domingo, 30 de janeiro de 2011

Quando o "até" é tudo!


A aposentadoria de políticos que ocupam ou ocuparam cargos de relevância na vida nacional, como a presidência da República ou em palácios dos Estados, retornou à mesa de debates, e muitos são os que entendem que essa situação deve ser extinta, como já aconteceu com aposentadorias para prefeitos, deputados e vereadores.

No Brasil, a palavra "até" deixa de existir quando o lado financeiro atinge os políticos. Como exemplo, está a lei que determina que um deputado estadual pode receber "até" X% daquilo que é pago ao federal. Esse "até" deixa claro que o índice pode ser abaixo dos 75%, mas, em se tratando de interesse coletivo, essa palavra desaparece e o índice é homologado pelo máximo.

O dinheiro é garantido pelo povo, que, por sua vez, é vinculado à decisão política quanto aos índices do salário mínimo, que sempre é oferecido muito aquém do necessário, pois, segundo os órgãos de pesquisa, hoje, para garantir o sustento de uma família, o mínimo deveria ser superior a R$ 1.500,00. Mas, mesmo assim, os políticos fazem verdadeira festa ao anunciar que o Planalto, sensível aos apelos, estará homologando um salário de R$ 550,00, o qual, tendo descontado o estipulado pela Previdência, garante uma queda ainda maior.


Até entendemos como justa uma lei que determine pagamento de aposentadoria a políticos que ocuparam altos cargos em casos excepcionais, pois ninguém está livre de uma desgraça que possa se abater e de, mesmo após passar por patamares elevados, terminar na miséria e dependente de ajuda financeira para sobreviver com dignidade do cargo que ocupou. Deve ser visto, no entanto, que a quase totalidade dos militantes na política mais elevada vai para o "anonimato" muito bem de vida financeira, com a aposentadoria representando mais um barbicacho para engrossar o bolo conquistado.

Como exemplo, os ex-presidentes Fenando Henrique Cardoso, que deixou a cadeira do Planalto e hoje cobra "caixa alta" para apresentação de palestras, e Lula, que já está seguindo o mesmo caminho. Será que qualquer um dos dois necessita da aposentadoria oferecida pelos cofres federais para viver com tranquilidade?

Por Moacir Rodrigues

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Um comentário:

  1. GRANDE AMIGO ISSO É UMA VERGONHA, MILITAR E PASSAMOS UM PERRENGO NAS MÃO DESSE GOVERNANTES OLHA ABAIXO.O governo de Minas Gerais divulgou ontem que quatro ex-governadores e uma viúva recebem aposentadorias vitalícias do Estado.

    Na semana passada, o governador Antonio Anastasia (PSDB) e a assessoria da administração haviam dito que uma lei estadual impedia a divulgação de dados sobre servidores e pensionistas sem a autorização expressa deles.
    http://noticiadacaserna.blogspot.com/2011/01/minas-recua-e-divulga-lista-de-pensoes.html

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