domingo, 31 de outubro de 2010

Aí está Deus...



Quando nos comunicamos, partilhamos algo. Há um estímulo que suscita uma resposta. Esta resposta se torna outro estímulo gerando determinada reação. Temos assim a comunicação relacional humana. Se há sintonia, a conversa vai longe, mesmo que se trate de abobrinhas. Para cortar o papo, o que se denomina comunicação cruzada, basta interceptar, desviar a conversa. Exemplo: se lhe perguntarem pelo Manuel germano, discorra sobre o gênero humano.
Nosso relacionamento determina nossa qualidade de vida. Não se relacionar é deixar minguar a alegria de viver.
Na relação a dois vê-se que muitos coabitam anos a fio, sem se conhecerem. Se adaptam, se acostumam com a suportação recíproca. Ainda não se encontraram. Falam em separação, mas já estão, há muito tempo, separados. São pessoas cheias de qualidades. Educadas, cultas, competentes, bondosas, agradáveis. Mas só mostram seus dons quando estão em público ou na presença de um terceiro. A intimidade é um sufoco. Não se revelam, um ao outro de coração. Sempre esperam que o outro faça algo. Tenha iniciativa, se desvele. Inevitavelmente, se dá o rompimento, onde deveria ter ocorrido o encontro. Tendo olhos de ver descobrem que desde o início não foram verdadeiros, nem houve crescimento na relação. Vão levando para ver até onde dá pra ir. No contato raso não conhecem a grandiosidade do mergulho profundo.
Quando não há transparência na comunicação abre-se campo para interpretações distorcidas. Cada um fantasia segundo seus anseios, expectativas, necessidades. Anseio por ser percebido. Queixam-se: “posso dormir colada a seu lado, que continuo invisível.” Expectativa por uma atenção, um cuidado: “passei mal a noite toda e nem fui percebido.” Necessidade: “precisei trocar ideia sobre algo importantíssimo e não fui ouvido.”
Desilusão de não ter quem o olhe nos olhos ou o escute. Não ter quem partilhe a angústia que lhe constrange a alma. São diálogos surdos entre quem fala sem esperança, carente de ouvidos. Não há cumplicidade. Nem mesmo amizade. Não conhecem a segurança de um contato estável, fiel, duradouro.
Comunicação é aprendizado. Exige prática e coragem. No encontro com o outro estaremos inteiros na busca da permuta. Do encontro de almas. Deve ser recíproca a permissão para sondar o sagrado terreno das almas. O mais secreto de cada um. No encontro existencial não há espaço para o medo. É um pelo outro e ambos pelos demais. As dificuldades serão minimizadas no tempo que passa. É no aconchego do lar que são refeitas as forças gastas na peleja da vida. Há por que lutar. O ser humano se sacrifica até seu limite máximo a favor dos que ama. E o faz sorrindo. Sem cobranças sórdidas. Feliz por desdobrar-se em atenção, acolhimento, respeito.
A vivência do amor incondicional alarga os horizontes. A paz de espírito, o testemunho da verdade nos liga ao sagrado. Satya Sai Baba, o sábio da Índia de nossos dias ao trabalhar a educação em valores humanos diz: “Onde há fé, existe amor/ Onde há amor, existe a paz/ Onde há paz, existe a verdade / Onde há verdade, aí está Deus.”

Elzi Nascimento e Elzita Melo Quinta. (iopta@iopta.com.br)

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Os abacates do pastor e a divertida ética do professor



Os candidatos à presidência falaram muito em educação e nos professores no dia do professor e quando indagados sobre o tema. Agora já não falam mais e o eleito esquecerá tudo com certeza após o pleito. Isto funciona assim mesmo. Eu, na contramão desta fala interesseira e oportunista, vou continuar falando deles. Conto-lhes outra história de professor, desta vez reproduzindo uma antiga coluna da minha colega e esposa Dóris Santos:
“Acompanhei pessoalmente esta história que agora lhes conto. O professor de um tradicional colégio e internato alemão pegou em menino da quinta série chegando à escola com alguns abacates roubados à casa de um pastor que tinha seu pátio colado ao muro do colégio. O velho professor mandou o menino ir à casa do pastor devolver os ditos e confessar seu crime à mulher do pastor. O menino disse que não iria: pediu, implorou, sugeriu que o professor o deixasse “cassado” até o final do ano, tudo menos ir à casa do pastor e devolver os abacates. Mas o professor ficou irredutível. Sem alternativa, o menino foi. Passados alguns dias, o professor encontra a mulher do pastor que lhe diz: ‘professor, eu estava mesmo querendo lhe encontrar para agradecer os abacates que o senhor me mandou de presente. Eu disse ao menino que o senhor não precisava se incomodar, pois eu tenho um abacateiro em casa. Ele disse que o senhor fazia questão que ele me desse aqueles abacates’.
Sabem que aconteceu com o moleque? Nada. O velho professor reconheceu e admirou a superioridade da inteligência do malandro. A moral da história está construída sobre a história da moral. O professor queria uma saída ética para o deslize do nosso adolescente onde o ‘não roubarás’ fosse respeitado. Nisso era irredutível. Todo o resto poderia ser negociado. A punição não era a essência da lição e a moral do professor não se confundia com moralismo. Era um homem muito inteligente e um de seus dons era também admirar, respeitar e estimular a inteligência de seus alunos. Se educar é ‘tirar para fora’ – propiciar que algo brote, apareça de dentro – o professor era mestre: desafiava sempre que pudéssemos vencê-lo pela inteligência e pela ética. Quando o vencíamos assim, ele também vencia em sua missão de nos tornar pessoas inteligentes e produtivas.
Se a mentira sobre o presente adquire importância é porque ela permitiu ao pequeno proteger-se e preservar-se de um nível desnecessário e antipedagógico de exposição e humilhação frente à mulher do pastor. Aqui reside a diferença entre o amor pela lei e a obediência à lei. Podemos obedece à lei para não sermos punidos; podemos respeitar a lei porque a amamos, no sentido de que nos torna pessoas melhores e nos protege de atingirmos a nós mesmos e ao semelhante.
A diferença está no modo de aprendizagem da lei, geralmente pela mão de seus representantes em nossa cultura – pais e professores – e na maneira como ela é incorporada pelo sujeito. Se a internalização se dá com base no amor e no respeito – o professor fazendo com que o menino repare seu erro sem por isso maltratá-lo, permitindo-lhe articular uma saída a partir se si mesmo ao devolver sem se humilhar e apropriando-se da figura do mestre para se proteger – o resultado é benéfico e a lei um enunciado que protege. Se a lei é internalizada como simples punição, haverá uma falha fundamental: ela será sentida não como ato amoroso e preocupação do outro com nosso bem, e será obedecida em função do medo da punição – pelo temor. A tendência será escapar da lei quando a punição estiver ausente ou então tornar-se tremendamente crítico consigo mesmo.
. A tolerância amorosa em relação às falhas dos filhos também é vital, da mesma forma que a indiferença e ausência de indignação com as atitudes em que se produzam dano é fatal. O professor sabia, reconheceu e emprestou-se para isso. Ele podia não ter total consciência do que realizava, mas era dono de um patrimônio oral que dedicava a dividir com seus alunos. Há riqueza maior para repartir?

Francisco Carlos dos Santos Filho no DM-PF.

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sábado, 30 de outubro de 2010

Formação de redes e Educação



Aquele que conhece pessoas de diferentes níveis sociais e formações possui mais informações e, com isso, mais oportunidades.

Para quem ainda não teve a oportunidade de ler, recomendo a entrevista publicada na página 70 da Revista Época nº 643. Nela, o cientista político Eduardo Marques, mostra que o conjunto das relações sociais dos indivíduos - as chamadas redes - pode ser mais importante que os anos de escola na hora de determinar se alguém terá emprego ou não.
Apesar de não desprezar a Educação - pelo contrário, ele afirma que o ensino superior constrói uma transição suave para uma rede ampliada em que a profissão é o forte, porque possibilita um maior acesso também a outras redes -, ele coloca as relações que construímos ao longo de nossa trajetória e os horizontes que elas nos abrem como um fator importante no desenvolvimento da carreira profissional. É a máxima de que aquele que circula mais e conhece pessoas de diferentes níveis sociais e formações possui mais informações e, com isso, mais oportunidades.
Como, então, ao responder ao desafio de universalizar a educação, é possível ampliar também os horizontes dos alunos e fazer com que eles aproveitem o ambiente escolar para conquistar amigos e mantê-los, aumentando suas possibilidades no futuro?
Talvez a resposta a este desafio esteja na tecnologia. Hoje é muito mais explícito e universal o conceito de rede - a difusão e o sucesso das redes sociais como Orkut, Facebook e Twitter ajudou neste processo. Tornou-se quase imperativo possuir um perfil nelas. Porque, então, não aproveitar a oportunidade que estas redes abrem e olhar para elas como espaços de relacionamento e de troca de informações, e não apenas como um repositório de pessoas que encontramos ao longo da vida?
Segundo Marques, enquanto um ano a mais na sala de aula aumenta em R$ 7 a renda mensal, um padrão de redes que ele define como pouco local e menos baseado em família e vizinhos, a chamada rede de "vencedor", traz ao indivíduo R$ 59 a mais. Ora, no mundo globalizado, em que as tecnologias estão cada vez mais próximas de todos, talvez seja importante começar a considerar o fator relacionamento no desenho das políticas públicas de Trabalho e Renda promovendo um diálogo desta com a área da Ciência e Tecnologia.
É lógico que estes processos podem (e devem) ocorrer paralelamente. Mas é sempre bom lembrar que a universalização da Educação e o aumento do tempo de permanência do aluno na escola são prioridades. Se conseguirmos costurar estas duas coisas (Educação e formação de redes), porém, estaremos amplificando o poder que a primeira tem de promover a ascensão social e a melhoria da qualidade de vida da população.


Geiza Rocha.

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A Imperfeição do Ser Humano



Não pode haver nenhuma dúvida sobre isso. Nós, seres humanos, somos imperfeitos em todos os sentidos. Ouvi, certa vez, durante uma conversa informal, um amigo comum afirmar que “A perfeição não é deste mundo.” Guardei comigo esta declaração, e não raras vezes me lembro disso. Realmente, quem pretender ser perfeito neste sistema de coisas, já teria errado o alvo como ser humano.

Um exemplo claro desta condição é o personagem bíblico Noé, que andava com Deus. Noé não era perfeito. Como todo homem, também pecava e poderia andar longe da glória divina. No entanto, Noé jamais cedeu à maldade e à degradação moral da sociedade em que viveu. Não somos perfeitos, mas podemos buscar a perfeição de maneira gradual, até atingirmos a plenitude da graça de Deus. Naturalmente, para conseguirmos a evolução ideal, teremos que enfrentar barreiras todos os dias, tropeçando, caindo e nos levantando do tombo.

Poderíamos viver em santidade, mesmo imperfeitos como seres humanos? Tudo é possível ao que crê! Santo é quem possui uma vida separada para uso exclusivo de Deus, permanecendo morto para o mundo, mas vivo para Deus. Santo é, quem sendo solteiro, não tem relações sexuais com quem namora, antes do casamento; ou, sendo casado, não trai seu cônjuge. Essa é uma regra muito difícil para ser seguida, mas é própria para os que desejam viver em santidade, num estado de vida exemplar perante Deus e os homens.

Quando o ser humano se esforça para ser perfeito, Deus se aproxima dele. A atitude positiva do ser humano desperta a atenção de Deus, embora possa ele ter a consciência de que, mesmo vivendo em santidade, continua ainda longe da perfeição. Ninguém consegue viver plenamente iluminado, porque as tentações existem em toda parte. Ninguém pode ser julgado por suas atitudes negativas, mas é preciso que haja reflexão a cada novo dia, para que as relações Criatura-Criador possam melhorar.

Entender os mistérios da vida é uma tarefa um tanto complexa, porque os métodos de julgamento de Deus são diferentes dos métodos humanos. Nos livros sagrados de todas as religiões organizadas, podem ser observados relatos sobre a grande misericórdia de Deus sobre seus filhos. Profetas e reis, embora se esforçassem muito, tiveram tropeços em alguns momentos de suas vidas. Não é necessário declinar nomes, mas os entendidos do assunto podem refletir mais, diante da História da Humanidade.

Quem tem familiaridade com a Bíblia Cristã, conhece o relato sobre Cornélio, um Homem temente a Deus, que não possuía nenhum vínculo com o sistema religioso da época. Pela sinceridade demonstrada, teve um encontro pessoal com o Mestre dos Mestres, recebendo a graça imerecida de Deus.

Um fator decisivo que o homem e a mulher demonstrar, para atrair a atenção de Deus, é a generosidade, pela qual, Deus pode manifestar-se a ele de maneira definitiva e justa. Através do quebrantamento, Deus opera maravilhas em nossa vida! O próprio Mestre Jesus ensina que “aquele que se exalta, será humilhado; e o que humilha, será exaltado.”

Então, mesmo o ser humano sendo imperfeito, ele pode alcançar a graça divina, passando a gozar de prerrogativas que só os filhos legítimos deveriam ter. Isso é também um mistério no bojo da Espiritualidade, que muitos não possuem a capacidade para entender. A perfeição que cada um busca, só pode ser obtida pela gloriosa graça de Deus, sem o merecimento de quem quer que seja. Porque humanamente, não merecemos nada, é Dom de Deus!


Por Jairo de Lima Alves.

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Sempre foi assim e sempre será!!!

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Análise identifica linhagens dos primeiros dinossauros



Estudo do biólogo Jonathas Bittencourt na Faculdade de Filosofia, Ciências de Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP mapeou o parentesco e a ocorrência dos primeiros dinossauros que habitaram a Terra. Pequenos, com menos de dois metros de comprimento, e alimentando-se de pequenos animais, eles teriam surgido na região onde hoje se encontram o Brasil e Argentina. A pesquisa também revelou que os silessaurídeos, antes considerados os primeiros dinossauros, não integram a mesma linhagem, apesar de possuírem alguns aspectos em comum, como a anatomia do quadril.
Estauricossauro faz parte de uma das espécies mais antigas de dinossauros
O trabalho procura entender as relações de parentesco entre os primeiros dinossauros que habitaram o planeta, há 220 milhões de anos, durante o período Triássico. “Por meio de uma metodologia conhecida como sistemática filogenética ou cladística, estudou-se a anatomia dos fósseis e os animais mais semelhantes entre si foram agrupados em diferentes linhagens”, afirma Bittencourt. “As semelhanças e diferenças constituíram uma base de dados na qual foi aplicado um algoritmo para determinar a árvore de parentesco entre os grupos.”
A partir dos cálculos, verificou-se que os dinossauros mais antigos teriam surgido na região que hoje engloba a América do Sul. “Eram espécies relativamente pequenas, de um a dois metros de comprimento, diferente de alguns dinossauros do período Cretáceo, que podiam chegar a mais de 20 metros de comprimento”, destaca o biólogo. “Embora fósseis desses grupos mais antigos tenham sido encontrados na Índia e na África, os mais completos foram descobertos no Brasil e na Argentina.”
As análises demonstraram que a família dos silessaurídeos, composta por animais com características semelhantes aos dinossauros, como a anatomia das pernas e do quadril, não fazem parte da mesma linhagem. “Acreditava-se que eles teriam sido os primeiros dinossauros”, ressalta Bittencourt, “mas apesar de pertencerem a uma linhagem próxima, possivelmente surgiram antes do que eles”. Os silessaurídeos eram herbívoros e fósseis desse grupo foram encontrados na América do Sul, Estados Unidos, Europa e África.
Linhagens
Os dinossauros são divididos em duas linhagens, a dos saurísquios e a dos ornitísquios. “A partir dos saurísquios teriam surgido as aves atuais”, aponta o pesquisador. “As espécies mais antigas e primitivas ocorrem na América do Sul, principalmente no Brasil e na Argentina, como é o caso do estauricossauro.”
Os saurísquios eram em média animais pequenos — o maior exemplar, encontrado na Argentina, tinha cerca de 4 metros de comprimento. “Inicialmente eles eram carnívoros, mas logo em seguida surgiu uma linhagem de animais herbívoros, registrada no Brasil”, acrescenta o biólogo.
O grupo dos ornitísquios, que inclui os grandes dinossauros com placas dorsais, como o anquilossauro e o estegossauro, não teve fósseis do período Triássico encontrados no Brasil. “Este grupo se extinguiu totalmente, sem deixar descendentes nos tempos atuais”, diz Bittencourt.
O biólogo observa que, apesar da pesquisa não ter se aprofundado no porquê de os dinossauros terem aumentado de tamanho, observou-se que os primeiros representantes do grupo ficaram grandes em um intervalo de tempo relativamente curto em termos geológicos. “Em alguns milhões de anos, eles conseguiram habitar os ecossistemas e se tornarem maiores, havendo registro, por exemplo, de exemplares com mais de cinco metros de comprimento ainda no Triássico”, conta. O trabalho teve orientação do professor Max Langer, da FFCLRP.


Agência USP de notícias.

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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Por que as proteínas ativam o cérebro?



Os alimentos têm efeitos sobre as funções cerebrais, podendo estimulá-las ou acalmá-las. Assim, o estado de alerta, o grau de energia e a qualidade da memória podem ser determinados pela alimentação. Da mesma forma, estados como depressão, agressividade, ansiedade e letargia podem estar associados ao que se ingere.


De acordo com a médica ortomolecular, Sylvana Braga, nutrologista, reumatologista e fisiatra deficiências de certos nutrientes, mesmo que pequenas, podem favorecer a lentidão das ondas cerebrais. Os alimentos ajudam a produzir neurotransmissores cerebrais como serotonina, dopamina e norepinefrina. Alimentos portadores de triptofano produzem serotonina e os que contêm tirosina evoluem para dopamina, os quais ativam o cérebro determinando rapidez de ação.

Os carboidratos favorecem a lentidão cerebral e as proteínas estimulam a condução nervosa do cérebro. A gordura, por exemplo, também é calmante, pois demora muito a ser digerida. Já os vegetais folhosos são neutros, já que não estimulam nem deprimem o cérebro. Mas existem algumas exceções destes tipos de grupos alimentares. O carboidrato, por exemplo, age no cérebro de pacientes com TPM, depressão sazonal e ex-fumantes.
Para aumentar a vivacidade cerebral, nada melhor do que as proteínas extraídas de frutos do mar, leite desnatado, peito de peru, peixes, carnes brancas e carnes vermelhas magras. Um acréscimo de 10% de ingestão de proteína na dieta diária impede a produção de serotonina, indutor do sono.
Outra ótima fonte energizante para o cérebro é o café. A cafeína acopla-se aos receptores cerebrais substituindo a adenosina e ainda reduz a fadiga e melhora o desempenho cerebral, garantindo reações mais rápidas e melhora na concentração. Por isso, basta um cafezinho para manter o cérebro em estado de alerta. O ideal é consumir por dia até duas xícaras de café ou ingerir outros alimentos que contém cafeína, como chás, chocolates e refrigerantes.

O mineral boro, presente nas nozes, amendoim, maçãs, pêras, pêssegos, uvas e no brócolis, é um dos responsáveis por impedir o estado de depressão. Na ausência do boro surgem ondas cerebrais lentas. Quando se introduz o boro, as ondas se normalizam.

O cardápio ideal para garantir a vivacidade cerebral

Café da Manhã:
Leite desnatado
Frutas
Iogurte
Café, chá ou chocolate
Ovos mexidos

Almoço:
Atum
Frutos do Mar
Frango
Rosbife
Ovos Cozidos
Queijo Branco
Peito de Peru
Lanche:
Maçã
Pêra
Pêssego
Uva

Jantar:
Salmão
Frutas
Brócolis
Peixe grelhado

fonte: DM-PF.

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MUNDO CRIATIVO



O mundo globalizado e coorpetarativo exige cada vez mais de seus colaboradores, que dividem seu tempo entre afazeres de trabalho, que muitas vezes são levados para casa, família, filhos, contas a pagar, aquele ajuste na casa, e outras tarefas que nos engolem, sem que tenhamos tempo para respirar.
No meio deste contexto, surgem novos modelos de rotina de trabalho, modelos que possibilitam que as pessoas também vislumbrem possibilidades de realizar seus sonhos, dar atenção maior aos filhos, e estejam conectadas naquilo que Domênico de Masi, chama de O Ócio Criativo. O autor deste livro retrata a evolução da sociedade pós-industrial, do tempo livre e da criatividade como fatores fundamentais à qualidade do trabalho.
Quando falamos em inovação e pensamos o novo modelo de entendimento de trabalho nos remetemos ao entendimento do Ócio Criativo, que seria fazer seu trabalho com profundo prazer, libertar-se da idéia de trabalho como obrigação, cumprimento de tarefas e horários a cumprir. Devemos entender trabalho, neste novo modelo, confundindo-se com tempo livre, com jogo, com prazer. Assim podemos formatar um novo modelo de produção, voltada às questões da inovação, extremamente ligadas à criatividade.
Parar para Inovar
Uma das empresas ícones neste novo contexto de trabalho é a inovadora Nike, trabalhar nesta empresa significa ter autonomia, porém obter resultados. Os funcionários da Nike fazem seu horário e podem treinar a qualquer hora nas academias da própria empresa, isso significa que trabalho para eles é estar conectado na tarefa de corpo e alma.
Temos visto atualmente altos níveis de adoecimento psíquico que culminam por diversas vezes em mazelas físicas, e também adoecimentos laborais físicos que causam tanto sofrimento e acabam gerando danos psíquicos. Pensando neste fato devemos nos questionar sobre estes novos modelos, ou novas formas criativas e saudáveis, não alienantes, de trabalhar.
Para que possamos refletir de maneira adequada, necessitamos antes de mais nada dar uma paradinha, aquela parada que todos devemos dar, olhar para a janela, vislumbrar a paisagem lá fora e simplesmente desligar, por alguns minutos.
Tempo para o Cafezinho
Nem sempre o mundo nos permite isso, mas nós precisamos nos permitir. Fato curioso que enquanto escrevia esta coluna iniciei uma conversa no msn, quem de nós vive sem ele? E um de meus contatos comentou: “hoje o dia tá difícil, o negócio é ir tomar um café”...
E porque não? Quando algo não flui, acabo o que estou fazendo e procuro meus queridos amigos do Riviera Café, lá consigo retomar a atenção e direcioná-la para o que realmente importa, alcançando excelência nas tarefas, afinal, não é preciso fazer parte do time da Nike para inovar... E você já parou para um café hoje?


Por Patrícia Barazetti.

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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O submundo do crack



Um mundo a parte. Vidas e histórias esquecidas, primeiro, por eles mesmos, depois, pelo resto da sociedade. Vivem a margem do mundo “normal” dos homens. Não sabem ao certo porque vivem, onde estão, nem mesmo quem são. Apenas existem. Uma vida resumida em fissura, fumar pedras e muita correria para conseguir mais. Para eles a luz no final do túnel é quase que uma ilusão. Nada mais existe além da escuridão e da fumaça que emerge das pedras fumadas. Chocante? Pois essa é a triste realidade dos usuários de crack. Uma realidade que dói porque ultrapassa a imaginação. Conheçam um pouco do submundo do crack


Eles existem, e não são poucos. Estão sempre por aí, vagando pelas ruas, tentando na maioria das vezes saciar um desejo incontrolável. Alguns tem grana, outros não, e para obterem o prazer imediato que o crack proporciona, não medem atitudes, não pensam se estão correndo risco de morte ou se estão machucando alguém. Quem vive nesse submundo é escravo do crack, por isso hoje é importante que as pessoas saibam sobre a prevenção, mas é essencial que algo seja feito para combater essa droga que tem se tornado uma epidemia.
Saber que esse mundo existe todos sabem, mas são poucos que tem coragem de adentrar nesse mundo para conhecer como vivem essas pessoas, o que os tornou dependentes, quais as sensações que a pedra causa em seus corpos, os medos e o que fazer para sair dessa escuridão. Para isso precisou uma mulher, jornalista, enfrentar preconceitos da sociedade, dos amigos e da própria família, para descobrir e mostrar como o crack tem destruído a vida e os sonhos de muitos passo-fundenses. Ana Paula Nonnenmacher não teve medo em momento algum, simplesmente decidiu que descobriria como viviam e como funcionava a vida de 50 usuários de crack de Passo Fundo.
Existem poucas obras literárias relacionadas ao crack no Brasil, nesse sentido a obra “Meninos do Crack” da passo-fundense Ana Paula, é praticamente pioneiro, no sentido de relatar histórias verdadeiras de 25 homens e 25 mulheres dependentes de crack que vivem hoje no município. Histórias verídicas, marcantes e na maioria tristes, todas elas escritas em primeira pessoa, colhidas dentro de “fumódromos”, nas ruas e praças púbicas da cidade. Uma obra iniciada ainda em 2008 revela uma realidade que muitas vezes preferimos esquecer ou fingir que não vimos.
Para escrever o livro Ana foi em “bocas” (pontos de venda de drogas), além de pontos de prostituição onde conversou e escutou muito usuários. Mas nem sempre sua busca foi assim tão fácil. “No começo foi difícil chegar nos usuários. Eles não querem dar depoimento, é complicado, tem que ter muita persistência. Tem que ir atrás, explicar, e mesmo assim eles não gostam de dar depoimentos se você não pagar ao menos um lanche pra eles. O usuário de crack é assim, ele não vai falar, não vai fazer nada de graça. Não, foi o que eu mais escutei, mas com o tempo acabei me tornando conhecida em alguns lugares e pelos próprios usuários”, contou.
Mesmo contra a vontade da família Ana chegou a passar um dia inteiro dentro de um fumódromo com usuários de crack, de acordo com ela a experiência foi imensamente triste, não existem palavras que possam expressar tudo o que viu naquele dia. “O homem usuário de crack geralmente vai roubar para conseguir a droga, já para a mulher é mais fácil se prostituir. Eles não costumam planejar grandes assaltos, para eles é mais fácil assaltar um pedestre, um ônibus... Precisam do dinheiro rápido, eles querem a pedra rapidamente... Eu senti o sofrimento deles, muitos queriam de verdade sair do vicio e aquilo me dava um desespero. Presenciei cenas horríveis, cheguei a ficar um dia todo no fumódromo, o que eu vi lá só indo também e vendo com os próprios olhos para acreditar... Não tem como expressar, nenhuma palavra pode demonstrar a dor, a alucinação... Nesse dia tinha uma menina que estava alucinada e uma outra dizendo que haviam cobras no cabelo dela. Elas começaram a cortar todo o cabelo da menina. Eles estão sempre naquele pânico que a polícia está vindo, que algo vai acontecer. É horrível”, disse.
Mas não eram só os usuários que eram entrevistados, Ana Paula também teve sua ficha levantada por muita gente pelos fumódromos por andou passou. “No início revistaram a minha bolsa, pegaram minha identidade, levaram e voltaram depois de uma hora dizendo que eu não era da polícia. Eles sabiam tudo a meu respeito, inclusive onde eu morava e o nome dos meus pais”, contou. Um risco que segundo ela valeu a pena, pois agora muitas pessoas podem saber como funciona a vida de um viciado, antes de começar a julgar sem saber. E esse é um dos objetivos do livro, mostrar a importância da família no desenvolvimento da criança e do adolescente. A maioria das histórias relatadas no livro, são de pessoas que enfrentaram problemas familiares ainda durante a infância.
Fumódromos
Os fumódromos são pontos de consumo e venda de crack. Conforme Ana Paula existem em alguns locais onde a droga é apenas vendida e outros onde o usuário pode comprar a droga e consumir, esse local é então denominado “fumódromo”, onde todos se reúnem e fuma juntos. “Tem gente que chega de carrão na boca. E existe uma diferença por parte do tratamento do usuário que tem dinheiro e daquele que é desprovido de dinheiro. O que tem dinheiro geralmente tem uma salinha vip, que é para os outros não ficarem pedindo a droga para ele”, explicou.
Confira partes de depoimentos retirados do livro “Meninos do crack”. De acordo com Ana Paula, todos os depoimentos foram autorizados pelos usuários para a publicação do livro. Nomes ficaram em sigilo para preservar a identidade das pessoas.
“Com o crack, tudo muda, porque ele passa a dominar a pessoa de uma forma que ninguém explica. A sensação é difícil explicar, porque só quem usa sabe como é. Nos primeiros segundos, é um prazer imenso, mas logo o efeito ilusório vai passando, a língua trava, os olhos ficam grandes e a fisionomia muda completamente. Sem falar nas conseqüências que a pedra te traz. Sempre fui trabalhador honesto e, de repente, comecei a assaltar. Foi tudo muito rápido. Parece que não é a minha história de vida, mas infelizmente é. Fiquei preso três anos, dez meses e vinte e dois dias. Devo isso ao crack.”
Antonio, 33 anos, usuário de crack há 13 anos
“Assim que pulamos, ele me deu um soco, dizendo que não ia me pagar nada, porque eu era uma vagabunda viciada. Não entendia o que estava se passando. Ele não me tocou, não fez sexo comigo, só me batia. A socos e pontapés, fui perdendo minhas forças. Depois de um tempo que ele estava me espancando, outro homem pulou o muro e começou a me bater também. Estava grávida de cinco meses e disse isso a eles. Então só me bateram no rosto. Eles me deformaram o lado esquerdo. Eu gritei pedindo socorro, mas ninguém ouviu. Só lembro de ter apanhado muito e ter desmaiado. [...] Permaneci por quinze dias internada. Passei por uma cirurgia plástica onde reconstruíram o meu rosto, com uma platina. [...] Não agüentei ficar mais tempo no hospital. Eu fugi, com dreno e tudo, e fui fumar como uma maluca. Quando se da o primeiro pega, suas dores se vão com a fumaça. Não se sente mais nada. Aproveitei e arranquei o dreno com minhas próprias mãos. A pedra me tirou o sentido da vida. Durmo por aí, nas casas abandonadas. Me prostituo por dez reais, porque os caras não pagam mais que isso. Meu bebê, assim que nasceu, foi levado. Sei da minha realidade, falei para o juiz que não tinha condições de ficar com ele.”
Fabianinha, 29 anos, usuária de crack há 10 anos
“Acordo em um ambiente onde todos se drogam. Somos em seis, as vezes mais. Ficamos em uma casa onde não tem nada. As vezes só fico observando: um que briga com o outro por causa de um pega, o outro que se queixa de fome e o outro que sai correndo roubar. Me tranco no meu mundo e não falo nada. Nem penso muito, fico na minha. Nada vai mudar. Vou fazer o quê? Não tenho sida, nem expectativas e nem ninguém para contar. Sempre foi assim, acho que desde que eu nasci. Não tive amor nem carinho de mãe. Como ela tem mais nove filhos, temos que nos virar.”
Henrique, 18 anos, usuário de crack há um ano
“Simplesmente a ideia surgiu: eu iria me jogar em baixo de um carro, mas não com o propósito de morrer. Estava doido de tanta vontade. Pensei na tática: assim que o carro viesse, em alta velocidade, eu me atravessaria na frente dele. Fiz isso. [...] Esse vício é o demônio. Se faz loucuras, não se pensa em nada, nem na própria vida.”
Sandro, 28 anos, usuário de crack há sete anos
“As pedras te sugam. Elas vão sugando toda a força, toda a energia. Levam tua vida para um caminho onde andamos como seres rastejantes, em busca de um pega. Um pega que dura muito pouco. A sensação de pavor chega e se precisa de mais uma pedra para sair do pânico. O círculo não pára.”
Kátia, 45 anos, usuária de crack há 15 anos
“Liguei para um caminhão de mudanças, coloquei tudo que nós tínhamos, dentro da nossa casa, e segui em frente. Parei em frente a uma loja de móveis usados e vendi tudo, móvel por móvel. Peguei o dinheiro e saí, feito louco, pelas ruas. Eu tinha resolvido meu problema. Tinha o dinheiro para me drogar. É assim que ocorre quando se é um viciado, não se pensa em nada.”
Piá, 25 anos, usuário de crack há nove anos.


Por Beatriz Scarioti no DM Passo Fundo.

Minha cidade como muitas, estão com esse problema social. O que você pensa disso?

Kleiton apresenta o kit descanso



O editor de Esportes, Kleiton Vasconcellos, apresenta como consegui 24 horas, através do uso do kit agressão.

As imagens falam tudo:

Segundo ele, com o uso dos
equipamentos você (sendo atingido) tem direito a transporte de helicóptero, uma tomografia e 24 horas de repouso absoluto.

Indisciplina na sala de aula. O que fazer?



Há 30 anos atrás este problema praticamente não existia. As escolas do passado seguiam um sistema tradicional, exigindo dos alunos um comportamento quase militar. Quando ocorriam atitudes de indisciplina, os castigos, muitos deles físicos, eram aplicados.

Sugestões

Porém, muita coisa mudou nestes 30 anos e hoje a escola não adota mais uma postura repressiva e violenta. Estamos numa época de valorização da democracia, cidadania e respeito. Cabe a escola levar estes princípios à sério dentro do seu projeto pedagógico. Então, como acabar ou diminuir a indisciplina em sala de aula, objetivando melhorar as condições de aprendizado dos alunos?

Primeiramente, o professor deve identificar os motivos da indisciplina. Observar os alunos e estabelecer um diálogo pode ajudar muito neste sentido. Muitas vezes, a indisciplina ocorre porque os alunos não entendem o conteúdo ou acham as aulas cansativas. Nestes casos, o professor pode modificar suas aulas, adotando atividades estimulantes e interativas. Esta atitude costuma gerar bons resultados.

Em outras situações, a indisciplina ocorre a partir de uma situação de conflito e enfrentamento entre alunos e professor. Neste caso, o professor deve buscar conversar e ouvir os alunos. Cabe ao professor desfazer o clima de conflito e solucionar a situação.

Uma outra boa sugestão é criar algumas regras comuns para o funcionamento das aulas. O professor pode fazer isso com a ajuda dos próprios alunos. Dentro destas regras podem constar: levantar a mão e aguardar a sua vez antes de perguntar ou falar, fazer silêncio em momentos de explicação, falar num tom de voz adequado, etc.

Com estas e outras atitudes, o professor vai ganhar o respeito de seus alunos. Este respeito é uma porta aberta para, através do diálogo com os estudantes, buscar soluções adequadas para melhorar as condições de aula na escola.

por cristiano dos Santos Machado.

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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

FAMÍLIA SAUDÁVEL: SONHO OU REALIDADE?



Nós estamos doentes, consequentemente a família também está. Necessitamos de algo que nos alimente melhor, para que consigamos vigor para os novos tempos, tão desafiadores.
Conseguir famílias saudáveis não pode ser só um sonho, mas deve ser uma meta viável, com propósitos densos, ditados pelas nossas necessidades humanas mais elementares. Devemos cuidar de nós mesmos e cuidar dos outros, sabendo perceber nossa biologia, que, sabiamente, nos convida a ouvir, a ver, a cheirar, a degustar e, principalmente, a sentir na pele, a nós mesmos e aos outros.
Provocar proximidade e contato é uma necessidade primordial, em qualquer idade. Tocar com carinho e respeito é o alimento que nos falta, na medida em que constatamos nossa carência em tocar nas pessoas e de sermos tocados. Somos capazes de proezas inimagináveis, podemos alcançar outros planetas, mas ainda ficamos constrangidos com o contato físico, ainda negamos abraços e beijos a quem vive conosco.
Quanto mais racionais somos, quanto mais estudamos, mais nos fechamos em nós mesmos, mas amigos virtuais angariamos, mais solitários nos tornamos, mais carentes ficamos de intimidade.
Temos à mão fontes de prazer que não custam nada e limitamo-nos a viver assepticamente, sem sentir a pele do nosso amor de toda uma vida, sem sentir o cheiro dos nossos filhos adultos. Fazemos ensaios tímidos com os netos, por medo de estragá-los com nossos mimos.
As famílias felizes têm a concepção de que é bom tocar, de que é bom abraçar, de que é saudável mimar-nos e mimar aos outros. São famílias amorosas, que distribuem todo o carinho que recebem e, sabiamente, generosamente, transcendem seus lares, transmitindo para a sociedade o que vivem.
Devemos parar de olhar para os problemas das famílias, para as famílias que erroneamente chamamos de desestruturadas, mas devemos investigar por que as famílias felizes conseguem driblar tão bem o consumismo, os vícios, conseguindo ser tão gentis e humanamente produtivas.
Certamente nossa investigação mostrará que não há nada de especial, que não há pressupostos acadêmicos, nem necessariamente QIs elevados, mas um potencial amoroso inerente, aprendido lá no berço, lá na intimidade uterina e que acompanha essas famílias pela vida afora.
O contrário também é verdadeiro. Uma família violenta também transcende suas paredes, também leva para fora toda sua desgraça. As escolas são um exemplo do que podemos fazer com nossas crianças. É lá que constatamos verdadeiras contendas físicas e psíquicas, na forma de socos e pontapés e de bullying. Constatamos também, dramáticas disputas por ser mais bonita, mas magra, mais na moda, mais in. Os up estão sempre fora, sempre marginais. Nossas escolas são a vitrine do que acontece dentro das nossas casas.
Ashley Montagu radicaliza quando fala que nossas maternidades foram concebias para servir ao obstetra e não para a mãe, muito menos para os bebês. A constatação é feita para alertar-nos de que devemos ouvir nossa natureza, devemos aconchegar nossos bebês, devemos ficar com a criança junto ao nosso corpo, repudiando assim a distância que os berçários mantém, no momento mais importante de nossas vidas.
Os estudos contemporâneos mostram-nos, que sempre estaremos carentes da proximidade, sempre necessitaremos sentir o corpo das outras pessoas, por mais velhinhos que nos tornemos. Montagu reproduz em Tocar – O Significado Humano da Pele, o bilhete que uma mulher de 90 anos escreve para as enfermeiras:
“VELHA RANZINZA
O corpo em ruínas. A graça e a energia desaparecidas.
Hoje há uma pedra onde antes havia um coração.
Mas dentro dessa velha carcaça, uma mocinha ainda existe.
E vez e outra incha este velho coração.
Lembro-me da dor, e me recordo das alegrias
E estou viva e consigo amar, por inteiro, novamente.
E penso que nada durará.
Por isso, abram os olhos, enfermeiras, abram os olhos e vejam
Não uma mulher ranzinza
Olhem mais de perto. Vejam a mim.”
O sonho de termos famílias felizes é possível desde que façamos do amor algo concreto, palpável e não um lugar comum, cantado em verso e proza, sem substância. Nossas famílias serão uma linda realidade, realizando a máxima de Montagu: “...humanizar-se é viver aprendendo e sendo cada vez mais gentilmente amoroso.”

Congresso Nacional da Escola de Pais do Brasil.

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É possivel viver o amor sem conflitos?



Um dos erros mais acentuados em homens e mulheres é que eles costumam sonhar com um amor sem conflitos, sem problemas. Isto se deve, em parte, ao impacto cultural que invade os filmes e as novelas, que recaem na ingenuidade, no pouco conhecimento real do mundo e, possivelmente, em outros fatores de peso, mas que, em conjunto, constroem uma imagem do ideal do amor que, na realidade, não existe.
Esta imagem, com a experiência nos relacionamentos, cedo ou tarde se rompe, deixando um acúmulo de decepções e desilusões. Ironicamente, os que sonham com amores perfeitos acostumam viver amores muito imperfeitos, pois a realidade é que não existem relacionamentos humanos sem conflitos. Talvez exista só para aquela pessoa que fica à margem do amor, com uma espécie de linha invisível que não cruza, pois o mantém estático, sem conflito e sem amor.
Todos os seres humanos formam parte de uma história pessoal com diversas experiências, algumas boas e outras não tanto. Todos nós temos rasgos de caráter distintos, aptidões, defeitos, virtudes, capacidades etc. Tudo o que foi mencionado anteriormente influi no relacionamento com os outros, com nós mesmos, tomando em consideração o que a outra pessoa traz na história dela. Em poucas palavras, outro mundo muito distinto do nosso, por isso o complexo dos relacionamentos, pois é muito ingênuo pensar que, algum dia, poderemos ter amor sem conflitos.
Um dia um autor formulou a seguinte frase, referindo-se ao relacionamento de um casal com ideias e pensamentos distintos. Apesar disto, não desaparecem as diferenças de opinião nem os desacordos: “Discutiram e, assim, experimentaram, uma vez mais, que se pertenciam um ao outro”.
Claro que estamos falando de uma discussão na qual não se busca ferir o outro, mas de uma vontade de compreensão e desejo de compromisso construtivo. É aqui, justamente, onde se demonstra o esforço para encontrar sempre um caminho em direção ao outro.
Amar não é descansar um junto ao outro, porque amor é uma luta e uma superação de conflitos para conseguir a unidade que deve se conquistar a cada dia.


Por Regiane Robaina - regianerobaina@gmail.com

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Mário Bonner

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mais de um terço das mulheres é obrigada a manter relações sexuais



Mais de um terço das mulheres do mundo já foi ou é constantemente surrada, abusada ou forçada a manter relações sexuais por um companheiro ou um membro da família, alertou na última terça-feira (12) uma alta funcionária da ONU.
Zou Xiaoqaio, vice-presidente do Comitê para a Eliminação da Discriminação Contra as Mulheres, disse que a violência sexual só aumenta no mundo, apesar das campanhas da ONU e de outras organizações para combatê-la.
"Pelo menos uma em cada três mulheres já foi surrada, coagida a fazer sexo ou abusada de alguma outra maneira, geralmente por um companheiro íntimo ou por um membro da família", indicou Zou, citando dados de um novo relatório do Fundo das Nações Unidas para a População.
"As mulheres continuam sendo estupradas e vítimas de outras formas de violência sexual com impunidade em todo o mundo", destacou - afirmando que, em alguns países, as acusações de estupro podem ser invalidadas se o agressor aceitar se casar com a vítima.
"Mulheres e meninas continuam sendo vendidas para o sexo em todo o mundo. Duas milhões de meninas entre cinco e 15 anos entram para o mercado sexual a cada ano", advertiu.
Ainda de acordo com o relatório, entre os 186 países que assinaram a Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, de 1979, são poucos os exemplos de governos que de fato implementaram medidas para ajudar as mulheres de maneira efetiva. Estados Unidos, Irã e Sudão são os únicos três países que ainda não assinaram a convenção, lembrou Zou.
Fonte: Agência (AFP)


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A interação nas redes sociais como antídoto da solidão.



Diferentemente da imagem formada ao longo dos anos de que o internauta é um solitário, isolado do mundo e da vida real, o crescimento das redes sociais tem demonstrado que o que se busca na rede não é a solidão, mas sim o diálogo. Estudo conduzido pela Nielsen Company revelou que o tempo gasto nos sites de postagem e de redes sociais equivaleu a 17% do total do tempo gasto na Internet em agosto de 2009, três vezes mais que no mesmo período no ano passado. Isso demonstra que a procura pela interação tem crescido e, felizmente, aparecido.
Ainda sou da época em que os fóruns e listas de discussão eram a forma que tínhamos de conhecer o que pensavam aqueles que queriam se expor e opinar sobre os assuntos. Depois disso, foram as comunidades do Orkut. Hoje os 140 caracteres do Twitter e o Facebook desafiam os mais resistentes a aderir (finalmente!) às tecnologias conhecendo e reconhecendo o poder de disseminação que elas possuem.
Como administradora do site Quero Discutir meu Estado, lançado recentemente para divulgar as ações do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro, que coordeno, reparei que os espaços que criamos para comentários não foram ocupados ainda. Por outro lado, sempre que postamos chamadas de matérias do site no Twitter, elas geram trânsito e comentários, fazendo com que o diálogo e a reflexão sobre o que é postado ocorra. De forma instantânea e simples, conseguimos interagir com este leitor e construir o diálogo que havíamos buscado na construção do site.
Sou uma entusiasta das redes sociais e de tudo o que elas representam. Seja por diminuir distâncias, por juntar as pontas ou, ainda, por tornar viável a multiplicidade de canais de comunicação, acho inviável hoje a existência de um projeto de comunicação que ignore as redes sociais. Elas são a verdadeira "voz do povo" e a chance para quem comunica de sair de sua redoma, de se expor e conhecer a opinião de quem lê as informações postadas no espaço criado por ele: sem moderação nem intermediários.
Ainda não consigo dominar a multiplicidade de canais das redes sociais, mas sabendo a finalidade de cada uma, podemos amplificar a comunicação fazendo-a chegar de forma segmentada e direta a quem por ela procura. E o mais genial de tudo isso é que as fórmulas não estão dadas. Elas estão sendo testadas, medidas, escritas. Como em qualquer atividade que tem a tecnologia como base, não há barreiras para a experimentação e para a criatividade. O céu é o limite!


Por Geiza Rocha.

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Envelhecimento está relacionado com problemas de temperatura



Os idosos tendem a apresentar temperaturas corporais menores do que adultos jovens. Isto gera, segundo o estudo “Febre em idosos”, de Milton Luiz Gorzoni em parceria com outros pesquisadores, dificuldades para definir qual a variação da temperatura basal (aquela medida no momento que a pessoa acorda) e a quantificação de febre no idoso.

Segundo o estudo, que foi publicado nos Arquivos médicos, ano passado, o ideal seria que todo idoso tivesse sua temperatura basal verificada semanal ou mensalmente. Isto porque, existe uma predisposição, relacionada ao envelhecimento, para síndromes com temperaturas atípicas como infecções afebris e hipotermia.

O estudo ainda mostra que, além do envelhecimento, existem outros fatores associadas à redução da temperatura basal, como diabetes mellitus, doenças neurológicas, desnutrição, sarcopenia, imobilidade e medicamentos (barbitúricos, opióides, antidepressivos tricíclicos, benzodiazepínicos, fenotiazidas e alfa-bloqueadores).

Segundo os autores, outro problema relacionado ao avanço da idade diz respeito às técnicas de medida da temperatura corporal, que podem sofrer interferências de diversas situações e doenças comuns em idosos. “A xe¬rostomia (conhecida como boca seca), falhas de dentição, respiração pela boca e principalmente estados confusionais dificultam o po¬sicionamento de termômetros na cavidade bucal”, exemplificam.

Há também, de acordo com a pesquisa, potenciais interferências na aferição da temperatura corporal na região axilar como dobras de pele, volume da massa muscular e da adiposa, distúrbios circulatórios e temperatura ambiental. “Contudo, pela tradição e praticidade, a região axilar é o local mais aceito e utilizado na prática clínica brasileira”, argumentam.

Segundo o estudo, a temperatura axilar normal de um adulto jovem aos 20 anos é de 36,8°C. Já em um idoso de 70 anos, é de 36,05°C. Diante desse fato, os pesquisadores esclarecem que a detecção de estados febris em idosos se dá com temperaturas conceitualmente inferiores às definidas como febre em adultos jovens.

AGÊNCIA NOTISA.

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A PERDA DOS LIMITES



Há um programa na TV Globo – uma espécie de competição com pretensão de apresentar provas radicais a seus competidores, que vão sendo eliminados conforme se saem pior nas provas – que merece comentários. Acontece que, dentre as provas deste programa, existem algumas que lidam com o asco e com a repulsa, no sentido de “romper as barreiras”, coisa que não é tão simples.
O requisito principal dos competidores são atributos seus físicos e, parece, nada mais que isso, ficando de fora qualquer capacidade para pensar. Com esta premissa em mente, a produção passa a aplicar provas que se destinam a derrubar a barreira do asco na luta por uma quantia de dinheiro ganha ao final da competição. É aqui que começam os problemas que quero comentar.
A barreira do asco é uma aquisição fundamental que fazem os seres humanos, e que nos leva na direção da humanização e do ingresso na cultura civilizada. Todos os objetos que se relacionam com aqueles em relação aos quais desenvolvemos asco passam a sofrer também uma desqualificação profunda como objetos de consumo. Não queremos vê-los por perto.
O asco se desenvolve em torno da função de alimentação, em relação à qual desenvolvemos uma série de pré-requisitos que nos humanizam – como o cozimento da carne, por exemplo – e a seleção de alimentos que apropriados por serem sadios e não despertar o asco. Outra função em torno da qual se desenvolve o asco é a higiene, especialmente quando abandonamos para nunca mais o contato do próprio corpo e dos sentidos com as fezes e as transformamos em objeto de asco. Mais adiante erguemos a barreira do pudor, que nos permite construir espaços privados e proteger-nos da exposição da intimidade, coisa que outros programas – como o Big Brother – se divertem devassando. Mas isto já é outro assunto.
Pois o tal programa se compraz em desfazer, naquelas pobres criaturas dotadas de muito corpo e pouca mente, a barreira humanizante do asco. Sabemos que situações assim – deixar andar sobre a pele bichos asquerosos como aranhas, baratas e cobras, ou comer coisas nojentas como vermes acompanhados de gosmas que lembram fluidos corporais – podem provocar um dano psíquico muito severo. Não parece haver a menor noção deste perigo.
Existem situações limite em que seres humanos ficaram expostos à quebra destas barreiras porque sua sobrevivência estava ameaçada, como no caso do acidente na Cordilheira dos Andes em que sobreviventes precisaram ingerir carne humana. Isto é uma coisa, mas fazer cair estas barreiras por prazer ou por dinheiro não me parece ter nenhum sentido.

Francisco Carlos dos Santos Filho . (franciscocsantosf@hotmail.com)

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Resgatando nossos valores nacionais

domingo, 24 de outubro de 2010

Tristeza tem o seu valor



Vinícius de Moraes escreveu, no extraordinário “Samba da benção”, um trecho que sempre me chamou muito a atenção. Hoje em dia chama ainda mais, tendo em vista a maneira como a tristeza tem sido encarada. “É melhor ser alegre que ser triste”, diz o poeta “alegria é a melhor coisa que existe, é assim como a luz no coração. Mas para fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza, precisa um bocado de tristeza, senão não se faz um samba não”.
Impressionante! O samba, assim como a vida, não tem sentido sem alegria, sem a felicidade do balanço luminoso que o próprio ritmo nos oferece. Mas, assim como a vida, o samba não pode ser belo se não contiver uma ponta de tristeza. Sem tristeza não há profundidade, não há alcance dos sentimentos mais densos, não há aprendizado sem tristeza, sem ela não há preocupação, Não há pensamento se não houver tristeza.
A tristeza, portanto, não tem em si nada de negativa e é um dos afetos mais humanos dentre os que sofremos. A tristeza, embora andemos meio esquecidos disto, faz parte da vida. Seria bom se pudéssemos falar de tristeza sem ouvir logo um deixa disso; bom, seria que os pacientes pudessem expressar estes sentimentos sem ter que carregar consigo uma pílula para dar um rebite no seu baixo astral.
A verdade é que não existe crescimento psíquico sem tristeza e sem que, em algum momento da vida, possamos sentir dor por algo que fizemos, pelo que perdemos, pelo que deixamos de fazer, por algum mal que causamos a alguém e que precisamos restituir. Por esta via escoa grande parte do sentido da vida. Sinceramente, pessoas incapazes de se entristecer são profundamente desinteressantes, rasas e pouco capazes de produzir algo, como o belo samba que fez Vinícius.


Por Francisco Carlos dos Santos Filho (franciscocsantosf@hotmail.com)

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Controlando o seu IMC para não ir parar no IML.



As siglas IMC (Índice de Massa Corporal) e IML (Instituto Médico Legal) são até bem parecidas, apesar de se referirem a coisas bem diferentes. Infelizmente se não dermos atenção a primeira, poderemos estar acelerando nossa derrocada rumo a segunda.

O IMC é determinado pegando-se a massa do indivíduo (não estou falando da massa que muitos andam consumindo com queijo ralado e molho, quando o correto deveria ser trocá-la por um parco pratinho de saladas), e dividindo-a pelo quadrado de sua altura (que pode destoar do círculo em que se encontra sua atual circunferência), onde a massa está em quilogramas (e deve ficar a quilômetros de distância de sua boca) e a altura está em metros. É através de cálculos como esse, que aprendi que não sou gordinho, e sim um pouco baixo para o peso que tenho (já escrevi isso em outros textos, mas gosto de repetir esta ideia, como quem recita um mantra enquanto bebe um copo de Fanta).

Vivemos em um mundo cheio de obrigações, deveres e prazos, e para aliviar um pouco deste stress vamos nos permitindo pequenos pecados à mesa. Estes pecados tendem a se acumular em nossas células de gordura até que sentimos o nosso corpo tão pesado quanto à consciência daqueles que se arrependem de ter pecado.

A diferença é que ao invés de irmos a um padre em busca de apoio e orientação, vamos até um médico, que examina nossos atos e, diante de nossa vida desregrada, passa severas penitências, denominadas: DIETAS. Tudo isso para voltarmos ao salutar e sofrível caminho das pessoas saudáveis (se bem que não existem necessariamente pessoas saudáveis, apenas pessoas que não foram examinadas o suficiente para que se encontrassem suas doenças).

Entre as penitências a serem rigorosamente seguidas, está o controle na hora das comemorações (casamentos, aniversários, formaturas, etc.), pois temos certa disposição natural a utilizar estas datas como desculpa para nos esbaldarmos nos sabores de vários quitutes que depois só nos trazem dissabores. E assim como os canibais fazem em suas confraternizações tribais, nós também gritamos entusiasmados: “Vamos comer, gente!” (só que no caso dos canibais a referida expressão é dita sem a virgula).

O hábito alimentar também é algo que nos atormenta. Por exemplo, desde que o ser humano descobriu os prazeres de comer coisas mortas, transformou-se em um urubu social, com um apetite carnívoro, tão voraz como o de qualquer piranha. A ideia de se comer folhinhas verdes foi relegada a outros mamíferos, como as nossas queridas vaquinhas malhadas. Podemos dizer mesmo que somos como as piranhas, e como todos sabem não existem muitas noticias de piranhas vegetarianas por aí, ao contrário, as piranhas adoram carne, tanto que não seria raro de se ouvir (caso fosse possível) algum papo entre piranhas, onde uma cutucaria a outra e, apontando para uma vaca sem uma das orelhas e sem o rabo, diria: “Ta vendo aquela mimosa ali? Pois é, tô comendo...”.

Realmente é muito difícil reverter esta atração pela carne, já que uma das poucas vezes em que o homem repugna este hábito é quando ele morde a própria língua, e como já diria aquela velha frase por mim agora parafraseada: “mordida na língua dos outros é refresco”.

Mas voltando as obrigações do dia-a-dia, vamos utilizar como exemplo uma academia de ginástica, onde empregamos esforço, suor e dedicação e isto lembra as atividades exercidas em locais de serviço, algo que queremos distância nas poucas horas de folga que dispomos. Por outro lado, comer guloseimas dá prazer, algo desejável antes, durante e após um estafante dia de trabalho. Tudo isso pode inclusive afetar a pressão arterial. A minha pressão (para se ter uma ideia) é de doze por oito, e seria ótima se não fosse uma pressão do tipo IBOPE (com uma taxa de erro gerando uma diferença de vinte e cinco pontos percentuais, para mais ou para menos).

Enfim, apesar de todas estas ponderações, é importante saber que controlando nosso IMC poderemos viver melhor e postergar para mais tarde a nossa derradeira ida ao IML, e um bom jeito de fazer isso é através de exercícios. Foi por isso que comecei a fazer academia, mas ao contrário de muitos que saem de lá se queixando de dores por todo corpo, comigo isso não aconteceu, ainda ontem fiz minha primeira aula, executando as atividades físicas ao máximo, chegando em casa e me atirando no sofá, sem sentir absolutamente nada, já que não sentia mais os bracinhos, não sentia mais as perninhas, nem o pescoçinho... Putz! Acho que exagerei...


* Antonio Brás Constante. e-mail: abrasc@terra.com.br

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Tenha uma vida financeira saudável...



...e cuide do seu orçamento pessoal!

“As pessoas de forma geral se endividam comprando coisas de que não necessitam para geralmente impressionar outras pessoas as quais elas não gostam”.

Um grande número de brasileiros não sabe como lidar com o seu orçamento familiar, ou seja, com suas receitas e despesas pessoais. O resultado, é que aumenta a cada dia o número de pessoas com dificuldades financeiras que estão endividadas (empréstimos bancários, cheques especiais, cartões de crédito,). Em muitas situações estas pessoas estão com seus nomes cadastrados no SPC, SERASA e Cadastro do Banco Central. Este endividamento pessoal ou familiar é em grande parte resultado, não apenas dos baixos salários, do desemprego, das altas taxas de juros, etc, mas principalmente da falta de planejamento e controle das finanças pessoais ou familiares. Portanto, eliminar o câncer do endividamento da sua vida financeira poderá contribuir para que você desfrute de qualidade de vida. Fique atento com o destino diário do seu dinheiro. Se você consegue poupar entre 5% e 10% do seu salário mensal, parabéns. Caso contrário, não desanime, veja onde focar o controle os seus gastos. Cuide bem do seu dinheiro e procure planejar de forma organizada e disciplinada as suas finanças pessoais ou familiares. Fique atento para algumas questões que são importantes para uma vida financeira saudável.
A primeira delas diz respeito a suas receitas, portanto a sua renda líquida. Observe quanto é creditado no banco da sua remuneração mensal. Atenção para os descontos: crédito consignado, imposto de renda, INSS, vale transporte, vale alimentação, vale farmácia, etc. Dependendo de cada caso podem ficar retidos até 31% do seu salário bruto. Considere sempre sobre o que sobra para os sues compromissos do mês. A segunda diz respeito às despesas domésticas. Isoladamente os valores podem ser pequenos, porém, quando você soma água, luz, gás, condomínio, telefone fixo, celular, assinatura TV, internet, aluguel, supermercado, farmácia, mensalidade escolar, pequenas manutenções, etc, os valores podem se tornar expressivos. Em terceiro lugar cuide dos seus impulsos consumistas. O consumismo compulsivo pode ser um verdadeiro flagelo para orçamentos frágeis. Muitas vezes potencializa o supérfluo ou o bem de uso esporádico. Pense bem antes de agir. Veja se você está realmente precisando comprar uma TV nova para encostar a outra, pois nem sempre é uma boa decisão. Comprar um computador que vai melhorar a sua performance profissional pode ser uma decisão mais racional. Pesquise preço, condições de pagamento e a utilidade da compra. O seu dinheiro é um bem precioso, trate-o com rigor e critério. Seja rigoroso consigo mesmo, não comprometa mais do que 5% do seu orçamento na compra de bens que não são prioritários para você e sua família.
O grande desafio atual do planejamento financeiro do orçamento familiar é a disciplina em relação às receitas e aos gastos. O que acontece de fato é que as pessoas gastam mais do que ganham e os seus orçamentos se caracterizam pelo total descontrole financeiro. Portanto, aconselho aos consumidores que estabeleçam algum tipo de controle de suas receitas e dos seus gastos por meio do planejamento financeiro. Consumir nos traz auto-realização e melhora a nossa auto-estima Porém, devemos evitar que isto sobrepuje nossa capacidade de geração de riqueza material e qualidade de vida comprometendo a nossa saúde física, mental, moral e espiritual.

Por Ginez de Campos. (ginez@terra.com.br)

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sábado, 23 de outubro de 2010

Saúde mental e violência nas escolas



Atualmente, fatos violentos fazem parte do mundo e da realidade de quase todas as pessoas. Alguns assimilam esses fatos e voltam a sua vida normalmente. No entanto, não é isso que ocorre com todos, especialmente com quem a violência atinge sistemática e frequentemente. Estas pessoas presenciam diariamente em seu ambiente atos violentos, que agem contra a sua natureza e têm influência negativa em seu desenvolvimento.
A escola inserida no mundo e neste contexto acaba sendo o palco onde a violência acontece, lugar onde a produz e a reproduz que, por vezes, inconscientemente é feita por alunos, professores, funcionários, ou até mesmo por pessoas que vem de fora dela, e vista como uma vítima desta realidade.
Também é notória a relação de troca entre o público e a mídia, principalmente a internet, que incentiva e propaga atos violentos, fazendo com que haja uma naturalização da violência neste ambiente, tendo como consequência a não percepção disso.
Nota-se que está se desenvolvendo uma cultura de violência, que se alastra e favorece todo um processo de banalização e naturalização das suas diferentes formas, principalmente a violência verbal e moral que humilha, machuca, dói mais que um tapa, deixando muitas vezes marcas profundas na estrutura do indivíduo e que são lembradas por toda vida (bulliyng).
Essa realidade preocupa muito a sociedade como um todo, pois, embora a escola tenha papel fundamental na formação de todos os indivíduos, ela constitui-se em um local onde também se adquire conhecimentos científicos e é o lócus de socialização e desenvolvimento pessoal devendo assim, ser um local de proteção para a comunidade escolar. Por isso, valeria indagar sobre de que forma a violência presente dentro do ambiente escolar e/ou a sua banalização estão interferindo sistematicamente no dia-a-dia? Qual o legado que quero deixar? Posso fazer algo para melhorar esta questão? Como posso ajudar a escola onde meu filho estuda? Tenho como cobrar das autoridades um auxílio para a escola ter mais segurança externa?

Alexandra Balke Cavassolla. (alexandrabalke@gmail.com)

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São Paulino sacana

Até que a morte os una



A afirmação: “Ninguém pode ser realmente feliz sem fazer a felicidade alheia no caminho que avança” é de Emmanuel, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier. Ignorar esta realidade pode nos levar a trancos e barrancos sem fim, na jornada de autoajuste.
Se existe um lugar que pode ser considerado um laboratório de experiências contínuas, para este fim, é o lar. Mas nem toda moradia familiar é um lar. Como nem toda cama de casal é um ninho. Quase não há preocupação em cultivar o respeito mútuo. Se não se valoriza a necessidade de harmonizar as diferenças, cada um fica no seu canto e deixa de fazer a sua parte. E que parte é essa? É a que faz o lar ser ajustado. As separações serem evitadas. A convivência ser agradável. É a prática e a vivência da bondade como parâmetro de vida. A conquista do amor em movimento, numa constante renovação. O carinho exteriorizado no olhar, no sorriso, na fala mansa. É a frase solta que vem do coração, quando sem mais nem porquê um diz para o outro: “ – gosto muito de você.” Isto põe por terra a frieza, fortalece os vínculos. Faz jus ao império da paz.
O contrário disto nem é preciso falar. Todos sabem sobejamente. É a imposição dos pontos de vista. A indiferença, as críticas ferinas, o mutismo humilhante. Quantos recursos para desfazer a família em vias de naufragar.
Embora a facilidade de atar, desatar e reatar laços em nossos dias, a liberdade de ir e vir sempre foi regida pelo bom senso e uma boa dose de responsabilidade afetiva com o outro. Vínculos não se desfazem com o trâmite de papéis, partilhas e o martelo do juiz. Há marcas que devem ser consideradas.
O casamento, instituição social reguladora dos laços familiares é importante. Tão importante que deve ser feito várias vezes, com o mesmo parceiro. Uma festa com tanta pompa e circunstância tem sua mensagem subliminar: a alegria do encontro deve ser revivida e comemorada para que não perca o encanto e não deixe à deriva as promessas de cuidados mútuos.
Quando estamos de amor novo, nos transformamos. Damos um chute na rotina. Mudamos o comportamento. Nos tornamos mais bem humorados. Renovamos o visual. Aprendemos coisas novas. Ousamos investir em amenidades como jogar conversa fora, viajar. Descobrir novos e apaixonantes lugares para uma degustação a dois, redimensionamento de pontos de vista. Olhamos o outro sem preconceito, como se o víssemos com o encanto da primeira vez. Perdemos peso. Ganhamos alegria de viver. Tudo isto bem baratinho, pois a companhia é a mesma, só muda o nosso modo de vê-la, acrescido de novas perspectivas. O resultado é assustador de tão bom.
Se não dermos esta volta por cima, na mesmice de sempre, continuaremos a arrastar correntes. Estaremos pagando pena. Sentiremos grande vazio quando ao fim de nossa breve existência, concluirmos: o casamento separou o que um dia foi só alegria. Na corda bamba dos sonhos desfeitos, os acordes das dúvidas sobre o que poderia ter sido feito e não foi. Acordes dissonantes martelados no eco do refrão: “ Até que a morte os una.”


Elzi Nascimento e Elzita Melo Quinta (iopta@iopta.com.br)

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Motorista responderá por crueldade por atropelar duas galinhas



Uma raridade nos foros do RS: por atropelar e matar duas galinhas, o caminhoneiro Alexandre Ribeiro do Prado, 24 de idade, transformou-se em réu de um "termo circunstanciado" encaminhado ontem (19) pela Polícia Civil ao foro da comarca de São Valentim, município de 3.230 habitantes, no norte do RS.

O atropelamento com duplo resultado fatal ocorreu na sexta-feira passada (15). O caminhoneiro responderá por crueldade contra os animais.

O fato apontado como "ilícito" foi flagrado pela promotora de justiça Karina Albuquerque Denicol, que viajava de Erechim para São Valentim, pela rodovia RST-480. Após ultrapassar o caminhão, ela assistiu pelo retrovisor ao atropelamento das galinhas.

Sustentando que "o fato poderia ter sido evitado, pois mesmo sendo no asfalto o veículo não andava em alta velocidade", a promotora acionou, pelo celular, a Brigada Militar.

Minutos depois, ao atingir o perímetro urbano de São Valentim, o motorista foi parado por PMs e encaminhado à delegacia de polícia. A representante do Ministério Público diz ter testemunhado que o motorista poderia ter evitado o atropelamento das aves.

Na DP, o motorista sustentou que como o caminhão-frigorífico estava carregado (12 mil quilos de carne suína), ele não podia parar subitamente, ante o risco de tombar.

O termo circunstanciado tem 16 páginas narrando o fato, com fotografias operadas pela BM. O documento foi enviado para o Ministério Público, e a promotora Karina Albquerque Docol não poderá intervir no feito - acusando ou pedindo o arquivamento - por ser testemunha do fato. Os autos devem ir ao promotor de uma comarca vizinha, que atuará como substituto.

Uma audiência já está marcada para o dia 3 de novembro e o benefício da transação penal pode ser oferecido ao motorista, pois ele não tem antecedentes criminais.

A comarca de São Valentim jurisdiciona também os Municípios de Benjamin Constant do Sul, Entre Rios do Sul, Erval Grande e Faxinalzinho, possuindo cerca de 1.200 processos em andamento. O juiz Alexandre Kotlinsky Renner presidirá a audiência.

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Filhos: mais que mil palavras: bons exemplos




Quem não conhece o velho ditado "um exemplo vale mais que mil palavras"? Essa máxima versa sobre o poder que temos de influenciar pessoas com nossas atitudes, ações e comportamentos. A verdade é que enquanto ensinamos pela via da palavra, os seres humanos em formação aprendem conosco, mas por um outro caminho, aquele que é formado pelo conjunto de nossas formas de agir.
O poder e a influência dos exemplos sobre a formação humana foi tema de recente pesquisa realizada pelo Projeto Atenção Brasil, que pela primeirta vez analisou o comportamento e a saúde mental da população infanto-juvenil brasileira. Segundo essa pesquisa, filhos de pais que não terminaram o Ensino Fundamental têm chance de até 480% maior de ter baixo desempenho escolar quando comparados a filhos de pais com maior tempo de escolaridade. Para os pesquisadores, a explicação para a essa influência está no estímulo que as crianças recebem dentro de casa. Marco Antonio Arruda, neurologista da infância e adolescência e coordenador do Projeto Atenção Brasil afirma que “nossos filhos se espelham em nós. Como querer que um filho leia, se os pais não lerem? O cérebro da criança é uma cidade com ruas e avenidas abertas, se não são utilizadas, estimuladas, essas vias se fecham, e se fecham para sempre”, explica.
Em um país como o Brasil, em que 23,5% da população adulta tem, em média, apenas quatro anos de escolaridade completos, o papel da escola necessita ser mais enfático e global. Isso quer dizer que quando não há a possibilidade de se contar com a influência da família, no sentido de introduzir a criança no universo da cultura letrada, cabe à escola apresentar-lhe as ricas e diversas possibilidades de toda a gama das linguagens humanas, tais como a música, as artes visuais, a dança, o teatro, a literatura, as ciências naturais e tantas outras.
No espaço educativo formal, o poder do exemplo continua falando muito alto às mentes e corações dos seres em processo de formação, sendo altamente eficaz para influenciar o desenvolvimento de hábitos de estudo, do gosto pela leitura, do prazer pela investigação, enfim de uma relação de afetividade e responsabilidade com o objeto de conhecimento. Mas de que forma um educador pode ser exemplo para dezenas de educandos? Luiz Maruni Curto afirma que a motivação, o entusiasmo, a diversão e o prazer são altamente contagiosos tanto quanto o tédio. Um professor que sente prazer e se emociona com os processos de ensinar e aprender comunica facilmente motivação a seus alunos. O contrário também. Felizmente, todos os professores, em alguma ocasião, se emocionaram, tiveram prazer com o ato de conhecer. Às vezes, pode ser necessário relembrá-los, fazê-los reviver a emoção para que possam compartilhar esta experiência com os próprios alunos.
Ao chegar às instituições educativas, milhares de educandos estão à procura de sentidos daquilo que os toca de modo visceral e é capaz de dialogar com suas inquietações cotidianas, ampliando sua forma de perceber o mundo. Dessa forma, o espaço da sala de aula precisa ser o palco de atores educacionais verdadeiramente comprometidos com sua tarefa. Tarefa que consite, em primeiro lugar, em convidar os educandos para a grande aventura de conhecer o universo, todos os dias e de tudo um pouco.
Cada um de nós, um dia teve um professor ou professora, que deixou uma marca indelével em nossas vidas. Mais que conteúdos e o compromisso com o currículo escolar, esse professor inesquecível vivia de forma vibrante tudo o que ensinava e nos desafiava durante todo o tempo a experimentar as incríveis possibilidades de sentir a vida e o conhecimento. Não é possivel prever o poder de nossas influências na vida dos educandos que passaram por nosso caminho profissional, mas é possível renovar, diariamente, nosso compromisso com a tarefa de educar e, no efetivo exercício da docência, demonstrar paixão pelo cultura e pelo conhecimento e, principalmente, pelo educando. Desafios a serem enfrentados não no plano das palavras, mas com bons exemplos que, seguramente, valem mais que mil palavras e representam excelentes influências.


Márcia Carvalho.

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