sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O crack não pode ser um câncer social!



Tenho acompanhado de perto os números e, com muita angústia, percebo que nossos jovens e adolescentes estão morrendo em câmera lenta com uso do crack. Esta droga poderosa vicia, mata e dilacera muitos lares em nosso País, pois é uma realidade mais próxima de nós do possamos imaginar.

Estudo recente realizado em Salvador, São Paulo, Porto Alegre e no Rio de Janeiro detectou um aumento do número de usuários de crack em tratamento ou internados em clínicas para atendimento a dependentes de álcool e drogas. Eles respondem por 40% a 50% dos indivíduos em tratamento, dependendo da clínica e de sua localização. A idade média dos usuários de crack (31 anos) é inferior à dos demais pacientes em tratamento (42 anos). Entre os dependentes desta droga, 52% são desempregados.

O levantamento foi coordenado pelo psiquiatra Félix Kesser, vice-diretor do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e membro da Associação Brasileira de Estudos sobre Álcool e Drogas.

A preocupação com esta droga desencadeou uma campanha do Grupo RBS chamada “Crack nem pensar” que visa declarar guerra ao “crack”. A droga é mais potente que outras substâncias químicas, leva 12 segundos para chegar ao cérebro e causa sensação de euforia, a vontade irresistível de usá-la chama-se fissura que faz com que o usuário se torne agressivo: mente, rouba, se prostitui, além de se tornar alvo de doenças pulmonares e circulatórias que podem levar à morte, os usuários se expõem à violência e a situações de perigo que também podem matá-lo.

Desta forma, com o objetivo de mobilizar nosso Estado nesta grande campanha, criamos o projeto de lei que pretende fazer do dia primeiro de outubro, dia de combate ao “crack” no Estado de Goiás.

Com este projeto de lei, pretendo fazer com que o Poder Público promova nesta data, com a participação da sociedade e do Conselho Estadual de combate às drogas e entorpecentes, eventos para o combate ao “Crack”, como debates, palestras de conscientização nas escolas e em locais públicos.

Mas, como este mal não para de avançar, não podemos esperar que apenas o dia primeiro de ou-tubro seja de combate ao crack. Portanto, no próximo dia 11 de março, abriremos as portas da Assembleia Legislativa para discutir o tema e encontrarmos saída para que esta droga não faça novas vítimas. Se não enfrentarmos agora esta situação, teremos outro câncer entre nós.

Marlúcio Pereira é deputado estadual no estado de Goiás.



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