segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Queremos Respostas !!!


Cientistas e filósofos, na prática, buscam a mesma coisa: explicações. No entanto, mesmo que o mundo da ciência e o mundo da filosofia não existam isoladamente, cientistas e filósofos trilham caminhos diferentes quando se trata de prover justificação e esclarecimento em relação a experiências (práticas ou ensaios) e a fenômenos que se manifestam no tempo e no espaço.

Vivemos um momento de idolatria à tecnologia. Em que a pressão pela pesquisa aplicada, em todas as áreas do conhecimento, tornou lugar-comum a tecnologização da ciência, relegando a uma posição secundária o ato de teorizar. Isso, aparentemente (mas só aparentemente), fez a filosofia, que está mais ligada à teoria, perder importância. Nossas tecnologias são mais poderosas que nossas teorias, inegavelmente. Manipulamos genomas, mas desconhecemos as relações entre genes distintos. Produzimos uma droga para controle de uma determinada enfermidade e, mais tarde, descobrimos efeitos colaterais. Indicamos uma pratica de manejo de cultivos agrícolas e, não raro, ignoramos efeitos danosos ao ambiente.
Em resumo, esses e tantos outros exemplos, demonstram que, embevecidos pelo poder da tecnologia, fazemos e lidamos com coisas que, por falta de um melhor conhecimento teórico, de fato, não entendemos. E é o poder da ciência, materializado em tecnologias sem precedentes na história, que nos faz antever a necessidade de uma nova relação entre ciência e filosofia. Uma relação em que, apesar das singularidades, ciência e filosofia sejam indistinguíveis. Nada mais científico (e poderoso tecnologicamente) e, ao mesmo tempo, tão filosófico quanto a física teórica; por exemplo. Entender como atuam cientistas e filósofos, em que se confundem e em que se distinguem, são premissas para um novo e necessário relacionamento entre ciência e filosofia.

O cientista quer, acima de tudo, explicar experiências e fenômenos. Na sua prática, não se prende (ou não deveria se prender) a princípios, a valores ou a resultados pretendidos. Deve ter a disposição, ao tentar gerar uma compreensão científica do mundo em que vivemos, de não confundir domínios operacionais e deixar que mudem as noções e os conceitos que precisem ser mudados. Albert Einstein não teria criado a teria da relatividade, caso tive ficado preso às noções de distância, de espaço e de tempo da física clássica.

O filósofo, diferente do cientista, não quer perder de vista princípios, valores ou resultados desejados, que são considerados como intrinsecamente válidos. Não é seu papel criar domínios fenomênicos ou experiências que suscitem revisão de aceitação. A validade dessa aceitação depende da validade das premissas, que não devem conter nenhum erro lógico. Por isso, um filósofo, acima de tudo, procura proceder com impecável coerência lógica, enquanto cria o seu sistema de explicações e de entendimento de mundo.

Enquanto os filósofos estão presos a valores, a princípios e a resultados desejados, os cientistas estão livres para mudar noções explicativas e reformular conceitos e paradigmas. Reitera-se: os cientistas querem conservar experiências e fenômenos e os filósofos pretendem preservar princípios e valores. Por isso, a liberdade e a independência de pensamento é um dos mais caros valores para a comunidade científica. O objetivo de uma teoria científica é explicar e não proteger princípios, valores ou resultados desejados. Enquanto as teorias científicas surgem em domínios de reflexão abertos (livres de dogmatismos), as teorias filosóficas aparecem subordinadas a noções explicativas básicas que protegem crenças ou justificam certos tipos de ação.

A questão é que, muitos de nós, por não entender as diferenças e nem que são teorias científicas e filosóficas, fazemos mau uso das mesmas ou nos permitimos uma submissão não refletida. Em nossa ignorância (ou má-fé), valemo-nos do poder de teorias para forçar os outros a fazerem o que não querem ou para justificar dominação (fonte de obediência).

No mundo real, ninguém é exclusivamente cientista ou filósofo o tempo todo e, em momentos diferentes, também podemos ser as duas coisas. Por isso, o importante é termos consciência de como são produzidas as teorias científicas e filosóficas e, especialmente, das consequencias das nossas ações.

Se gostou do texto comente aqui ou no diHitt. Obrigado. Se tiveres assuntos para postagens, escreva-me.

domingo, 30 de agosto de 2009

Pobre do País que precisa de heróis...



Alguém escreveu: pobre do país que precisa de heróis. Pobre do país que precisa de um ser extraclasse, de um ser midiático, de uma figura messiânica, de um Sassá Mutema. Quando o autor da frase assim se manifestou provavelmente queria dizer que um país deveria ser constituído por uma grande massa de cidadãos comuns e virtuosos. Ou seja, a regra deveria ser que a maioria das pessoas fosse íntegra. Como a maioria das pessoas parece não ser, então entra a figura lendária do redentor, aquele que representa o nosso ideário, aquilo que poderíamos ser e não somos, aquilo que um dia o nosso projeto juvenil almejou alcançar e nos faltou perna para tal. O bom de uma família, de uma empresa, de um time de futebol, de um país não é alguém que se sobressaia. O bom é a mescla, o bom é a média, é o equilíbrio de orgulhos e vicissitudes. O bom é uma média, um equilíbrio tipo uma nota sete no boletim. Não precisa ser dez e nem três. Quando a média não é boa, quando o grupo não tem o imprescindível precisamos do herói. Assim como precisamos de Jesus. Precisamos acreditar que Ele é o legítimo filho de Deus. Pela torpeza de nossas convicções não admitimos que alguém seja melhor do que a gente, a não ser que seja místico. Se alguém é melhor do que a gente, então deve ser porque é filho de Deus. Melhor do que a gente, só se for de um outro mundo.
O herói é aquele cara que se mostra ao perigo arriscando a própria pele para nos salvar. Como o Batman, por exemplo. O super-homem não é herói porque é super. Tem superpoderes, não arrisca a pele, não arrisca sua vida. Nunca morrerá. Então não é herói, é apenas super.
A derrocada dos valores humanos, em visível contraste aos avanços das comodidades da vida atual, faz emergir o imaginário, aquela figura de cavalo branco que um dia iria salvar o Brasil das garras dos atrasos sociais. O Brasil seria salvo por um príncipe jovem, depositário de todos os adjetivos possíveis e seríamos eugenicamente felizes porque dizem que Deus é brasileiro e que talvez tenha nascido em Garanhuns, Pernambuco. Mas, o nosso Deus nada tem de príncipe. Ele é gordo e barbudo e é bem provável que não represente anseios éticos e morais que uma sociedade deveria almejar. Talvez um outro super-herói, talvez não super, talvez nem herói. Talvez um cidadão comum, quase um desconhecido, uma pessoa simples pinçada aleatoriamente e que, apenas e tão somente, dê seguimento às lições que aquele cara que pregamos na cruz tentou nos mostrar. Deletamos o cara diferente que se apresentou há dois mil anos. Sua superioridade ofendia os padrões da época. Ele era tão superior que não era desse mundo e se não era igual à gente é melhor deletar. Desejar que a maioria seja virtuosa é utópico não é mesmo? É quase infantil, não é mesmo? O melhor mesmo é seguir o mundo adulto, das formas e ideias, seguir nossas rotinas e programar para assinar o pacote do próximo Big Brother, o nosso mundo, o nosso mundo de verdade.

O que você achou do texto? comente aqui ou no diHitt por gentileza.


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Quando o amor acaba, De quem é a culpa ?


Em um relacionamento que fracassa é muito fácil colocar toda a culpa no outro. Assim, pelo orgulho, não enxergamos o peso da nossa participação no fato, não querendo avaliar as nossas ações e atitudes. Apontar o dedo em riste para o outro nos faz sentirmos sem culpa alguma e ameniza nossos erros e falhas. Ser dependente do outro é ruim, nos faz perceber que não sabemos utilizar nossa própria força, nossos dons naturais. Colocando a felicidade nas mãos do outro, esperamos que ele nos faça feliz. Dando-lhe esse poder, é insuportável ver a realidade da quebra dessa muleta. Perde-se a alegria, vem a rejeição, a depressão, a tristeza, o ressentimento. Fazendo tudo refletir no corpo que é o espelho da alma.
Nossa visão da realidade pode estar distorcida? Além do que percebemos pode existir muito mais? Levantar a ponta do véu pode nos fazer deparar com infinitas possibilidades. Quem ama não critica, não condena e não exige transformações de forma repentina. Quem condena não ama, não ajuda e nem educa o outro que está necessitado de apoio, amor e orientação. Shakespeare em Sonho de uma noite de verão - ato III, cena I - diz que "no entanto, para dizer a verdade, hoje em dia a razão e o amor quase não andam juntos".
Claro, que racionalizar um sentimento como o amor é transformá-lo em regra, fazendo com que ele perca todo seu conteúdo, que é inexplicável. Nem tudo são arco-íris e borboletas, são as concessões que nos impulsionam. Grande parte das pessoas abafa sua sensibilidade, esperando que essa espécie de sonolência as ajude a sobreviver ao tumulto emocional.

O que você acha disso? Por favor opine no blog ou no diHitt.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Por quê nós somos assim?

A Psicoterapia Reencarnacionista, a Reencarnação no consultório psicoterápico, a Terapia da Reforma Íntima, diz que as pessoas atribuírem seus sofrimentos e características negativas de personalidade aos fatos de sua infância e às situações no decorrer da vida é um sério obstáculo a sua evolução espiritual. O que nunca se pensa é por quê cada um de nós, cada irmão, reagir de um certo modo a essas vivências. Os pacientes depressivos atribuem a sua depressão aos eventos tristes de sua vida desde a infância, mas não pensam por que reagiram/reagem com depressão a esses fatos. Preferem culpar alguém, vitimizar-se, buscar explicações e justificativas para o fato de serem depressivos. A explicação é simples: eles reagem com depressão porque reencarnaram com uma tendência a reagir com depressão às dificuldade e aos obstáculos da vida terrena. E o que precisam entender é que isso é justamente a sua meta pré-reencarnatória, a sua Missão, e as situações aparentemente dificultosas e obstaculizantes irão se suceder em sua vida até que eles curem essa tendência. Mas foram seus pais ou marido, ou situação financeira, que geraram a depressão? Não, essa tendência já estava lá, ao reencarnar, na sua Personalidade Congênita. Então, precisam mudar essa tendência que vêm trazendo há muitas encarnações, e as pessoas ou situações que as fizeram/fazem manifestar-se não são prejudiciais para a sua evolução, pelo contrário, estão lhes mostrando o que vieram curar potencialmente benéficas, mas parecem prejudiciais. Depende de quem analisa o fato, se o seu Eu Superior ou o seu Eu temporário. E a nossa infância é construída por Deus segundo Leis Divinas, entre elas a Lei da Necessidade, a Lei da Finalidade, a Lei do Merecimento e a Lei do Retorno.

Muitos pacientes referem medo, baixa autoestima, falta de confiança e costumam atribuir essas características a fatos de sua infância e/ou situações da vida. O raciocínio é o mesmo: por que reagiram/reagem com medo e insegurança ante esses fatos? Por que não reagiram/reagem com agressividade e rebeldia, por exemplo? Porque trazem medo e não raiva, insegurança e não rebeldia, e é o que devem curar por quê seu irmão ou sua irmã não reagiram assim? Porque têm uma personalidade diferente. E por quê têm uma personalidade diferente? Porque somos Espíritos e a nossa personalidade é congênita. Devemos lembrar sempre que somos Espíritos encarnados, novamente, em busca de mais evolução espiritual.

Todas as dificuldades dos pacientes costumam ser atribuídas a fatos, a situações e a outras pessoas, mais geralmente a um ou ambos os pais, ao marido ou à esposa ou aos filhos. E isso foi criado e é incentivado pela Psicologia oficial, não reencarnacionista, que lida com o "início" das coisas. É importante que as pessoas comecem a se perguntar: por que eu reagi/reajo assim? Dessa maneira saberão o que vieram curar, ou melhorar, nessa encarnação. Nós descemos para purificar os nossos corpos energéticos determinantes da nossa personalidade, o emocional e o mental, e então tudo que não for agradável para nós em nossos sentimentos e pensamentos é o que devemos ir melhorando aos poucos. E a pessoa ou a situação que fizer isso aflorar estará colaborando com nossa evolução, mas, para que possamos raciocinar assim, temos que entender perfeitamente essas questões que estou colocando aqui e que, admito, não são nada convencionais. Mas agora com a Escola de Psicoterapia Reencarnacionista formando psicoterapeutas que aprendem a trabalhar com seus pacientes do ponto de vista da Reencarnação, isso irá evoluindo aos poucos.

Mauro Kwitko, médico e presidente da Associação Brasileira de Psicoterapia Reencarnacionista

Se você concorda com o autor so texto, seixe sua opinião aqui ou no diHitt. Abração.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Você sabe o que é transtorno bipolar ?

Esta é uma doença muito mais frequente que outras muito mais conhecidas, tanto físicas (ex. AIDS), como psíquicas (ex. anorexia nervosa ou esquizofrenia), especialmente se estiverem incluídas as formas leves e moderadas, como o transtorno bipolar II e a ciclotimia. Estudos têm sido realizados em todas as partes do mundo. Em países pobres é difícil de se conduzir estudos porque os meios disponíveis e o modo da doença se expressar em determinadas culturas é muito diferente. Por exemplo, em algumas culturas indígenas da América do Sul, ouvir vozes, dentro da cabeça, se considera absolutamente normal. Apesar das diferenças entre as culturas, se comprovou que alguns sintomas se apresentam em quase todos os casos e em ambas as fases da doença. Os principais são: hiperatividade, irritabilidade, ideias de grandeza, aceleração do pensamento, impulso sexual aumentado e insônia, na fase maníaca (eufórica) e apatia, transtornos do sono, desânimo, baixa autoestima, falta de concentração, ideias suicidas, inibição psicomotora, doenças físicas e ideias delirantes, dentre outros, na fase depressiva.

Há muitos outros sintomas, como a hipersonia (aumento do sono), a hiperfagia (aumento da fome), a ansiedade, as ideias obsessivas, etc, que são frequentes na maioria dos pacientes. Os primeiros estudos só detectavam as formas graves da doença e era muito frequente se dizer que ao redor de 1% da população sofria de transtorno bipolar. Atualmente se tem comprovado que existe um maior leque de dados de sua intensidade (tipo I, II, III) e que sua frequência é muito superior . Segundo os americanos, nos EUA, a doença afeta 4% da população. Os estudos europeus que consideram as formas leves da doença têm falado em 6,5%. Em geral, se aceita uma média de 2% para o THB tipo I, entre 1 e 2%, para o tipo II e até 2% para a ciclotimia. Então, se sabe que, independentemente, de etnias, culturas e climas, a incidência do transtorno é muito parecida (em todas as partes do mundo), embora ela se apresente e seja aceita das mais variadas formas. São milhões de pessoas em nosso país e em todo o mundo.
Falta muito ainda, para tornar a opinião pública e as autoridades que destinem mais recursos à esse transtorno e o livrem do estigma social que ainda assombra as doenças que afetam o cérebro, sob a forma de transtornos do comportamento.

O transtorno bipolar e a ciclotimia são igualmente frequentes em homens e mulheres. O primeiro episódio da doença, nos homens, é mais comum se apresentar como mania e, como episódio depressivo, nas mulheres. A doença costuma se apresentar na adolescência e o primeiro episódio claro pode se apresentar entre os 20-25anos. Os episódios mistos são mais frequentes durante a adolescência e em situações de mudança hormonal, como depois do parto. De qualquer modo a idade de início pode variar muito: há crianças de quatro e cinco anos que já apresentam sintomas, assim como há casos que se apresentam aos arredores dos 80 anos. Quando a doença aparece numa pessoa mais velha, sem antecedentes prévios, é importante se investigar se não há uma doença de base desencadeando o transtorno.

vida e saúde.