sábado, 31 de outubro de 2009

SOLIDÃO PODE SER TÃO NOCIVA QUANTO O CIGARRO.

Estudos concluem que isolamento social afeta comportamento e função cerebral.

O isolamento social prejudica a saúde e pode ser tão nocivo quanto fumar, de acordo com o pesquisador John Cacioppo, professor de psicologia da Universidade de Chicago e um dos mais renomados pesquisadores sobre solidão dos Estados Unidos. Um novo estudo realizado por Cacioppo e outros pesquisadores da Universidade de Chicago indica que a solidão afeta o comportamento das pessoas e a forma como seus cérebros funcionam.

A pesquisa, apresentada durante a conferência anual da American Association for the Advancement of Science, utilizou exames de ressonância magnética para estudar as conexões entre isolamento social e atividade cerebral. Os especialistas verificaram que, em pessoas mais sociáveis, uma região do cérebro conhecida como estriato ventral ficou muito mais ativa quando elas observavam imagens de pessoas em situações agradáveis. O mesmo não ocorreu nos cérebros de pessoas solitárias.

O estriato ventral, crucial para o aprendizado, é uma região importante do cérebro, ativada por estímulos que os especialistas chamam de recompensas primárias (como a comida) e recompensas secundárias (como o dinheiro). A convivência social e o amor também podem ativar a região.

Os especialistas também verificaram que uma outra região do cérebro, associada à capacidade de empatia com o próximo, ficou muito menos ativa entre os solitários do que nos mais sociáveis quando observavam imagens de pessoas em situações desagradáveis. "Devido aos sentimentos de isolamento social, indivíduos solitários podem ser levados a buscar um certo conforto em prazeres não sociais", disse Cacioppo. O professor cita como exemplos comer ou beber demais.

De acordo com reportagem sobre o estudo publicada pelo jornal britânico Daily Telegraph, a solidão prejudica a imunidade, provoca depressão, aumenta o estresse e a pressão sanguínea e também aumenta as chances de uma pessoa desenvolver o mal de Alzheimer. Indivíduos solitários tendem a ter menos motivação e menos perseverança, o que dificulta a adoção de dietas mais saudáveis e a prática de exercícios. Segundo Cacioppo, um em cada cinco estadunidenses sente solidão.

O especialista é um entre cinco autores de um artigo publicado na edição mais recente da revista científica Journal of Cognitive Neuroscience. Como parte do estudo, 23 estudantes do sexo feminino foram testadas para determinar quão solitárias elas eram. Depois, enquanto seus cérebros eram monitorados com exames de ressonância magnética, as participantes observaram imagens de situações desagradáveis (como conflitos humanos) e de situações agradáveis (pessoas felizes). Entre as voluntárias classificadas como solitárias, verificou-se uma menor probabilidade de atividade intensa no estriato ventral quando elas observavam pessoas se divertindo.

Embora a solidão possa influenciar a atividade cerebral, a pesquisa também sugere uma relação inversa, ou seja, que a atividade no estriato ventral pode levar a sentimentos de solidão, segundo o pesquisador Jean Decety, outro autor do estudo. "O estudo levanta a possibilidade intrigante de que a solidão pode ser o resultado de uma redução na atividade associada à recompensa no estriato em resposta a estímulos sociais", disse Decety.

Ao tentar explicar ao jornal Daily Telegraph as razões por trás de um mecanismo como esse nos seres humanos, Cacioppo mencionou as teorias do biólogo britânico Charles Darwin: a necessidade de conexão com o outro teria suas raízes na evolução da espécie. Para sobreviver e criar seus filhos, humanos tiveram de se unir, diz o pesquisador. Altruísmo e cooperação ao longo da evolução humana permitiram que a espécie florescesse.

A solidão, como a dor física, teria evoluído nos humanos de forma a produzir uma mudança no comportamento. Esse mecanismo, de acordo com Cacioppo, sinaliza a necessidade ancestral do homem de se agregar socialmente.


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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Alerta!!! Cuidado com os Vírus Mentais.

Vírus mentais atacam sua mente...

As pessoas andam muito preocupadas com os vírus em seus
programas de computador, mas se esquecem que há certos tipos de
pensamentos automáticos que provocam verdadeiras panes em suas
próprias mentes.Passe agora um ANTIVÍRUS em seu cérebro! Se detectar
algum desses vírus, delete-o imediatamente:

Vírus 1- Vírus do sempre/nunca: Esse vírus ocorre quando você pensa
que alguma coisa que aconteceu vai SEMPRE se repetir, ou que você
NUNCA vai conseguir o que quer.

Variantes do vírus: Ele SEMPRE me diminui, ninguém vai telefonar pra
mim, eu NUNCA vou conseguir um aumento, todo mundo SEMPRE se aproveita
de mim, meus filhos NUNCA me ouvem. Quando você perceber este vírus,
delete-o usando os programas da sua consciência.

Vírus 2- Vírus do negativismo: ocorre quando seus pensamentos
refletem apenas o lado ruim de uma situação e ignoram qualquer parte
boa. Delete-o com o programa otimismo.exe.

Vírus 3 - Vírus de catástrofe: esse terrível vírus ocorre quando
você prevê o pior resultado possível de uma situação. Ele provoca um
colapso em suas iniciativas, fazendo-o desistir antes de tentar. O
antivírus para este é cair na real.

Vírus 4 - Vírus de leitura das mentes: este vírus está agindo sempre
que você acha que sabe o que as pessoas estão pensando, Mesmo que elas
não lhe tenham dito nada. O antivírus é lembrar que já é meio difícil
ler a própria mente, quanto mais a dos outros.

Vírus 5 - Vírus pensar com sensações: estes vírus em geral te
infectaram em alguma situação desagradável no passado. Agora,
situações semelhantes vão provocar pensamentos negativos: "Eu tenho a
sensação que isso não vai Dar certo"... Simplesmente DELETE O BICHO!

Vírus 6 - Vírus da culpa: substitua palavras como: eu deveria, eu
preciso, eu poderia, eu tenho que... Por: eu quero, eu vou, eu posso
fazer assim... Não fique centrado no passado. Use o "antivírus momento
presente".

Vírus 7 - Vírus rotulação: sempre que esse vírus coloca um rótulo em
você mesmo ou em outra pessoa, ele detém a sua capacidade de ter uma
visão clara da situação.
Variantes - Tonto, arrogante, irresponsável e mais de um milhão de
rótulos auto-instaláveis. O rótulo generaliza, transformando a
realidade das pessoas em imagens virtuais de sua imaginação infectada.
O melhor anti vírus pra ele é o "ampliação da consciência.exe ".

Vírus 8 - Vírus da personalização: esse faz você levar tudo pro lado
pessoal. Exemplo: quando alguém passa por você de cara amarrada E não
te cumprimenta, o vírus faz CRER que a pessoa certamente está com
raiva de você. A "expansão da consciência.exe"deleta muito bem este
tipo de vírus.

Vírus 9 - Vírus culpar os outros: é um dos piores vírus! Ao culpar
automaticamente os outros pelos problemas da sua vida, este vírus o
torna impotente para responsabilizar-se pelo próprio destino. Incapaz
de mudar qualquer coisa. Use o "antivírus da autoestima.exe" e pare de
projetar nos outros as suas próprias culpas.

Vírus 10 - Vírus do medo: é o pior de todos os vírus do pensamento!
Comprime completamente sua vida. Bloqueia todo o sistema De sua
realização e de relacionamento. Delete os "reflexos da intimidação
exterior" e instale o programa "auto-confiança" !

MANTENHA OS SEUS ANTIVÍRUS DE PENSAMENTO SEMPRE ATIVADOS, POIS NUNCA
SE SABE QUANDO ESSAS PRAGAS PODERÃO ATACAR!

http://professor-william.blogspot.com/2008/11/alerta-cuidado-com-os-vrus-mentais.html

Nossa mania de Querer.


Tenho insistido no fato de que todos nós temos uma sensação de buraco, de que falta alguma coisa. Temos, pois, um sentimento de inferioridade, que é universal. Ele está presente em todas as pessoas, inclusive naquelas que se mostram autoconfiantes e orgulhosas de si mesmas são apenas criaturas mentirosas, além de competentes em artes cênicas.

Foi a constatação dessa sensação que levou o poeta a afirmar: "é impossível ser feliz sozinho". Ou seja, a sensação da harmonia que buscamos só poderá ser encontrada a dois, na união amorosa. Essa foi também a posição que assumi nos últimos vinte anos. Defendi o amor romântico, a aliança intensa e forte entre um homem e uma mulher, como o grande remédio para o desamparo que nos acompanha. Ressaltei que a sensação de desamparo vinha aumentando, pois, até algumas décadas atrás, o aconchego era resultado da forte aliança que unia as famílias em clãs.

As grandes famílias rurais, cheias de filhos, sobrinhos e tios, crentes em Deus e que, juntas com outras famílias, formavam comunidades onde todos se conheciam, traziam grande atenuação para o desamparo. É claro que tudo tem um preço. Nesses grupos não havia espaço para a individualidade, opiniões divergentes ou excentricidades.

A vida nas grandes cidades é hoje bem mais livre e tolerante para com o exercício de uma forma pessoal de ser. Por outro lado, a sensação de solidão cresceu muito. Usamos essa palavra - de forte conotação negativa que provoca pavor só de ser pronunciada - para definir a dor que deriva de nos sentirmos incompletos. Acho que a solidão envolve também uma certa vergonha, como se a pessoa sentisse menos competente para encontrar um parceiro. Poderia, porém, ser diferente: talvez deveríamos ter orgulho da nossa capacidade de ficar sós, coisa difícil e que nem todo mundo consegue.

O amor romântico apareceu como o grande neutralizador da solidão crescente, que chegou com a industrialização e com a migração para os centros urbanos. No passado, o casamento se realizava por meio de arranjos familiares agora, é fruto do amor, da escolha voluntária dos jovens, mais donos de suas vidas e seus destinos. O amor apareceu - e foi louvado por todo mundo, inclusive por mim - como o grande remédio para o nosso desamparo, como algo que nos permite sentir a completitude e a harmonia perdidas, mas presentes em algum canto na nossa memória.

Na prática, porém, as coisas não vêm se passando exatamente como prevíamos. O conto de fadas, no qual embarcamos, tem esbarrado em vários obstáculos. O maior deles deriva de uma tendência para o crescimento da nossa individualidade. Continuamos sonhando com o amor, é verdade mas estamos cada vez menos dispostos a fazer concessões, a ceder às pressões do parceiro. O desejo romântico quer o par sempre junto, ao passo que cada indivíduo pode estar interessado em ir para uma direção diferente. Aí se trata uma inevitável e cansativa luta pelo poder, na qual ninguém fica satisfeito.

É nesse ponto das reflexões que me fiz uma pergunta: somos mesmo incompletos ou apenas nos sentimos assim? Confesso que fiquei meio atrapalhado, perturbado mesmo, quando deparei com uma resposta óbvia, mas que jamais tinha me ocorrido. A sensação de incompletitude não é obrigatoriamente a expressão de um fato. O trauma do nascimento nos marca e provoca essa sensação. Mas somos indivíduos inteiros e completos. Pensar assim poderá nos conduzir a uma fascinante aventura.

*Flávio Gikovate é médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor. Autor, entre outros livros, de "Ensaios sobre o Amor e a Solidão",

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Você acha que o diálago com o jovem é impossível?


A descoberta que o jovem faz hoje é a experiência do adulto de amanhã. Por que o conflito e a repressão?

O dialogo é a forma mais saudável de convívio?

Vamos reflectir sobre o assunto:

Fala- se muito do dialogo de gerações. Será que esse realmente existiu alguma vez? Esta é uma pergunta que incomoda, porque em épocas anteriores a repressão e a obediência era valores Tao fortes que impediam as pessoas de terem sua própria individualidade. Mesmo que este encontro tenha existido, qual a qualidade real dele? Falar. afinal, é muito simples. Mas o que? E quem ficava satisfeito: os adultos ou os jovens?

Os pais da antiga família patriarcal, da qual sobram alguns ranças hoje em dia, certamente mantinham uma posição tão autoritária que nem se questionavam sobre o desempenho de seus
papeis. Acreditavam- se certos, porque apenas seguiam o que tinham aprendido. Afinal, educar vem era condicionar da melhor forma possível os filhos para os bons hábitos, as boas maneiras. a obediência, o trabalho, o respeito aos mais velhos. E ponto final.

Agora tudo mudou. E não há ninguém que possa orientar perfeitamente os pais para compreender esta geração que esta ai, com os novos posicionamentos, novas verdades enfrentando-os sem medo. Muitos adultos sentem-se agredidos pelos filhos porque estes não seguem exactamente suas regras sociais e culturais.


Será que isto constitui em verdade ataque direto a eles? Ou os jovens apenas vive o seu tempo, contestando simplesmente na medida exacta em que deve se insurgir para conquistar-se a si mesmo?

Fonte: http://professor-william.blogspot.com/2009/02/o-territorio-do-jovem-e-impenetravel.html

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