sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Cadê o seu “T”*



Qual a sua fonte de juventude no trabalho?
Muitas vezes me pergunto o que faz uma pessoa apaixonar-se pelo seu trabalho?

Esta resposta determina o sucesso ou o fracasso na carreira da maioria das pessoas. È inegável que quando alguém é apaixonado pelo que faz, torna-se insuperável, pois procurará sempre fazer o melhor e superará qualquer barreira.

Esse fenômeno ocorre, pois o ser humano não é somente composto de carne, ossos, nervos, pele e fluidos. Existem sentimentos. Algo mágico! São eles que nos diferenciam.

Descobrir como isso ocorre é a nova fonte da juventude no trabalho.

Já pensou conseguir estimular este sentimento em pessoas que apenas trabalham mecanicamente no horário comercial? Imagine o incremento na produtividade devido ao aumento da felicidade e bem estar destas pessoas.

Atualmente dedicamos mais de um terço do nosso tempo ao trabalho, passamos mais no serviço do que dormindo ou com a família. Se não tivermos prazer ao trabalhar a vida vira um inferno. O trabalho não pode ser encarado somente como uma fonte de renda.

Na realidade o que ocorre é que muitos não acreditam na possibilidade de conciliar trabalho e prazer. A maioria das pessoas encara o trabalho como algo fatigante que devem se submeter para poder sobreviver e pagar as contas.

As pessoas que encaram o trabalho deste modo perdem a oportunidade de encontrar os seus talentos natos e desenvolvê-los. Têm medo de errar ou correr riscos e, por isso, perdem valiosas oportunidades de aprendizado e desenvolvimento.

O trabalho tem que proporcionar prazer e alegria, e não só o sustento, o dinheiro para a comida. O trabalho tem que significar além da perspectiva de crescimento o lazer e diversão.

Não existe mais espaço para o trabalho meramente mecânico. Este foi e está sendo substituído pelas máquinas. As pessoas que trabalham apenas de segunda à sexta-feira, no horário comercial, estão fadadas ao fracasso. Não estou defendendo os workaholics, pessoas viciadas em trabalho, que por sinal não são necessariamente apaixonadas pelo que fazem.

O que acredito é que quando temos prazer no que fazemos não nos desligamos nunca, seja férias ou não, estamos sempre atentos às coisas da vida. Nunca paramos de observar. Mas essa característica deve ser natural e não, forçada.

Por isso a necessidade da paixão e do prazer envolvidas, eles são a força motriz para o seu desenvolvimento.

Mas tudo isso é muito bonito na teoria, pois na prática são as próprias organizações que criam os maiores obstáculos na possibilidade de obter prazer no trabalho , quando impõem os seus valores, contratos psicológicos e práticas de gestão castradoras que se sustentam exclusivamente nos paradigmas da eficiência, produtividade e rentabilidade.

É obvio que uma empresa deve ser eficiente, produtiva e rentável, mas como ela faz isso é a questão a ser debatida.

Observe ao seu redor que o número de pessoas verdadeiramente apaixonadas pela sua função é pequeno. A maioria das pessoas está distribuída pelos mais diversos graus de insatisfação que variam dos pseudo-apaixonados, grandes enganadores de si mesmos até os insatisfeitos completos que apenas comparecem de corpo no trabalho, pois a alma ficou em casa descansando.
Diante de tudo isso, é que vemos que o importante é resgatar as paixões no trabalho e para ser bem sucedido.

* "T" – "t" grandão, ou seja, Tesão.


Por Roberto Recinella.

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Um comentário:

  1. Certamente as organizações devem dar muita atenção a este fato e, alguns casos, basta simplesmente deixar que os processos ocorram naturalmente. Os enamorados pelo trabalho estão diminuindo a cada dia e passam a trabalhar ela necessidade do vil metal. Belo post.

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