sábado, 10 de abril de 2010

Excesso de estresse destrói neurônios, causa depressão e demência



Essa é a descoberta de dois estudos, um da Universidade Franklin Rosalind, EUA, e outro da Academia Americana de Neurologia. Para os responsáveis da primeira pesquisa um único episódio de estresse extremo pode ser o suficiente para destruir novas células nervosas do cérebro.
Os pesquisadores, na coordenação de Daniel Peterson, utilizaram para a realização do estudo grupos de ratos. Foram simuladas situações em que os ratos atingiram o nível de estresse seis vezes mais alto do que o normal. Eles verificaram que o estresse afeta as células do hipocampo, a área do cérebro responsável pelo aprendizado, memória e emoção. O hipocampo é uma das regiões cerebrais que continua a desenvolver células nervosas durante a vida. Ao contrário do que acreditavam alguns cientistas o estresse não impediu a produção de novas células. Mas as células tiveram dificuldade em sobreviver, o que prova que houve uma redução no número de neurônios novos para processar sentimentos e emoções. Eles acreditam que a perda dessas células possa ser uma das causas da depressão.
Além da sobrevivência dos neurônios ser comprometida em longo prazo a pesquisa constatou que uma semana após o teste, apenas um terço das novas células produzidas havia sobrevivido. Para os pesquisadores, esse estudo pode ajudar na descoberta de tratamentos que impeçam que situações muito estressantes provoquem problemas de depressão.
Para Daniel Peterson, o próximo passo é entender como o estresse reduz a sobrevivência dos neurônios.
O professor David Kendall, da Universidade de Nottingham, na Grã-Bretanha, pontua que apesar de o estresse extremo ser prejudicial à saúde, nível moderado pode ser benéfico. “A regra parece ser que um pouco de estresse é bom para você, mas o estresse severo e imprevisível é ruim”, disse.
No segundo estudo, da Academia Americana de Neurologia, divulgado na revista Neurology, verificou que pessoas mais relaxadas e sem propensão ao estresse podem ter menos risco de demência. Foi constatado que pessoas mais calmas têm 50% menor risco de desenvolver demência em comparação às pessoas com tendência a se estressar.
Os cientistas constataram que as pessoas que não se estressavam com facilidade eram calmas, socialmente ativas e otimistas, enquanto que as que se estressavam facilmente eram emocionalmente instáveis, geralmente reservadas, introspectivas, negativas e ansiosas.
A ciência comprova a cada dia o que percebemos na prática. Hui-Xin Wang, do Instituto Karolinska, Estocolmo, na Suécia orienta que “ter uma personalidade calma e extrovertida combinada com um estilo de vida socialmente ativo pode reduzir ainda mais o risco de desenvolver demência”. O que você está esperando?

Renner Cândido Reis.

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2 comentários:

  1. Bem, não posso dizer que ja sabia, mas é de suspeitar, o estresse é apenas apontade iceberg para outros problemas,o negócio é ficar bem calminho.

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  2. Infelizmente vivemos em um mundo que as preocupações fluem a cada dia, principalmente , pelo fato de não nos darmos respeito a Deus.

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