sábado, 9 de julho de 2011

Precisamos aprender a aprender



Um dos conceitos mais procurados hoje no mercado de trabalho é a capacidade do profissional de se reinventar, de fazer diferente, de conhecer mais de trazer resultados inesperados. E, cada vez que olhamos para uma definição destas, questionamos – como fazer isto? Como ser capaz de reinventar-se a cada momento que passa sem perder as nossas características, a nossa base, a nossa forma de ser.

Acredito que este é um dos desafios da nossa era – reinventar-se sem perder a essência. Mas, para tanto, temos que ter em mente que seguiremos dois padrões – manter os nossos princípios e valores e mudar.

Para alcançar este desafio, uma das características mais importantes é aprender a aprender. Parece fácil, mas não é. Primeiramente, exige que tenhamos a capacidade de mudar e abandonar conceitos antigos em favor dos novos. E, quem diz que mudar é fácil, está mentindo. Mudar pode parecer desagradável porque traz uma sensação de desconforto, certo receio do desconhecido, contrário à sensação de acolhimento e calor dos procedimentos que já conhecemos.

E, é aí que reside o perigo: ficarmos nos padrões que já conhecemos. Sensação de calor e tranquilidade que temos ao fazer algo cujo resultado é esperado e alcançado. Sempre que isto acontecer, o profissional deve questionar o quê fazer mais, diferentemente do procedimento atual para atingir um resultado diferente e melhor.

Reaprender não é fácil. Principalmente porque exige esquecer as formas antigas de trabalho e assumir novos padrões. Mas, o profissional que aprende a aprender, ganha autonomia que se baseia no equilíbrio das escolhas. Saber escolher também é uma competência muito apreciada no mercado de trabalho, assim como em nossa vida particular.

Todo sucesso depende desta competência – saber fazer as escolhas certas, visto que a velocidade da alteração dos processos e do conhecimento é muito grande. Não há mais tempo de rever nossos conceitos muitas vezes, as decisões precisam ser imediatas e para isto temos de estar em estado de prontidão.

É preciso desenvolver a sensibilidade e o feeling para ser capaz de assumir as melhores escolhas. E, para fazer estas escolhas corretamente é preciso acumular conhecimento ou, como diz Mário Sergio Cortella “dar empregabilidade ao conhecimento”.

Ou seja, não basta ser capaz de fazer escolhas, elas tem que ser bem feitas, tem de funcionar, de gerar resultado, de fazer e trazer mais do que o esperado.

E aí pensamos, é isto que é vida? Esta corrida louca, esta cobrança por mais e melhor?

Penso que hoje o questionamento não deveria ser este, a vida e a correria frequente fazem parte da vida moderna – então como melhor aproveitá-las, como crescer, estar bem consigo mesmo e se sentir realizado dentro deste panorama?

Acho que se aceitarmos que a vida é um aprendizado eterno, estaremos no
caminho que vai nos levar a uma melhora do contexto no qual estamos incluídos e do qual somos parte integrante. Não há como voltar atrás, que, aliás, é uma ação contraproducente. Só podemos ir para frente. Então, se é para tanto, que seja da melhor forma possível, crescendo, se desenvolvendo, aprendendo a aprender. Sempre.

Por Stefi Maerker.

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