quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A dor do abandono







Entre tantos meios de rejeição, um dos sentimentos mais difíceis de serem superados é a dor do abandono. Não me refiro só ao abandono cujo os pais deixam seus filhos desde o nascimento,más também aqueles que tiveram pais presentes até certa idade da vida e depois foram mandados para internatos , orfanato ,pais que foram para outros países e os deixaram sob a guarda de algum parente,ou até mesmo ausência de pais que se acham presentes,que é o mais comum de se ver e as conseqüências estão cada vez mais nítidas. A família é o primeiro referencial de caráter e de estabelecimento de vínculos, sendo responsável pelo equilíbrio físico, psíquico e afetivo de uma pessoa e muitos jovens ou até mesmo crianças ao serem abandonados afetivamente por seus pais e familiares,independente de classes sociais saem às ruas a procura de algo que possa satisfazê-los emocionalmente.
A cada ano o índice de prostitutas e usuários de drogas aumentam cada vez mais.Podemos encontrar crianças que vivem nas ruas e quase todas as grandes metrópoles do mundo. Geralmente no centro da cidade, perto das estações ou dos centros comerciais, lugares que são iluminados durante a noite.Elas são as últimas a deitar e as primeiras que se levantam para não serem pegas. Isso explica porque, durante o dia, nós as encontramos, muitas vezes, cansadas e adormecidas em um lugar qualquer.
Muitas crianças e adolescentes ao serem abandonados por seus pais e familiares são adotados pela vida,a rua passa a ser sua moradia,convivendo cotidianamente no mundo criminoso do tráfico de drogas. Não demoram muito para começar o consumo de drogas,a maioria das vezes inicia-se pelo uso de solventes, e uma grande parcelas destas crianças com o tempo atuam diretamente no tráfico, pois já tem uma função determinada no local onde passaram a habitar.
Já outras crianças,principalmente do sexo feminino passam a se envolver com a prostituição, elas andam em bandos e dormem nas ruas. Se chegarmos um pouco mais perto, veremos uma outra realidade. Uma carência que não cabe no corpinho franzino de algumas delas e uma total falta de compreensão do peso real do que fazem. Sem a mínima maturidade sexual ou emocional, elas não têm capacidade para avaliar e muito menos optar se realmente querem ser prostitutas. E assim tem sido o destino de muitos...

Hully Segatti.

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4 comentários:

  1. Porque será que isso ainda acontece???? Será que as "Bolsas Famílias" da vida que existem por aí, nao acabam contribuindo com essa triste realidade???
    Parabéns pelo post

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  2. Belíssima descrição do abandono. Abandono por si só já é algo terrível, mas quando vem carregado de rejeição, quer seja no plano formal, ou na companhia factóide, quando não há o querer estar perto, todavia, um compromisso de obrigação a dor é mais cruel, quiçá implacável. Por esse motivo acabamos vendo crianças e jovens padecendo de todo tipo de agressão. Torço para que o destino delas e de muitas outras crinaças, jovens, pessoas que ainda virão, não conheçam o abandono. Beijos, B.B.

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  3. oi amigo, mais um belo texto que faz com que reflitamos bastante....essa situação acaba criando um problema em cadeia difícil de ser resolvido.
    abs

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  4. Oie !
    Nossa é um drama mesmo tipo bola de neve !
    A cabeça dessas pessoas devem ser mais desnorteadas que sei lá o que ...imagina...nós que temos mais possibilidades qdo não conseguimos algumas coisas já ficamos cheio de pensamentos atravessados...imaginas esses seres na rua abandonados, vendo o mundo passar em volta e crescendo totalmente desestruturados affff !
    E haja eleições para resolver isso ...é um problema que o buraco é mais embaixo!!!
    Já as pessoas que tem mais codições e abandonam os seus filhos por falta de amor...já e caso de doença ...sem explicações !!!!!!!!
    Beijossss

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