quinta-feira, 30 de junho de 2011

De qual lado você é?



Você já reparou que algumas pessoas têm uma tendência natural a serem mais organizadas e a seguirem processos?
Parece que nasceram com um chip de organização implantado na cabeça. Mas outras pessoas por sua vez são tão desorganizadas e avessas às regras que têm mais dificuldade para adquirir novos hábitos de produtividade.

Algumas pessoas têm uma facilidade extrema em assimilar os conceitos, outras têm mais dificuldade. Se repararmos nesses dois grupos, podemos perceber diferenças predominantes que indicam uma tendência maior a um lado cerebral.

O cérebro humano possui dois hemisférios, ligados entre si pelo corpo caloso.
O hemisfério esquerdo, conhecido como consciente, é o responsável pelo raciocínio lógico.
O hemisfério direito, conhecido como inconsciente, é o responsável pelo raciocínio criativo.

O hemisfério esquerdo é organizado, racional, lógico, analítico e se baseia no uso das palavras. Ele emite ordens e combina conceitos. O hemisfério direito é completamente diferente. É intuitivo, imaginoso e criativo. Ele usa a linguagem do visual, do auditivo e do sensitivo.

Pessoas com o hemisfério esquerdo mais predominante têm a tendência a serem mais organizadas, analíticas e gostam de seguir processos. Conseguem facilmente seguir uma ordem para executar suas tarefas, são mais previsíveis, são pontuais e adorariam que o mundo fosse pontual.
Pessoas com hemisfério direito predominante possuem a tendência a serem mais espontâneas, têm mais dificuldades com processos, são mais desorganizadas. São fãs de pilhas de papéis, e caixas de e-mail cheias, gostam de atender diversos projetos simultaneamente e têm uma facilidade enorme de se distrair.
Não existe um hemisfério melhor que o outro, ambos são igualmente importantes. O segredo é saber utilizar os dois a seu favor na hora de ganhar mais tempo no seu dia.

Se você é uma pessoa que tem predominância do hemisfério esquerdo, precisa ser mais espontânea, conquistar sua flexibilidade diariamente. Os planos mudam e a mudança é a única constante certa no mundo.

Se você tem predominância do hemisfério direito, você não gosta de um processo de organização, então que tal tornar sua organização uma obra de arte? Com pastas coloridas, imagens, desenhos que associem as lembranças, etc.. Faça as coisas que parecem chatas para esse lado divertidas como elas deveriam ser.

Entenda o seu perfil e não se cobre tanto, trabalhe com pessoas diferentes de você. Experimente novos métodos! Faça as coisas chatas divertidas e as divertidas serem processuais.

Não existe um lado melhor que outro! Faça os dois lados trabalharem a seu favor para administrar seu tempo!

O que seus lados irão fazer de importante por você?

Use todos os seus lados!


Por Christian Barbosa.

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terça-feira, 28 de junho de 2011

Casamento pode ser coisa do passado...



Pesquisa norte-americana mostra que casamento deixou de ser um rito para tornar-se um privilégio.
O casamento, e seus muitos altos e baixos, ainda exerce um grande poder sobre jornais, revistas e ondas de transmissão. Cerca de 23 milhões de norte-americanos acompanharam o casamento do príncipe William com Kate Middleton.

Muitos se mantêm atentos aos desdobramentos do divórcio de Arnold Schwarzenegger e às revelações de que ele teve um filho ilegítimo com uma de suas empregadas. E os depoimentos no Twitter do congressista Anthony Weiner geraram especulações infinitas sobre o estado de seu casamento e de sua esposa grávida.

Menos provocantes são as revelações sobre o estado do casamento nos Estados Unidos. Dados do Departamento de Censo mostram que os casados, pela primeira vez na história, representam menos das metades dos lares norte-americanos.

A clássica família, com mamãe, papai e as crianças sob o mesmo teto está desaparecendo. Em todos os estados, o numero de companheiros não-casados, casais sem filhos e pessoas solteiras cresce numa velocidade muito superior à dos casais com filhos, diz o censo de 2010.

Casais com filhos representavam 43% dos lares no país, em 1950; eles agora representam apenas 20%. E essa tendência demonstra uma potente dimensão de classes. Casamentos tradicionais evoluíram de um rito quase universal para um luxo restrito aos educados e poderosos.

Quase não havia diferença em 1960: apenas quatro pontos percentuais separavam os casados universitários dos formandos escolares. Essa diferença aumentou para 16%, de acordo com o Pew Research Centre. Uma analise do Departamento do Censo, lançada na última primavera, mostrou que as noivas estão muito mais propensas a terem um diploma universitário do que na metade dos anos 1990.

“O casamento se tornou muito mais seletivo, e é por isso que o índice de divórcios baixou”, diz Bradford Wilcox, diretor do Projeto Nacional de Casamentos na Universidade da Virgínia, em Charlottesville. O projeto descobriu que os índices de divórcio entre casais com diplomas universitários são apenas um terço maiores que entre aqueles apenas com diplomas escolares.

Norte-americanos como diplomas escolares ou menos (que representam 58% da população) disseram aos pesquisadores que gostariam de se casar, mas não têm condições financeiras para isso. Ao invés disso, eles têm filhos fora do casamento. Apenas 6% das crianças nascidas de mães com diplomas universitários nasceram fora do casamento. Entre as mães apenas com diploma escolar, esse índice é de 44%.

“Menos casamento significa menos renda e mais pobreza”, afirma Isabel Sawhill, da Brooking Institution. Ela e outros pesquisadores associaram a desigualdade na renda no país às mudanças na composição familiar: pais solteiros (quase sempre sem diploma universitário) estão se tornando mais pobres, enquanto casados (com educação e dupla renda) estão prosperando.

“Essa é uma grande diferença que não é compreendida pelo público”, diz.

Não espere, no entanto, que o Partido Democrata aborde essa questão nas eleições do ano que vem. Mulheres solteiras votaram massivamente em Barack Obama. “Você não sugere a uma mãe solteira que se case”, diz Sawhill. “Seria denegrir seu estilo de vida”.


Fontes: The Economist - "For richer, for smarter"

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Fernando Henrique quer legalização da maconha



As campanhas pela legalização do consumo de maconha se expandem dia a dia pelo mundo todo. À medida que elas crescem, vão surgindo defensores de peso, como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Bill Clinton. Estes pesos-pesados dão uma conotação de legitimidade e de acerto pela legalização, mas não passam disso. Na prática, o Brasil não vai legalizar nada disso, pois, de mesma forma que existe a certeza que o combate não resolveu nada até hoje, não se tem certeza de que poder consumir à vontade não agrave o problema.

Existem posições acerca do uso da maconha que precisam ser clareadas para se afirmar se é a ilegalidade que ajuda na permanência do problema ou se restringe apenas à omissão do Estado, com ações ineficazes. Já foi diagnosticado que o combate na “ponta” não resolve; mas as fronteiras do Brasil são um queijo suíço, e nada de efetivo foi feito agora. Até a única aeronave destinada ao combate nas fronteiras não tem previsão de utilização, por falta de condições. Não se vê a incineração das drogas apreendias, e não raro somem toneladas das delegacias, como ocorreu em Campinas há algum tempo.

Ao defender a legalização da maconha, Fernando Henrique segue uma convicção arraigada nos brasileiros de que os problemas se resolvem apenas colocando intenções em papel, numa lei. O excesso delas já apeou este país pela burocracia e confusão jurídica que se forma em torno delas, e também por conta disso as demandas nunca terminam. O fato de a permissão constar numa lei não resolverá nem minimizará o problema. Antes, deve se fazer o debate correto, já que predominam as distorções sobre o problema.

Os traficantes são corretamente demonizados por todos. Eles são xingados na televisão, no rádio e pelos familiares. Muitos pais que os xingam depois de o filho já estar viciado fizeram vista grossa quando seu pupilo chegava madrugada adentro sem dar nenhuma explicação ou aceitavam qualquer desculpa; não sabiam e nem queriam saber com quem andava. Esses mesmos pais fingiram que não percebiam a iniciação do filho com as drogas. Antes de culpar apenas o traficante, é preciso coerência no discurso. A formação de usuário e traficante é idêntica à geração de uma criança que, seja qual for o processo, ainda só é possível por meio de um homem e de uma mulher. Um é responsável pela existência do outro. Ao contrário do ovo e da galinha, entre usuário de droga e traficante, todo mundo sabe quem nasce primeiro.

Distorcem também quando se trata o usuário apenas como vítima de tudo, o cordeirinho, sem nenhuma responsabilidade pelo caos em que transforma sua própria vida. Quem defende essa posição se esquece do início do consumo, quando as pessoas que alertavam para o risco eram tachadas de caretas e sofriam todo tipo de deboche do grupo e do próprio usuário.

Outra defesa infantil é chamar o usuário de doente, sem mencionar que quis e é o responsável pela sua doença, pois nunca se nasce com o vício, como não há vírus que desenvolva o vício. O viciado de hoje foi o autossuficiente, o arrogante, o avançado de outrora.

Outro erro grosseiro foi a descriminalização do usuário, mas não a forma de aquisição da droga. Todas as formas de aquisição são criminalizadas. Seria complicada a situação de um policial que se depare com uma pessoa comprando droga para consumo próprio. Como não se pode ter um vendedor para cada usuário, estes seriam liberados e o traficante preso. Configura uma dicotomia inexplicável e incoerente.

Concomitante a um debate coerente sobre o tema, as autoridades deste país devem ser forçadas pela sociedade a criar e aparelhar clínicas de tratamento. Ora, o avanço tem que ser gigantesco, total, pois este país nem sequer cuida dos não viciados, que morrem todo dia nos hospitais públicos sem atendimento. Recife é apenas o exemplo recente, onde mais de mil pessoas que precisaram, mas morreram antes de chegar a uma Unidade de Tratamento Intensivo - UTI. Sobre estes, o então presidente Fernando Henrique Cardoso se fez, fez pouco, e nunca pronunciou uma palavra em defesa deles.

Como diz o Jô Soares, sem repetir, e já repetindo, a maconha é a porta de entrada para todas as outras drogas, o enfrentamento deve ser idêntico ao da morte. Mesmo que se tenha certeza da derrota, deve-se combatê-la sempre. Se apenas a legalização resolvesse o problema, antes de descriminalizar o consumo da maconha, dever-se-ia descriminalizar o assassinato. Quem sabe teria solução esse probleminha que mata mais de 40 mil por ano no Brasil.

Por. Dr. Pedro Cardoso da Costa. e-mail: pcardosodacosta@yahoo.com.br

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segunda-feira, 27 de junho de 2011

À beira do colapso


A saúde suplementar no Brasil está à beira do colapso. Entre os agentes do setor, apenas os planos de saúde parecem satisfeitos, mesmo sem reconhecer publicamente. Tem mesmo de estar felizes: em recente audiência pública na Câmara dos Deputados, a Fenasoft divulgou que em 2010 as 15 operadoras por ela representadas tiveram receita de R$ 73 bilhões e despesa de R$ 58 bilhões. Um saldo de 15 bilhões.

Enquanto isso, do outro lado do balcão, pacientes e prestadores de serviço, como os médicos, pagam a conta desta mercantilização, da busca de lucros a qualquer custo. Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar dão conta de que de dezembro do ano passado a abril último, o índice oficial que mede o número de reclamações dos usuários passou de 0,29 ponto para 0,62; ou seja, dobrou. Só no primeiro bimestre, foram 28.318 registros.

A queixa maior é sobre negativa de cobertura; vêm depois as cláusulas contratuais abusivas e reajustes injustificados da mensalidade. Sofre o paciente, sofre igualmente o médico. Recente pesquisa Datafolha aponta que nove entre dez profissionais são pressionados por planos e seguros saúde para reduzir solicitações de exames, de internações e outros procedimentos. A interferência é um risco à boa prática da medicina, assim como ao bem-estar dos cidadãos. Nesse quadro caótico, há outras cores turvas. Por exemplo, a remuneração que as empresas pagam aos médicos.

Atualmente, pratica-se um valor médio de consulta de R$ 30. Se abatidas as despesas de equipamento, secretárias, aluguel e impostos, sobram líquidos menos de R$ 5. A exploração é extensiva aos demais procedimentos. Outro exemplo: para um parto, no qual o médico tem sob sua responsabilidade duas vidas, a da mãe e a do bebê, as operadoras pagam cerca de R$ 200 brutos. Absurdo! Recebe cinco vezes menos do que um fotógrafo chamado para registrar esse momento feliz. A despeito de lucrarem muito, de pagarem pouco aos prestadores, e de desrespeitarem os pacientes, planos e seguros saúde voltam as costas ao próprio sistema.

A saúde suplementar vem definhando, conforme atestam números veiculados há poucas semanas pela mídia. Houve a queda vertiginosa de 24.858 clínicas ou ambulatórios de 2008 para 14.716 em 2010; de 90.740 consultórios para 62.246. De 1.270 hospitais especializados despencamos para 424. De 5.187 hospitais gerais para 1.408. De 4.195 policlínicas para 1.663. De 145 prontos-socorros especializados para 52. De 588 prontos-socorros gerais para 48. E de 15.015 unidades de apoio à diagnose e terapia para 6.527. Não resta dúvida de que há algo de errado.

Cabe às autoridades responsáveis tomar medidas firmes para coibir abusos e práticas espúrias contra pacientes, médicos e demais prestadores de serviço. Todos ficaremos gratos.

Por Antonio Carlos Lopes.

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domingo, 26 de junho de 2011

Calmantes e Sedativos são considerados drogas?



Sedativo é nome que se dá aos medicamentos capazes de diminuir a atividade de nosso cérebro, principalmente quando ele está num estado de excitação acima do normal. O termo sedativo é sinônimo de calmante ou sedante.

Quando um sedativo é capaz de diminuir a dor ele recebe o nome de analgésico. Já quando o sedativo é capaz de afastar a insônia, produzindo o sono, ele é chamado de hipnótico ou sonífero. E quando um calmante tem o poder de atuar mais sobre estados exagerados de ansiedade, ele é denominado de ansiolítico. Finalmente, existem algumas destas drogas que são capazes de acalmar o cérebro hiperexcitados dos epilépticos. São as drogas antiepilépticas, capazes de prevenir as convulsões destes doentes.

Neste post será abordado um grupo de drogas - tipo sedativos-hipnóticos - que são chamados de barbitúricos. Alguns deles também são úteis como antiepilépticos.

Estas drogas foram descobertas no começo do século XX e diz a história que o químico europeu que fez a síntese de uma delas pela primeira vez - grande descoberta - foi fazer a comemoração em um bar. E lá, encantou-se com a garçonete, linda moça que se chamava Bárbara. Num acesso de entusiasmo, o nosso cientista resolveu dar ao composto recém-descoberto o nome de barbitúrico.

Efeitos no cérebro
Os barbitúricos são capazes de deprimir várias áreas do nosso cérebro; como conseqüência as pessoas podem ficar mais sonolentas, sentindo-se menos tensas, com uma sensação de calma e de relaxamento. As capacidades de raciocínio e de concentração ficam também afetadas.
Com doses um pouco maiores do que as recomendadas pelos médicos, a pessoa começa a sentir-se como que embriagada (sensação mais ou menos semelhante a de tomar bebidas alcoólicas em excesso): a fala fica "pastosa", a pessoa pode sentir-se com dificuldade de andar direito.
Os efeitos acima descritos deixam claro que quem usa estes barbitúricos tem a atenção e suas faculdades psicomotoras prejudicadas; assim sendo, fica perigoso operar máquina, dirigir automóvel, etc.

Efeitos no resto do corpo
Os barbitúricos são quase que exclusivamente de ação central (cerebral), isto é, não agem nos nossos demais órgãos. Assim, a respiração, o coração e a pressão do sangue são afetados quando o barbitúrico, em dose excessiva, age nas áreas do cérebro que comandam as funções dos órgãos acima citados.

Efeitos tóxicos
Os barbitúricos são drogas perigosas porque a dose que começa a intoxicar as pessoas está próxima da que produz os efeitos terapêuticos desejáveis. Com estas doses tóxicas começam a surgir sinais de incoordenação motora, um estado de inconsciência começa a tornar conta da pessoa, ela passa a ter dificuldade para se movimentar, o sono fica muito pesado e por fim aparece um estado de coma. A pessoa não responde a nada, a pressão do sangue fica muito baixa e a respiração é tão lenta que pode parar. A morte ocorre exatamente por parada respiratória.

É muito importante saber que estes efeitos tóxicos ficam muito mais intensos se a pessoa ingere álcool ou outras drogas sedativas. Às vezes intoxicação séria pode ocorrer por este motivo.
Outro aspecto importante quanto aos efeitos tóxicos refere-se ao uso por mulheres grávidas. Estas drogas têm potencial teratogênico, além de provocarem sinais de abstinência (tais como dificuldades respiratórias, irritabilidade, distúrbios de sono e dificuldade de alimentação) em recém-nascidos de mães que fizeram uso durante a gravidez.

Aspectos gerais
Existem muitas evidências de que os barbitúricos levam as pessoas a um estado de dependência; com o tempo a dose tem também que ser aumentada, ou seja, há o desenvolvimento de tolerância. Estes fenômenos se desenvolvem com maior rapidez quando doses iniciais grandes são usadas desde o início. Quando a pessoa está dependente dos barbitúricos e deixa de tomá-los, passa a ter a síndrome de abstinência. Esta vai desde insônia rebelde, irritação, agressividade, delírios, ansiedade, angústia, até convulsões generalizadas. A síndrome de abstinência requer obrigatoriamente tratamento médico e hospitalização, pois há perigo da pessoa vir a falecer.

Situação no Brasil
Os barbitúricos eram usados de maneira até irresponsável no Brasil. Vários remédios para dor de cabeça, além de aspirina, continham também um barbitúrico qualquer. Assim, os antigos Cibalena, Veramon, Optalidom, Florinal etc, tinham o butabarbital ou secobarbital (dois tipos de barbitúricos) em suas fórmulas. O uso abusivo que se registrou no Brasil - muita gente usando grandes quantidades, repetidamente - de medicamentos como o Optalidon e o Fiorinal, levaram os laboratórios farmacêuticos a modificarem as fórmulas destes medicamentos, retirando os barbitúricos das mesmas.

Hoje em dia existem apenas alguns produtos, usados como sedativos-hipnóticos, que ainda apresentam o barbitúrico butabarbital. Por outro lado o fenobarbital é bastante usado no Brasil (e no mundo) pois é um ótimo remédio para os epilépticos. Finalmente, um outro barbitúrico, o tiopental é usado por via endovenosa, exclusivamente por anestesistas, para provocar a anestesia em cirurgias.

A lei brasileira exige que todos os medicamentos que contenham barbitúricos em suas fórmulas só sejam vendidos nas farmácias com a receita do médico, para posterior controle pelas autoridades sanitárias.


Fonte: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas.

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Crianças agredidas sinalizam...



Os grandes homens e mulheres do amanhã somente existirão se nos tornarmos no hoje, aquilo que idealizamos no agora. Portanto, é necessário que destituamos do tempo a condição que muitos enfatizam como elemento responsável em curar e eliminar traumas. O tempo não cura nada,ao contrário,se nele nada for feito, amplia a dor, aprofunda o adoecer e apresenta as severas conseqüências, sendo elas, traduzidas das mais variadas formas.
As crianças agredidas sinalizam o que passam,seja em casa ou na escola, possibilitando-nos observar que algo está trazendo um intenso sofrimento. Assim, é importante que os pais tornem-se observadores e analisem seus filhos, gerando relações de segurança que somente o vínculo familiar saudável é capaz de proporcionar, pois esse o grande aliado na formação de adolescentes e adultos .
Quando perdemos as crianças do foco pelo qual necessitam serem vistas,estabelecemos uma das formas de violência que desencadeará todas as outras, a negligência. Essa é o grande portal por onde as mais variadas formas de violência adentrarão nas vidas de nossas crianças.
Negligenciar é um termo muito amplo que abrange a falta de assistência ao desenvolvimento físico e psicológico, transferindo a outras pessoas ou a própria criança a responsabilidade pelas bases psicoafetivas e biológicas inerentes à família.
Claro, na atualidade todos estamos imersos ao trabalho e a extenuantes rotinas que, por muitas vezes, nos impede em fazermos o melhor,entretanto, essa idealização de perfeição está muito distante do desejo das crianças quanto aos cuidados e atenção necessárias. Elas não querem o melhor que nós adultos imaginamos, tal valor, para elas, se dá pelo fato em estarmos próximos participando a nível de qualidade e não quantidade. Elas desejam sempre que a cada contato acrescentemos algo de nós para suas vidas,tornando-as capazes diante das exigências da existência e do mundo de hoje, aptas ao enfrentamento de novas situações e experiências, portanto, de nada vele enche-las de presentes,guloseimas modernas e esses infernais fast- foods. Nada irá saciar o desejo e a necessidade da família, mesmo que essa tenha diferentes configurações, tão próprias aos dias de hoje, como no caso, pais separados. Isso para a criança pouco importa, o que ela mais deseja é poder participar da vida dos pais e não assumir decisões por eles, portanto, se são casados ou não, isso é apenas um detalhe para elas.
Quando estivermos próximos a nossos filhos devemos avaliá-los , considerando que suas alterações tornam-se uma forma em gritar por socorro, em pedir que as ajudemos diante do que eles possam estar sofrendo. Então, vale observá-los por inteiro, avaliando alterações de comportamentos que se apresentem como sinalizadores.
- Choro intenso ao aproximar-se de determinados horários , locais ou presença de determinadas pessoas.
- Isolamento emocional e social .
-Alteração dos horários de alimentar-se ou dormir
-Enurese noturna (fazer xixi na cama) depois de ter estabelecido controles sobre a micção.
-Encoprese(fazer coco na roupa)
- Rejeição a determinados nomes de pessoas, fotografias que possam estar.
- Agressividade ou extrema passividade em relação a outras crianças.
- Déficit de atenção e concentração
- Hiperatividade.

Marcus Antonio Britto de Fleury Junior, psicólogo e coordenador do programa de prevenção à depressão do Ateliê de Inteligência – (ateliedeinteligencia@gmail.com)

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sábado, 25 de junho de 2011

Pensando na vida...



Deve haver algum motivo para que estejamos aqui na Terra. Não é possível que seres racionais que somos — e, às vezes, irracionais também — apenas nasçam, cresçam e morram.

Há um enorme leque de indagações, afirmações e conjecturas sobre a vida, feitas por filósofos, sociólogos e outros pensadores, membros de nosso clã, o do Homo sapiens.

A futilidade de uma existência, as incertezas do amanhã e o receio da morte induzem o ser humano à procura de uma explicação supersticiosa para sua presença neste mundo cruel e perverso onde, se o indivíduo for fraco ou frágil, será pisoteado como a um inseto rastejante.

A origem das religiões, sejam elas cognominadas pagãs, sejam elas monoteísta cristã, ou não, deve-se justamente a esta ansiedade de se tentar explicar o inexplicável, o ilógico. Mesmo porque, jamais alguém retornou da vida pós-morte, se é que ela existe, apesar das inúmeras afirmações mediúnicas a respeito.

É certeza inabalável que a vida é conturbada pela noção da morte. Sem ela, a vida não tem sentido. Por isso, em todos os caminhos da vida, observamos pessoas dedicadas e abnegadas para com o próximo, muito embora haja sempre forças contrárias para tornar a própria existência intolerável.

O que mais faz a vida sustentável, suportável e razoável, é a família.
Pode-se observar que, ao se estudar o comportamento no reino animal, há uma agressividade maior entre animais que vivem isolados e sozinhos, e não grupalmente. É verdade que há grupos que também são violentos, no entanto, em geral, agem assim com o intuito de se proteger.
É, também, assim, entre os humanos. O recurso da violência, quando em família é, igualmente, para defender a mesma quando se sente ameaçada.

O anseio de se formar uma família é inerente, e torna-se plenamente justificado, psicologicamente, diante do exposto, pois o conjunto é mais forte para defender-se das agruras externas e da própria morte, que sempre necessita ser adiada.

Aliás, o conceito de família pode perfeitamente se estender para organizações, cidades e países, formando-se, deste modo, meios de fortalecimento em sua própria defesa e, no frigir dos ovos, do combate à morte.

Em conclusão, a morte é inevitável. Não pode haver vida sem que haja o término de uma existência. A vida é curta. É única. Precisa ser vivida em toda sua plenitude, com motivação, com direção, e com a percepção de que se chegará ao fim, algum dia...

por Dr.Walter Harris.

Pensamentos do médico Walter Harris. Você concorda com ele? Comente, participe!

Você já revelou algum segredo e se arrependeu?



Qual é o valor de um segredo? Quantas vezes, você procurou uma pessoa para contar algo, sobre um fato pessoal, um problema familiar, uma situação profissional e, depois de algum tempo de maneira lamentável, acabou por descobrir este segredo revelado?

O ser humano não é uma ilha deserta, mas uma pedra bruta, lapidada continuamente. Neste sentido, precisa de um porto seguro para descarregar suas expectativas, desejos e sonhos. Necessita compartilhar algo que está armazenado no seu íntimo, para proporcionar a sensação de bem estar e felicidade. Mas é fundamental lembrar a existência de pessoas, que não conseguem controlar a língua e, na sua frente, são capazes de afirmar que "a boca é um túmulo", mas acabam por revelar detalhes de um segredo. Você é capaz de guardar um segredo?

Não há um manual - Compete a cada ser humano perceber que a aprendizagem é diária. Aprender tem sua essência na predisposição em receber informações, na transmissão de normas culturais e no processo de adaptação à própria sociedade. Esta pessoa está realmente preparada para ouvir seu segredo. Esta pessoa está preparada para aprender com você? Não há um manual para assegurar que a pessoa guardará seu segredo, entretanto, jamais esqueça que há experiência de vida. Seria maravilhoso encontrar um manual que permitisse assegurar quem pode e quem não é capaz de reter um segredo. Como eu até hoje não encontrei e, acredito que você também não, passa a ser essencial perceber se, por algum motivo no passado, esta pessoa revelou algum segredo de outra pessoa a você.

Início, meio e fim - A palavra segredo é uma derivação do verbo SECERNO, que significa discernir, separar, divisar. Todo mágico profissional, assim como eu, é sabedor que qualquer número de ilusionismo está dividido em três partes. O público quando assiste a minha palestra, somente é conhecedor de duas partes: o início e o fim. O meio é o segredo da mágica, que está inserida na palestra, como ferramenta de fixação do conteúdo que apresento.

Se a mágica fosse revelada, seria como um concorrente descobrir como é a atuação da sua empresa, seus principais fornecedores, sua política de gestão e algumas informações do seu planejamento estratégico. Perceba que, na prática, encontra-se a relação de escolha. Se a pessoa não era confiável, que motivo levou você a revelar um segredo seu? O ser humano dispõe da oportunidade de escolher quem deve e não pode saber algum segredo. Você dispõe do livre arbítrio de decidir o que deve e não poderá ser revelado, sendo responsável por responder unicamente pelas consequências da escolha realizada.

A lealdade apresenta forte relação com a dignidade, sendo uma das bases essenciais de um segredo. Em uma reunião de trabalho, certa informação considerada como confidencial, não pode ser compartilhada pelos corredores. É preciso colocar um ponto final e não reticências, quando perceber que a pessoa não consegue controlar o impulso de compartilhar segredo.

O fato mais agravante neste contexto é a consequência de um segredo revelado. Como resultado negativo, acaba por gerar prejuízos financeiros, burocráticos e emocionais. Guardar um segredo revelado a você é respeitar a pessoa que precisou abrir seu coração, para amenizar o peso de uma angústia ou sofrimento.

Quero lançar dois desafios a você. O primeiro é o de aprender continuamente a trabalhar o exercício de guardar um segredo. O segundo é o de analisar a consequência de um segredo revelado e abraçá-lo como parte de um compromisso leal assumido a outra pessoa.


Por Dalmir Santana.

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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Amigos são artesões das nosas emoções



Sempre refleti muito sobre a importância da amizade. Diz a máxima: quem têm amigos, têm tudo nesta vida. Amigos, são essas pessoas que conseguem preencher o hiato da intimidade com o propósito, inexorável, para vencermos a barreira de seres perfectíveis, sujeitos ao erro que somos. E, mesmo assim, os amigos nos acolhem respeitando com imenso carinho nossas falhas, limitações e jeito de ser.

Com um pouco mais de calma e muito mais de alma, essas pessoas especiais ao nosso convívio, nos fazem sentirmos grandes, como estrelas, das quais são astros que gravitam em nossa órbita, fazendo-nos perceber que a busca por certas coisas tão exteriores e quase sempre sem grandes significados são uma tolice. Com os amigos se aprende a reduzir a sombra social e a encontrar grandeza na nossa pequenez. Como tramas em um tecido, o sentimento contido nessa relação fraternal, transpõe as linhas das areias do tempo e do espaço. Nossos amigos trançam com habilidade de artesões, as emoções transcendentais que unem os dois lados dessa via de mão dupla - chamada amizade.

A amizade é um viés do amor, um sentimento natural e nada prolixo, acontece como o ar que respiramos, traz alegria e vida, prazer e felicidade. Não exige regras. A amizade só necessita da cumplicidade, do convívio com naturalidade, do companheirismo, da troca de ideias e de atitudes que alimentem a alma. Cada um com suas idiossincrasias, esculpe esse forte e resistente sentimento pelos corredores da vida. Nos dias de hoje, as pessoas têm cultura como em nenhuma outra geração, mas perderam o poder da gentileza e do elogio. Por isso, devemos amar verdadeiramente, nossos amigos. Eles são a mão do conforto e o porto seguro em dias turbulentos.

Os amigos de verdade não nos fazem olhar para frente, onde há dúvidas. Nem para trás, onde há arrependimentos. Fazem com que olhemos para dentro de nós para descobrir se há algo que ainda não foi desembrulhado.


por: Julio Campos .

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Uma piada que poderia ser realidade...



Um deputado brasileiro está andando tranquilamente quando é atropelado e morre.

A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.

-'Bem-vindo ao Paraíso!'; diz São Pedro

-'Antes que você entre, há um probleminha.

Raramente vemos parlamentares por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.

-'Não vejo problema, é só me deixar entrar', diz o antigo deputado.

-'Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte:

Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.

-'Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso, diz o deputado.

-'Desculpe, mas temos as nossas regras. '

Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.

A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe.

Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado.

Todos muito felizes em traje social.

Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo.

Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar.

Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas.

Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora.

Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.

Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele..

Agora é a vez de visitar o Paraíso.

Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando.

Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.

-' E aí ? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso.

Agora escolha a sua casa eterna.' Ele pensa um minuto e responde:

-'Olha, eu nunca pensei .. O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno.'

Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno.

A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo.

Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos.

O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do deputado.

-' Não estou entendendo', - gagueja o deputado - 'Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!!!'

O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:



-'Ontem estávamos em campanha.
Agora, já conseguimos o seu voto...'

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O Brasil e o Calendário Maia



Segundo o temeroso e antigo Calendário Maia o fim do mundo se daria em 2012. Os apocalípticos falam que esse fim seria precedido de grandes mudanças e loucuras pelo mundo. Mesmo sendo cético quanto ao tema, analisando acontecimentos recentes na política brasileira, começo a achar alguma relação. Senão vejamos, um ex-presidente octogenário e senhor de grande cultura vem a público defender a descriminalização do uso da maconha, lhe fazendo coro nossa mais Alta Corte de Justiça garante o direito as passeatas em defesa, também, da regulamentação das drogas.

Outro ex-presidente com grande carisma e responsabilidade defende a liberdade e a não extradição de um criminoso, julgado e condenado em um país democrático e amigo. Ao mesmo tempo, centenas de bombeiros são presos por desejarem receber um salário mais digno para proteger suas famílias, já que em muitos casos sacrificam a própria vida em defesa de todos nós.

No Congresso Nacional um deputado comunista vira ídolo da bancada ruralista por relatar a reforma do Código Florestal causando um prejuízo de bilhões de reais aos cofres públicos por perdoar a dívida de quem foi multado cometendo crime ambiental.

Mais insólito ainda foi ver deputados petistas em bloco lutarem para aprovar um MP que abre as portas para a privatização dos aeroportos no Brasil. Não quero nem citar o fato do governo achar normal um de seus políticos ter seu patrimônio multiplicado por 20 em quatro anos, poderia pelo menos ter sido sete anos, não acham!? E o que falar da grande campanha governamental pela criação da Comissão da Verdade e agora a adoção do Sigilo Eterno.

Será que realmente é uma influência das previsões do Calendário Maia? Acho que não e quero tranquilizar a todos porque assim como nossa região não foi engolida por uma grande onda anos atrás, o Calendário Maia também não vai se concretizar e os acontecimentos desconcertantes e recentes da política devem ser mesmo fruto do calor do nosso amado País tropical.

Por Augusto César Martins de Oliveira.

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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Alice e o país Maravilhoso!!!



Nossos “representantes” não têm mesmo o que fazer ou, esqueceram porque estão no poder. Alice caiu no país das maravilhas, só não sabia que esse país era o Brasil.

Depois das fraudes nas provas do Enem, do livro com erros de concordância e do kit gay, dentre tantos outros equívocos, agora temos uma nova medida provisória que desafia nossa capacidade de interpretação das coisas lógicas.

Trata-se da MP 527, votada na noite do dia 15 de junho na Câmara dos Deputados. Por essa MP que cria o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) objetivando as obras públicas para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas de 2016, tudo o que foi objeto da Lei nº 8.666 (Lei de Licitações) será flexibilizado.

Além de criar mais um novo órgão, a Secretaria de Aviação Civil, com previsão de criação de 127 cargos em comissão, numa manobra para aprovação, foi estendida às capitais que estão a 350 km de distância de uma das sedes da copa. Mas isso não é tudo, o texto básico da medida provisória aprovada, permitirá ao governo federal manter em segredo orçamentos feitos pelos próprios órgãos da União, de estados e de municípios para as obras da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada do Rio em 2016.

O pior é a justificativa dada pelo governo de que a publicidade dos valores pode induzir às fraudes. Ora, até pouco tempo a “transparência” era tida como fator essencial para que o cidadão pudesse acompanhar as ações públicas e exercer o controle.

Como então, nessa situação de irresponsabilidade, atrair grandes eventos mundiais sem capacidade de gestão, isto não é mais eficaz. Os Tribunais de Contas, como órgãos de controle, só receberão os dados apenas quando o governo considerar conveniente repassá-los e sob a determinação expressa de não divulgá-los.

Nesse caso, podemos imaginar o seguinte exemplo: o estádio “FANFARRÃO” custou aos cofres públicos a quantia de R$ 2.000.000,00, quando poderia ter sido construído/reformado por R$ 1.000.000,00. Obra pronta, o Brasil campeão do mundo, prestação de contas e o que irá acontecer? Desmanchar metade das arquibancadas do FANFARRÃO?

As empreiteiras devolverem o superfaturamento aos cofres públicos? Alguém ser preso certamente não será a solução. A mesma Constituição Federal citada pelo governo para explicar a possibilidade de sigilo, “quando há interesse do estado e da sociedade”, prevê em seu artigo 70 a obrigação de prestar contas por uso de dinheiro, bens e valores públicos, por qualquer pessoa física ou jurídica. Mais adiante, no inciso IV do artigo 71, dentre as competências do TCU consta:

"Realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II";
Conforme consta no texto acima, o TCU tem competência para “realizar por conta própria” e não pela vontade do governo, a verificação das contas.

Talvez por esse pequeno detalhe o Ministério Público já tinha manifestado a inconstitucionalidade do texto da MP. Do jeito que está se encaminhando, seremos eternamente gratos a Copa do Mundo e a Olimpíada de 2016, pela pomposa dívida a ser herdada, pois no final, quem paga a conta é o povo.

Feliz era a Alice, pois o país dela era fantasia.


Por Walter Nunes Oleiro.

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Reabilitação de usuário de crack depende de ações integradas



O consumo do crack, muitas vezes, é apenas um sintoma do abandono e da exclusão socioeconômica em que a pessoa se encontra, segundo revela a pesquisadora e psicológa Luciane Marques Raupp, em estudo da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP. A pesquisa se concentrou durante seis meses na região da Cracolândia, em São Paulo, e um ano em diversas regiões de Porto Alegre.

Segundo Luciane, “a droga não é só problema de saúde. Também é um problema social, econômico e de segurança pública, por isso, exige ações integradas que envolvam estas áreas. Atualmente, se usa repressão e curtas internações, o que raramente funciona”, afirma. De acordo com a psicológa, estas ações devem abordar áreas que trabalhem em conjunto para reabilitar o usuário e reinseri-lo na sociedade, oferecendo aos dependentes que estão na rua: moradia, orientação profissional, acompanhamento médico e psioclógico.

A pesquisa se baseou em entrevistas informais e observação participante em locais de intenso movimento de venda e uso da droga na região central de São Paulo e Porto Alegre.

Empregando o método etnográfico, que tem por premissa uma imersão no campo de pesquisa, a pesquisadora buscou interagir com os entrevistados durante um longo período de tempo, em momentos de socialização e uso de drogas. O estudo visou descrever os circuitos onde viviam e interagiam os pesquisados, seu perfil, padrões de sociabilidade e a relação entre uso da droga, autocuidado e autocontrole.

Após as entrevistas os dados eram transcritos para um diário de campo. A análise deste diário sugere uma estreita relação entre o contexto social dos usuários e seu padrão de uso de crack. Segundo o estudo, a grande maioria dos dependentes das regiões estudadas estavam morando nas ruas e apresentavam um padrão de uso compulsivo da droga, ou seja, deixavam em segundo plano o autocuidado ou quaisquer outras atividades frente ao consumo frenético do crack.

Entre uma minoria de usuários verificou-se um padrão de uso controlado de crack, com a aplicação de estratégias de autorregulação do uso.

Cotidiano dos usuários
A maioria dos usuários que participou do estudo estavam “em trânsito pela rua”. Ou seja, ficam na rua e se entregam ao consumo de crack, porém quando conseguem um emprego ou retomam vínculos sociais, saem das ruas e diminuem o consumo. Contudo, quaisquer reviravoltas os fazem retornar ao consumo compulsivo da droga.

Enquanto estão sob consumo intenso do crack, os dependentes dividem seu tempo entre atividades de sobrevivência e de captação de dinheiro para a compra da droga. Após consumirem a droga, eles retornam às atividades de sobrevivência, completando, assim, o círculo vicioso.

Cracolândia
Diferentemente de Porto Alegre, onde o tempo de pesquisa foi maior devido a necessidade de inserção e descoberta dos circuitos, em São Paulo a pesquisa se concentrou na Cracolândia.

Com o apoio da ONG “É de Lei”, formada por agentes de redução de danos, a pesquisadora conseguiu abordar com mais facilidade os usuários da droga. “Devido ao tipo de trabalho realizado pelos agentes, os quais se apresentavam despidos de preconceitos, facilitando um acesso mais tranquilo e informal aos usuários”, diz Luciane.

O trabalho de campo foi realizado durante o dia, o que implica em um recorte do tipo de usuário. Com isso, “abordamos, majoritariamente, moradores de rua sem vínculos econômicos e sociais, que se entregavam ao crack”, diz.

Para a pesquisadora, a Cracolândia faz parte da degradação que o centro histórico de São Paulo sofreu após as décadas de 1950 e 1960, quando foi abandonado pela elite paulistana, pelo surgimento de novas centralidades. “A Cracolândia existe porque os moradores de rua e os usuários dependem do centro para sobreviver. Por isso, a repressão não consegue os expulsar. Sob esta ótica, a Cracolândia possui como que uma função social”, argumenta.

Programas mais abrangentes e que congregam ações integradas para o combate do consumo de crack e reablitação dos usuários já existem na capital paulista. Contudo, segundo Luciane, não dão conta da demanda e, além disso, não abordam todas as complexidades do tema.

“Estes programas atuais não oferecem o tempo e o suporte necessário para o morador de rua e usuário de crack se adaptar a uma vida estruturada e regrada, o que é fundamental para sua reabilitação”, conclui.


Por Marcelo Pellegrini.

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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mitos e verdades sobre o inverno



Com alguns pequenos cuidados e sugestões você estará pronto para curtir a estação mais fria do ano

O inverno 2011 começou nesta terça, dia 21 de junho, às 14h16. O vento mais frio, as temperaturas mais baixas e a noite caindo mais cedo na cidade já sinalizavam que a estação não tardaria a chegar. Confira cuidados básicos selecionados pelo Pense Imóveis para aproveitar o friozinho sem se estressar.


Alimentação
É só chegar aquele ar mais gelado, que vem junto a vontade de comer alimentos mais pesados e mais saborosos. Com o inverno, abre-se a temporada de massas, fondues e sopas. Alimentos que, na maioria dos casos, ajudam a engordar.

Segundo a nutricionista Rafaela da Silva, nesta época de mais frio, o corpo precisa de energia extra para conseguir se aquecer, por isso as pessoas têm mais apetite e optam por alimentos mais pesados. Os principais deles são queijo, chocolate e bebidas quentes.

“O ideal é que a pessoa continue tendo uma alimentação saudável e cuide dos excessos”, diz Rafaela. Há alimentos que podem ajudar a se aquecer e têm menos calorias. São exemplos disto os chás de ervas e frutas. Além dos aceleradores do metabolismo, como gengibre, canela e pimenta.

A dica da nutricionista é para continuar a ingerir verduras e frutas, principalmente porque evitam os resfriados. “Canela e as frutas ricas em vitamina C (como morango, goiaba e laranja) ajudam nisto”, explica.

Dicas
- Tomar sorvete não deixa resfriado e nem com gripe;
- o corpo precisa de mais energia para se aquecer;
- continuar a ingerir verduras e legumes;
- evitar queijos e chocolates;
- substituir massa normais por integrais.

Saúde
Espirros, dor de cabeça e pelo corpo e febre são alguns dos sintomas que acompanham as doenças relacionadas ao frio. E o frio nem é o vilão direto. Gripes e resfriados aparecem mais no inverno porque, além da baixa imunidade, as pessoas costumam ficar em ambientes fechados, onde os vírus circulam com facilidade, passando de pessoa para pessoa.
Segundo o pneumologista Fabiano Luis Schwingel, é comum que pessoas adultas tenham entre três a quatro resfriados por ano. “Se tiver mais, aí é caso de se preocupar”, diz Fabiano.

O importante, segundo o pneumologista, é garantir alguns cuidados, como ventilação da casas e dos ambientes de trabalho, higienização das mãos (que levam os vírus de um lado para o outro), tomar vacina (que pode reduzir em 80% as chances de gripe) e não vacilar quanto o assunto é cuidados com o corpo, como andar bem agasalhado e não tomar muito vento. Fora isto, o que há são mitos. Conforme o médico, a crença de que tomar sorvete no inverno traz gripe não é real.

Dicas
- Vacinas reduzem em 80% a incidência de gripe, mas não garantem totalmente a imunidade;
- adultos podem ter de três a quatro resfriados por ano;
- crianças podem ter de seis a oito;
- há cerca de 300 a 400 vírus da gripe circulando pelo mundo.

Animais
“Todos os animais sentem frio, principalmente os de pelagem mais baixa”, explica o veterinário Adil Salomão Martins. Os que mais sofrem são os cachorros e gatos. O veterinário aconselha a não aparar tanto o pelo, a não dar banhos diários e a secar muito bem o animal. “Pode colocar uma roupinha para ajudar”, destaca. Vacinas contribuem para que cães e gatos não tenham problemas respiratórios.

As aves são outros animais que também precisam de atenção quando o assunto é frio. Além de cobrir a gaiola, é necessário tirar o animal de perto de correntes de ar.
Medidas simples como estas podem evitar que eles tenham hipotermia e morram.
"A alimentação também pode ajudar. Deve-se aumentar a quantidade em 10% a 15%, desde que o animal não esteja obeso”, explica Martins.

Dicas
- cachorros e gatos precisam de um cantinho com cobertores e protegidos do frio para evitar doenças respiratórias. Consulte seu veterinátrio sobre vacinas específicas;
- peixes e répteis devem ter ambientes aquecidos artificialmente;
- aves não devem ficar em correntes de ar. As gaiolas precisam ser cobertas à noite;
- roedores não têm problemas quanto ao frio.

Mofo
A soma entre frio e umidade pode não ser muito benéfica para casa e muito menos para as roupas. É comum as pessoas retirarem roupas mofadas ou mal-cheirosas dos armários.

Aquelas manchas esverdeadas, que chegam a estragar tecidos, como couro, podem ser evitadas com um casamento simples entre ventilação e lavagem periódica das peças. “As roupas não devem ser deixadas ao lado de plásticos e devem ficar em lugares mais abertos e mais ventilados. As peças grossas devem ser limpas pelo menos duas vezes ao ano”, explica o gerente da lavanderia 5 à Sec, Gustavo Vierkorn. Mas, se o mofo já está presente, aí só uma lavagem especial. Uma dica é colocar a roupa de molho na água morna, com uma pitadinha de bicarbonato de sódio.
Segundo Vierkorn, as roupas devem ser guardadas sempre limpas.

Alguns tecidos, como couro e sedas, também precisam de cuidados especiais. “Quando há aquelas manchas amareladas nas roupas brancas, não dá para tirar, mesmo com alvejante”, diz. E para finalizar, a dica é deixar armários mais vazios, pois isso facilita a ventilação.

Dicas
- Lavar peças grossas no mínimo duas vezes ao ano, mesmo se não for usá-las;
- não colocar diretamente no sol.

Fonte: revista.penseimoveis.com.br

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Como vai a comunicação no seu ambiente de trabalho



A falta de estrutura emocional pode ser considerada um dos gargalos do século, no que diz respeito às empresas e organizações de qualquer porte e/ou natureza. Os principais conflitos surgem pela inabilidade e insegurança dos gestores que insistem em esperar que seus funcionários “adivinhem” seus pensamentos e que supram todas as possíveis expectativas.

O discernimento do quanto são frágeis às relações que separam a administração consciente, daquela opta pela “repressão da criatividade e talento”, tem seu preço e, na maioria das vezes, é alto.

O receio de perder prestígio ou posição infelizmente ainda é predominante em algumas empresas, apesar dos vários estudos que comprovam o quanto é prejudicial esse tipo de atitude numa empresa.

Ainda hoje, com toda tecnologia e conhecimento disponíveis, a teoria e a prática se distanciam, separando-se entre o que é ideal e o que é realidade. Em muitas situações, o cotidiano idealizado de empresa não corresponde ao vivenciado por muitos funcionários, que acabam dependendo “da boa vontade” do profissional que “está” gestor.

Os indivíduos esquecem-se de que nada é “para sempre”, que ninguém é insubstituível e que suas atitudes podem resultar na sua exclusão do quadro de funcionários. É imprescindível estar atento ao que está sendo implementado de inovação e, quando se trata de trabalho em equipe, a fundamentação das atividades tem que ser construída sobre o alicerce do respeito mutuo e na informação coletiva. Afinal as ideias podem divergir não as pessoas.

Evidente que tem que haver uma figura de referência, porém sem ignorar o contraste que está presente não só nas atribuições de quem está num cargo de gestão, como também nas responsabilidades, portanto o gestor tem que estar atento a todos os setores e pessoas dentro da empresa e em como irá alcançar o máximo de satisfação e motivação e como repassar isso dentro da sua equipe.

Para que esses parâmetros sejam possíveis, é preciso que a comunicação não sofra devido a falhas na concepção do papel de cada um no processo, seja na prestação de serviços ou com relação aos produtos da empresa, independente do setor. A mensagem e designações têm que estar claras, sem dúvidas “pairando”, para que as responsabilidades possam ser cobradas. De acordo com Rebechi (2007):
"A compreensão sobre o processo da comunicação no ambiente de trabalho exige, atualmente, um esforço analítico e reflexivo dos estudiosos desta área, que consiga superar a visão funcionalista sobre o entendimento que se tem de organização e comunicação e a relação entre estas duas esferas".

De nada adiantará, ter a consciência de como “deve” funcionar um setor, o que diferenciará no momento da produtividade e satisfação é fazer com que a equipe se sinta valorizada e que tenha claro quais são suas reais atribuições, ou seja, direitos e deveres.

"Sessenta por cento de todos os problemas administrativos resultam da ineficácia da comunicação"
(Peter Drucker).


Por Andréa de Carvalho Pereira.

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terça-feira, 21 de junho de 2011

Da euforia à ansiedade: como identificar os sintomas do transtorno bipolar?



Apesar de pouco conhecido, o transtorno atinge cerca de 10% da população.


O humor instável e sem motivo aparente pode representar muito mais do que estresse ou depressão. Pessoas que apresentam variações frequentes e exageradas entre euforia e ansiedade ou tristeza, podem estar sofrendo de bipolaridade.

Apesar de pouco conhecido, o transtorno atinge cerca de 10% da população.

Segundo o psiquiatra e coordenador do Ambulatório de Bipolaridade do Hospital São Lucas da PUCRS, Diogo Lara, as mudanças de humor são fundamentais ao ser humano pois servem como um sistema de adaptação ao meio ambiente. É resposta previsível e estável a algum estímulo que a pessoa sofra.

— O humor saudável ajuda a gente se adequar ao contexto. Se a pessoa tem transtorno, ela dança fora do ritmo. Ela tem um humor desregulado e desconectado do contexto — explica o especialista.

O transtorno bipolar faz com que o paciente reaja de forma inesperada e intensa a alguns estímulos. E isso é o que difere a doença de outros problemas pontuais, segundo o médico. Estas atitudes exageradas de quem sofre do transtorno podem levar a situações vergonhosas ou até arriscadas.

— No aspecto eufórico existe essa inflação, tudo é grande, intenso, especial. Assim como um torcedor pode extrapolar a emoção comemorando a vitória de um título.

Principais características do transtorno:

:: autonomia do humor: o paciente sofre variações de humor que não estão adequados ao momento em que vive ou ao estímulo que sofre;
:: instabilidade: picos de euforia podem alternar com tristeza e ansiedade ou medo;
:: excessos: o paciente extrapola as emoções e pode ter excessos comportamentais como vício em jogos, drogas, sexo, compras;
:: exposição: pessoas bipolares acabam se expondo a riscos ou situações desagradáveis;
:: impulsividade: é comum em pessoas que sofrem da doença agir por impulso.

Aspectos que diferem da depressão:

Quando um bipolar está com o humor em baixa, é comum apresentar sintomas de depressão como a falta de vontade de fazer as coisas. Porém, quando alguém sofre de depressão, não apresenta forte euforia, impulsividade e irritabilidade, apenas tensão, ansiedade e tristeza.
— Algumas pessoas confundem, pois a ansiedade e a tensão são os sentimentos mais comuns ao longo da vida de pacientes que sofrem de transtorno bipolar — afirma Lara.

O psiquiatra alerta também que a bipolaridade pode se manifestar depois de muitos anos e não só com mudanças bruscas de humor, que podem ocorrer em um mesmo dia. Somente a avaliação de um profissional especializado pode diagnosticar o problema.

— Essa bipolaridade muitas vezes não é identificada de forma correta, e o tratamento com anti depressivos induz uma virada de humor, para o lado da euforia — explica o psiquiatra.

Como é feito o diagnóstico?

:: A avaliação clínica é feita com o paciente e um familiar.
:: Alguns indicadores: temperamento mais forte ou dinâmico, excessos comportamentais, irritabilidade e histórico na família de excessos ou transtorno bipolar.

Tratamento
:
:: Medicamentos estabilizadores de humor.
:: Psicoterapia e reeducação de hábitos como exercícios físicos e rotinas pré-definidas para regular o comportamento.

Teste psiquiátrico gratuito on line:

Lara é coordenador de um projeto de pesquisa científica que capta dados sobre comportamento por meio do website www.temperamento.com.br. O sistema de avaliação mental é dividido em duas fases: psicológica e psiquiátrica. Um dos objetivos, é avaliar sintomas e transtornos psiquiátricos que que a população pode ter.

Ao final do teste o participante recebe os resultados do seu perfil de temperamento e a probabilidade de estar com algum transtorno psiquiátrico. Desde dezembro no ar, o site já coletou informações sobre mais de 40 mil pessoas. O teste é anônimo e gratuito.

Saiba mais
:
:: Metade dos transtornos de humor são depressão e a outra metade são casos de transtorno bipolar nas suas diversas formas de manifestação.


Acesse www.bipolaridade.com.br para mais informações sobre a doença

Fonte: www.clicrbs.com.br

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Qual o seu comprometimento com seu emprego?



As empresas têm buscado funcionários comprometidos com o seu trabalho e a instituição, fator que tem sido requisito no processo seletivo. Em entrevistas de emprego, os candidatos apontam o comprometimento como uma qualidade. Porém alguns mostram grande preocupação com o salário, benefícios, horários, etc. Será que realmente são comprometidos? O que você considera comprometimento? Acha que é comprometido? Com o quê?

Comprometimento é um ato de empenhar-se com algo. É o quanto de energia estou disposto a investir em determinada idéia, ação e/ou relação. Revela o grau de envolvimento e o vínculo que cada um constitui com o seu trabalho, com a empresa, com a família. Um exemplo é quando temos uma reclamação a fazer e ouvimos o discurso: “Isso não é do meu departamento, o senhor deve ir até o outro setor”. Ao chegar ao outro setor se depara com a mesma desculpa, ninguém resolve o seu problema. Não estão comprometidos com o que fazem, com você, pois se estivessem iriam lhe auxiliar e orientar a forma como resolvê-lo.

O comprometimento também pode ser avaliado nas relações familiares, no casamento, com os filhos, o quanto me disponho a cuidar deste convívio. Há quem pense que precisa escolher em comprometer-se com a família ou com o trabalho, como se não pudessem conciliar as duas coisas. Cada uma delas tem seu espaço e um limite.

O comprometimento não significa ficar horas a mais no trabalho, não almoçar, não tirar férias. Está relacionado há quanto eu me disponho a ajudar a empresa. É observável em pequenos gestos, pode ser visto quando alguém passa por um corredor e vê um papel no chão, embora não seja sua função, irá juntá-lo. São aqueles que nos ofertam ajuda nas dificuldades, caso não saibam ou não possam nos auxiliar irão nos mostrar um caminho.

É fazer a mais, para além do que está descrito em suas atividades, é preocupar-se com o todo. No ditado popular são os conhecidos como “pau pra toda obra”, “Severino”, o faz tudo, alguém disponível que não se nega a exercer algo porque não está descrito em suas atribuições. Não depende de remuneração, já que há uma troca mútua, da mesma forma que se envolve com a instituição, a mesma estará disponível a ajudá-lo quando necessário, reconhecendo os seus esforços e a sua dedicação.

por Gisele Dala Lana.

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segunda-feira, 20 de junho de 2011

O Fim dos Professores (vale à pena ler)‏




“Se você acha que a educação é cara, tenha a coragem de experimentar a ignorância."
Derek Bok, ex-presidente da Universidade de Harward


O FIM DOS PROFESSORES:
O ano é 2.209 D.C. - ou seja, daqui a duzentos anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:
– Vovô, por que o mundo está acabando?

A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:

– Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.

– Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?

O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.

– Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?

– Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.

– E como foi que eles desapareceram, vovô?

– Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que
veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.

Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer “eu estou pagando e você tem que me ensinar”, ou “para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você” ou ainda “meu pai me dá mais de mesada do que você ganha”. Isso quando não iam os próprios
pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas
mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo “gerenciar a relação com o aluno”. Os professores eram vítimas da violência – física, verbal e moral – que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco de pancadas de todo mundo.

Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. “Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular”, diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos
passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas. Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.

Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à
profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram
descrentes da educação, pois viam que as pessoas “bem sucedidas” eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol,
artistas de novelas da televisão, sindicalistas – enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.

Ah, mas teve um fator chave nessa história toda. Teve uma época longa chamada ditadura, quando os milicos colocaram os professores na alça de mira e quase acabaram com eles, que foram perseguidos, aposentados, expulsos do país, em nome do combate aos subversivos e à instalação de uma república sindical no país. Eles fracassaram, porque a tal da república sindical se
instalou, os tais subversivos tomaram o poder, implantaram uma tal de “educação libertadora” que ninguém nunca soube o que é, fizeram a aprovação
automática dos alunos com apoio dos políticos... Foi o tiro de misericórdia nos professores. Não sei o que foi pior – os milicos ou os tais dos subversivos.
– Não conheço essa palavra. O que é um milico, vovô?

– Era, meu filho, era, não é. Também não existem mais...


O TEXTO:
Foi o professor Antonio Carlos Moreno quem me enviou o texto acima que circula na internet desde há anos. Mas como ele se mantém atualíssimo, vale repassá-lo para os nossos amigos. O autor é desconhecido.

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