sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A anatomia da paixão. Você conhece?



Poucas coisas na vida dão tanto prazer quanto estar apaixonado por alguém e ser retribuído nesta paixão!Quando desejamos fortemente alguém (ou alguma coisa qualquer) podemos nos surpreender com nosso próprio comportamento.
Somos capazes de fazer coisas que antes sequer ousávamos pensar, desde que sejamos movidos por uma paixão.
As loucuras feitas em nome do “amor” são compreendidas até pela justiça,que atenua crimes cometido sob fortes emoções (não há emoção mais forte que uma paixão intensa).Mas por que as pessoas se apaixonam desta maneira?Por que algumas podem perder o juízo critico, o bom senso e o orgulho?
As nossas emoções e instintos, como a raiva, o medo, o amor, o desejo sexual e a fome, situam-se na parte primitiva do nosso cérebro, o sistema límbico, que é irracional e está presente em qualquer espécie animal. Os seres humanos desenvolveram uma parte do cérebro (o lobo frontal , conhecido como Super-Ego ) que exerce uma censura sobre os nosso impulsos mais selvagens , regulando-os e nos tornando seres sociáveis , de modo que um homem ao ver uma mulher atraente na rua , mesmo que atraído sexualmente , controlará seu desejo , substituindo por uma atitude mais aceitável socialmente .
O problema é que em pessoas com pequeno controle emocional o Sistema Límbico pode dominar o lobo frontal em situações de estresse , e aí comportamento irracionais podem emergir , como o marido traído que , num impulso de raiva , mata o amante de sua esposa (ou se suicida!) . Graças á nossa evolução cerebral , que permitiu um maior controle sobre os impulsos , são raros os casos que chegam a extremos. Entretanto , em grãos menores , são inúmeros os exemplos de descontroles motivados por uma paixão , como casos de agressões , ciúme patológico , gastos excessivos e gestos impulsivos sem a avaliação de suas conseqüências (como beber ou abandonar o emprego ) . O domínio das emoções sobre a razão reflete uma baixa inteligência Emocional .

Quando uma pessoa está apaixonada , o seu cérebro age como se tivesse excitado por estimulantes , como a cocaína , pois a pessoa torna-se mais eufórica , motivada , obtém muito mais prazer em suas atividades rotineira , e a vida adquire um colorido especial . E é por ser tão forte que alguém apaixonado pode fazer coisas que antes sua auto-censura jamais permitiria , tudo para não perder algo que lhe dá tanto prazer , como o viciado em drogas reluta para não perder sua fonte de gratificação .

O fim de um relacionamento gera uma sensação de abandono , o sistema límbico é privado de seu alimento emocional e da gratificação sexual (que é a base da paixão ) , e vai reagir com raiva , ciúme ou depressão , do mesmo modo que um bebê privado do contato material vai se tornar apático , desligado do ambiente e intensamente carente de contato físico.
Na realidade é quando estamos crescendo que o nosso Sistema Límbico se desenvolve, e assim como uma criança com problema nos olhos pode ficar cega para toda vida por falta de motivação cerebral, mesmo depois de corrigido o problema ocular, também uma criança privada de afeto vai ter uma atrofia da sua área emocional, será um adulto dependente de afeto, depressivo e com baixa auto-estima, não saberá superar uma perda e buscará incessantemente aquele carinho que não teve na infância.

Embora nosso cérebro traga marcas profundas da infância, podemos aprender a viver uma paixão com mais serenidade e bom senso. A psiquiatria está nos ajudando a desvendar a anatomia dos sentimentos e proporcionando instrumentos (remédios e psicoterapia) para que possamos evitar sofrimentos desnecessários.

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3 comentários:

  1. O medo de sofrer é pior que o próprio sofrimento. E nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca dos seus sonhos.
    Paulo Coelho
    Abraços Forte

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  2. O ser humano não aceita o não a perda e a rejeição, é necessário um controle extra humano
    p não demonstrar e evitar um descontrole emocional e físico.

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  3. Amor é tudo, sou um pobre servo desse sentimento.

    Mas como já diziam os anônimos: amor.tece.dor

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