quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Você diferencia Piedade e Compaixão ?

Tenho para mim, que duas das faculdades humanas que mais evidenciam evolução superior a outras formas biológicas que habitam o Planeta, são a piedade e a compaixão, cuja prática é de competência exclusiva dos seres humanos.

Em toda a natureza muito pouco se evidencia a emoção da compaixão, que quando manifestada pelo homem, eleva-o do reino animal ou material àquele que associamos ao que há de divino.

Muitas religiões têm defendido o conceito de Deus como um Ser que expressa compaixão para com a raça humana. Grande número delas costuma mesmo referir-se aos seres humanos como filhos de Deus; isto é; a religião tenta estabelecer o conceito de Deus como sendo de todos os homens um Pai perfeito e que Ele tem consideração e, acima de tudo, compaixão diante das tolices em que se podem constituir as nossas práticas diárias comuns, como entidades individuais humanas que somos. É o conceito que o homem atribuiu à conduta ou comportamento divino, é o homem compassivo que mais se assemelha a Deus.

Na expressão da compaixão, o indivíduo, pelo menos por um momento deixa que algo assuma o controle de seus pensamentos e o controle de sua conduta, o que o torna despido de egoísmo e esqueça de si mesmo. A capacidade de praticar a piedade e a compaixão deve dar alguma substância à crença de que a raça humana tem sido peculiarmente favorecida por uma força ou Ser Divino, que tem especial atenção pela humanidade.

Através de uma observação mais focada no comportamento de um cão, podemos eventualmente interpretar algumas reações como compaixão, ex: uma cachorra que amamenta um filhote gato.
Piedade ou compaixão? Talvez essa seja uma interpretação nossa, mas enfim, não iria ao ponto de dizer que a compaixão é impossível em outras formas de vida.

Existe, uma certa diferença entre compaixão e piedade. Com mais freqüência usamos da piedade, contudo a usamos de forma desdenhosa, temos piedade como desdém como se o indivíduo que a recebe não estivesse numa posição digna de recebê-la.

A compaixão por outro lado é a piedade mesclada com o desejo urgente e, algumas vezes, irreprimível de ajudar o objeto da compaixão ou, mesmo poupar o indivíduo de outras circunstâncias que lhe fariam objeto de nossa piedade. Por conseguinte, a compaixão é uma força propulsora que nos faz desejar ajudar a outrem ou poupá-lo de circunstâncias que, de algum modo, possam lhe causar sofrimentos ou inconveniências.

É, portanto, de certo modo Divina, porque nos leva à compreensão de que a vida não se limita a nós somente como indivíduos, mas a sociedade como um todo. Desta forma estaremos contribuindo para as virtudes que estabelecem os princípios que a humanidade sempre procurou: paz, amor e harmonia entre todos os seres.

A compaixão é, pois, uma emoção muito importante a ser transmitida às gerações vindouras, pois é a chave para a paz.
Se estabelecermos em nosso código de vida o desejo de sermos compassivos com relação ao sofrimento de qualquer Ser e para a preservação da vida como um sentimento íntimo, emocional dentro de nós mesmos, então a raça humana há de crescer no sentido de uma finalidade muito mais otimista e produtiva de maior bem do que se verifica atualmente.

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