro é tudo, menos coerente, vou dizer porquê. A razão é que se querem tanto fomentar o cinema e a produção áudio-visual brasileira, porque não criaram então um canal aberto para que todos possam assistir o conteúdo.

Quanto à qualidade, cá entre nós, a qualidade do áudio-visual brasileiro deixa a desejar, salvo raras exceções.

Em entrevista à revista Época durante a temporada de promoção de seu filme Linha de Passe, de 2008, o badalado cineasta Walter Salles, aquele apologista de Che Guevara, sintetizou a filosofia dos cineastas brasileiros: cinema não deve lucrar, deve fazer retratos da sociedade. E para ele, filho de banqueiro multimilionário, suas aventuras particulares devem ser bancadas por todos os pagadores de impostos.

Indagado se a anêmica audiência dos filmes nacionais naquele período poderia ser comparada ao marasmo cinematográfico decorrente do fechamento da Embrafilme no governo Collor, Sales deu uma aula de sensibilidade artística que somente as pessoas maravilhosas do terceiro mundo geográfico e mental sustentadas por verba pública têm condições de oferecer:

"Cinema não é sabão em pó. O papel do cinema é gerar uma memória de nós mesmos, um retrato de uma sociedade num dado momento. O problema é que estamos julgando hoje o cinema brasileiro com os instrumentos que são utilizados para avaliar o cinema de mercado norte-americano. É um pouco como comparar o público do McDonald’s com daquele restaurante de bairro, que te propõe uma comida autêntica, de um lugar específico. Então, a pergunta que talvez devêssemos fazer é a seguinte: os filmes brasileiros têm tido sucesso em refletir nossos desejos e contradições?"


Salles e outros tantos não conseguem aceitar o fato de que filmes, assim como picolés, camisas e sabão em pó, dependem da vontade do público. Dói em suas almas de artistas visionários que sua arte não seja prestigiada como imaginam ser merecido. Eles querem é retratar a sociedade usando dinheiro alheio, e aí temos o ciclo: como não precisam se preocupar com retorno financeiro, livram-se da necessidade de oferecer a mínima qualidade que se pague em troca. Os retratos da sociedade morrem na bilheteria, e então pedem mais dinheiro aos ministérios. Em nome da cultura, naturalmente.


A revista também perguntou a Salles quais seriam os motivos para a diminuição do público do cinema nacional. Disse o filho de banqueiro: "Nos países onde existe uma compreensão solidificada de que o cinema é algo necessário para a cristalização de uma identidade nacional, como é entendido por exemplo na França, o cinema vai bem, obrigado. Nos países onde o cinema é abandonado às leis de mercado, as cinematografias nacionais morrem".


A hipótese de que sua arte seja uma porcaria, aliás, é inconcebível aos nossos gênios incompreendidos, que odeiam o livre mercado porque se sabem ignorados naquele momento crucial: quando o espectador tira a carteira do bolso.

Com as cotas querem nos entuchar lixos áudios-visuais de cineastas brasileiros que mesmos ignorados pelo público, querem obrigar as pessoas a assistirem.

Só um detalhe, o filme Central do Brasil do picareta do Walter Salles Jr. não passa de uma cópia mal-feita do filme Alice nas Cidades do cineasta alemão Wim Wenders. Philip Winter, que vai para os Estados Unidos para fazer algumas reportagens. Ele não consegue, tendo que voltar para a Alemanha. Só que o aeroporto está fechado, e ele só consegue passagem para o dia seguinte. Ele conhece uma mãe e uma filha na mesma situação, com quem divide seu quarto em um hotel. Quando acorda na manhã seguinte, a mãe da menina foi embora e ele assume de vez o papel paterno da jovem Alice.

Outra coisa que acompanha bem as porcarias que nossos cineastas fazem, tem toda razão para não quererem ver porcaria feita aqui.

Existe também o direito de escolha, afinal a pessoa está pagando, TV por assinatura não é gratuita, nada mais justo que está atenda ao gosto do cliente, sem tentar empurrar conteúdo que não seja de seu interesse.

Estando em uma democracia, existe espaço para um gosto eclético, não devendo ser nada imposto, portanto se eu desejo ver um canal com conteúdo 100% norte-americano, nada mais justo que seja respeitado, afinal a pessoa está pagando e existe uma liberdade aqui. Querer interferir no que as pessoas devem ou não ver é dos regimes totalitários.

Fonte: http://guerreirodareal.blogspot.com.

Que catástrofe para nós, telespectadores. O que você acha disso??? Opine, participe!!!

sábado, 20 de agosto de 2011

Fundo perdido...



Levou os meus planos, meus pobres enganos
Os meus vinte anos, o meu coração

Chico Buarque

"Entreguei-lhe os melhores anos de minha vida". Eis uma frase clássica, dita e repetida por mulheres ao longo da história de muitos relacionamentos, bem no momento em que eles chegam ao fim. Uma cobrança, sem dúvida. Porém, com um agravante: tal dívida jamais poderá ser saldada. Nem amortizada, nem perdoada, nem convertida. Estamos falando de tempo – aquilo que não retorna jamais. Daí sua trágica contundência.


Bom, uma das estratégias masculinas para escapar dessa cobrança é negar a dívida: "Foi uma troca – os meus pelos seus. E você entregou por iniciativa própria, por conta e no risco". Já adianto que nem sempre funciona, mesmo que obedeça a uma lógica irretocável. A questão é que elas sempre acham que valem mais, doam-se mais, abdicam mais. Taco a taco só existiria em uma relação homossexual – perdoem o chiste.


Outra maneira de sentir-se desonerado é a de (tentar) reverter o quadro: "Se ao meu lado aconteceram os melhores anos de sua vida, então sou credor". E agora? Quem recebeu de quem? Quem deu o quê? Estando tão bom, não há nada a ser cobrado. Ao contrário, a mulher deveria agradecer: "Obrigada pelos melhores anos de minha vida". Por nada, por nada – diria o ex – foi um prazer e uma honra ser o responsável por sua felicidade. Para, depois, esperar pelo vaso que viria voando na direção da cabeça.


(Já sei: estou me afundando. Tentarei o resgate.)


Pena que, na vida, a coisa não seja assim tão simples. Quando elas nos dizem que entregaram os melhores anos da vida delas, estão dizendo que foram os melhores anos de nossas vidas. E foram. Nada supera o tempo passado ao lado de quem está apaixonado por você, acarinhando, mimando, estimulando. Na paixão, alcançamos o ápice do amor próprio: desejamos quem também nos deseja. Ser querido é o aditivo mais poderoso do universo. Supera o álcool, as drogas, a adrenalina. Supera tudo. É tão bom que vale o sacrifício.


Mas, supondo que houve paixão dos dois lados, o que transformaria ambos em credores, por qual motivo as mulheres tanto se queixam dos tais "melhores anos" que lhes parecem sonegados? A resposta está na palavra juventude. A lisura da pele e a firmeza das carnes são ativos de grande prestígio entre as fêmeas. Isso desde a época dos contos de fadas, ou das cavernas, até hoje (o cirurgião plástico agradece). Basta lembrar o pesadelo da Rainha Má diante da fresca Branca de Neve – é o espelho quem acusa o declínio de sua jovialidade, não o rei, que até morrera.


Por isso, a masculina tábua de salvação é apelar ao Chico, unanimidade entre as mulheres, para encontrar a resposta final ao dilema. Na música A Rita, ele reproduz a mesmíssima queixa: o rapaz lamenta a perda dos vinte anos, dos planos, dos pobres enganos e do coração. Os durões não admitem, mas sofremos lupicínios ao ter o coração partido. Assim, caro homem, quando ela lhe acusar de ter investido mal a juventude em sua carteira de ações, revide na mesma moeda: diga que suas aplicações também se depreciaram no fundo (perdido) do poço. E que, pior, bem pior, lhe restou mudo o violão. Ou alguém duvida que sejam elas a nos inspirar?

Por: Rubem Penz. Seu link está neste blog.

È verdade ou não achas isso? Comente, participe...



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A mentira e suas várias faces



Há um momento na vida em que, graças ao domínio de mecanismos sofisticados da inteligência, aprendemos a mentir. Mentimos jogando com as palavras, contendo gestos, assumindo posturas convenientes – e das quais discordamos – para aliviar tensões. Tentamos esconder aquele traço da nossa personalidade que não nos agrada assumindo uma maneira de ser mais apropriada. São tantas as possibilidades de escamotear a verdade que o mais prudente seria olhar o ser humano com total desconfiança – pelo menos até prova em contrário.

Ainda que sentir medo e insegurança faça parte da natureza humana, fingimos que tudo está sob controle e que nada nos abala para ocultar nossa fragilidade. Acreditando no que vêem, os outros passam a se comportar como se também não sentissem medo. Mentem para não parecer frágeis e inferiores diante daqueles que julgam fortes.

Nesse teatro diário, alimentamos o círculo vicioso da dissimulação. Minto para impressionar você, que me impressionou muito com aquele jeito fingido de ser – mas que me pareceu genuíno. Não seria mais fácil se todos admitíssemos que não somos super-heróis e que não há nada que nos proteja das incertezas do futuro?

Em geral, quem não aceita o próprio corpo evita praias e piscinas. Diz que não gosta de sol, quando, na verdade, não tem estrutura para mostrar publicamente aquilo (a gordura, a magreza ou qualquer outra imperfeição) que abomina. É o mesmo mecanismo usado pelos tímidos, que não se entusiasmam muito por festas e locais públicos. Em casa, não precisam expor sua dificuldade de se relacionar com desconhecidos.
Temos muito medo de nos sentir envergonhados, de ser alvo de ironias que ferem nossa vaidade. É para não correr esse risco que muita gente muda de cidade depois de um abalo financeiro. Melhor ser pobre e falido (e encontrar a paz necessária para reconstruir a vida) onde ninguém nos conheceu ricos e bem-sucedidos!

Até aqui me referi às posturas de natureza defensiva, que servem de armadura contra o deboche, as críticas e o julgamento alheio. Há, no entanto, um tipo perverso de falsidade: a premeditada. Pessoas dispostas a se dar bem costumam vender uma imagem construída sob medida para tirar vantagem.

Um homem extrovertido e aparentemente seguro, independente e forte pode ter criado esse estereótipo apenas para cativar uma parceira romântica. Depois de conquistá-la, revela-se inseguro, dependente e egoísta.

Mulheres sensuais podem se comportar de maneira provocante para despertar o desejo masculino – e sentir-se superiores aos homens. Vendem uma promessa de intimidade física alucinante que raramente cumprem, pois são, em geral, as mais reprimidas sexualmente. O apelo erótico funciona como atalho para os objetivos de ordem material que pretendem alcançar.

Não há como deixar de apontar a superioridade moral daqueles que mentem por fraquezas quando comparados aos que obtêm vantagens com sua falsidade. O primeiro grupo poderia se distanciar ainda mais do segundo se acordasse para uma verdade óbvia e fácil de enfrentar. Aquele que me intimida é tão falível e frágil quanto eu. E – nunca é demais lembrar –, para ele, eu sou o outro que tanto lhe mete medo.


Por Flávio Gikovate

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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Americano tenta imitar vampiro e acaba preso...



Um americano de 19 anos invadiu a casa de uma mulher e tentou sugar o sangue dela, mas acabou preso pela polícia na cidade de Galveston, Texas. Encontrado rosnando e silvando em um estacionamento, e usando apenas cueca samba-canção, Lyle Monroe Bensley afirmou ser um vampiro de 500 anos de idade que precisava se "alimentar", disse o capitão da polícia local, Jeff Heyse.

O rapaz espera na cadeia uma avaliação psiquiátrica pelas acusações de arrombamento da residência durante a tentativa de beber o sangue da mulher no fim de semana. Ainda não foi confirmado se a temática de vampiros na cultura pop teve alguma influência sobre ele. A vítima, que morava perto de Bensley mas não o conhecia, escapou incólume do ataque, disse Heyse.

TV e literatura
Thomas Garza, que ministra um curso sobre a lenda dos vampiros na Universidade do Texas, disse que jovens podem querer ser vampiros porque esses seres, no imaginário pop, trapaceiam a morte e conseguem permanecer bonitos, poderosos e jovens pela eternidade.

Segundo ele, o vampiro moderno na cultura popular é mais atraente, suave e mais "na moda" do que os vampiros eslavos do Velho Mundo, o que aumentou seu apelo. "Eu diria que foi a saga de Crepúsculo em particular que fez os fãs adolescentes se assumirem", aponta.

Vampiros são um tema central na literatura desde o romance "Drácula", de Bram Stoker, em 1897. Mas a fascinação por eles, principalmente entre os jovens, aumentou nos últimos anos com a popularidade dos livros da saga "Crepúsculo" sobre vampiros adolescentes, e o seriado "True Blood", da TV.

Fonte: Internet

Que coisa não? é doido esse cara?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Espectadores ou protagonistas?



Corruptos conhecidos em cargos públicos cuidando do dinheiro do povo, me faz lembrar a estória da raposa tomando conta do galinheiro. A execução de uma juíza em Niterói ativa na minha memória filmes da época do Chicago de “Al Capone”.

Estórias e filmes que podemos transformar em histórias em medida que deixemos de ser meros espectadores e passemos a ser protagonistas de nossas vidas. Os que estão no poder querem manter a sociedade brasileira como simples entes passivos na disputa, entre corruptos e bandidos, pelo comando de nosso destino.

Querem que acreditemos que somente podemos optar entre uns ou outros. A terceira opção que temos é tomar consciência que o verdadeiro poder está em nós. A maioria silenciosa deste país deve manifestar-se, deve deixar de ser contemplativa e transformar-se em uma força proativa.

Se Jesus viesse a terra hoje, seria crucificado de novo. Quem quer ouvir: compartilha o que tens com os que menos possuem; o Reino dos Céus é dos humildes; é mais difícil que um rico entre no Reino dos Céus que um camelo passar pelo buraco de uma agulha. Ninguém.

Honestidade, falar a verdade, pureza de coração, lealdade, consciência são todos sinônimos de otário no mundo atual. Isto é o que os corruptos e os bandidos querem que acreditemos. Quanto mais compremos essa estória, menos história será feita.

Nossa sociedade tem muito medo, tanto medo que é capaz de eleger como seus líderes exemplos do que acredita que a representa fielmente. Ver cair à popularidade de uma presidente porque persegue a corrupção e coloca na cadeia os responsáveis por roubar dinheiro público, é ridículo. Duvido que exista algum brasileiro que não esteja a favor de eliminar esses canceres de nosso meio. Aqueles que eventualmente defendam esses meliantes estão assinando que são cúmplices e coniventes com os crimes cometidos.

As expressões: DEIXA PARA LÁ! NÃO É PROBLEMA NOSSO! O QUE EU TENHO QUE VER COM ISSO! E tantas outras similares que se repetem milhares de vezes por dia quando se comentam as manchetes dos jornais ajudam a perpetuar-se no poder os infames que legislam e advogam somente em benefício próprio.

A liberdade somente existe quando se exercem os direitos, mas também se cumprem com as obrigações inerentes a ela. A fraternidade não pode ser exigida unicamente quando recebemos, mas quando devemos dar também. A igualdade prevalece sobre as diferenças quando o medo desaparece.

Podemos ser espectadores ou protagonistas. É uma opção. O protagonista pode mudar o rumo de nosso país, o espectador somente pode assistir e não pode se queixar se não gosta do final.

E você, meu caro amigo se transformará em um protagonista ou continuará sendo um espectador da história de nosso Brasil?


Por : Ricardo Irigoyen

Participe, opine a respeito do assunto...

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O pecado mora ao lado...



Fez-se a luz, Adão, costela, Eva, paraíso etc. Todo mundo conhece o percurso do Homem, ou o tanto de água que rolou debaixo da parreira até dar no que deu. Mas sempre há nuances a serem exploradas por quem se dedica a investigar o insuspeitado. E não custa nada remontar a cena que alterou o rumo das coisas para, com isso, tirar lições. Do princípio:
Antes de tudo, era o caos. Algo como sexta-feira, dezenove horas, chovendo cântaros, dois acidentes envolvendo caminhões, véspera de feriadão. Saldo bancário no vermelho, ponteiro da temperatura do carro no vermelho, semáforo piscando no vermelho, um descontrolado atolando o dedo na buzina.

Num momento parecido com esse, o Criador, em sua elevada benevolência, ao som de um coral de anjos e inspirado pelo mais puro sentimento, resolveu pôr ordem no galinheiro. E fez-se a luz; também surgiu a Natureza com seus vales e montanhas; oceanos, lagos, nuvens e areia brancas. Tudo pronto para o eleito: o Homem.

Logo após o sopro de vida na argila inerte, nasceu Adão, aquele que era feliz e não sabia. Vivia no que mais tarde seria convencionado chamar de CNTP (condições normais de temperatura e pressão). Clima goiano: amanhecia numa temperatura amena, esquentava um pouco no bom sol, chovia confortavelmente e, à noite, era sempre recomendável se cobrir. Sem umidade ou rinite, sem ácaros, sem roupa que nunca seca no varal ou um gole da maldita para enfrentar o vento Minuano.

Impossível ficar melhor? Eis que de sua costela nasce Eva. Ah, a mulher! Evolução da espécie, arte final para seu rascunho, companheira criada por Deus para estar sempre ao seu lado, mas que, por excelência de projeto, estaria sempre à sua frente. Movimentos de uma felina, charme de uma felina, unhas de uma felina, humor de uma felina... E memória de elefante. Adão já não mais precisava se preocupar em fazer agrados ao Criador – bastava atender Eva e seu dia estaria tomado, suas noites garantidas, o mundo em completo sentido. Deus poderia tirar suas férias em paz, afinal.

Pois, Adão e Eva, insatisfeitos com aquilo que parecia perfeito, entediados com tanta harmonia e fartos de beleza, ambicionaram o fruto proibido. E logo ali, adiante da cerca, estava a macieira do vizinho. Nela, auspiciosa, a suculenta maçã. A mulher disse vá até lá e apanhe uma para mim. O homem ponderou que poderia dar galho. Ela fez beicinho, mas ele parecia irredutível. Então, cochichando ao ouvido, Eva prometeu alguma coisa que Deus não deveria ouvir.

E Adão saltou por sobre a cerca feito cão que ouviu a sineta de Pavlov. Só que o vizinho viu. E sua mulher, uma verdadeira cobra, indignada, fez queixa para o síndico do Condomínio Horizontal Paradiso.

Barraco! De um lado, Adão defendia-se com a tese de que seria um grande pecado apodrecerem as maçãs no pé sem que ninguém apanhasse. De outro, a cobra rebatendo que o casal não merecia habitar o Paradiso – deveriam ser expulsos. Eva subiu nas tamancas e disse que vizinhos intolerantes do tipo que prega regras apenas para os outros transformaram o Paradiso em um inferno.

Blasfêmia: tudo o que o síndico esperava para tomar o partido da cobra. E assim, em breve resumo, fica explicado porque deu no que deu.


Por Rubem Penz.

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domingo, 14 de agosto de 2011

As dores da alma e as frustraçoes da vida humana



Sabemos que as dores da alma geram as dores do corpo.

Por que elas acontecem?

Por que somos demasiadamente apegados a alguma situação cuja atenção e preocupação dedicada não nos fazem bem.
Desta forma inicia-se a frustração.

Tipos de frustração:

A sexual- ocorre quando em uma relação entre duas pessoas há perda do interesse sexual ( do eros ) e há apenas preocupação com as coisas cotidianas tais como: pequenos problemas, desarmonia dos campos: emocional e profissional, contas a pagar, filhos, etc...

A emocional- quando na relação o que não falta é apetite, contudo falta carinho. O parceiro(a) faz do ato sexual uma forma de momento amoroso intenso, esquecendo-se do afeto no dia-a-dia, nenhuma palavra, nenhum elogio, nenhuma expressão de carinho. O excesso de timidez quando não trabalhado pode se tornar um elemento de frustração também pois existem pessoas que se acham incapazes de expressar suas emoções e seus mais íntimos sentimentos.

A intelectual- quando lemos muito, buscamos muito, mas não entendemos a nós mesmos. Nossos processos mentais são desgastantes, pois, nos questionamos a respeito de nossa felicidade profissional e intelectual. Criamos uma imagem negativa sobre nós mesmos, em razão de vivências passadas as quais nos fizeram sofrer por isso e continuamos a não compreendê-las como lições. Por essa razão repetem-se os erros e ocorre uma espécie de depressão, por acreditar que não é possível ser diferente. As vezes isso pode ser conveniente.

Existe ainda a frustração espiritual- acontece pela desilusão com a escolha do caminho espiritual (religião), como se Deus fosse o primeiro responsável das coisas não estarem como se deseja.

Esquecemos da nossa responsabilidade no processo cármico, da falta de cuidado nas escolhas e das atitudes não refletidas as quais geraram um retorno negativo. Por isso muitas pessoas se revoltam com Deus e as religiões (como se Deus ou a religião tivesse culpa).

Mas qual seria a formula certa para transmutarmos essas frustrações em luz e sabedoria?

Desapego seria uma resposta interessante mas não é a única.
Sempre que perdemos algo, de certa forma, continuamos mentalmente atrelados, apegados ao objeto, ou por amor, dor ou ódio.

Isso ocorre nos relacionamentos, nos negócios que não deram certo e se porventura estivermos na iminência de novas vivências o medo de não dar certo nos tornará fechados e a nossa preocupação atrairá novas e negativas experiências.

Portanto, recrie sua vida e comece esse processo pela capacidade que a mente criativa possui, crie uma realidade virtual primeiramente, dentro de sua mente e visite com freqüência este lugar que passo a passo ele irá tomar parte da sua realidade cotidiana.

Se você for apegado demasiadamente imagine-se tranqüilo, desapegando-se do objeto de desejo em questão, se possui ódio imagine-se recebendo um pedido de perdão, se a culpa for sua imagine ao contrário.

Jurou-se nunca mais conversar com determinada pessoa, imagine essa atitude sendo relevada e assim por diante.

Se você nunca abraçou seu filho, seu pai, sua mãe, imagine-se fazendo isso, pois, mais cedo ou mais tarde isso acontecerá.
A energia que gera a atração é como uma muralha feita de pequenos tijolos sobrepostos, uns aos outros.

Os tijolos são os pensamentos positivos e o hábito de pensar positivo é a argamassa. Construa sua muralha agora e mure a possibilidade de sua mente ser invadida por pensamentos negativos. Não permita que o medo e a insegurança atrapalhem seus projetos e sua vida, você tem esse poder. Contragolpeie com palavras positivas em alto e bom som sempre que ver, ouvir, sentir, pensar ou se aproximar de algo negativo.

Até mesmo as frustrações existentes podem ser transformadas, acredite.

Um grande abraço! Paz e Luz!


por Nelson Ribeiro.Seu link está neste blog.

Então, agora comente, participe!