terça-feira, 15 de junho de 2010

Menos dinheiro para educação, pode???



A base para o desenvolvimento de um País encontra-se na educação de seus cidadãos. O Brasil passa por um período de crescimento econômico e os resultados são o surgimento de vagas de trabalho a todo instante. Contudo existe uma escassez de profissionais capacitados no mercado de trabalho.
No último dia 31, o Governo publicou no Diário Oficial, um corte no orçamento de 10 bilhões de reais, de acordo com a justificativa, o corte se deu para frear o crescimento do Produto Interno Bruto. As opiniões técnicas informam que o procedimento foi correto no que tange a defesa da estabilidade econômica.
No entanto, o enxugamento minou os recursos direcionados a pasta da educação em mais de 1,28 bilhões, um equívoco. No Brasil tem cerca de 16 milhões de analfabetos, que não são capazes de escrever um simples bilhete. Se, porém, considerarmos os “analfabetos funcionais”, que incluem pessoas com menos de quatro séries de estudo concluídas, temos um montante de aproximadamente 33 milhões de pessoas.
Sem sombra de dúvidas a pasta sacrificada, educação, foi a pior das escolhas. Países Europeus que saíram do subdesenvolvimento, caso da Irlanda, que investiu pesadamente no sistema educacional, apresentou, após 30 anos de investimento, a maior renda per capita da Europa e ocupou o décimo segundo lugar dentre as nações de melhor indicie de desenvolvimento econômico.
Entre as estratégias de combate ao analfabetismo no Brasil destacam-se duas vertentes: os jovens e os adultos que devem ser encaminhados novamente aos bancos escolares e, sobretudo, melhorar a qualidade do ensino básico e comprometer-se com seriedade para trazer as nossas crianças uma efetiva alfabetização, e não apenas para ingressá-las nos bancos escolares com intuito de melhorar a posição do Brasil no Índice de Desenvolvimento Humano e conseqüentemente buscar uma diminuição do “Risco Brasil”.
Menos verba na educação significa exclusão social aos menos favorecidos e conseqüentemente aumento da criminalidade, pois a educação tem um grande potencial redistributivo e democratizante. Educação é direito de todos e dever do Estado e da Família visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, assim determina a nossa Constituição Federal.
A educação não é um ônus e não pode ser considerada como um encargo improdutivo que onera as contas públicas, é um investimento de auto retorno e que transforma toda sociedade, uma mola propulsora eficiente capaz de levar uma nação inteira para o progresso, já dizia o eminente Paulo Freire “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda “.



Reinos Teixeira Júnior.

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2 comentários:

  1. Concordo com o texto, e isso precisa ser cobrado pela população, pois somos nos que sofremos por nao se capaz de assumir vagas otimas por nao ter qualificação.Educação da base ao topo e essencial.

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  2. Triste um país onde a educação é tratada com descaso, chega o governo de direita de esquerda ou de centro.

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