domingo, 29 de maio de 2011

Jogos violentos produzem jovens agressivos?



Em meio a tantos episódios de agressividade humana, nós pais, ficamos inseguros na hora de estabelecer limites nas condutas dos nossos filhos. Será que não estou sendo liberal demais e assim dando asas em excesso a parte irresponsável do meu filho? Será que permitindo que nossos filhos estejam expostos aos mais variados tipos de jogos violentos não estamos assim contribuindo para que seu instinto agressivo seja excessivo? Essas são perguntas que normalmente inquietam muitos pais.

Mesmo depois de muitas pesquisas que diversos profissionais já expuseram a respeito da relação jogos violentos x agressão, parece que ainda não ficamos suficientemente esclarecidos ou seguros. A indignação social frente aos comportamentos descompensados de adolescentes em todo o mundo é uma prova disso. Estamos buscando mais esclarecimentos para podermos contribuir com a diminuição dessa indesejada manifestação desumana.

Um novo estudo, publicado no Journal of Youth and Adolescence, sugere que os jogos violentos não são responsáveis pela agressão dos jovens. Essa pesquisa, realizada pelo Dr. Christopher Ferguson, da Texas A & M International Univesity, contradiz a crença popular de que a exposição à violência em jogos de vídeo ou televisão está relacionada com atos graves de agressão ou violência entre jovens.

Esse estudo, que durou 12 meses, envolveu 302 jovens latino-americanos entre as idades de 10 e 14 anos e demonstrou que 75% dos jovens jogavam videogame ou similares e 40% jogavam conteúdo violento. Os meninos eram mais propensos do que as meninas para jogar jogos violentos.

Nessa pesquisa, Ferguson constatou que não houve relação entre o uso de vídeos violentos e agressão posterior. Para ele, o estudo comprovou que “os sintomas depressivos se destacam como particularmente fortes preditores da violência juvenil e, portanto, os níveis atuais de depressão podem ser uma variável-chave de interesse na prevenção de agressões graves nos jovens”. Ele observou também que a influência foi particularmente acentuada para aqueles jovens que tinham traços de personalidade antissocial preexistente.

Outro estudo, realizado por Brad Bushman da The Ohio State University e Gibson Bryan da Central Michigan University, demonstrou que pelo menos para os homens que continuam a pensar sobre o jogo, o potencial de agressão pode durar até 24 horas após o seu término. No grupo das mulheres que participaram da pesquisa, não houve aumento no potencial de agressão.
Os resultados de estudos, mesmo que de potencial colaborativo, ainda não conclusivo, como os apresentados aqui, devem ser considerados e incluídos em nossa maneira de pensar, principalmente pelos pais, cuidadores e instituições que objetivam políticas de combate à violência. É o mínimo que podemos fazer por um mundo melhor.

Por Renner Reis.

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3 comentários:

  1. Acho ridículo afirmarem isso. Eu tenho 34 anos, jogo esses jogos violentos desde a infância. Tiros, sangue, brutalidade. Sou web designer e nerd, gosto de música new age, filmes de aventura e histórias em quadrinhos. Não saio por aí matando pessoas. O problema não está nos jogos, mas na cabeça de quem joga.

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  2. É interessanter ver como pessoas ainda tentam justificar atos violentos por jogos, músicas e filmes, mas a criança vai ter contato com a violência a qualquer momento, seja em um situação real ou simulada e precisa aprender a lidar com isso. Não é por que vemos a reconstrução de um assalto no programa de notícia da televisão que fazemos o mesmo ato, o da mesma forma, jogos violentos não levam a ações violentas.
    eu também jogo desde a infância e considero meu perfil menos violênto do que muitos outros que nunca tocaram jogos "sangrentos".

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  3. kkkkkkkk se isso fosse verdade eu seria um anti-cristo

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