sábado, 27 de novembro de 2010

Você doaria 11 milhões de dólares?



Felicidade não se compra. Isto é um velho chavão. Mas, certamente alguém pode dizer por aí: dinheiro não compra felicidade mas que ajuda, ajuda. Se há algo que dificilmente ouvimos dizer é alguém não querer conquistar umas verdinhas da forma mais fácil que existe. Ganhar uma bolada que cai do céu como o prêmio da loteria, mega-sena ou outros concursos que revertem pequenas apostas em grandes fortunas. Talvez seja um dos maiores desejos da população do mundo inteiro. Existem pessoas que chegam a passar a vida imaginando o que fariam se ganhassem e usam este pensamento como uma espécie de norte para avaliar aquilo que é prioridade, necessidade ou luxo. E mais, alguns passam achando que serão felizes somente quando toda a grana estiver nas suas mãos. Caso contrário, a felicidade pode não chegar e a frustração é que está garantida. Portanto, esta frase conhecida que denominei este pequeno texto muitas vezes é dita com objetivo de ser politicamente correto mas, lá no fundinho, muita gente acha que algum punhado a mais de notas resolve a vida e conquista a verdadeira felicidade.
Pois não é que na semana passada um casal de idosos canadense virou notícia mundial não por terem ganho 11 milhões de dólares, mas porque doaram quase todo prêmio ficando com apenas 2% do montante. A notícia foi lida quando eu estava com um grupo de amigos e acabou surpreendendo a maioria. Não é para menos. Várias perguntas surgem: mas por que eles não querem o dinheiro, logo agora que estão aposentados e poderiam curtir a vida sem preocupações financeiras? Porque não guardam este dinheiro para a velhice? Porque não deixar para os filhos?
O que ocorreu é que eles doaram para instituições como o hospital em que a própria Sra Large realizou tratamento de quimioterapia meses antes e com isto, choveu entrevistas para saber o motivo da doação.
Sua resposta foi a mais singela: não nos adaptamos a vida de milionários e achamos que não precisamos deste dinheiro, que somos felizes sem ele, pois ele não nos traria felicidade. Felicidade que eles já tem e reconhecem, pois não foi o dinheiro que trouxe.
Em épocas de primazia do poder aquisitivo, do ter, do status que o dinheiro dá, do luxo, do consumo, não há nada mais óbvio que ser surpreendido por uma notícias desta. A declaração dos Large parece algo clichê, porque o amor é clichê. Porém, maior riqueza tem aquele que ama e vive este sentimento sendo correspondido na mesma intensidade. E isto não pode ser comprado, apesar de muitos e muitas acharem que a regra é esta.

por Patrícia Spindler.

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5 comentários:

  1. Isso que é desapego ao dinheiro. E quando ao dinheiro em sí, acho que ele é um dos canais da felicidade, não o único.

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  2. Se fossem jovens será que fariam tal atitude?

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  3. Acredito que uma atitude dessa de doar todos esse dinheiro, o que muitos a maioria não faria, acho que eles aprenderam que tem coisas que o dinheiro nao compra.

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  4. Parabéns pelo post!

    Referente ao dinheiro...acretite eu já doei uma vez...todo o dinheiro que tinha e nunca me faz falta.. sabe por que?
    inha confiança não está no dinheiro e sim em NAquele que me criou...

    Abraços,

    Fabiano

    www.portalcolina.com.br

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  5. Muito interessante o conteúdo do seu blog, estou o seguindo, qdo der dá uma passada no meu http://cancoespreludios.blogspot.com/ estarei atento as novidades que surgirem por aqui abraço

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