sábado, 25 de junho de 2011

Pensando na vida...



Deve haver algum motivo para que estejamos aqui na Terra. Não é possível que seres racionais que somos — e, às vezes, irracionais também — apenas nasçam, cresçam e morram.

Há um enorme leque de indagações, afirmações e conjecturas sobre a vida, feitas por filósofos, sociólogos e outros pensadores, membros de nosso clã, o do Homo sapiens.

A futilidade de uma existência, as incertezas do amanhã e o receio da morte induzem o ser humano à procura de uma explicação supersticiosa para sua presença neste mundo cruel e perverso onde, se o indivíduo for fraco ou frágil, será pisoteado como a um inseto rastejante.

A origem das religiões, sejam elas cognominadas pagãs, sejam elas monoteísta cristã, ou não, deve-se justamente a esta ansiedade de se tentar explicar o inexplicável, o ilógico. Mesmo porque, jamais alguém retornou da vida pós-morte, se é que ela existe, apesar das inúmeras afirmações mediúnicas a respeito.

É certeza inabalável que a vida é conturbada pela noção da morte. Sem ela, a vida não tem sentido. Por isso, em todos os caminhos da vida, observamos pessoas dedicadas e abnegadas para com o próximo, muito embora haja sempre forças contrárias para tornar a própria existência intolerável.

O que mais faz a vida sustentável, suportável e razoável, é a família.
Pode-se observar que, ao se estudar o comportamento no reino animal, há uma agressividade maior entre animais que vivem isolados e sozinhos, e não grupalmente. É verdade que há grupos que também são violentos, no entanto, em geral, agem assim com o intuito de se proteger.
É, também, assim, entre os humanos. O recurso da violência, quando em família é, igualmente, para defender a mesma quando se sente ameaçada.

O anseio de se formar uma família é inerente, e torna-se plenamente justificado, psicologicamente, diante do exposto, pois o conjunto é mais forte para defender-se das agruras externas e da própria morte, que sempre necessita ser adiada.

Aliás, o conceito de família pode perfeitamente se estender para organizações, cidades e países, formando-se, deste modo, meios de fortalecimento em sua própria defesa e, no frigir dos ovos, do combate à morte.

Em conclusão, a morte é inevitável. Não pode haver vida sem que haja o término de uma existência. A vida é curta. É única. Precisa ser vivida em toda sua plenitude, com motivação, com direção, e com a percepção de que se chegará ao fim, algum dia...

por Dr.Walter Harris.

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Um comentário:

  1. Olá William!

    O texto traz muitas coisas que podem ser objetos de reflexão.

    Creio eu que a existência sem a perspectiva de continuação realmente não teria sentido, lendo em consideração que o homem tem nato o desejo da evolução.

    E é a caminho dessa evolução que a vida em grupo é mportante, pois só assim desenvolvemos a capacidade de aprender com o outro o que muitas vezes nos foge da observação ou até mesmo não nos faz parte por circunstâncias de cada um. Por exemplo, como uma pessoa afortunada aprenderia noções da fraternidade se não houvesse o convívio com pessoas menos desprovidas.

    Que possamos viver cada dia como se fosse o último, aprendendo em cada detalhe o que a vida nos dá de graça comaprendizado.

    É isso que nos dá sentido a essa existência.

    Bjokas
    Gisele

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