segunda-feira, 31 de maio de 2010

Jardins sagrados do Egito



As características dos jardins egípcios seguiram os mesmos princípios utilizados na arquitetura deste povo. Eles só surgiram quando as condições de prosperidade no antigo império permitiram às artes (arquitetura e escultura) um significativo desenvolvimento.
De um modo geral, o jardim egípcio desenvolvido de acordo com a topografia do Rio Nilo era constituído de grandes planos horizontais, sem acidentes naturais ou artificiais. As características dos monumentos egípcios - com a rigidez retilínea e a geometria - fizeram com que os jardins tivessem uma simetrização rigorosa. Tudo de acordo com os quatro pontos cardeais. As plantas utilizadas eram: palmeiras, sicômoros, figueiras, videiras e plantas aquáticas.
O jardim regular era símbolo da fertilidade, sintetizava as forças da natureza e era a imagem de um sistema racional e arquitetural baseado no monoteísmo. Osíris para os egípcios era o deus da vegetação.
Estes jardins “dom do Nilo”, bem como a agricultura do Egito, são considerados como um presente dos Deuses. Os primeiros jardins egípcios eram lugares de delícias, onde a fruticultura era mais importante que a das plantas destinadas a outros usos. Os jardins do Egito eram primeiro pomares e vinhas, cujas linhas perpendiculares desenhavam um tabuleiro nos ligamentos ao qual se colocavam naturalmente fícus, palmas e sicômoros, cuja sombra era extremamente apreciada.
Para manter esta vegetação, neste país de planície, era necessário construir uma rede de canais que convergiam para uma bacia central, onde viviam livremente, em harmonia, peixes, pássaros aquáticos e plantas como o papiro, o lótus, os nenúfares, toda a fauna e a flora que se encontrava no campo egípcio, nos lugares onde a água do Nilo era canalizada.
Como um oásis, tais jardins reuniam, e resumiam, num espaço cercado de muros, todas as formações que a natureza dispersava pelo resto do país. Estes jardins são lugares onde é bom viver, onde cada um pode realizar plenamente a sua “vocação humana”, onde a felicidade é feita de reconhecimento aos Deuses. Os egípcios utilizavam o curso do Nilo para colocar a água em zonas fechadas que eles criavam. Seguidamente quando o rio retomava o seu lugar de origem restava sempre um curso de água nas proximidades.
*Sycomore: Acer pseudoplatanus, ou ácer sycomore e o ácer plano é uma grande árvore (25 a 30 m), de crescimento rápido que pode viver de 300 a 400 anos. O ácer sycomore é muito utilizado na marcenaria.


Claudirene Gonçalves Rego.

Uma bela informação. Comente aqui ou no dihitt.

2 comentários:

  1. Muito interessante, adorei o post.
    Beijos,
    Mari - http://marimartinsatemporal.blogspot.com

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  2. Muito bom o Egito tem muitos mistérios.
    Abraços forte

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