sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Educação integral, direito de todos!



Um dos pontos de discussão mais recorrentes na sociedade deve ser a questão educacional, pois esta é a base de formação dos indivíduos, logo, de cidadãos. Esse ano o Fundo das Nações Unidas (Unicef) divulgou um relatório sobre a situação da infância e adolescência no País, com o objetivo de potencializar e reduzir as desigualdades encontradas. Concluiu-se que o Brasil obteve avanços importantes nos indicadores de acesso, aprendizagem, permanência e conclusão do Ensino Básico, mas muita coisa ainda precisa ser feita.
Entre os fatores que mais influenciam a desigualdade educacional no País estão as diferenças socioeconômicas e outras relacionadas à inclusão. Percebe-se a necessidade de projetos, que favoreçam as parcelas mais vulneráveis da população, muitas vezes impedidas de terem o seu direito de aprendizado garantido. Para que isso aconteça, é primordial criar e implementar políticas públicas que tenham como resultado a redução efetiva destas desigualdades. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), do governo federal que foi idealizado pela senadora Lúcia Vânia enquanto secretária nacional da assistência social é um exemplo de sucesso e mostra que existem soluções possíveis de serem realizadas. Ele tira crianças e adolescentes de sete a quatorze anos do trabalho, que coloca em risco a saúde e segurança dessas crianças e possibilita o acesso delas à escola. Não só o acesso, como a permanência e o bom desempenho.
Precisamos desenvolver mais modelos como este ou ampliar e melhorar os já existentes, para que o cidadão brasileiro tenha acesso à educação e ao conhecimento com mais facilidade. Assim como o acesso a atividades culturais, artísticas e de lazer, no período complementar ao da escola. Para isso, deveriam ser criadas mais escolas públicas em tempo integral. Como pedagoga, entendo que é difícil para a criança permanecer o dia todo dentro de uma escola, a rotina se torna cansativa e desestimula o aluno. Mas, aí entra a questão da parceria: com associações, organizações e outros institutos dispostos a ajudar, para que as crianças passem parte do dia na escola e no outro período exerçam atividades em centros de lazer, cultura e outros espaços. Elas teriam oportunidades além do ensino das letras, ampliando o leque de opções para o futuro e reduzindo consideravelmente o volume de jovens ociosos no Estado.
A educação deve incluir atividades prazerosas, o que resultará em benefícios aos alunos, à sociedade e em especial às mães, que trabalharão o dia todo com mais tranquilidade, sabendo que seus filhos estão longe da violência social. A educação influencia diretamente a vida de qualquer pessoa, o que muda de um indivíduo para o outro são as oportunidades que surgem. Quem estuda, aprende e se qualifica terá essas oportunidades de crescimento aumentadas. Além disso, ações sócio-educativas beneficiam famílias inteiras, as promovem e incluem socialmente.
A parte que cabe ao governo é fortalecer as articulações entre ação governamental e ação social, para superar as barreiras educacionais que existem. É possível, sim, fazer escolas em tempo integral trabalhando com parcerias, amor, criatividade e transparência.Trabalhamos pela justiça social e isso quer dizer defender o direto de todos à educação, moradia, saúde, segurança, esporte e lazer.

Sirlene Borba. (sirleneborba19019@hotmail.com)

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2 comentários:

  1. Excelente post, como sempre.

    parabéns.

    Paulo

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  2. Valeu, o assunto é importante e atual.Sou antenado na educação, parceiro de escolas publicas com trabalho motivacional. Parabéns!

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