sábado, 28 de agosto de 2010

Brasil é o país da infância roubada.



Dentre os temas que norteiam nossa sociedade, um problema de caráter social e polêmico ganha destaque: exploração do trabalho infantil. Uma questão delicada, séria e que deve ser abordada. Essa exploração nada mais é do que toda forma de trabalho exercido por crianças e adolescentes abaixo da idade mínima legal permitida para o trabalho conforme a legislação de cada país.Tal prática vem sendo intensa e muito utilizada em países subdesenvolvidos, como, por exemplo, o Brasil.
Atualmente em nosso país, milhões de crianças estão sendo expostas a formas nocivas de trabalho infantis, muitas das vezes levadas pelos próprios pais que, por não encontrarem opções, acabam os levando para ajudar no sustento da família. É aí que está o problema, sem saber que estão perdendo suas infâncias, perdendo a capacidade intelectual e causando a miséria, essas crianças trabalham perigosamente em canaviais, minas de carvão, funilarias, metalurgia e o mais comum de se ver: em cruzamentos de avenidas, vendendo bens de pequeno valor monetário.
Perguntamos até que ponto isso vai, já que existem leis que proíbem tamanha crueldade.
Por que não fazer destes artigos uma realidade?
Trabalho não é brincadeira de criança e muito menos a garantia de um futuro promissor, as crianças perdem a chance de crescer em ambientes saudáveis, de ter acesso a educação frequentando a escola e de simplesmente brincar como crianças normais brincam: pular amarelinha, soltar pipa, se sujar na terra, brincar de boneca, etc. “Adotadas” pela vida as crianças são obrigadas a amadurecer de forma dura e a pular uma das fases mais importantes que todos nós passamos: a infância, fase esta marcante que pode ser lembrada por boas lembranças ou experiências traumáticas.
Crescer assim é como ter anos da vida apagados, sonhos destruídos, amadurecimento precoce, inteligências desperdiçadas, enfim, crescer sem identidade e com a infância roubada.
Que futuro essas crianças exploradas têm trabalhando? Se por acaso elas crescerem e tentarem ser alguém na vida seriam bem aceitas em nossa sociedade, que visa principalmente o grau de escolaridade, a aparência e o status? Penso que não. Do contrário, o discurso seria “vamos fingir” que aceitaremos e daremos oportunidades a estas pessoas. Infelizmente só com a criação de leis que proíbam a exploração infantil, de programas de gerações de renda para as famílias, jornadas escolares ampliadas e bolsas para estudantes numa tentativa de oferecer melhores condições para que essas crianças não tenham que sair de casa tão cedo para ajudar no sustento da casa ainda não tem conseguido ser completamente suficientes, nesse caso quem paga é a criança, que só queria sonhar.


Damaris Barbosa.

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3 comentários:

  1. Isso é uma realidade cruel!

    Infelizmente as nossas crianças não perspectiva nenhuma de crescimento!

    Mas é assim, denunciando que nós vamos conseguir acabar com essa exploração terrível!

    Grande post! UM abraço!

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  2. Este tema daria uma tese ..o que fazer ?''A educação deveria ser em primeiro lugar ''..deve sair do discurso(políticos) e virar realidade recuperando assim a infancia .Valeu o post ,gostei muito a paz

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  3. Esse é o Tema do III congresso Internacional sobre Trabalho Infantil, on-line. É polêmico, assustador. Procuramos soluções, mas quem sou eu para encontrá-las? apenas uma pessoa que vê o nosso país dividido em classes e a menos favorecida é a classe pobre.

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