sábado, 7 de novembro de 2009

Liberdade para escolher. Será que temos?


Qualquer um de nós é consciente da falta de oportunidade de emprego no Brasil. Porém, qualquer um de nós, quando em emprego que exige cumprir ordens absurdas, deveria ter o bom senso de exercitar o livre arbítrio, protestar, pegar o boné e partir "pra" outra.


Não há, no meu entender, argumento que justifique o cumprimento do absurdo.


Como também não pode haver insubordinação, o ético seria dizer: "Isto eu não cumpro, estou indo embora, deixando aos acéfalos a oportunidade de executarem legislações que contrariam a dignidade humana e os princípios para os quais o Estado foi criado".

Neste país parece que só existe Governo em todos os aspectos. O povo, o indivíduo, a pessoa, o cidadão em qualquer das suas conceituações, é um mero fornecedor dos recursos financeiros e materiais que a estrutura estatal necessita para se manter. Não importa o preço que o cidadão pague.

O importante é que pague.


Se faltar alimento para os filhos, dinheiro para a saúde, para saldar as contas de água, luz, aluguel, educação, vestuário, transporte, não importa. O importante, repito, é que o cidadão pague ao Estado.

Em minha cidade, estão autuando pequenos comerciantes que trabalham na informalidade por não terem condições de se tornarem formais e que tem na atividade que exercem o único meio de obterem diariamente de quatro a cinco reais para parte das despesas da família.



Temo que chegará o dia em que os papeleiros deste país estarão frente aos juízes e promotores respondendo por sonegarem impostos e falta de cuidados com o meio ambiente.

Quem viver, verá!


Deixe seu comentário aqui ou no diHitt.



4 comentários:

  1. POr isso q digo: não quero passar dos 60 anos!!

    Não conseguiria viver e "aproveitar" a vida, sabendo q quem mora ao lado sofre por tantos desmandos e opressão legitimados!!

    Abçs!!

    ResponderExcluir
  2. Realmente tem razão em estar indignado William, do jeito que vamos vai acontecer isso mesmo. Ainda bem que existem pessoas ainda querendo debater política e as injustiças.
    Abraços e parabéns pelo post!

    ResponderExcluir
  3. William,

    É muito fácil falar, o difícil é realizar...

    As pessoas já têm dificuldade em arrumar um emprego para sustentar a família. Você acha que elas se arriscariam a perder o emprego que foi tão difícil arrumar por causa de algumas ordens, mesmo que estas ordens sejam indevidas ou absurdas?
    Acredito que ninguém que tem uma família para alimentar, um aluguel para pagar, contas e mais contas no final do mês para acertar etc., não fariam isso.

    Ótimo post.

    Beijos.

    Rosana Madjarof.

    ResponderExcluir
  4. Nos Estados Unidos isso acontece. Se o chefe fizer uma cara mais esquisita, o empregado se demite na hora, mas lá se arranja outro emprego rapidinho. Vc pode dizer, "vou arrumar outro emprego amanhã", com toda convicção e arranja mesmo. Acho que é exatamente essa alta rotatividade de empregados que faz com que haja sempre vagas e empregos. O empregador fica com medo do empregado sair e sempre contrata mais do que realmente precisa.

    Aqui já não acontece isso. Agora perto do natal imagino que haja muita gente nesta categoria, recebendo ordens absurdas de trabalhar dobrado porque o chefe quer ir pro Caribe de férias, mas se a pessoa sair não vai arranjar outra coisa tão cedo. O empregador brasileiro age exatamente ao contrário do americano. Contrata sempre menos gente do que realmente precisa, sobrecarregando os funcionários e deixando o cliente na espera. Aí fica tudo parado: os que agarram suas funções com unhas e dentes e os que não arranjam emprego nunca.

    ResponderExcluir