sábado, 28 de maio de 2011

Está na hora de revermos alguns valores fundamentais...



Quando analisamos os tempos contemporâneos percebemos o quanto os valores estão inversos, ou seja, os seres humanos estão perdendo cada vez mais a capacidade de amar, de cuidar, de respeitar e estão depositando nos objetos, nas coisas, nos bens materiais, todos os seus desejos e anseios.

O consumismo exagerado cria uma barreira invisível entre os sujeitos. O desejo de "ter" está sufocando o de "ser". A fim de suprir carências, necessidades, frustrações e ausências, os seres humanos consomem desenfreadamente e acreditam que se adquirirem determinado bem, nada mais é importante.
O grande problema é que essa preocupação ilimitada com o "ter" está fazendo com que o ser humano se desligue da ética, do respeito, do carinho, do amor e do cuidado.

Cuidado esse, consigo mesmo, com o outro, com o meio, com a natureza. O amor e a preocupação com as relações estão sendo colocados em segundo plano. O próprio ato de cuidar está precisando de cuidado. Precisa ser revisto, ressignificado. A humanidade está se perdendo em meio ao caos da vida moderna e suas especificidades.

O ser humano precisa olhar para si mesmo, compreender-se, amar-se para então, olhar para o outro, compreendê-lo e amá-lo. Precisamos reaprender a cuidar, somente assim seremos capazes de transformar a sociedade em que vivemos.

Estamos ficando cada vez mais solitários e esse é o reflexo dos nossos atos, do nosso desequilíbrio. É necessário que paremos em algum momento para pensar e repensar nossas relações. É fundamental que analisemos como estamos agindo, o quanto de cuidado estamos dispensando a nós e aos outros.

Cuidar é respeitar, amar, interagir e educar. Todo o tipo de cuidado educa. Por isso, precisamos pensar na repercussão que esse cuidado, ou a falta dele, pode ter na minha vida e na do outro. Vivemos em sociedade e isso deveria ser sinônimo de comunhão, porém, insistimos em andar na contramão do cuidado, da ética, do carinho. Não encontramos a medida correta de como proceder, de como vivenciar nossas relações.
Precisamos compartilhar olhares, cooperar, respeitar as relações, as diferenças e as necessidades. Precisamos dialogar, compartilhar o saber, oportunizar descobertas.

Nós, seres humanos, devemos amar mais, cuidar mais, respeitar muito mais. Parece que o verbo cuidar não está sendo conjugado da maneira correta e está sumindo do presente e do futuro. A ternura faz parte do cuidado, é consequência desse ato. É cuidar sem obsessão. É estar conectado com a existência do outro. É saber interpretá-lo e compreende-lo.

A ética do cuidado é uma questão relacional. Diversas atitudes demonstram cuidado, dentre elas a ternura, a caricia, a cordialidade, a convivialidade e a compaixão. Nós, homens e mulheres, devemos pensar o quão complexo é o ato de saber cuidar e após compreendermos isso, é fundamental que façamos desse ato uma prioridade em nossas vidas.


Por. Kelly Pinheiro Varnes.

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2 comentários:

  1. Muito bem elaborado o post!
    Disse Jesus: Nos últimos tempos "O AMOR DE MUITOS ESFRIARÁ".
    Já estamos vivendo isso em nosso dia a dia. Lembra-se da parábola da figueira?

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  2. Se Jesus disse que o amor de muitos esfriará, nem Deus mais salva o crente.

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