domingo, 22 de agosto de 2010

Política não é exercida com força física, muito pelo contrário



Existem por aí alguns candidatos jovens cometendo um grande equívoco. E bem preconceituoso por sinal em relação às pessoas mais velhas que estão também buscando um mandato nas eleições deste ano. Esses candidatos estão se valendo do argumento de sua juventude para pedir votos, alegando que representam a renovação nas casas de leis. Muitos, inclusive, fazendo disso o carro-chefe de sua mercadoria de ideias políticas.
Isso é um argumento muito frágil e, portanto, não serve de sustentabilidade a uma candidatura realmente séria, uma candidatura realmente envolvida na prestação de um serviço parlamentar de qualidade ao povo dos estados brasileiros. A atividade política, como bem exemplifica o bom senso, é exercida pela capacidade intelectual e não pela força física, que é um atributo temporário da juventude.
A renovação está, pois, em ideias novas. E ideias novas não significam, portanto, que elas tenham de proceder unicamente da mente de pessoas jovens. Esse tipo raciocínio é defeituoso, foge dos limites da sensatez. Falam em juventude como se a atividade política fosse como montar em boi bravo.
Em 1986, quando foi candidato a prefeito de minha cidade, um professor, do qual tenho o privilégio de ser afilhado, sofreu na pele a metralhadora raivosa e rasteira do preconceito. Como perseverança e bagagem intelectual são características em exuberância no professor, o pleito foi vencido, mesmo sendo chamado de velho por seu opositor. Ele realizou uma administração muito brilhante, haja vista que atuou simultaneamente em muitas frentes de trabalho. Saiu da vida pública de modo altaneiro e deixou muitos rastros positivos, alguns inclusive sendo copiados pelos administradores que o sucederam.
Um trabalho que considero louvável, que muitas Prefeituras de várias cidades vem realizando no momento, na área de meio ambiente, sob a responsabilidade de suas Secretarias Municipais de Meio Ambiente ,não é uma semente de muitos governos municipais. Foi o “velho” professor que já citei que a semeou, e ela germinou e floresceu maravilhosamente bem, ocasionando muita beleza às cidades, fato este que foi destaque nacional à época.
O que os candidatos têm de passar aos eleitores e assim alcançar a simpatia deles são seus projetos de lei em benefício da sociedade. Só que sobre os ombros dos eleitores recai uma grande responsabilidade, no sentido de analisar de modo bem criterioso os discursos que lhes chegam. Nesse processo de análise dos candidatos, pesa também a avaliação da vida pregressa dos candidatos. Esses dois critérios avaliativos são imprescindíveis.
Outro aspecto importante a se fazer, isso com relação ao período posterior à eleição, é que os eleitores não deixem de acompanhar a atuação parlamentar do candidato que elegeram. Como o sabemos, existem eleitores que fazem suas opções eleitorais e daí alguns meses nem se lembram mais do nome do candidato em quem votaram.
Havendo acompanhamento do trabalho do parlamentar e, porventura, constatação de seu descompromisso com a seriedade e a lisura que ele tanto prometeu antes da campanha, pode-se assim evitar a repetição de um mesmo. Isso promoverá um resultado positivo, que é a expulsão desse parlamentar descompromissado da vida pública. Isso acontecendo, o dinheiro público não terá destinação imprópria. Não vote mais nele.
Está, portanto, nas mãos dos eleitores a grande responsabilidade de se eleger candidatos realmente comprometidos com o zelo da coisa pública.
Esta escolha, como já o dissemos, consiste em avaliar o discurso dos candidatos e observar se a vida pregressa deles servem como lastro das palavras bonitas do discurso.


Lincoln Tejota.

Uma bela análise não? Comente, participe!!!

4 comentários:

  1. Caro amigo William,
    deixo aqui através de seu espaço um conselho aos eleitores:
    Votar é como comer, nem sempre a beleza tem o melhor sabor, um candidato indigesto pode fazer o eleitor sofrer por quatro anos ou mais. O grande segredo de tudo esta na escolha do melhor para sua vida e de seus familiares, pense nisso e faça a escolha certa sem pressão ou incentivos.
    Excelente post,
    abraços,
    Vitor.

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  2. Não é uma regra, mas é fato que esse "preconceito" à idade de certo candidato se deve aos ares de mudança no cenário apresentado atualmente. Não existe idade para ser honesto ou desonesto, evidente. Mas contemplar tantos maus políticos tem sido uma constante. Espero uma renovação, não etária e sim comportamental.
    Excelente post.

    Um forte abraço!

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  3. Temos o poder de mudar este caos em que o país se encontra.Através do voto,em novos políticos.Vamos dar um basta em perssistir sempre nos mesmos políticos cuja administração nós já conhecemos dos anos anteriores, pois entra ano e sai ano são sempre os mesmos. Vamos acordar e mudar. De imediato pode não da certo, mas já é o primeiro passo de inúmeros que se seguirão até conseguirmos

    Com carinho
    Isa
    http://sabedorias-isa.blogspot.com

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  4. Bem interessante, gostei de verdade

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