terça-feira, 22 de junho de 2010

Viver sem comida e água na Terra - é possível?



Médicos e cientistas, liderados pelo neurologista Sudhir Shah, estudaram Prahlad Jani, de 82 anos de idade, um líder religioso da tradição Jainista. Prahlad passou dez dias em observação constante (sem comer e sem beber qualquer líquido) no Sterling Hospital, na cidade de Ahmedabad, na Índia. O velho guru afirma ter “vivido” sem comida e sem água ao longo das últimas 7 décadas, e que sobrevive graças à meditação e ao poder da sua mente.(!) Os médicos dizem não poder confirmar as alegações de Jani, mas a observação do seu feito no Sterling Hospital pode ajudar no aprendizado sobre o funcionamento do corpo humano.
Apesar dessa situação inusitada não ser totalmente inédita na Índia, o líder Jainista tornou-se um dos mais célebres dos últimos tempos, por estar sendo estudado mais frequentemente pelos pesquisadores. Nos exames feitos há 7 anos, entre análises da urina, sangue, ecocardiogramas e eletroencefalograma, verificou-se que o desenvolvimento do cérebro do líder Jainista corresponde ao de um jovem de 25 anos.
Dizem que um inediano ou respiratoriano não consome nenhuma comida ou líquido, ele/ela precisa somente de energia e do ar para nutrir seu corpo. Mas há acusação séria aos divulgadores da inédia e do respiratorianismo, porquanto têm levado pessoas crédulas a praticar uma dieta que pode ter consequências gravíssimas.
Particularmente, confessamos que desconhecemos qualquer texto sério na área acadêmica que diz que podemos viver sem nos alimentar de comida física. No hinduísmo, há os históricos jejuns temporários que Mahatma Gandhi praticou por motivos sociais, religiosos e políticos.
Em que pese ao André Luiz informar que desde que há vida na Terra, o homem se alimenta muito mais pela respiração do que pelo que chama “alimento de volume”, ou seja, aquele constituído de matéria mais densa, que é complementar, o benfeitor deixa muito claro que a necessidade de alimentação pelo homem é uma das circunstâncias que resultam de um automatismo biológico, pois o organismo corpóreo não prescinde da constante troca de substâncias, que se transformam em energia e que são necessárias ao curso do processo de crescimento e de reparação do desgaste natural a que se submete.
Ao desencarnar, o espírito não mais necessita dessa forma “sólida” de alimento, podendo se manter apenas pela respiração celular do seu corpo somático (perispírito). No entanto, quando o espírito, após a desencarnação, não consegue se desligar, mentalmente, das sensações vivenciadas no corpo físico, o seu psiquismo permanece preso ao mundo material, preservando a lembrança do automatismo biológico a que se acostumou. Não conseguindo reajustar-se de imediato à nova forma de vida, permanece preso às circunstâncias da vida terrena, donde a sensação de necessidade de alimentação para repor energia permanece. Para suprir essa necessidade, muitas vezes busca partilhar, psiquicamente, com encarnados que lhe são afins, as energias vitais destes. Muitas vezes esta situação leva à instalação de um processo obsessivo.
A alimentação oferecida aos desencarnados em desequilíbrio, que ainda se encontram fortemente presos às necessidades terrenas, é de natureza fluídica, constituída de fluidos do mundo espiritual, porém assemelhando-se à utilizada na Terra, para que possa atender às suas necessidades. À medida que se eleva, o espírito passa a sentir menos necessidade desse tipo de alimento, que vai sendo fornecido em menor quantidade e constituindo-se de fluidos mais leves.
Podemos afirmar, portanto, que não há nenhuma evidência formal de que haja a possibilidade de alguém constituído de carne e osso sobreviver sem alimentação por tempo indeterminado.



Jorge Hessen.

O acha disso? comente aqui ou no dihitt.

3 comentários:

  1. Antes de mais, eu te pergunto: que achas disso tu?

    abraço

    ResponderExcluir
  2. Amigo William, uma excelente matéria. O nosso corpo físico precisa de alimento sólido, pois sem ele não conseguimos sobreviver, mas a partir do desencarne, esse alimento não será mais necessário, mas, como bem falou no texto, há ainda os espíritos que necessitam desse tipo de alimento. Abraços. Roniel.

    ResponderExcluir
  3. Acredito que existam várias situações para a possibilidade do ocorrido:
    1- predisposição funcional dos orgãos para se submeterem a tamanha abstinência
    2- intenção e envolvimento do individuo em seu credo religioso para levar avante esta predisposição
    3- necessidades do indivíduo em relção as atividades sociais, familia, estudos, relacionamentos, afastando-se totalmente destes elementos
    4- ainda assim, é difícil supor que o ser humano transpasse o tempo sem ingerir qualquer fonte de energia, uma vez que o corpo aparentemente é construído para selecionar, empregar e reservar energia.

    ResponderExcluir