sexta-feira, 25 de junho de 2010

Violência psicológica



Muito se tem falado a respeito da violência doméstica, no que diz respeito a pontapés, murros e outras coisas piores. Este tipo de violência, se a vítima criar coragem, é mais fácil de denunciar, desde que haja marcas físicas que comprovem a denúncia.
Porém, há um outro tipo de violência no qual ninguém fala, por não haver maneira alguma em certos casos de comprovar em tribunal, nem em lado nenhum! Estou falando de “agressão psicológica”, que é tão ou mais destrutiva que a doméstica. À medida que uma determinada pessoa começa a sofrer violências psicológicas, ela se quebra totalmente por dentro, paralisando-a, tornando-a paranoica,vivendo um verdadeiro drama pessoal.
Os agressores geralmente são pessoas que carregam raízes de amargura e já passaram por problemas semelhantes.Geralmente gostam de atrair mulheres que são bem-sucedidas profissionalmente, que tenham estabilidade emocional e, sobretudo, financeira! Mulheres que se aventuram em negócios, causas políticas ou religiosas, ou seja, pessoas resolvidas. Porém a agressão psicológica atualmente tem atingido todas as faixas etárias.
São pessoas muito dissimuladas. Quase sempre simpáticos, extrovertidos, educados, mas com grandes complexos de inferioridade! Por isso mesmo, têm sempre o objetivo de destruir a pessoa feliz e bem-sucedida que está ao seu lado. Procura sempre fazer comentários e dar conselhos destrutivos como: “Você é tão linda , mas poderia emagrecer um pouco!” “Se não tivesse tão velha te chamaria para tal festa.” “Olha, sabe que gosto muito de você, por isso quero te ajudar, mas ouvi comentar que está malvestida!” “Se for com tal roupa todos irão rir de você.”
São frases que parecem um tanto simples para nós, mas, perante isso e com o passar do tempo, a pessoa vai perdendo a autoestima e se rebaixando cada vez mais, enquanto o agressor brilha cada vez mais. Aos poucos, vai ganhando fama de tímida, com comportamentos mais fechados, recusando educadamente convites de seus amigos etc… E o mais curioso é que a vítima sempre acredita que o outro é o seu único amigo e, mesmo quando o abuso é insuportável, há uma tendência enorme para acreditar nas críticas e nos insultos que lhe são dirigidos.
Está se tornando uma tendência moderna tornar qualquer“diferença” em uma qualidade ou defeito. Alegam que se a pessoa tem TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) é um grande gênio em potencial ou é dito como um “deficiente mental”; se sofrem com o transtorno bipolar, então, é um grande artista em potencial ou é dito como uma pessoa “sem personalidade”; se é assexual, é o ser humano mais livre do mundo ou é visto com um grande preconceito; se é arromântico, é visto como o ser mais altruísta do universo ou é julgado totalmente “sem sentimentos”, e por aí vai.
As potencialidades sempre existem em qualquer “diferença” porque, se é diferente, logo há diferença potencial. Mas isso não torna ninguém melhor ou pior do que ninguém, apenas diferente.

Hully Sagatti.

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2 comentários:

  1. Muito bom o seu texto. Muito bom mesmo.

    Eu completaria: e ser diferente, é que é normal.

    parabéns!

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  2. Esta é a pior delas pois não deixam marcas aparentes e levam o indivíduo a ter reações futuras bem extremistas.
    Abraços forte

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