quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Brasil lidera reação das Américas contra o fumo



O Ministério da Saúde do Brasil conseguiu aprovar nesta quarta-feira (29) na Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) uma resolução para que os países do continente se unam contra as manobras da indústria do tabaco.
O texto, apresentado pelo ministro José Gomes Temporão na reunião do Conselho Diretor da OPAS, em Washington, Estados Unidos, representa uma reação das Américas contra as ações adotadas pelo setor tabacaleiro. A medida permite que os países possam se preparar ou ajudar as autoridades de saúde pública na proteção de sua população.
A indústria do tabaco tem buscado na Justiça local, nos tribunais e organismos internacionais impor obstáculos às medidas de controle de exposição das pessoas ao fumo.
O texto aprovado pela Opas reforça a necessidade de que os países adotem as diretrizes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, um tratado internacional assinado por mais de 190 países e que está em vigor desde 2005, sob os amparo da Organização Mundial de Saúde.
A convenção prevê, entre outras ações, a implementação de leis rígidas para banir o fumo em ambientes coletivos, a disseminação de advertências sanitárias fortes nas embalagens dos produtos, a restrição da propaganda e do patrocínio de eventos culturais e esportivos por marcas de cigarros. No caso específico do Brasil, tais ações são importantes para impedir o avanço do consumo dos produtos do tabaco.
Pela resolução brasileira, os países americanos rechaçam, em conjunto, as medidas adotadas pelas empresas do tabaco quando interferem ou criam obstáculos para as ações de saúde pública. Com o objetivo de ampliar o potencial dessa união continental, será promovido, por meio da OPAS, o monitoramento, que colocará em evidência as estratégias da indústria. A ideia é que, por uma comunicação conjunta e ágil, os países consigam reduzir a eficácia das estratégias da indústria e fortalecer as medidas regionais antitabagistas.
A proposta brasileira é uma reação à indústria do tabaco, que vem buscando por meio da Justiça e foros internacionais de comércio combater as leis e medidas do poder público contra o fumo. Em relação ao Canadá, as empresas questionam internacionalmente a lei que proibiu o uso de flavorizantes nos produtos do tabaco.
No Uruguai, o embate nos tribunais nacionais e internacionais é contra a medida que vetou a utilização de mais de uma apresentação comercial por marca, que davam enganosa a impressão de haver variedades menos nocivas do produto. No Brasil, a indústria tabagista tentou, em 2008, evitar a utilização das novas advertências sanitárias nas embalagens dos produtos de tabaco.
A pesquisa é resultado de uma ação realizada em 14 países, coordenada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Três em cada quatro entrevistados disse que viu, ouviu ou leu alguma informação sobre os riscos do tabaco para a saúde no mês anterior à pesquisa. Quase 100% responderam que sabem que o fumo causa doenças muito graves, como o câncer de pulmão, o infarto do coração e o derrame. Além disso, os entrevistados estão cientes de que até mesmo estar ao lado de quem está fumando faz mal.
Entre as medidas adotadas nos últimos anos no Brasil estão: a proibição de publicidade do tabaco, o aumento de impostos sobre o produto e a inclusão de advertências mais explícitas sobre os efeitos danosos do fumo nos maços. O Ministério da Saúde apoia ainda um projeto de lei que tramita no Congresso para acabar, de vez, com os fumódromos nos ambientes fechados e de uso coletivo.

Fonte: Ministério da Saúde.

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SALDO LIQUIDO NA POUPANÇA

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O sedentário hiperativo



Iguaim é um cidadão moderno. Trabalhador sedentário e hiperativo. Não tem outro jeito. Quem trabalha o dia todo em frente ao computador há que se conter com a diversidade de afazeres para se fazer sentado o dia inteiro.
Como uma aranha, Igauim passeia por diversas redes na tela mundial do computador, tornando-se um cosmopolita navegante no mar imenso da internet, repleta de informações (algumas delas equivocadas) e, vez por outra fica preso em outras teias dessa rede.
A modernidade se apresenta cheia de parafernálias da tecnologia, com apetrechos indispensáveis para facilitar a vida. Seu vislumbre requer danos físicos e psíquicos intensos. Todo trabalhador dessa estirpe possui uma saliência estomacal protuberante, que chega sempre primeiro que as demais partes do corpo. Com Iguaim não poderia ser diferente. A obesidade é um ganho moderno.
Antigamente não se via tanta notícia de tendinite, fibromialgia, depressões, transtornos bipolares e outros nomes complexos que não valem a pena citar aqui. Muitas doenças agregadas aos temperos sintéticos e alimentos enlatados repletos de conservantes são observadas nesse último século. O excesso das complicações de saúde também são ganhos da modernidade.
No meio de uma população intensa, qualquer bom cidadão se sente vazio, já que o individualismo é mola motriz dos interesses de cada cidadão. Pertencer a uma sociedade é fazer parte de um número, com diretos e deveres restritos aos seus interesses. Nas repartições, os serviços são prestados de tal forma que tudo fique bem controlado e comprovado. “O gado deve ser vacinado”. Por isso há tanto conflito. E de conflitos, a modernidade está bem mais cheia.
Iguaim também anda com medo de tudo e de todos, desconfia dos golpes na praça e entope sua casa com câmeras de segurança e equipamentos de segurança. No carro: vidros e portas fechadas. Nas ruas muitos se enclausuram por trás de óculos escuros e fones de ouvido para não dar conversa a mais ninguém. Antes, uma conversa era mais fácil de ser partilhada.
O sedentarismo é vício moderno, e esse mundo atual está cheio de manias estranhas. A hiperatividade parece ser uma necessidade de um tempo em que não há nenhum lapso a perder. Tudo é para já, em estágio acelerado. Antes, todo preparo deixava a espectativa do sabor mais intenso. A hiperatividade e o sedentarismo são também outros ganhos da modernidade.
Iguaim sofreu um ataque cardíaco fulminante. Não deu tempo de chegar até o hospital. Toda pressa que se tinha para ocupar o tempo foi desperdiçado pelos afazeres da vida. Num lapso de segundo o filme de sua vida correu ligeiro diante dos olhos e tudo pareceu um grande engodo, pois sempre quis conquistar alguns sonhos e sentir a calmaria distante da mansidão celestial. As agruras das pedras ceifaram parte de seu fôlego e as amarguras de suas feridas antigas nuncas se curaram para perdoar e ser perdoado.
Nós ainda estamos aqui, vivenciando fragmentos de tempo, corrompendo instantes que podem ser preciosos demais para deixar tudo o que é moderno dilapidar nosso ser. Ainda hoje podemos deixar no passado o que lá deve ficar. Ainda hoje podemos resgatar o tesouro de sonhos que outrora eram nítidos. Ainda hoje podemos tirar o peso dos ombros, o fardo galgado por tempos diversos e perdoar as próprias falhas. Pois a letra do lápis da vida não aceita borracha, não se digita Control Z mesmo na modernidade, mas as novas ações podem iniciar ciclos que consertam velhas etapas. No livro I Ching, o mais antigo do mundo, já se sabia que o perdão e o obrigado são segredos para a vitalidade da alma. Que você tenha tempo de resgatar suas preciosidades.


Leonardo Teixeira.(escritorleo@gmail.com)

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“Diz com quem andas e te direi quem és.”



“Diz com quem andas e te direi quem és.”


Acredito que todos nós tenhamos ouvido esta frase muitas vezes, e dependendo da nossa idade a tenhamos repetido muitas outras. Nossos pais, e os pais deles, e nós a nossos filhos, e muito provavelmente será repetida por toda a eternidade. Fala uma grande verdade. Qualquer que seja nossa profissão podemos encontrar exemplos que nos orgulham e outros que nos envergonham. Os exemplos que nos orgulham devem sempre existir e servir como guia e meta que devemos atingir, aqueles que nos envergonham devemos tentar eliminar para que não sejamos confundidos com eles.
Em todas as atividades humanas repete-se esta situação. Quando numa delas se respeita mais aos que denigram que aos que elevam estamos numa crise muito séria. Olhar para a publicidade obrigatória nos mostra a crise que nosso país está vivendo. O problema não são os candidatos que se apresentam com slogans ridículos, eles, a maioria das vezes, nem percebem o mico que estão pagando. O que é pior é que alguns até se elegem. Mas, o verdadeiro problema não são eles, são os dirigentes dos partidos que permitem que estas figuras sejam relacionadas a seus nomes e partidos. Há candidatos que notoriamente não possuem ficha limpa, mas aparecem abraçados a políticos supostamente impolutos. Há outros que não tem o menor conhecimento das responsabilidades que podem assumir caso sejam escolhidos, mas estão abraçados a políticos de muita experiência. A propaganda gratuita nos permite observar que alguns candidatos mal sabem expressar-se, mas tem o carimbo de capacidade do partido que os endossa.
O que digo aos dirigentes dos partidos que estão lutando voto a voto nas próximas eleições é a seguinte: Diz a quem apoias e te direi quem és. Sendo professor, percebo quais são os verdadeiros motivos para não investir em educação. Podem imaginar-se, queridos leitores, o que aconteceria se o nosso povo recebesse uma boa educação, que lhes permitisse avaliar o que realmente está sendo veiculado na propaganda gratuita.
Veriam que o vereador que escolhem tem a cara daquele que o escolheu, o deputado estadual escolhido é o espelho da região do estado que o elegeu, o deputado federal e senadores mostram a cara do estado perante os outros estados no Congresso Nacional. Nosso presidente será nossa imagem e voz ante o mundo.
De acordo a revista EPOCA Tiririca pode ser o candidato mais votado no país.
Então, meu amigo, me diga quem é seu vereador, quem são seus deputados e senadores, e quem é seu presidente, que lhe direi: Eu sei quem você é.

Ricardo Irigoyen

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Desligue o celular, por gentileza



Você se lembra do seu primeiro celular? Consegue se lembrar como era a sua vida antes deste aparelhinho mudar a sua vida? O que ninguém sabe é o que estas mudanças trarão a longo prazo para as nossas vidas. Outro dia, observei durante muito tempo um garotinho e seu pai enquanto o menino comia um lanche. De onde estava não podia escutar o que falavam, mas é possível imaginar. O pai já estava ao telefone quando se sentaram à mesa, portanto não posso afirmar de onde partiu a ligação. O fato é que, após instalar o menino e entregar-lhe o lanche, o pai continuou falando com o interlocutor distante. O menino comeu bem devagar o lanche inteirinho e começou a brincar com a caixinha do lanche e um brinquedo, com o qual conversava, fazendo mil expressões faciais. Olhava de quando em quando para o pai e esperava com um olhar de cachorrinho perdido. E o homem continuava lá, no seu diálogo cheio de risos e gestos.
O menino não desistiu até o fim. O pai não lhe perguntou se o lanche estava bom, se estava quente, se estava frio, o que tinha estudado aquele dia, como estava se sentindo. Provavelmente não sabe a cor favorita do filho, nem a canção que aprendeu na escola, nem mesmo seu super herói.
Em dado momento, o homem - ainda ao telefone - pegou o menino pela mão e foram caminhando em direção à saída. Ao passar pelo quiosque de doce, o menino apontou com o dedinho, mas o pai não estava prestando atenção. Saíram um puxando o outro, que arrastava o brinquedo pela mão.
Fiquei eu com meus botões, pensando em como os encontraria daqui a alguns anos. No meu futuro imaginário, o pai reclamaria do filho que se tranca no quarto, trocou os amigos imaginários por amigos da internet e usa fone de ouvido o tempo todo, ouvindo sabe-se lá o quê. Também vai dizer que o filho não o obedece, que não quer mais fazer programas com o pai e que entre os dois não existe diálogo.
Ou talvez não, talvez seja a última vez que aquele pai saiu com o filho sem desligar o celular, a última vez que ele deu mais importância a alguém que lhe provocava risos em vez de ouvir o que o filho dizia ao seu brinquedo. Talvez ele tenha percebido, ainda no estacionamento, que o filho queria comer um doce e tenham voltado, desta vez sem o telefone e partilhado um sorvete, risadas e histórias.
E que por isso, o futuro seja diferente.
Quem é importante de verdade para você? O que é importante de verdade para você?
Nunca sabemos quando é a última vez que estamos com alguém. Por isso cada momento com quem realmente nos importamos deve ser valorizado. Por meia hora, o tempo de um cinema, um dia inteiro, não importa. Se você está do lado de quem realmente importa, desligue o celular, por gentileza.


Estela Casagrande.

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sociedade, igreja e família. Drogas, não!



Décadas atrás, o drogado era aquele indivíduo que se arriscava a consumir alguns cigarros de “marijuana” em lugar do tabaco que a indústria anunciava como símbolo de status e jeito moderno de viver.

Com o passar dos anos, fumar tornou-se um pecado e as drogas – que tinham no cigarro e no álcool suas principais portas de entrada – evoluíram para substância mais fortes, provocadoras da morte dos viciados e da desagregação social. Hoje cocaína, crack, haxixe e outras drogas, estão presentes em toda parte e, para agravar o quadro, são distribuídas por grandes organizações criminosas, antes inexistentes.

Tanto que o velho maconheiro tornou-se um ser fora de moda e chegam a existir movimentos irresponsáveis que pregam a legalização da erva.
Todo o cuidado é pouco para evitar que o jovem seja adotado pelo traficante e traga a desgraça para si e sua família.

Muitos pais, mães, irmãos mais velhos e outros parentes não conseguem conversar com seus jovens sobre os males do vício e, até, chegam a ter medo de, abordando o assunto, despertá-los para o mal. Algo precisa ser feito urgentemente para salvar esses meninos e meninas, que representam boa parte do futuro do País.

Não basta a repressão policial, que deve continuar e ser ampliada em relação àqueles que traficam e disseminam o vício. É preciso mais do que isso. A sociedade tem de ser preparada para proteger a juventude, potencial consumidora, para, com isso, aniquilar o mercado do tráfico. Se não houver consumidor, o negócio deixa de existir. É lei de mercado.

As escolas, igrejas, ONGs e toda a estrutura social devem ser mobilizadas para preparar a família em relação ao flagelo das drogas. Pais, mães e outros familiares precisam ser conscientizados de que, se não fizerem sua parte, um dia ou outro, suas crianças estarão perdidas. O governo deveria, de alguma forma, treinar as famílias para abordar o tema e salvar seus filhos e netos. Mesmo que, para isso, tivesse de conceder dias de folga remunerada ao trabalho para que adultos frequentarem as sessões de treinamento sem prejuízo nos seus rendimentos. Seria um custo baixo para tamanha obra social. Promover um mutirão permanente de palestras e orientações, promovidas pelo governo, igrejas, escolas e entidades, conscientizando sobre os males da droga.

Não basta lotar as cadeias de traficantes. Muitos deles, devido às falhas do sistema, mesmo presos, continuam comandando o tráfico e viciando a juventude brasileira. O Brasil precisa de um brado cívico e social que aniquile o tráfico pela falta de mercado. Da mesma forma que, embora lentamente, vem se fazendo com o tabaco e deveria ser feito com o álcool.

Se tivermos a população conscientizada dos males que os vícios trazem à saúde, à família e à sociedade, ela própria os eliminará e poderemos, finalmente, voltar a pensar num futuro melhor...

Dirceu Cardoso Gonçalves.

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Muita calma nessa hora!!!



Não é de hoje e nem será a última vez que este estado elétrico que envolve e conduz o processo eleitoral acontece (a ponto de provocar curto-circuito no Supremo). Todas as eleições – anteriores e futuras – foram e serão assim. E note que não estou fazendo nenhum “ajuste” de redação para “melhorar” tempo verbal: para mim, o passado é passado e o futuro é futuro. Muito menos, pretendo que tempos distintos signifiquem a mesma coisa materialmente – a minha miopia linguística e lógica não chega a tanto, mas reconheço que na ótica política tudo é possível, devo admitir em nome da sinceridade. As regras políticas fogem de tudo, inclusive (ou sobretudo?) do bom senso. Apesar de que, se existisse, pelo menos, um sensozinho normal já estaria de ótimo tamanho: no caso em tela – eleições 2010 – e do jeito que as coisas estão caminhando, bom senso seria até um luxo a mais. Nem passa pela minha cabeça pedir tanto. Estou farto de saber que juízo e bom senso em política é manga de colete e não sei se viverei para ver algum.
Está coroada de êxito a confusão. Ao se declarar em situação de impasse, o Supremo Tribunal Federal, o guarda da Constituição, foi além do que pode imaginar a vã filosofia. Embora cheios de não me toques para não ferirem o Legislativo os ministros – ninguém me contou, vi durante 11 horas, pois fiquei colado na tela do meu televisor para extrair de suas excelências as mais diversas reações –, anunciaram o que sempre me perturba e inquieta: a lei, seja ela qual for e em qualquer tempo, jamais deveria ou deve atentar contra a segurança que ela mesma tem a responsabilidade de garantir. Precisamente o que vem acontecendo. Lei malfeita, direito capenga. Aí não há imparcialidade que resista.
A questão da Ficha Limpa sujou tudo. E me pergunto (agradeço se ninguém me responder, porque tenho a minha própria resposta, depois de tantos anos dentro do ambiente): será que no meio dos que querem a Ficha Limpa – não me refiro aos inocentes que assinaram o projeto – não há quem quisesse que ela chegasse aonde chegou, toda contaminada de dúvidas para impedir a sua aplicação? Numa situação tal, a segurança jurídica, primeiro apoio da justiça, estaria preservada como princípio?
Calma, gente, a coisa só está começando; mas tem um jeito: enquanto o “seu lobo não vem”... o melhor é votar diretamente dia 3 de outubro, o que amansa um pouco a dúvida de inconsticionalidade formal da Lei da Ficha Limpa, primeiro questionamento levantado pelo ministro Cezar Peluso, simplesmente presidente do STF. Para mim, vício de origem legislativa não é um pecadinho venial qualquer (e nada de data venia). Mas, não se preocupe comigo, não, porque apenas imito Cícero quando denunciou a conspiração armada em Roma por Catilina.

Iram Saraiva.

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O medo e sua face oculta



Muitos estudiosos de fisiologia, psicologia, psicanálise, e sobretudo de medicina, além dos espiritualistas que acreditam incondicionalmente na interdependência do psíquico atrelado ao somático, já vasculharam o medo e todos os seus desdobramentos: como este se manifesta, seus prenúncios, suas prevenções e, sobretudo, suas maléficas consequências, procurando ensinar-nos verdadeiras fórmulas para mantê-lo a distância, embora nem sempre chamam a nossa atenção para o pior. Vamos diretamente ao assunto: O medo pode matar!... Se duvidam, aqui deixamos registrada uma passagem histórica:
Conta-se que o Imperador Francisco II, certa vez, ao atravessar a ponte de madeira sobre um regato, no parque do Palácio, foi de súbito empurrado por seu bobo e tomou um belo banho! Isso o rei não pôde aturar. Muitas dessas lhe fazia o bobo. Estava ficando cada vez mais confiado e precisava de uma lição. Gostando sinceramente dele, o rei contentou-se em dar-lhe simplesmente um bom susto. Queria apenas pegar-lhe uma peça, fingindo que o condenava à morte. Fez reunir a gente encarregada de execução, colocar no centro do pátio o cepo e mandou vir o aterrorizado anão. Quando ele reclinou a cabeça sobre o cepo, em meio ao silêncio mortal, o carrasco deu-lhe um golpe seco na nuca, com um pano molhado. Então, a uma só vez, caíram todos na risada. Eram gargalhadas e mais gargalhadas, e nada do gaiato se mexer do lugar.
– Já está fazendo graça novamente! Exclamaram todos...
Foram ver e ele estava morto. De medo.


Ático Vilas-Boas da Mota.

Viram como o medo pode matar? Você tem medo de quê???

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A má educação dos nossos políticos.



Faltando exatos seis dias para as eleições de 2010, quem aqui já tem seus candidatos? Quem lhe representa, ou melhor, quem vai representar você politicamente? Por mais que as risadas imperem durante a propaganda eleitoral obrigatória, o assunto é sério. Bem sério. Creio eu que a consciência política do brasileiro evoluiu muito se comparada com duas décadas atrás, mas ainda precisa evoluir mais. E tal passo só será dado, quando a população tiver acesso a três coisas básicas: educação, saúde e cultura. E esse tripé, de certa forma, inexiste dentro do território nacional.
Infelizmente, as pessoas políticas deixam de lado a primeira base dessa trinca, para dar espaço ao oportunismo, ao aproveitamento pessoal e, muitas das vezes, para o enriquecimento ilícito com dinheiro público. Claro que a enxurrada de denúncias em diversos planos da esfera política nacional é, de certa forma, uma jogada eleitoreira para arrancar votos uns dos outros. O problema é que ao invés de apresentarem propostas concretas e sinceras, nossos candidatos preferem fazer uso do denuncismo através de um festival midiático cujas cifras extrapolam a nossa capacidade de assimilação. Basta ver quanto que vale um salário mínimo.
Falta educação para o povo brasileiro? Sem sombra de dúvidas. O problema é que essa tal educação também inexiste no homem político. Basta retroceder um pouco na memória para ver quanto dinheiro saiu dos cofres públicos e entrou direto em bolsos alheios. E é aí que a situação esquenta. A ideologia do “se eles fazem, eu também vou fazer” é imbecil e virulenta. Imbecil porque não condiz o que deveria prevalecer como verdade. É um atentado violento ou pudor e a integridade de toda uma nação. E virulenta, pelo fato de se propagar com uma rapidez assustadora, já que hoje podemos contar nos dedos das mãos quantos políticos não têm o nome envolvido em algum escândalo falcatrua.
Assumo aqui que ainda não consegui acreditar em alguém que possa vir a representar tudo o que considero como correto e necessário para melhorar o Brasil, apesar de faltar muito pouco para as eleições. Que páreo duro de resolver. Toda a educação que tive em casa e na escola, todo o acesso ao conhecimento que me possibilitaram e que corri atrás para construir me tornam uma pessoa que faz parte, infelizmente, de uma minoria esmagadora desse lado de cá do trópico. A maioria das pessoas não consegue encaminhar os estudos, vivem em condições muitas vezes subumanas e, por causa disto, acreditam em propostas milagrosas e pueris. E isso é triste.
É difícil acreditar que com tanta roubalheira escancarada, ainda possamos crer no bicho político que nos é apresentado pelos meios de comunicação. Fica complicado ver que muita coisa melhorou, mas para que isto acontecesse, muita sujeira e descaso tiveram que imperar no palco político nacional. Sei bem que a esperança é a última que morre. É deve ser assim mesmo. E de nada adianta ficar parado, olhando o barco passar.
Precisamos lutar pela verdade, pela integridade de caráter. Nossa e daqueles que vamos eleger. Precisamos agir antes que a coisa degringole mais ainda. Porque, caso contrário, o navio perde o rumo e daí, os primeiros a abandonarem a barca são os ratos. Vote conscientemente neste domingo. Informe-se, dialogue, investigue. Para que depois, quando algo der errado, você possa cobrar e fazer valer seus direitos como brasileiro que somos.
PS: E quem vai limpar toda esta sujeira político-partidária que jaz nas ruas da cidade? Bem que cada candidato poderia juntar seu próprio lixo, certo? Vitorioso ou não.


por Daniel Bittencourt.

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domingo, 26 de setembro de 2010

Consciência ambiental ou miséria?



A matemática é uma ciência exata, mas deve-se ter muito cuidado com informações que coloquem números e estatísticas como único modo de análise sobre um assunto. Os números, mesmo os positivos, podem esconder visões ou desviar a atenção das pessoas sobre outros problemas decorrentes daqueles próprios números “maravilhosos”. O Brasil lidera o ranking de reciclagem de alumínio desde 2001. Nenhum país recicla tanto alumínio quanto nós. Motivo de orgulho? Talvez. Dados da Associação Brasileira de Alumínio (ABA) revelam que 160 mil pessoas vivem exclusivamente da coleta de latas de alumínio. Esse número pode ser maior se considerarmos as pessoas que catam latas mas têm outra atividade. É fácil encontrar por toda a cidade pessoas revirando os sacos e latões de lixo nas ruas, outras percorrendo a orla perguntando se as nossas latas estão vazias. Nos shows ao ar livre os catadores se vêem num ‘paraíso’. Há ainda os que ficam ‘assistindo’ você beber, talvez tomando conta da lata como uma pedra preciosa, já que a concorrência é enorme.

Segundo a ABA, este mercado está consolidado no País há 16 anos e em 2005, 96,2% das latas utilizadas foram recicladas, movimentando mais de R$ 400 milhões. Mas quanto ganha um catador? Quanto vale passar o dia e a noite revirando latas de lixo? Quando e como vão se aposentar? E a insalubridade? Gostaria de ver nesta área mais cooperativas, ONGs, instituições públicas e privadas apostando na construção da dignidade dos sem-teto, dos sem-emprego, dos sem-perspectivas, dos sem-nada e, de quebra, contribuindo para conservação do meio ambiente.

Algumas empresas privadas parecem interessadas neste nicho de mercado. Outro dia recebi uma propaganda de uma empresa que se oferecia para recolher o lixo reciclável. O lixo deveria estar devidamente separado, identificado e em frente ao portão da casa. Além de ter todo esse trabalho (pelo bem da natureza) eles ainda cobram pelo serviço, que provavelmente será realizado pelos mesmos catadores de sempre, pois quando o caminhão da empresa chegar, já não haverá o que recolher.

Por que ao invés de campanhas publicitárias caríssimas o governo não investe em um programa sério de reciclagem junto às Prefeituras, dando emprego, dignidade e perspectivas para essas milhares de pessoas? Um programa que investisse na diversificação dos materiais recicláveis cuidando da logística e da comercialização. Mercado há. Na semana passada, fui ajudar um amigo a se livrar de umas caixas que ele tinha em casa. Descemos as escadas com uma caixa e colocamos no local onde se coloca o lixo e fomos buscar outra. Quando chegamos de volta à rua com a segunda caixa já tinha um senhor com um carrinho (um burrinho sem rabo, diria a minha avó) pegando os papelões e perguntando se tinha mais. E quem ganha com isso? O meio ambiente? ... O governo, que pode usar os números estatísticos? ... A população, pois é uma maneira barata de melhorar a limpeza das cidades? ...

É a miséria a serviço do progresso.


André Maciel

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sábado, 25 de setembro de 2010

Pré-natal também para homens



Estimular os futuros pais a fazerem um check up durante o pré-natal da parceira é o que pretende a partir de agora a Política Nacional de Saúde do Homem. A ideia é que os profissionais de saúde aproveitem o momento em que o homem está mais sensível, às vésperas de ser pai, para incentivá-lo não só a acompanhar as consultas durante os nove meses de gestação da parceira como também a realizarem exames preventivos. O princípio é: ele precisa se cuidar para cuidar da família.

O Ministério da Saúde apoia diferentes iniciativas locais de "pré-natal masculino". Em Ribeirão Preto (SP), profissionais do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) incentivam os futuros pais a realizarem exames para diagnóstico precoce e tratamento de doenças que podem afetar a saúde da mulher e, por consequência, a do bebê.

As ações são desenvolvidas no campus da USP em Ribeirão Preto. O principal objetivo é combater Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), por meio de exames de sífilis, HIV e hepatites virais B e C. Na oportunidade, médicos também diagnosticam hipertensão arterial, diabetes e colesterol. Além disso, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Ribeirão Preto promovem reuniões mensais com os casais para informá-los sobre as alterações que podem ocorrer com a mulher e entre o casal durante a gravidez e o nascimento do filho.

Para realizar o trabalho com os homens, os médicos do hospital universitário foram capacitados a abordá-los de maneira acolhedora. A mulher é convocada a ir com o parceiro à primeira consulta do pré-natal, quando o médico prescreve exames para o homem e o convida a participar das reuniões de esclarecimentos e orientações.

Doenças
Considera-se que, por motivos culturais, os homens têm mais resistência a procurarem cuidados médicos e terem atitudes preventivas com relação a problemas de saúde. Segundo estudos do Ministério da Saúde, a população masculina geralmente procura os serviços de saúde por meio da atenção especializada, já com o problema de saúde detectado e em estágio de evolução.

Muitos deles também não seguem os tratamentos recomendados. Indicadores mostram que os homens têm hábitos de vida menos saudáveis e estão mais suscetíveis a fatores de risco para doenças crônicas.
As internações de homens por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de álcool representam 20% de todas as internações no SUS. Eles apresentam, entre outros problemas, mais doenças cardiovasculares, colesterol elevado, diabetes e hipertensão.

Fonte: Ministério da Saúde


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A depressão da matéria ao espírito



Morre um milionário que tinha depressão. Vários profissionais de saúde aparecem na mídia, cada um com uma hipótese, um diagnóstico midiático, um acho, uma teoria, um talvez. Nenhum dos citados conheceu o falecido, porém todos especulam o motivo pelo qual um homem tão rico põe fim à própria vida.
Atestando a própria incompetência, certos profissionais de saúde vêm a público para “garantir” que depressão não tem cura, mostrando o seu despreparo , por vezes retirando a esperança de melhora de um paciente que não está bem. Por que não ficar calado? Para que falar asneiras? Outros “profissionais” emergem apenas para satisfazer o processo de sadismo da mídia, no jornalismo sanguinário estilo “quanto mais sangue, melhor”. Assim, análises psiquiátricas, laudos psicológicos transgridem a moral e a ética, expondo de forma vil a suposição sobre a vida de falecidos, baseado na condenação pelo senso comum de “achos” e “talvez”. Fofoca virando hipótese diagnóstica na retroalimentação da carnificina midiática. Tudo para que um “doutor” vire celebridade, mostrando que é mais um prisioneiro do senso comum, da fofoca, exercitando o julgamento moral do que desconhece. Para que ter ética ou o respeito ao próximo? O que significa respeito?
Atualmente, artistas, milionários, celebridades têm depressão como toda pessoa. Ninguém está livre de ter uma patologia mental por que tem ou não dinheiro ou fama. Doenças, como a morte, são democráticas. Atingem a todos, independentemente de religião, idade, raça, classe social, nível cultural, gênero. Por que idolatramos os que se sobressaem em nossa sociedade, esquecemos que todo milionário e artista também é gente. Sofrem, têm ressaca, levam fora, choram, têm sensibilidade, sentem solidão, às vezes necessitam de um ombro amigo e de um amigo que não os olhe apenas como uma chance de fazer um bom negócio.
No mundo materialista em que vivemos, no qual o que importa é ter e não ser, há frequente inversão de valores espirituais como a solidariedade, o amor, o cultivo da consciência, a busca de autorrealização, tudo vem sendo trocado por um consumismo exacerbado pela vaidade e pelo egoísmo. Por que tanto isolamento e tanta ilusão em nossas vidas? Por que fazemos questão de fomentar a vida vazia? Durante os vários anos que atuamos tratando diariamente de pacientes com depressão percebemos que as crises, em verdade, evidenciam o confronto da consciência com o nosso destino. Quem sou, de onde vim, para onde vou? A epidemia de depressão na atualidade evidencia a crise da individuação, na qual o ser humano perdeu seu referencial de autorrealização. Racionalismo exacerbado, projeção de culpa, rótulos superficiais, egoísmo, apatia, carência, materialismo , tudo isto faz parte do projeto pós-moderno de existir em sociedade. Podemos escolher a vida superficial e sem sentido ou a consciência crítica e a busca de realização. Mas a dúvida imposta pelo universo, pela depressão, é a seguinte: como encontrar sentido e alegria na casca, no vazio da superficialidade, no consumismo ou no materialismo?

Jorge de Lima. Para saber mais: www.olhosalma.com.br

CERVEJA DE PANELA



Foi-se o tempo em que uma moça deixava a casa dos pais apenas para se casar. Durante este período, ainda recente em nossa memória, lar era quase sinônimo de família. Tanto que havia toda uma preparação, o enxoval. Nele, conjuntos completos de roupa de cama, mesa e banho; jogos de jantar, baixelas, faqueiro etc. Também o divertido chá de panela. O rapaz? Não, ele não se preocupava com nada disso. O negócio dele era estudar e trabalhar. Um bom emprego era tudo o que um homem precisava para constituir uma família. Ah, e uma noiva, de preferência.
No pós-feminismo, por coincidência ou não, sobejam os lares de solteiros. Se antes havia uma espécie de linha direta da mão do pai para a do noivo – e da mãe para a da noiva –, agora quem parte para sua casa o faz com seus próprios pés e pelas próprias mãos. As meninas foram à luta e conquistaram seu lugar no mercado de trabalho. Logo, não precisam mais de um marido para garantir-lhes o sustento. Porém, não perderam de todo suas habilidades de donas de casa. Digo de todo por conhecer mulheres que, como reza o ditado, não sabem fritar um ovo. Mas, em regra, seus apartamentos são um exemplo de ordem e correção.
Para os moços, a parte do sustento sofreu poucas alterações. A novidade da solteirice independente é não terem mais ninguém para aquela mãozinha nas tarefas domésticas. Nossa liberdade, portanto, passa pelo processo inverso: rumamos para a conquista do lar. Para cada mulher que atinge sua valorização com um cargo de gerência ou diretoria, há um homem se vangloriando em saber qual o melhor amaciante na prateleira do supermercado. Umas sofrendo as pressões de planilhas com maus resultados, outros cuidando para não ver frustrada a receita do jantar.
Porém, existe uma diferença conceitual que ainda precisa ser superada: as feministas lutavam pela igualdade por sentirem-se diminuídas no papel de mães e donas de casa. Assim, é muito mais difícil para o homem ostentar com orgulho sua habilidade para, por exemplo, esticar os lençóis. Há algo impregnado no tecido social dizendo para ele que isso é tarefa menor. Homem que é homem, nos padrões machistas, não arruma a cama: arruma uma namorada que faça para ele. Ou, no mínimo, paga uma empregada. É bem difícil promover avanços quando eles parecem retrocessos...
Essas reflexões surgiram pelo súbito interesse que tive em montar uma lista tipo "chá de panela" para um rapaz que veio de outro Estado para cá apenas com seus livros e roupas. Em minutos, e de memória, elenquei mais de trinta utensílios indispensáveis para um lar, desde a área de serviço, passando pela cozinha e chegando ao banheiro. A intimidade com a rotina doméstica me assustou. O ímpeto em ajudar outro homem a ter uma casa decente, sentimento quase maternal, apavorou-me. O fantasma do machismo espreita nossa alma.
Resolvi o dilema com duas constatações tranquilizadoras: o item primeiro da minha lista é um conjunto de ferramentas. Nem escrevi chave de fenda, Phillips, alicate, chaves de boca, martelo etc., por considerar masculinamente óbvio. Depois, achei melhor chamar de "cerveja de panela". Perfeito mesmo, só se o evento coincidir com um Gre-Nal na TV: o negócio é garantir o quorum.


Rubem Penz.

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O protótipo de eleitor que temos!



Dizem por aí que quarenta e oito por cento da população votante não tem acesso à mídia ou não quer ter. Os demais, os que assistem à TV ou leem revistas ou periódicos, ficam divididos em relação às informações repassadas. Seriam verdadeiros os resvalos ético-morais de pessoas que participam dos órgãos oficiais do governo ou seria cisma dos grandes órgãos de imprensa para tentar provocar um segundo turno nas eleições que se aproximam? Por que fariam isso, os órgãos de imprensa, se nunca antes na história deste país estivemos tão bem? Os índices econômicos, a geração de emprego e renda, o dólar em baixa e o acesso das classes menos favorecidas aos bens de consumo divulgados à exaustão pela oficialidade governamental dizem que o país finalmente entrou nos trilhos do desenvolvimento. Dizem que o Brasil foi descoberto há oito anos.
Então, a questão é a seguinte: estamos bem, muito bem, e a imprensa, que sempre foi contra todos os governos, fica fazendo fofoca porque, apesar de todos os dados divulgados, "nada está provado". Imaginemos que os "enganos" divulgados por esta "imprensa podre" tivessem acontecido à época de Fernando Henrique ou José Sarney. Imaginemos, apenas por exercício, a convulsão gerada e pedidos de impedimentos e renúncias dos líderes gerenciais do governo, além de cassação das candidaturas de pessoas ligadas aos escândalos.
Mas, como a maioria não lê e não ouve ou não interpreta o que lê ou ouve, ou, ainda não quer ler ou ouvir, quero simplesmente fazer constar que estamos exatamente igual a um século. Naquela época, maioria era analfabeta e os que governavam faziam-no por favorecimentos e direcionamento de pequenos grupos. Isto está bem documentado nos livros históricos de Murilo Mello Filho, Eduardo Bueno (Peninha) e Leandro Narloch, entre outros.
Há uns tempos os problemas político-sociais eram creditados aos militares. O que causava constrangimento internacional eram as normas militares que ordenavam as ações no país. Atualmente, o que constrange aos que leem ou assistem à TV são os problemas divulgados na Casa Civil. Mas, nada está provado e cortarão na própria carne, segundo dizem.
Então, a gente, cidadão comum e que deixaremos o Brasil para nossos filhos, queremos além dessas bandeiras sociais deixar um butim de decência e comportamento público compatível com que a posição exige. Queremos, os cidadãos comuns, um índice de desenvolvimento humano que represente valores humanos e não somente acesso aos bens de consumo. O que nos tira o sono é maneira com que as pessoas que nos representam tratam a coisa pública, independente do partido que, fisiologicamente, ora ocupam. A gente, cidadão comum e que paga impostos, quer deixar um legado de decência. Outros, nem tão comuns assim, querem deixar um butim financeiro aos seus. É a dissonância entre os que votam conscientemente e os escolhidos, exercício de pura democracia (e lutamos por isso, cada qual a sua maneira) que tira o sono do cidadão comum. É o que vamos deixar, se o que vamos deixar está à altura dos sonhos juvenis de nossos filhos.
Em nossas praças foram instalados bancos de concreto para que as pessoas fiquem bem acomodadas, conversassem ou simplesmente, tomassem sol. Alguns, recentemente, foram literalmente quebrados, dilacerados, reduzidos a pó. Talvez, quem tenha feito essa ação violenta seja eleitor. Talvez quem tenha essa atitude vá fazer a diferença independente do partido em que vá votar.
Estou pensando que já fomos mais aguerridos em protestar.
Antes fazíamos passeatas de cem mil pessoas para tirar os militares do poder. Agora quebramos bancos de áreas de lazer e criticamos os órgãos de imprensa. Baderneiros sempre existiram, aproveitadores também, alienados idem.
Será que esse quebrador de coisas públicas é o protótipo do eleitor? Será que é isso o que nos representa?


Jorge Anunciação em ONacional.

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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Será a internet, o admirável mundo novo?



Em breve, a maioria das cidades brasileiras serão consideradas centros digitais. O acesso será gratuito e possível em qualquer lugar das cidades. Estuda-se, também, a possibilidade de que todos os alunos das redes municipais e estaduais tenham um computador a sua disposição. Isso pode revolucionar as metodologias e as práticas educativas. E consolidar um novo período da História, com o acesso universal às novas mídias e com a definitiva instalação de um novo jeito de se comunicar e de se relacionar. Temos pela frente novas esperanças e novos problemas.
Com a criação e a intensidade no uso da Internet inaugurou-se uma nova concepção de espaço e um modo diverso de compreender a cultura. Para compreender esse fenômeno, foram criadas duas novas palavras: o ciberespaço e a cibercultura. Pierre Lévy define o ciberespaço, ou rede, como “um novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores”. Essa conexão não é apenas dos aparelhos; também se conectam os conteúdos e as pessoas.
Quanto à cibercultura, ela significa o conjunto “de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço”. Em outras palavras, com a Internet emergiu uma nova visão do mundo, outro jeito de estabelecer as relações, outra forma de consumir, de acreditar, de conversar e de viver.
De agora para a frente, duas palavras nos deixaram sem sossego: a abundância e a obsolescência. Cada vez mais temos a abundância de conhecimentos e informações, sem conseguir lidar com tudo isso no trabalho profissional, no ensino–aprendizagem e no cotidiano da vida. E tudo, com incrível velocidade, torna-se obsoleto, superado. E passamos a chamar de “carroça” o computador de compramos há poucos meses, de aparelho “do tempo do onça” a televisão de tela plana, de peça de museu o telefone celular que serve à função apenas de conversar.
A Internet será o centro espacial e cultural das redes do futuro. E vai inaugurar um “admirável mundo novo”. Ela vai favorecer as relações e as transações; vai criar novas sincronias para as tarefas; vai descentralizar as atividades; vai reduzir os custos de comunicação; vai democratizar o acesso à informação; vai reorganizar os locais e as relações de trabalho; vai criar novas possibilidades de compra, venda e consumo. Nesta perspectiva, parece se realizarem em plenitude os antigos ideais da modernidade iluminista. Há igualdade entre todos os internautas; há liberdade para o acesso além fronteiras; e há fraternidade onde se formam comunidades mundiais (Nalini, 2009).
As novas facilidades da Internet nos vão permitindo feitos extraordinários, sequer imaginados há poucos anos. Para certa parcela da população, a Internet é usada como fonte de pesquisa ou como meio para fazer a reserva de livros na biblioteca e matrícula na universidade. Usa-se a Internet para comprar e vender, para a leitura de livros e de jornais, para criar amizade, encontrar namorado, conversar com familiares distantes ou, simplesmente, para “navegar”, gíria usada para o passeio virtual.
Novas facilidades também trazem consigo novos problemas, que desafiam a Ética, o Direito, a Educação e a Psicologia. Os novos relacionamentos virtuais pela Internet tendem a substituir os relacionamentos reais, o contato com pessoas de carne e osso, e produzem uma imagem falsa e artificial das pessoas. Com a mesma intensidade da dependência provocada pelas drogas, o computador está produzindo novos dependentes, incapazes de viver sem ficarem ligados on line o tempo inteiro, madrugada adentro. Nas pesquisas, há incontáveis trabalhos que são apenas copiados e colados, sem leitura, reelaboração da linguagem ou citação das fontes bibliográficas e respeito aos direitos autorais. A gravidade disso chegou às teses de doutorado.
Pela Internet ainda existem os vírus que destroem programas de precioso valor; há sites clonados e apresentados como se contivessem informações verídicas; há senhas que são sequestradas para roubar; há venda ilegal de armas; há pedofilia e prostituição; há exposição da vida privada e invasão na vida dos outros. Tais problemas, e outros tantos mais, irão universalizar-se sempre mais. Neste ano, no Brasil, a Internet já é acessada por um em cada quatro habitantes. Com o Plano Nacional de Banda Larga, o governo brasileiro quer ampliar o acesso da Internet a toda a população. E, em recente Conferência Mundial sobre a Sociedade da Informação, foi estabelecido o ano de 2015 como meta para que o acesso à banda larga seja feito por metade da população global. Esse será o nosso futuro. Melhor será saber lidar bem com ele.

Wolmir Therezio Amado no DM opinião.

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A retórica do clima



Aristóteles descreveu a retórica como um tipo de discurso em que se destaca a arte da persuasão. Não importa o assunto, o fundamental para um retórico é, valendo-se de todos os meios disponíveis, colocar a sua verdade dos fatos, de forma que ela também prevaleça para o seu interlocutor. Portanto, não é sem razão que, no tocante ao tema da mudança do clima global, diante de incertezas e dos múltiplos interesses envolvidos, o discurso seja predominantemente do tipo retórico. O desdobramento das denúncias envolvendo manipulação de dados e inclusão de informações de origem duvidosa no relatório do IPCC de 2007, que acabaram submetendo o órgão a uma espécie de auditoria, são provas disso.
As agendas relacionadas com o tema da mudança do clima global são bastante diversificadas, havendo, inclusive, algumas ocultas e/ou até mesmo inconfessáveis. Entre tantas, destaque para a busca de maior eficiência no uso de energia, a substituição da matriz energética convencional por fontes renováveis, a criação de fundos para financiamento do desenvolvimento sustentável dos países pobres, a formatação de acordos/protocolos/tratados sobre o controle/redução de emissões de gases causadores do efeito estufa, a economia de baixo carbono, etc. Todas, indiscutivelmente, envolvendo discursos retóricos e alegações diversas, buscando justificar comportamentos ou a negação em assumir compromissos, no contexto da construção de um novo tipo de governança que seja aceita mundialmente. A discussão sobre mudança climática surgiu no vácuo deixado pela queda do muro de Berlim (novembro de 1989), quando, internacionalmente, perdeu sentido a velha discussão polarizada entre capitalismo e comunismo. O mundo político e diplomático, com o fim da guerra fria, "precisava" de um novo debate que fizesse sentido e envolvesse toda a humanidade. Isso talvez explique como um assunto até então restrito aos domínios das especializações científicas veio, após a Rio 92, especialmente, a se tornar o foco principal de discussões sobre políticas públicas, desenvolvimento econômico e iniciativas diplomáticas variadas, na esfera internacional.
Não se trata de negar as mudanças induzidas pela atividade humana no clima global. Isso, aliás, não se discute mais desde o 4º Relatório do IPCC, liberado em fevereiro de 2007, quando ficou patente a nossa responsabilidade pela alteração na composição da atmosfera terrestre (elevando a concentração dos gases de estufa) e os decorrentes aquecimento e intensificação de eventos climáticos extremos diagnosticados em várias partes do mundo. A questão que se impõe é se, no meio de tantos discursos retóricos, desde os politicamente e ambientalmente corretos até os mais execráveis e notórios em defesa de interesses corporativos, estamos tratando o assunto do melhor jeito possível? Há controvérsias, a esse respeito.
Podemos começar pela mais óbvia das constatações, que nos impede de ignorar que o clima, particularmente a variabilidade extrema, sempre foi algo perigoso. No começo de 2010, os acidentes climáticos em Angra dos Reis/RJ, desabamento de encostas, e a queda da ponte em Agudo/RS, causada pelo excesso de chuvas, são exemplos. Portanto, é inegável que mais urgente até que lidar com a projetada mudança do clima algumas décadas adiante é a necessidade de melhorarmos a convivência com as nossas fragilidades do presente. Não podemos viver a falsa impressão de que o clima atual não nos preocupa, mas apenas o futuro.
Por outro lado, enquanto a retórica dos discursos, científicos e políticos, engajados com a causa da mudança do clima, propala a diminuição do consumo de energia derivada de combustíveis fósseis, a necessidade de crescimento econômico (ou de evitar recessão), especialmente em momentos de crise, pode estimular o contrário. Medidas como a redução do IPI para aquisição de automóveis, por exemplo, ilustram bem a contradição entre as retóricas de discursos oficiais, ambientalistas e econômicos. A persuasão da retórica econômica, não raro, é mais eficiente.
Em resumo, além de sensibilização para o preocupante tema da mudança do clima, precisamos, usando menos de retórica e mais de lógica, que nos ensina o uso correto da razão, incluir também, na agenda de discussões, melhores políticas de convivência com o dia a dia do clima atual.

por Gilberto Cunha em ONacional.

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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A grande descoberta (o porquê das mulheres nas nossas vidas)



Descobri o porquê das mulheres nas nossas vidas. Digo, na vida dos machos convictos. Elas vieram ao mundo para nos fazer purgar os pecados. Inclusive, os cometidos com elas em vidas passadas. Portanto, devemos agradecê-las (e orar por elas). Evidente também, pelas delícias que nos proporcionam. Concluí que a purgação começou quando Eva fez Adão comer a maçã. Foi a "comida" mais cara e sem graça da história! Contudo, é de se questionar a razão pela qual ela insistiu com o primeiro bobo do mundo a comer o fruto proibido, se não existia fome (a felicidade era plena) e muito menos vidas passadas. Resta apenas uma hipótese para a questão: que seria para o homem ir logo se acostumando com o principal desejo da mulher: fazer raiva no seu companheiro. "Meu negócio é atazanar!", explicou Eva a Adão, num longo bate-boca depois de expulsos do paraíso . "Mas Eva, a gente era tão feliz!", disse Adão. "Quem disse que eu quero você tão feliz?", esbravejou Eva. Ali começou a expiação de Adão. E, depois, as de todos os homens. Não estou generalizando. Claro que umas atazanam mais do que outras. Todavia, todas conjugam o mesmo verbo. Acho que a razão pela qual de eu não gostar de maçã tem um porquê inconsciente e temerário embasado na Bíblia. Sem contar que a serpente, o terceiro personagem da primeira atazanação da história, fez o papel do cabeleireiro dos dias atuais: palpiteiro e fuxiqueiro. Eis o porquê de as mulheres se darem tão bem com os do sexo indefinido. São a corda e a caçamba; o arco e a flecha. Depois de anos de pesquisa em busca da razão pela qual a mulher não fica uma semana sem enraivecer o seu companheiro, descobri que Deus colocou um chip - com pimenta - em cada mulher. Há quem o chame de TPM, de menopausa e ainda de neura feminina. Mas Deus é justo: colocou um chip com Halls - sabor eucalipto - em cada gay! Pra Deus tudo é possível. Depois de um longo estudo, concluí que, assim como na gestação, vão se formando os bracinhos, as perninhas, o chip também vai formando em cada mulher, os dez mandamentos da atazanação:
1º- Atazanar seu homem acima de todas as coisas - Faça raiva no seu parceiro pelo menos uma vez ao dia, de preferência quando ele estiver calmo ou ainda quando forem pra cama, faça-o engolir um Viagra e coloque no aparelho de dvd um filme de sexo explícito e quando ele estiver a ponto de bala, diga-lhe que está prestes a vomitar aquela torta de camarão que você sugeriu no almoço.

2º- Irritar o seu homem como não houvesse uma outra oportunidade - Nunca se esqueça que sua mãe é uma parceira experiente para ajudar elevar a pressão arterial do seu parceiro - pergunte a seu pai! Por isso existem mais viúvas do que viúvos.

3º- Seja coerente (na atazanação) - Mude sempre de opinião para que ele não siga os seus pensamentos. Ex.: mude sempre - de lugar - os móveis da suíte para que ele, à noite, quando for fazer xixi e beber água, acabe por mijar na cozinha e beber água da torneira do lavatório do banheiro. E, claro, você há de contar a todos que ele está ficando gagá.

4º- Não atazanar a ex-mulher do próximo - Fique amiga da ex dele, mesmo que você tenha vontade de cortar a carótida da "falecida"! Só por saber que ficaram amigas, é motivo para ele mudar para Azrsbaijão. Ele sabe que vocês se darão tão bem que passarão a espetar agulhas em um boneco de vodu com o nome dele.

5º- Não matar (de raiva), só judiar o seu companheiro. Convença-o de abrir uma conta bancária conjunta com direito a cartão de crédito e gaste - sempre - além do limite.

6º- Não desejar outro próximo perto do seu próximo, só insinue - Diga ao seu marido que o patrão dele é muito charmoso; que deve ter uma barriguinha de tanquinho; que tem um olhar de safado... e que você faria o sacrifício "em nome do nosso amor" - de ir com uma minissaia e uma blusinha bem decotada - pedir um aumento de salário pra ele, o seu querido esposo! Se ele, o seu parceiro, se enfurecer, diga-lhe que vai contar pra todo mundo que o seu querido marido tem um caso com a esposa do patrão.
7º- Honrar pai e mãe (só os seus) - Leve sua mãe para morar junto. Mas nunca se esqueça que sua mãe não pode comer sal; tem sono muito leve; ronca como um leão, padece do mal de Parkinson e tem incontinência urinária (mas não reclame, um dia você será igualzinha a ela).

8º- Quando ele conseguir juntar uma graninha, diga-lhe que você cansou da relação e que, a partir de agora, você entrará com o pé e ele, inevitavelmente, com a bunda. No caso de ele quebrar financeiramente, que ele participará com a bunda e você, piedosamente, com o pé.

9º- Esparrame pela cidade a notícia que ele tem ejaculação precoce, isto quando consegue ereção.

10º- Diga-lhe sempre que quando ele partir pra outra vida, você, depois de cremá-lo e enterrá-lo (para não correr o risco de morte aparente), dirá a todos que ele era o homem mais feliz do mundo. E que nunca mais vai arrumar outro, a não ser que Deus lhe dê de presente outro igualzinho!
Se ainda ele sobreviver, entre no Vaticano com o pedido de beatificação em vida. Só pra atazanar!

Tadeu Nascimento. (www.blogdotadeunascimento10.blogspot.com)

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Que tal dançar para se exercitar?



Para muitas pessoas, fazer uma atividade física é sinônimo de algo cansativo e sem graça. Quem não gosta de praticar esportes ou de frequentar a academia regularmente na grande maioria das vezes acaba levando uma vida sedentária que fica sempre na promessa de começar a academia na "segunda-feira". Para muitos, esta segunda-feira nunca chega.
Mas que tal fazer algo diferente, que possa ser ao mesmo tempo prazeroso, divertido e esportivo? A resposta pode estar em uma modalidade: a dança. Mesmo não sendo encarada na maior parte das vezes como atividade física, a dança pode ser um vigoroso exercício, cheio de vantagens para quem a pratica. E as dicas sobre este tema, o Medicina & Saúde procurou com a professora de dança Sinara Ferreira da Costa, da escola Petipá, e que agora está iniciando uma parceria com a Vitta Academia, onde também serão oferecidas as aulas de dança. Conheça as dicas da professora Sinara.
Fazer uma atividade física? Pode ser dança?
A não ser que nossas respostas e instintos naturais estejam mortos por uma educação por demais rígida e castradora, todos gostaríamos de dançar de uma maneira ou outra.
Todos nós temos a nossa maneira de se mexer quando felizes ou exaltados e celebramos socialmente com música e dança. A menor das crianças, mesmo antes de andar propriamente, se mexe e se balança com a música.
Dança exercita o ser como um todo
Dança te faz te sentir em casa com teu corpo, te faz tomar conhecimento e até ser amigo do teu corpo, como quando você era criança. Mais do que isso, dança desenvolve a tua disciplina interna, a tua sensibilidade para com os outros e o autoconhecimento dos teus sentimentos, coisas essenciais para o fortalecimento do nosso dia a dia.
Melhor de tudo, como maneira de se exercitar, é divertido, envolve uma expansão de energia, que te permite dançar pelo puro prazer de viver.
Dança e estética
Para começar, obviamente você vai ganhar força física em fazer exercícios de dança de forma regular. Mas é o tipo de força, de fortalecimento, que será mantido nas proporções do teu próprio corpo. Não haverá o desenvolvimento grande de coxas ou braços dançando, mas fortalecerá o teu corpo do jeito que ele é. Isto não quer dizer que não mudará o formato de teu físico. Você certamente mudará radicalmente o seu físico através de exercícios de dança, mas você deverá praticar diariamente (e se estiver com excesso de peso, fazer dieta).
Dança e saúde
Mesmo quem pratica três vezes por semana notará uma melhora na estamina. A maioria de nós leva uma vida sedentária, mais do que é aconselhável para a saúde.
Uma grande parte do nosso sistema circulatório é seguido através dos movimentos musculares. A contração dos músculos ajuda a bombear o sangue de volta para o coração assim como ajuda a mover a linfa através do nosso corpo. Descobre-se que no fim de um trabalho de dança que enquanto pode-se estar cansado fisicamente ao mesmo tempo pode-se sentir mais vivo e claro. Fica-se mais capaz para se pensar lucidamente e tornando-se mais calmo e mais centrado do que antes.
Os tipos de movimentos que são usados em dança são aqueles que trazem estamina muscular enquanto fortificam o coração e o pulmão devagar e cuidadosamente.
O trabalho de dança dá oportunidade de trabalhar em si próprio de uma forma especifica.
Existe uma concentração e movimentos particulares e na coordenação muscular. E quando isso é atingido, a sensação de realização dá enorme satisfação.
Quando se continua com o treino, os efeitos se mostrarão no dia a dia.
Buscando o autoconhecimento através da dança
O sujeito terá mais conhecimento de si mesmo, andará com mais graça e parará com melhor postura. E quando começa a usar e interpretar os movimentos de dança terá aprendido um meio de se expressar, ocorrerão mudanças dramáticas - terá maior contato com os sentimentos e de como melhor comunicá-los. Irá redescobrir o corpo, analisar como é que ele está trabalhando e como poderá mudar maus hábitos físicos ou maneiras habituais de se mover. O sujeito poderá ficar mais forte ou querer se alongar ou mudar a maneira de sentir o seu corpo, para fazê-lo mais sensível e obediente às mudanças demandas.
Tentando melhorar os movimentos do corpo, a pessoa irá colidir em cheio com suas emoções que poderiam estar em controle total do corpo até então. Talvez tenha que se convencer que isso será melhor para ela, e que um corpo que dança será um melhor veículo através do qual as emoções podem ser expressadas.

Colaborou
Sinara Ferreira da Costa, professora de dança em ONacional.

Há Justiça para os pobres?



Ninguém ousa discordar de que a Justiça é demasiadamente morosa. As manifestações judiciárias, muitas vezes, somente são trazidas a público quando já não têm mais nenhum efeito prático, seja porque as partes já estão inativas ou (até) já faleceram, seja porque as circunstâncias mudaram de tal forma que a tal decisão é, agora, mais um estorvo que uma solução.
A solução para tal quadro não parece próxima.
E esse desalento é vislumbrado por uma de duas razões. Ou porque a celeridade da Justiça depende de quem não tem nenhum interesse nela ou porque, apesar desse desinteresse, há alguns abnegados que se ocupam de tal incumbência, mas o fazem a partir de um raciocínio absolutamente caolho.
Se não, vejamos.
Em vez de buscar a melhora da máquina judicial em sua totalidade, esses rapazes (são, muitas vezes, pessoas jovens e com pouca ou nenhuma experiência de vida para além dos muros dos foros) buscam parti-la e reparti-la. Segundo o modelo proposto, os juízes que cuidariam das causas das camadas mais pobres da sociedade não teriam, por exemplo, nenhuma noção do que se passa com a realidade dos banqueiros.
Como sabemos, a especialização leva a um melhor atendimento das especificidades de cada caso. E é por isso que, para ilustrar, ninguém estranha a existência de médico que cuida unicamente de joelho, mesmo sabendo que há um profissional que se ocupa de clínica geral.
Portanto, não se prega contra a especialização; ao revés, ela é preconizada pelos estudiosos mais sérios.
Mas, relativamente ao Judiciário, o que se verifica não é especialização. Especialização se dá quanto à matéria: Direito do Trabalho, Direito Militar, dentre outras. Vislumbramos, em verdade, é tratamento estanque de matérias que são absolutamente afins; é exclusão; é segregação de demandas cujas partes já são (e não é de hoje) marginalizadas.
A bordo da conversa mole segundo a qual a Justiça seria, doravante, mais célere, criaram-se os Juizados Especiais. Ali se cuidaria de causas de baixo valor e das que fossem menos complexas.
Ora, até mesmo os Nazistas, quando pretendiam encher as câmaras de gás onde se fulminariam com a morte milhares de pessoas simultaneamente, jamais confessavam. Diziam às pobres vítimas que estavam indo para um banho onde se eliminariam parasitas corporais (piolhos) e, em estando lá, o resto da história é conhecido.
Entre nós, já pretenderam separar os ricos dos pobres. Tal medida propiciaria um melhor aparelhamento da fatia à qual caberia o deslinde das grandes causas e o completo abandono da que cuidaria dos interesses da grande massa de deserdados.
E foi com esse intuito que se criaram as Cortes Arbitrais, que seriam instaladas para resolver as causas patrimoniais, deixando para a Justiça Comum as causas penais e afins. E o final disso é mais que previsível: o estiolamento do Poder Judiciário até que dele não reste mais nada que autoriza a chamá-lo de Poder.
Também é fruto do espírito isolacionista a construção de conjuntos habitacionais populares o mais distante possível dos bairros residenciais mais requintados. Mais grave que essas construções é quando fazem vista grossa ao surgimento de favelas onde, por duas razões principais, não há a menor condição de vida: a uma, porque são verdadeiras pocilgas, a duas, porque também são distantes dos locais de trabalho dessa população ou das áreas urbanizadas. A Vila Socó, de Cubatão (o local habitado mais poluído do mundo nos anos oitenta), é só um exemplo.
A criação dos Juizados Especiais, portanto, deve ser vista sob as mais diferentes perspectivas; inclusive sob esse aspecto crítico.
Ela seria até tolerável, sobretudo se se estivesse eliminando um mal maior: a nefasta morosidade da Justiça.
Contudo, em nome da informalidade e da celeridade, o direito das partes não tem tido o tratamento adequado.
A lei dispensa a concorrência de advogados quando a ação versar sobre objeto abaixo de certo valor. Mas quando isso ocorre, alguns magistrados federais, pretendendo que a tal informalidade somente milite em favor deles, deixam as partes atônitas (já que não têm o domínio técnico) quando extinguem processos a torto e a direito. Esse “morticínio” de processos se dá em razão de não cumprimento, no prazo e na condição determinados, de providências que poderiam ser cumpridas, por exemplo, em audiência. E, se fosse assim, melhor se atenderia o espírito da lei que criou os Juizados Especiais, já que dispensaria essas partes de despesas desnecessárias.
Se é verdade que os valores ali discutidos são mínimos, também é fato que aquilo é tudo de que as partes dispõem para viver. Tratar com menoscabo essas minguadas quantias é desvalorizar o esforço delas para construir a vida; é negar importância à própria vida delas; é, em última análise, desmerecê-las como cidadãos.
Mas não é só isso.
O Ministério Público Federal, sempre tão zeloso, deixou (e também não é de hoje) de comparecer às audiências. Nos Juizados Especiais Federais de Goiânia, não se conta com a presença do procurador da República mesmo quando é discutido o direito de pessoas que a lei coloca sob sua “assistência”. E essa ausência é, grosso modo, justificada com o singelíssimo argumento de que não dispõe de número de membros suficientes para atender à demanda.
Será se alguém duvidaria de que concursos e mais concursos seriam feitos para bem prover o quadro ministerial se o direito em discussão versasse sobre milhões ou sobre os grandes poderosos do País?
O grande Rui Barbosa já lecionava que “justiça tardia é injustiça qualificada”, o que impõe a todos os que militam na aplicação do Direito o combate à morosidade da Justiça. Mas mesmo essa busca obstinada pela celeridade não autoriza o atropelamento de regras que garantem a eficácia dos Princípios Constitucionais que, em última instância, asseguram a própria existência do Estado Democrático de Direito. Dentre eles estão o Princípio da Igualdade, o da Separação dos Poderes, o da Dignidade da Pessoa Humana, o do Devido Processo Legal, dentre outros.

Pedro Moreira de Melo.

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terça-feira, 21 de setembro de 2010

O que é ter QI hoje?



Dão crias as reportagens sobre tecnologia e inteligência. A maioria diz que a era digital estimula criatividade e aumenta QI. Correto, desde que se altere o entendimento sobre inteligência...
A era digital traz o imediato, o instantâneo. A ciência lança, dissemina sistemas inteligentes que entram, operam e funcionam com mínima ou nenhuma interferência do homem. Dia-noite-noite-dia desce na sociedade avalanche de informações. A banda Capital Inicial, na música Não olhe pra trás, canta: “Inteligência ficou cega de tanta informação”. É uma era que dificulta o raciocínio, a imaginação, que impede a circulação dos três combustíveis da inteligência: leitura, escrita e diálogo. É raro alguém optar por ler um livro ao invés de sair para badalar; diálogos acontecem por frases, trocam-se assuntos sem terminar o último, o penúltimo... escrever? Basta a pergunta: “Quantos textos você escreveu recentemente?”. Até que se adote novo conceito para a inteligência (Emocional? Artificial? Organizacional? Interpessoal?), gerações daqui para frente prevalecerão na Era do Emburrecimento. Já gerações anteriores entram na Era do Atrofiamento - mal exercitam a inteligência plantada e regada pela leitura, escrita e diálogo.
A gama de soluções precisas e velozes oferecidas pela tecnologia digital inibe a inteligência, dissolve a intuição, a memória. Quase as deixa sem função. Daí, a absurda demora das gerações para se expressar, narrar fatos, desenvolver passo a passo idéias ou planos, atingir estágios de reflexão e, obviamente, para pensar estruturalmente uma empresa ou fazer provas orais e redacionais nas escolas.
Curiosidade, investigação, espírito crítico, sensibilidade aguçada, energia na interpretação, por aí vai, é difícil sacudir elementos da inteligência no universo do “tudo pronto”. A tecnologia não possibilita erros, ela acusa, impõe correção na hora. O “tudo pronto e vigiado” corta erros que poderiam transbordar em gloriosos acertos, a exemplo de muitas invenções que marcam a humanidade; corta impulsos que invadiriam o terreno da especulação, divagação, do frenesi criativo. Essa ditadura asfixia a criatividade.
Nunca o homem teve tamanha riqueza de informações e imagens à disposição, igualmente nunca teve enquadramento tão inibidor: “É só puxar na internet”; “O programa mostra como você faz”; “Basta ler instruções e deixar tudo numa pasta”.
As máquinas decidem e ultrapassam o homem. Pais ficam orgulhosos diante da “inteligência” das crianças e adolescentes, porém, na verdade, nada mais fazem do que reproduzir idéias formatadas nos computadores e mídia. Marco memorável foi a vitória do Deep Blue contra o Campeão Mundial de Xadrez Gary Kasparov, lá em 1997. Assombroso ver o russo derrotado em partida contra o programa de computador.
A tecnologia robótica e outros sistemas inteligentes se espalham. No Financial Times, foi publicada reportagem sobre exposição de robôs no Museu de Londres. No término da leitura, a pessoa se sente burra diante do que a sua espécie criou. A multitevê e o ilimitado celular são estrelas da primeira década do milênio, unem todos conteúdos, são interativos no atendimento aos telespectadores e usuários. Magistral performance do entretenimento, dos negócios e do consumo; lamentável promoção da obesidade, violência e padronização comportamental.
Nas empresas foi aberto fosso entre a geração que encontra barreiras para replanejar sob a pressão digital (antes-90) e a geração que não consegue passar das soluções pontuais para as estruturais; nas escolas, o fosso fica entre a pedagogia ainda baseada na leitura-escrita-diálogo e a geração dos atalhos e reproduções digitais.
A inteligência no conceito original hiberna, e fica a pergunta: o que é ter QI hoje?

José Renato de Miranda.

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Fobia social poderá ser tratada com cápsulas de maconha


Estudos da USP (Universidade de São Paulo) revelam que uma substância retirada da maconha pode se tornar um poderoso composto para o tratamento da fobia social, mal que faz com que pessoas tenham medo persistente de expor-se à avaliação pública.
Durante o tratamento, pessoas que sofrem do distúrbio ingerem cápsulas de canabidiol, um dos 400 compostos encontrados na erva. Até agora, os resultados apontaram que o consumo do remédio faz com que áreas do cérebro que são hiperativadas no doente, fiquem com atividade reduzida.
Outra etapa da pesquisa analisou os níveis de ansiedade de 36 pessoas que foram estimulados a falarem em público, situação complexa para quem sofre da fobia. Desses, 24 possuíam o distúrbio e 12 ingeriram canabidiol. Os resultados apontaram que aqueles que ingeriram a substância mantiveram os padrões de ansiedade dos saudáveis, e os que ingeriram outra droga, continuaram no mesmo estado.
A pesquisa ainda está sendo desmembrada, mas já se sabe que o canabidiol tem efeito tranquilizante. Ainda que não haja autorização para uso terapêutico no Brasil, a droga começa a ser utilizada até para outros tratamentos, como, por exemplo, no Reino Unido, onde é utilizada para quem sofre de esclerose.

Fonte: USP

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