quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O maior computador do mundo



Da Estônia (país europeu da ex-União Soviética), o culto empresário Rainer Nõlvak disse, num trecho de entrevista à revista brasileira Planeta, o seguinte: “Estamos perdendo parte de nossas vidas, que são tão preciosas! Passamos nossas vidas com computadores e carros e não como seres humanos. Não amamos; litigamos e litigamos. A história da felicidade por meio da compra de mais bens materiais nos levou a um mundo avançado, mas agitado e inútil. Talvez seja tempo de uma nova história (...) de respeito. Crescer significa ter respeito. Com nós mesmos, com os mais próximos, com outras pessoas, com nosso planeta azul” (junho de 2010).
O estoniano Rainer desperta a gente, para esquecer um pouco as máquinas que inventamos e que agora nos dominam. Verdade que faz lembrar o caso do sujeito magro demais que vivia às voltas com seu computador e se esquecia de comer. Tão magro que, estando de frente, todo mundo achava que ele estava de perfil; e, por sua magreza, quando estava de perfil, todo mundo pensava que ele já foi embora...
Coitado daquele magrelo. Lógico, não são todos que ficam desnutridos por preferir a máquina que armazena dados e imagens (sem dúvida, úteis no comércio, na indústria, na educação). Entretanto, esquecer de si próprio e se afundar somente em criações mecanizadas, às vezes com invencionices de tragédias em massa, é peregrinar por viciados caminhos que não levam a nada. Vale advertir que não sou contra o computador. Sou contra é ser dominado pelo besteirol do seu uso, como se apenas ele sabe pensar. Pensar? Será que passa pela cabeça do viciado que foi um ser humano o criador eletrônico da máquina?
Quem esquece de si próprio, atraído, exclusivamente, pelos malabarismos digitalizados na informática, não sabe o computador que tem. O maior computador eletrônico do mundo... é o cérebro do ser humano. Lembrando maravilhoso e anônimo índio brasileiro, “A vida é sempre bonita, desde que se saiba o que fazer com ela”.

Valdemes Ribeiro de Menezes no DM.

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2 comentários:

  1. A tecnologia, toma nosso tempo, tudo bem que gostamos de estar atualizados e tudo mais, porém esquecemos o quanto é bom passar o tempo com os amigos jogando conversa fora, seja o que for.

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  2. O problema não é a propagação global do computador, e sim, a forma como ela é utilizada. Infelizmente, por falta de leitura em livros, jornais e revistas que estão sendo substituídos a cada dia pelas máquinas, segundo pensamentos equivocados de internautas viciados, estes estão esquecendo acontecimentos preciosos fora das quatro paredes que cercam o quarto informatizado.

    O computador é apenas complemento e jamais pode ser visto como algo de total dependência. Mas vai colocar isso na cabeça dessa geração de hoje cercada de celulares de última geração, MP3, MP5, MP10, MP1000..., notebooks, netbooks.

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