sábado, 4 de junho de 2011

Uma faceta da traição masculina ...



O que podemos concluir das conversas sociais é que a monogamia está fora de uso, mas ao mesmo tempo fidelidade é um comportamento que esperamos do nosso cônjuge. Algumas explicações são pontuadas por aqueles que refletem esse paradoxo, mas parece que ainda não alimentam a expectativa de compreensão da maioria das pessoas, e assim, continuamos a viver esse sonho contraditório.
O temor de que o nosso cônjuge tenha uma experiência sexual ou um envolvimento amoroso com outra pessoa, quando se tem uma relação estabelecendo fidelidade, é uma das preocupações mais angustiantes que podemos experimentar. Provoca sensações físicas e emocionais que só quem vivencia pode pormenorizar. Vai desde a “apatia depressiva” a mais violenta das manifestações.
Erroneamente a “sabedoria popular” ainda vê a pessoa traída como um ser menor, problemático ou deficiente em suas qualidades. Já na psicanálise, a pessoa que trai é definida como um ser que se deixa ser comandado pelos instintos primitivos, aqueles que vêm desacompanhados da razão e da lógica. Geralmente eles colocam de lado o comprometimento afetivo real em troca de uma ilusão fantasmagórica.
Acredito que conhecendo melhor os motivos que nos induzem a certo tipo de conduta, estaremos no caminho do crescimento como ser humano. Já em um artigo anterior intitulado “Uma faceta da traição feminina” falei sobre a infidelidade feminina e hoje tento explorar um pouco a traição masculina.
Foi divulgado no site Everyday Health –
saúde hoje em dia – uma pesquisa do Dr. Daniel Sapen, onde ele tentou identificar as razões que levam o homem a trair sua companheira. Para o autor, psicólogo em Huntington Station, Nova York, “A traição pode satisfazer algumas necessidades”. “O prazer do sexo é uma coisa, a emoção da ‘caça’ e, a novidade é outra, e aumentar a autoestima que vem de ser capaz de fazer pontos com novas parceiras é outra”, diz Sapen. “Para estes homens, a honestidade é menos importante do que a ilusão de honestidade. Mas seu problema básico é a recusa em trabalhar honestamente com sua parceira sobre o que precisa melhorar.”
Em alguns casos, os homens infiéis ou viciados em sexo podem estar mascarando outros problemas mais profundos em seu relacionamento. “Existem traições porque eles não podem resolver o que é insatisfatório em seus relacionamentos diretamente”, diz Sapen. “Estes homens têm de agir para fora quando as coisas vão mal, obtendo o seu prazer em outro lugar.”
A auto-percepção depreciativa e a impotência relacional estão no centro dessa questão. Por um lado, quando não se sentem com a auto-estima positiva, os homens buscam auto-afirmação em relações ilusórias. Por outro lado, quando não conseguem resolver os problemas normais do relacionamento – pois não são bons na relação dialógica – se isolam e tentam compensar esse desprazer em outro lugar.
Esses são os equívocos mais comuns cometidos pelos homens em seus vínculos conjugais. A permanência dessa forma disfuncional trás prejuízos que geralmente não contabilizamos, mas que seguramente, resulta em saldo negativo, o balanço da relação conjugal.

Por Renner Cândido Reis.
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